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EMBALAGENS PARA CARNES E PRODUTOS CONGELADOS TC.CG.03 José Ricardo Gonçalves CTC / ITAL Introdução A maioria dos produtos é consumida distante do seu local de fabricação e algum tempo após ter sido fabricada. O suporte necessário para ligar a indústria ao consumidor é a embalagem (transporte, distribuição, estocagem, exposição, etc.). Os produtos congelados sofrem uma perda gradual de qualidade ao longo do tempo de armazenamento. Introdução As principais transformações são de natureza física e química, pois os microrganismos não se desenvolvem em temperaturas tão baixas (-18º C ou menos). A embalagem adequada é capaz de minimizar consideravelmente algumas dessas alterações indesejáveis e prolongar a vida útil do produto. Introdução A qualidade da carne e/ou produto congelado depende da embalagem utilizada. A embalagem também é um instrumento de marketing e conveniência, podendo influenciar a decisão do consumidor na hora da compra. A combinação do uso do freezer com o forno de microondas têm impulsionado o desenvolvimento de novos produtos congelados e suas respectivas embalagens. Causas das Transformações Desidratação Vapor d’água formado (sublimação) permeia a embalagem ou escapa via perfurações e fechamento não hermético. A perda de água do produto pode ter como conseqüência a “queima pelo frio”, resultando em prejuízo econômico e de qualidade. A sublimação pode ser minimizada com o uso de embalagens com baixa permeabilidade ao vapor d’água e sem deixar espaços vazios. Causas das Transformações Oxidação Gorduras altamente insaturadas estão mais sujeitas ao ranço oxidativo (suínos, aves e pescado). Subprodutos da reação causam alterações de odor e sabor. Presença de ions metálicos, enzimas e cloreto de sódio aceleram as reações oxidativas, especialmente em carne moída congelada. Causas das Transformações Oxidação A incidência de luz (UV) acelera a oxidação de pigmentos, causando alteração de cor. A reação pode ser minimizada fazendo-se uso de embalagens termoencolhíveis, com baixa permeabilidade ao oxigênio. Em carnes vermelhas o uso de embalagens opacas ou com camadas protetoras contra a radiação UV podem reduzir a formação de metamioglobina. Causas das Transformações Danos mecânicos Durante o transporte e armazenamento devido ao empilhamento (compressão), principalmente nas camadas inferiores. Manuseio inadequado (quedas, maus tratos, etc). Causas das Transformações Interação do produto com o ambiente Pode causar alterações de sabor e odor característicos do produto em função de: Absorção de odores estranhos presentes na câmara de armazenamento. Evaporação de voláteis que caracterizam a qualidade. Causas das Transformações Interação do produto com a embalagem Migração de componentes do material de embalagem pode oferecer risco à saúde do consumidor ou apenas modificar as características do produto (potencialmente tóxicos ou não). Características e Requisitos dos Materiais de Embalagem A escolha do material depende do seu desempenho a baixas temperaturas, do tipo de produto e da vida útil desejada. Devem ser considerados os aspectos tecnológicos, mercadológicos e ambientais. Características e Requisitos dos Materiais de Embalagem Requisitos Tecnológicos Baixa permeabilidade ao vapor d’água, oxigênio e vapores orgânicos. Bom desempenho físico-mecânico a baixas temperaturas (contra rasgamento e perfuração) Baixa resistência térmica para minimizar o tempo de congelamento. Boa barreira a gorduras e à luz. Características e Requisitos dos Materiais de Embalagem Requisitos Tecnológicos Bom desempenho durante o cozimento ou reaquecimento do produto para consumo. Flexibilidade para reduzir o espaço-livre dentro da embalagem e permitir a expansão do volume durante o processo de congelamento. Isenção de odores estranhos. Baixo custo. Características e Requisitos dos Materiais de Embalagem Requisitos Mercadológicos Atratividade e capacidade de informar o consumidor. Facilidade de abrir e fechar (quando o conteúdo for parcialmente consumido). Classes de Embalagem Embalagem Primária: está em contato direto com o produto. Cartucho Tem boa qualidade de impressão dada pelo cartão (recurso mercadológico). Oferece boa rigidez contra danos mecânicos. Apresenta barreira à luz, vapor d’água e gordura (quando impermeabilizado). Classes de Embalagem Cartucho Gramatura do cartão varia de 300 a 450g/m2, dependendo do peso e mercado destinado. Impermeabilização externa e interna do cartão pode ser feita com PEBD, parafina e vernizes. Cartões especiais reduzem a absorção de água pelas bordas e abas de fechamento, minimizando o aparecimento de manchas e o enfraquecimento da estrutura mecânica da embalagem. Classes de Embalagem Cartucho convencional pré-colado Cartucho display (A) Caixa de armar (B) Classes de Embalagem Plásticos Flexíveis PEBD é o material mais comum, é termosselável, de baixo custo, boa resistência ao rasgamento e perfurações, boa flexibilidade a baixas temperaturas e baixa permeabilidade ao vapor d’água . PEAD é boa barreira ao vapor d’ água e à gordura, resistente a temperaturas de até 110ºC, além de conferir maior rigidez. Classes de Embalagem Plásticos Flexíveis PA(nylon) são dimensionalmente estáveis, apresentam boa resistência à perfuração e à gordura, baixa permeabilidade a gases e boa estabilidade à baixas temperaturas. PP é relativamente rígido, mecanicamente resistente, apresenta baixa permeabilidade ao vapor d’água, boa estabilidade a altas temperaturas (mas é quebradiço a baixas temperaturas). Classes de Embalagem Plásticos Flexíveis PET apresenta resistência a temperaturas de até 200ºC, boa resistência à perfuração, baixa permeabilidade a gases e boa estabilidade à baixas temperaturas. PVC apresenta alta permeabilidade a gases e baixa permeabilidade ao vapor d’água. PVDC oferece baixa permeabilidade ao oxigênio e vapor d’água e termoencolhimento. Classes de Embalagem Plásticos Flexíveis EVA é flexível e transparente, possui excelente resistência ao impacto, boa estabilidade a baixas temperaturas, ampla faixa de termossoldagem, alta resistência à fricção e termoencolhimento. EVOH apresenta alta barreira ao oxigênio (quando seco). Classes de Embalagem Estruturas Plásticas PEBD também é usado como revestimento ou como substrato interno de estruturas laminadas ou co-extrusadas (boa termossoldabilidade). Resistência à perfuração e estabilidade a baixas temperaturas podem ser melhoradas com estruturas multicamadas: EVA, PET e PA. Permeabilidade ao vapor d’água e ao oxigênio podem ser reduzidas com estruturas multicamadas contendo PVDC. Classes de Embalagem Estruturas Plásticas EVA, PVC e PVDC podem formar estruturas termoencolhíveis para melhorar a flexibilidade, ajustando-se à superfície do produto. Estruturas multicamadas com PA, PET, EVOH ou PVDC oferecem boa barreira a gases e aumentam a vida útil de produtos gordurosos. Substratos metalizados (PET e PPBO), aditivos absorvedores de UV e pigmentação da embalagem podem reduzir a incidência de luz. Classes de Embalagem Bandejas Alumínio Material leve, inodoro, resistente à gordura e à temperatura(-70 a 600oC ) e boa barreira à luz. Isoladamente, a folha é um material poroso, sujeito à corrosão (álcalis), rasga-se facilmente, de difícil impressão e caro. Aplicação de um verniz vinílico internamente à bandeja previne/minimiza o ataque de ácidos. Laminado a um filme de PEBD oferece boa barreira ao vapor d’água e ao oxigênio. Classes de Embalagem Bandejas Plásticas PS é empregado em bandejas para separar produtos previamente congelados (quibe, empanados, almôndegas.) A bandeja é colocada em cartucho e o conjunto apresenta rigidez e resistência mecânica. PS e PVC têm facilidade de termoformação. Classes de Embalagem Bandejas Cartão Quando laminado ou revestido, associa a rigidez e qualidade gráfica do cartão às propriedades de resistência à umidade e/ou gordura do PEBD, PP ou PET. Pode ser levado ao forno de microondas e convencional, exceto o PEBD (temperatura máxima recomendada é 102ºC). Classes de Embalagem Bandejas Cartão Pigmentação da celulose mascara cor amarelada por causa da sua degradação em forno convencional (T~175 ºC). Obs: Acima de 220 ºC pode entrar em combustão. Contato da embalagem com o produto nas condições específicas de uso não deve oferecer riscos com implicações toxicológicas ou alteração de sabor. Embalagem de Transporte Contém várias unidades do produto pré- acondicionados em embalagens primárias para fins de transporte e distribuição. Embalagem de Transporte Papelão Caixa de papelão ondulado é a mais comum para a finalidade. Quando completamente cheias apresentam boa rigidez ao empilhamento. Umidade afeta a sua resistência mecânica, ocasionando a separação dos componentes. Parafina e vernizes podem ser usados como revestimento interno e externo (15g/m2). Embalagem de Transporte Papelão Quando a impressão das caixas é prejudicada, o revestimento externo é aplicado em menor quantidade (ou até eliminado). Preocupação ecológica deve reduzir a aplicação de revestimentos e aumentar o cuidado com a estocagem sob umidade relativa elevada. Embalagem de Transporte Papelão Fechamento à base de colas (aquosolúveis) pode ser ineficaz, mas o reforço com tiras de PEAD facilita a mecanização das operações finais de acondicionamento. Grampos não são recomendados pela possibilidade de oxidação em ambientes úmidos. Embalagem de Transporte Estrutura do Papelão Ondulado Embalagem de Transporte Tipos de Papelão Ondulado Face simples Parede simples Parede dupla Parede tripla Embalagem de Transporte Embalagem paletizável Embalagem de Transporte Palete PBR 1,00 x 1,20m Embalagem de Transporte Palet 1,00x1,20m (Vista Superior) 600mm 400mm 500mm 300mm 400mm Embalagem 600 x 400mm Embalagem 500 x 300mm Embalagem de Transporte Embalagem de Transporte Sacos de Ráfia Sacos de PP são usados no transporte de pescado congelado para fins institucionais ou para conter várias unidades de frango congelado acondicionados em sacos de PEBD. Obs: PP não tem bom desempenho a baixas temperaturas. Sacos de PEAD também podem usados para produtos congelados. Anexo Abreviações: Al = folha de alumínio EVA = copolímero de etileno e acetato de vinila EVOH = = copolímero de etileno e álcol vinílico PA = poliamida PEAD = polietileno de alta densidade PEBD = polietileno de baixa densidade PET= poliéster PP = polipropileno PPBO = polipropileno biorientado PS = poliestireno PVC = cloreto de polivinila PVDC = copolímero de cloreto de vinilideno e cloreto de vinila EMBALAGENS PARA CARNES E PRODUTOS CONGELADOS�TC.CG.03 Introdução Introdução Introdução Causas das Transformações Causas das Transformações Causas das Transformações Causas das Transformações Causas das Transformações Causas das Transformações Características e Requisitos dos Materiais de Embalagem Características e Requisitos dos Materiais de Embalagem Características e Requisitos dos Materiais de Embalagem Características e Requisitos dos Materiais de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Classes de Embalagem Embalagem de Transporte Embalagem de Transporte Embalagem de Transporte Embalagem de Transporte Embalagem de Transporte � Estrutura do Papelão Ondulado Embalagem de Transporte � Tipos de Papelão Ondulado ��Embalagem de Transporte � Embalagem paletizável� ��Embalagem de Transporte � ��Embalagem de Transporte � Palet 1,00x1,20m �(Vista Superior) ��Embalagem de Transporte � Embalagem de Transporte Anexo
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