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EXPOSIÇÃO DE CARNES E PRODUTOS CONGELADOS NO VAREJO Prof. José Ricardo Gonçalves Curso de Especialização em Tecnologia de Carnes 2012 - CTC/ITAL Introdução • A finalidade é apresentar a variedade de produtos para a venda ao consumidor final e, ao mesmo tempo, mantê-los a uma temperatura relativamente baixa (-18ºC) e estável. • A exposição é feita em espaços reservados e apropriados, dotados de sistema de refrigeração mecânica (expositores). • Tipos básicos de expositores: cabines abertas, fechadas ou mistas. Introdução • Quanto maior a área do expositor, maior a chance de venda e, também, o ingresso de calor ambiental (aumentando o consumo de energia). • Tipo aberto consome mais energia, pois sofre influência de correntes externas de ar que perturbam a circulação de ar frio na zona de refrigeração. Introdução • Todos os tipos devem ter instruções claras sobre os limites para carregamento dos produtos a fim de se obter a manutenção correta da temperatura (geralmente o fabricante fornece). • É considerado o ponto fraco da cadeia do frio, apesar da sua importância devido ao contato direto com o consumidor final. Consumo de Energia (relativo) Tipo Ilha Vertical (fechado) Misto Vertical (aberto) Consumo (%) 100 75 95 180 Circulação de Ar • Natural Nas cabines de dimensões menores (especialmente nos modelos horizontais). • Forçada Nas cabines de grandes dimensões (horizontais e verticais). Tipo Horizontal (Ilha) - Temperatura: -15º a -20ºC. - Vidros anti-embaçantes. - Temperatura: -15° a -20°C. - Refrigeração: estática. - Isolamento em poliuretano injetado. - Vidros deslizantes. - Termômetro. - Pés reguláveis. Tipo Vertical- -Temperatura: -16° a -20°C; - Refrigeração: ar forçado; - Prateleiras reguláveis e inclináveis; - Iluminação fluorescente; - Painel luminoso; - Porta com vidro duplo (resistente à condensação). Incidência de fontes externas de calor • Localização é importante no aspecto estratégico de vendas, mas também para evitar a exposição direta ao sol ou correntes externas de ar (dificultando a manutenção da temperatura e consumindo mais energia). • Penetração de calor proveniente do ambiente: ▪ Via paredes da cabine (isolamento térmico é fundamental), topo das cabines abertas e da abertura das portas em cabines fechadas. Incidência de fontes externas de calor ▪ Via radiação (iluminação natural ou artificial), que pode elevar em até 10ºC a temperatura do produto posicionado no topo das cabines abertas ou em locais mais expostos ao ambiente externo. • Materiais de embalagem com componentes metálicos (alumínio) protegem melhor contra a radiação durante a exposição dos produtos (derivados de celulose e plásticos não tem o mesmo efeito). Incidência de fontes externas de calor Migração de Umidade Incidência de fontes externas de calor Ponto de Equilíbrio Incidência de fontes externas de calor • Vidros tratados com uma superfície refletiva contribuem para reduzir os efeitos da energia radiante em cabines fechadas. • Fora do período de vendas o uso de cobertura para refletir a radiação ajuda a manter a temperatura do produto em exposição e reduz o consumo de energia elétrica (Ex: 5 a 15%). Incidência de fontes internas de calor • Resistências elétricas são instaladas para realizar as operações de degelo, desembaçar a superfície interna do vidro após a abertura da porta (ou externa se a umidade relativa do ar estiver alta). • Iluminação pode concentrar um efeito térmico na superfície do produto, principalmente nas cabines verticais, cuja fonte é instalada sob a extremidade de cada prateleira. Incidência de fontes internas de calor Vidro com superfície antiembaçante Incidência de fontes internas de calor • Iluminação interna de ser feita com lâmpadas “frias”. Fluorescentes: econômicas e baixa dissipação de calor. Incandescentes: alta dissipação de calor. X Principais fontes de calor (resumo) Modelo Vertical Aberto • Calor proveniente do ar quente e úmido que penetra pela área aberta (65%). • Calor proveniente da radiação ambiente (8%). • Outra fontes de calor: penetração pelo isolamento térmico, dissipação pelo ventilador de circulação de ar frio, resistências elétricas e iluminação interna, etc. Indicação de temperatura Termômetros instalados na entrada de ar da cabine não representam a melhor forma de controle, sendo preferível medir a temperatura da superfície do produto. Sensor infravermelho Bulbo de vidro Importância do degelo Formação de gelo no evaporador Importância do degelo • Penetração de ar úmido proveniente do ambiente externo resulta em operações mais freqüentes. • Sistema automático reduz o acúmulo de gelo nas embalagens e partes frias da cabine. • Sistema manual requer observação constante e deve ser feito imediatamente antes da cabine receber uma nova carga de produto, quando é possível esvaziar cada parte e remover gradualmente o gelo das paredes. Importância do degelo • O aumento da temperatura do produto e a freqüência do período de degelo podem variar amplamente: Degelo com maior freqüência tem períodos mais curtos e elevação moderada da temperatura (Ex: a cada duas horas). Degelo com menor freqüência tem períodos mais longos e elevação substancial da temperatura (Ex: duas vezes ao dia). Importância do degelo Evolução da temperatura do produto colocado no topo de um expositor horizontal aberto durante a operação do degelo 2 vezes ao dia. Importância do degelo • A temperatura no centro do produto colocado no topo da cabine durante o degelo automático não deve ser superior a –15ºC. • Geralmente o produto colocado no topo da cabine não permanece no local por mais de algumas horas ou um dia, em períodos efetivos de venda. • Embora algum abuso de temperatura possa acontecer durante a exposição, o manejo em elos anteriores da cadeia do frio deve ser feito com critérios adequados. Manejo operacional • Expositores são projetados para manter a temperatura de produtos previamente congelados. • O carregamento da cabine deve ser rápido, com o produto já etiquetado, codificado e na temperatura especificada para a exposição (ou inferior a ela). • A rotatividade do estoque deve ser sistematizada (first in, first out). Ex: colocando-se os produtos de reposição nas regiões mais frias da cabine e concluindo o empilhamento com os que já estavam em exposição. Manejo operacional Ilustração do sistema de reposição first in, first out. Val. OUT Val. DEZ Val. OUT Val. OUT Val. DEZ Val. DEZ Val. DEZ Parada de emergência • Em caso de danos mecânicos ou falta de energia elétrica, interromper o atendimento ao público, inserir termômetros no local e proteger a cabine contra efeitos da radiação (folha/chapa de alumínio) enquanto o reparo é providenciado. • Se o reparo demorar mais que algumas horas, providenciar local alternativo para o armazenamento frigorificado do produto sob risco de deterioração. Parada de emergência • Ao final do reparo, ler os termômetros e registrar o tempo e a temperatura que o produto foi exposto, para análise de eventuais danos e posterior decisão. • A inspeção da cabine em períodos regulares (ao menos,uma vez por ano) é recomendável para evitar eventuais perdas de estoque, no futuro. Perdas em potencial para a qualidade do produto • Flutuações da temperatura: Se ocorrerem de forma ampla e freqüente aceleram a recristalização e a sublimação. A recristalização promove o crescimento dos cristais e a ruptura de células, tendo como conseqüências práticas a alteração da textura e o aumento da exsudação de líquido após o descongelamento (minimizada por temperaturas baixas e constantes). Perdas em potencial para a qualidade do produto • Flutuações da temperatura: A sublimação promove a desidratação e, em casos severos, causa alterações profundas na cor característica, prejudicando a aparência geral (minimizada pelo uso de embalagens de baixa permeabilidade ao vapor d’água). Perdas em potencial para a qualidade do produto • Elevações da temperatura: Valores próximos da faixa de descongelamento favorecem a rápida formação do ranço oxidativo na presença de oxigênio. • A reação pode ser minimizada pelo acondicionamento do produto a vácuo em embalagens de baixa permeabilidade ao oxigênio. Perdas em potencial para a qualidade do produto • Elevações da temperatura: É recomendável ler e registrar freqüentemente a temperatura do ar frio, como uma indicação prévia de rotina. EXPOSIÇÃO DE CARNES E PRODUTOS CONGELADOS NO VAREJO Introdução Introdução Introdução Consumo de Energia (relativo) Circulação de Ar Tipo Horizontal (Ilha) Tipo Vertical- Incidência de fontes externas de calor� Incidência de fontes externas de calor� Incidência de fontes externas de calor � Incidência de fontes externas de calor � Incidência de fontes externas de calor� Incidência de fontes internas de calor� Incidência de fontes internas de calor� Incidência de fontes internas de calor� Principais fontes de calor (resumo)� Indicação de temperatura� Importância do degelo� Importância do degelo� Importância do degelo� Importância do degelo� Importância do degelo� Manejo operacional � Manejo operacional � ��Parada de emergência�� ��Parada de emergência�� ��Perdas em potencial para a qualidade do produto�� ��Perdas em potencial para a qualidade do produto�� ��Perdas em potencial para a qualidade do produto�� ��Perdas em potencial para a qualidade do produto��
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