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SISTEMÁTICA VEGETAL Conceitos e nomenclatura botânica Métodos e princípios ...aula passada Introdução à botânica sistemática Código Internacional de Nomenclatura Botânica Princípios, Recomendações e Regras Pronúncia Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Sub classe: Rosidae Ordem: Rosales Sub-ordem: Rosineae Família: Rosaceae Sub-família: Rosoideae Tribo: Roseae Sub-tribo: Rosinae Gênero: Rosa Espécie: Rosa gallica L. Variedade: Rosa gallica var. versicolor Thory Nome dos táxons Gênero: pode ser o nome de uma pessoa latinizado Regras: Terminação em vogal: Botelou - Bouteloa Colla – Collaea Terminação em consoante: Klein – Kleinia Lobel - Lobelia Epíteto específico: pode ser um nome em comemoração a uma pessoa Regras: Não se usa o epíteto específico de forma isolada, somente em combinação com o gênero. Um mesmo epíteto pode vir junto a diferentes nomes genéricos. Ex. Anthemis arvensis; Anagalis arvensis. arvensis = dos campos cultivados Cada epíteto deve estar no mesmo gênero gramatical (masculino, feminino ou neutro) do nome genérico. Ex. Lathyrus hirsutus, Lactuca hirsuta, Vaccinium hirsutum As terminações mais frequentes são: Masculino alb-us nig-er brev-is ac-er Feminino alb-a nig-ra brev-is ac-ris Neutro alb-um nig-rum brev-e ac-re Ex. Lathyrus hirsutus, Lactuca hirsuta, Vaccinium hirsutum Epítetos comemorativos: Terminação vogal (exceto a), se adiciona -i. Ex. Joseph Blake – Aster blakei Terminação em vogal -a, se adiciona -e. Ex. Mr. Balansa – balansae Terminação em consoante diferente de -er, se adiciona -ii. Se é uma mulher, -iae. Ex. Tuttin – tuttinii Terminação em consoante -er, se adiciona -i. Ex. Boissier – boissieri Se o nome se usa como adjetivo, a terminação deve coincidir com o gênero. Rubus cardianus (F. Wallace Card) Chenopodium boscianum (Augustin Bosc) Epítetos descritivos: Relacionados com a cor: albus, aureus, luteus, niger, virens, viridis Relacionados com a orientação: australis, borealis, meridionalis, orientalis Relacionados com a geografia: africanus, alpinus, alpestris, hispanicus, ibericus, cordubensis Relacionados com o hábito: arborescens, caespitosus, procumbens Relacionados com o habitat: arvensis, campestris, lacustres Relacionados com as estações: automnalis, vernalis Relacionados com o tamanho: exiguus, minor, major, robustus Quer nomear uma nova espécie? Quais são os requisitos? As espécies devem ser nomeadas em formato binominal, em latim ou latinizado e não deve duplicar outro nome que já exista A categoria do nome deve ser claramente indicada Um espécime tipo deve ser designado A espécie deve ser descrita em latim ou em outra língua e acompanhada de uma breve diagnose em latim. Livro: Botanical latin, de Stearn (1992) Todas as informações devem ser validamente publicadas. Porém, não é valida em publicações tipo catálogo, jornal, e-mail etc. O FATO DO NOME SER VALIDAMENTE PUBLICADO NÃO GARANTE QUE ELE SEJA NECESSARIAMENTE O NOME CORRETO PARA UMA ESPÉCIE EM PARTICULAR. MÉTODOS E PRINCÍPIOS DE SISTEMÁTICA BIOLÓGICA CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO (GERAL): Agrupar, organizar e nomear Construção de chaves de classificação para a identificação desses organismos Diversos tipos de classificação: Propriedades medicinais Hábitats preferenciais Filogenia – relações evolutivas Classificação Localizar uma entidade em um sistema de inter-relações logicamente organizado; Sistema hierárquico: compondo-se de grandes e inclusivos organismos Identificação Envolve determinar se uma planta desconhecida pertence a um grupo já conhecido de plantas Registrar informações sobre a planta: Notas Fotografias Coleta de um espécime COMO AS FILOGENIAS SÃO CONSTRUÍDAS? Evolução Sucessão de descendentes modificados Separação de linhagens Cada ponto representa um indivíduo. As linhas se estendem de baixo para cima a partir de cada planta em direção aos seus descendentes. No ano 4 a população se divide em duas, ocorrendo mutações em cada uma delas. Diagramas ramificados Determinando a história evolutiva Descrever a evolução – desenrolar Inferências a acontecimentos passados Análise das espécies existentes atualmente que apresentam proximidade em relação a caracteres herdáveis Avaliação de similaridade – base da sistemática Critérios de similaridade Podemos considerar duas estruturas como similares: Se elas encontrarem-se em posição similar em ambos os organismos Se apresentarem similaridade em nível de estrutura celular e histológica Se estão ligadas por meio de formas intermediárias dessas estruturas Critérios de similaridade de Remane - homologia Homologia Sentido restrito: homologia significa identidade por meio de descendência. Caráter homólogo entre um grupo de espécies – todas estas espécies herdaram tal caráter a partir de um ancestral comum Nem todas as similaridades observadas serão resultados da homologia Similaridades estruturais podem evoluir independentemente em plantas não relacionadas que vivem em ambientes semelhantes Caracteres, estados de caracteres e redes Caráter: Número de fendas na superfície do pólen Pétalas monoclamídea diclamídea Estado de caráter 3 fendas na superfície do pólen Pétalas fusionadas Diagrama de Venn Rede Matriz OS ESTADOS DE CARACTERES SÃO USADOS PARA PREENCHER A MATRIZ Árvores evolutivas e enraizamento Assemelha-se a uma linha do tempo Leitura da rede: direita para esquerda e vice-versa, do centro para extremidade Não é possível identificar quais modificações são mais recentes ou antigas Como podemos transformar essa rede em uma árvore evolutiva? Dê as opções de enraizamento O comprimento do cladograma deve ser o mesmo da rede e todas as conexões devem ser as mesmas Dificuldades... A posição da raiz é feita em função do estudo dos fósseis O simples fato de que uma planta extinta tenha sido fossilizada não significa que sua linhagem tenha se originado antes das linhagens referentes às plantas atuais Coexistência Linhagem extinta e fossilizada morreu primeiro QUANDO AS LINHAGENS DIVERGIRAM??? As árvores são enraizadas mediante o uso de um organismo aparentado ao grupo que está sendo estudado: um grupo externo A partir de então, assume-se que: O grupo-interno está mais intimamente relacionado entre eles do que com o grupo externo (ou seja, o grupo-externo deve ter se separado da linhagem do grupo-interno antes da diversificação deste) Se um grupo-externo é adicionado a uma rede, o ponto no qual ele se posiciona é definido como a raiz da árvore. TODAS AS PLANTAS ILUSTRADAS SÃO PLANTAS COM FLORES CYCADALES, GNETALES E GINKGOS (GIMNOSPERMAS) SÃO OS PARENTES ATUAIS MAIS PRÓXIMOS Conífera Não possuem pétalas ou flores Grão de pólen não é tricolpado Se encaixa na raiz Sinapomorfia Indica monofilia, pois todos os descentes da árvore o possui Plesiomorfia PARA ESTE GRUPO, PÓLEN TRICOLPADO É UM ESTADO DE CARÁTER ANCESTRAL ESTADO DE CARÁTER PLESIOMÓRFICO NÃO INDICA RELAÇÕES EVOLUTIVAS DO GRUPO EM ESTUDO Resumindo... Caracteres são observados e divididos em estado de caracteres A partir desses estados constroem-se um Diagrama de Venn, uma Matriz ou uma Rede ramificada Inclusão de um grupo-externo Enraizamento para produção do cladograma Na prática não é tão fácil... Surgem outros problemas>>>>> PARALELISMO E REVERSÃO Paralelismo: ocorrência de estados de caráter similares em organismos não-relacionados Reversão: quando um estado de caráter derivado é revertido para o estado ancestral Sinônimo de HOMOPLASIA Assumindo que: PLANTAS COLPOS DO PÓLEN PÉTALAS INFLORESCÊNCIA EM CAPÍTULO? NÚMERO COTILÉDONES Estrela vermelha < 3 Livres Não 2 Estrela dourada < 3 Livres Não 1 Estrelabranca < 3 Fusionadas Não 1 Em círculo 3 Livres Não 2 Em quadrado 3 Fusionadas Não 2 Em losango 3 Fusionadas sim 2 conífera <3 Não aplicável Não aplicável >2 E se... COMO DETERMINAR QUAL DAS DUAS HIPÓTESES É A CORRETA? Modifica-se uma única vez PRINCÍPIO DA PARCIMÔNIA Princípio de simplicidade Regra: Navalha de Occam Não desenvolva uma hipótese mais complexa do que necessária para explicar os dados Este princípio nos conduz a preferir a menor das hipóteses Na maioria dos casos reais diversas redes são possíveis e não fica imediatamente óbvia a solução que aponta qual delas será a mais curta. Algoritmos computacionais PHYLIP (Felsentein 1989) NONA (Goloboff 1993) PAUP 4.0 (Swofford 2000) APROFUNDAMENTO Classificação filogenética e outros métodos taxonômicos Angiosperm Phylogeny Group Cronquist’s System Thorne’s System “ ” Sistemas Filogenéticos 1858 - "The Origin of Species" de Charles Darwin A teoria evolutiva teve um enorme impacto e os taxonomistas começam a integrar conceitos evolutivos nas classificações. De uma forma consciente tenta-se arranjar as plantas em grupos naturais, numa sequência evolutiva, que parte do mais simples para o mais complexo Falta de registros fósseis Sistema de Engler (1844-1930) SISTEMA DE A. ENGLER Divisões: I. Schyzophyta II. Myxomycetes III. Flagellatae IV. Dinoflagellatae ?. Silicoflagellatae V. Heterocontae VI. Bacillariophyta VII. Conjugatae VIII. Chlorophyceae IX. Charophyta X. Phaeophyceae XI. Rhodophyceae XII. Eumycetes XIII. Rchegoniatae Subdivisão 1ª. Bryophyta Subdivisão 2ª. Pteridophyta XIV. Embryophyta siphonogama Subdivisão 1ª. Gymnospermae Subdivisão 2ª. Angiospermae Classe 1ª. Monocotyledoneae Classe 2ª. Dicotyledoneae Plantas agrupadas em várias divisões, muitas das quais eram grupos de algas. Engler rejeitava totalmente a ideia de redução secundária, acreditando que as flores simples e unissexuais, eram primitivas. O seu sistema de classificação foi revisto várias vezes e editado em sucessivas edições, como "Sylabus der Pflanzenfamilien", tendo o último volume sido publicado em 1964. Charles Edwin Bessey (1845-1915) A evolução tanto pode ser uma progressão como regressão dos caracteres; A evolução não abrange todos os órgãos ao mesmo tempo. De um modo geral temos os caracteres mais primitivos e evoluídos, com relação: ao hábito (porte) a estrutura do vegetal flores, frutos e sementes John Hutchinson (1868-1932) Propunha um sistema de classificação semelhante ao de Bessey, mas diferindo em alguns pontos. Deriva as angiospermas de um hipotético ancestral denominado “proangiospérmicas” – plantas de transição entre Angiospermas e Gimnospermas. Arthur Cronquist (1919-1992) Divisão Magnoliophyta 5. Lilliidae 4. Zingiberidae 3. Commelinidae 2. Arecidae 1. Alismatidae Liliopsida (Monocotiledôneas) Magnoliopsida (Dicotiledôneas) Em 1981 publica The Integrated System of Classification of Flowering Plants Dahlgren 1932-1986 Em 1981 Publicou A revised Classification of the Angiosperms with Comments on the correlation between Chemical and other Character. Seu sistema foi mais utilizado para as Monocotiledôneas. Classe Magnoliopsida subclasse Magnoliidae superordem Magnolianae superordem Nymphaeanae superordem Ranunculanae superordem Caryophyllanae superordem Polygonanae superordem Plumbaginanae superordem Malvanae superordem Violanae superordem Theanae superordem Primulanae superordem Rosanae superordem Proteanae superordem Myrtanae superordem Rutanae superordem Santalanae superordem Balanophoranae superordem Aralianae superordem Asteranae superordem Solananae superordem Ericanae superordem Cornanae superordem Loasanae superordem Gentiananae superordem Lamianae superordem Alismatanae superordem Triuridanae superordem Aranae superordem Lilianae superordem Bromelianae superordem Zingiberanae superordem Commelinanae superordem Arecanae superordem Cyclanthanae Sistemas Filogenéticos Os Sistemas de Cronquist, Dahlgren e de outros autores da mesma época são enciclopédicos quanto à base de dados usada em sua restruturação. Todas as fontes de evidência contribuíram: Morfologia, Anatomia, Embriologia, Morfologia do pólen, Bioquímica, Química, Fisiologia, etc. Atualmente: Técnicas moleculares The Angiosperm Phylogeny Group APG I (1998) e II (2003) BASE DE DADOS: Morfologia Sequências de rRNA (genes 18S –1800bp-e 26S –3300bp) Sequências de rbcL (gene exclusivo das plantas, presente no DNA de seus cloroplastos) Sequências de atpB (responsável pela síntese de ATP APG II (2003)
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