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– 33 P O R T U G U ÊS E FRENTE 1 1. (UFV) – O texto abaixo apresenta um pro blema associado à coesão textual afetando também a coerência textual: O computador vem assumindo um papel cada vez mais im por - tante na educação. Apesar de incluir enciclopédias em CD-rom, possui jogos que educam e divertem. a) Identifique o problema de coesão textual. b) Reescreva o texto acima, de modo a torná-lo coe rente e coeso. 2. (UFABC) – Marte e Urano, em seu setor astral de saúde e rotina, anunciam oscilações nos planos que fez para o dia de hoje. A Lua em Virgem sugere uma onda de pensamentos repetitivos e preocupações insistentes que não só ajudam, como distraem sua atenção. Controle isso para não se acidentar. Assinale a alternativa cuja redação recupera a coesão e torna o trecho em destaque coe rente, no contexto das demais infor mações. a) que não só não ajudam, como tam - bém distraem. b) que só não ajudam nem distraem. c) que não só ajudam e distraem. d) que não ajudam só, distraem. e) que não só não ajudam, pois distraem. Texto para responder às questões de 1 a 5. TRIBUNAIS DE DROGAS É preciso ter consciência de que não existe uma resposta fácil para o problema das drogas. É uma chaga que coloca vidas em risco em todo o mundo, tanto diretamente, pelo uso abusivo, quanto indireta - mente, com a organização criminosa do tráfico de narcóticos. Mas algumas das providências tomadas no combate ao uso abusivo passam por caminhos bem tortuosos. Assim parece ser o projeto de Tribunais de Drogas, que vem sendo utilizado nos Estados Unidos. A Secretaria Nacional Antidrogas apoia essa ideia e pretende implemen - tá-la aqui no Brasil. Seria necessário, para isso, criar varas especializadas no julga - mento do usuário. Se condenado, a ele seria oferecida a alternativa de se submeter a um tratamento. Pode até ser considerada um avanço a admissão de que o usuário de drogas não deve ter o mesmo julgamento de um traficante. Realmente não deve. Mas é apenas um meio caminho andado, que não toca na questão principal: conserva-se a intenção de julgar um criminoso. O que acontece é que são oferecidas ao usuário oportunidades de se tratar do vício. Porém fica a impressão de que, como que passando por um exorcismo, ele finalmente pudesse expurgar os crimes do corpo. Programas europeus tomam outros caminhos para tratar o usuário. E o fundamental da experiência europeia é que esses programas reconhecem que não há tratamento que dê certo sem que o paciente queira mesmo dele participar. A instituição de tribunais de exceção para drogados não indica que esse tipo de abordagem, conservando a relação de crime e castigo, leve em conta a decisão do usuário de se desintoxicar. Ele tem de fazê-lo. A repressão ao tráfico deve continuar a ser firme, mas parece equivocado insistir em equiparar o usuário a um criminoso. (Editorial, Folha de S. Paulo) 1. Classifique as seguintes orações do primeiro período do primeiro parágrafo: “É preciso ter consciência de que não existe uma resposta fácil para o problema das drogas.” 2. Na frase “É uma chaga que coloca vidas em risco...”, o que é conjunção integrante? 3. Classifique as seguintes orações do primeiro período do terceiro parágrafo: “Seria necessário, para isso, criar varas especializadas no julgamento do usuário.” 4. As orações destacadas em “O que acontece é que são oferecidas ao usuário oportunidades...” (5.o parágrafo) e “A instituição de tribunais de exceção para drogados não indica que esse tipo de abordagem (...) leve em conta a decisão do usuário...” (7.o parágrafo) são classifi - cadas, respecti vamente, como a) subjetiva e objetiva indireta. b) completiva nominal e objetiva direta. c) objetiva direta e subjetiva. d) predicativa e objetiva direta. e) subjetiva e predicativa. 5. Considerando o texto que você analisou, que tipo de oração predomina numa dissertação? MÓDULO 19 ORAÇÕES COORDENADAS MÓDULO 20 ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS E_EXERC_TAREFA_C5_CURSO_2011_PROF_GK 09/05/11 15:17 Page 33 34 – P O R T U G U ÊS E 2. (ITA) – Assinale a opção em que a palavra onde está corretamente empregada. a) Após o comício, houve briga onde estavam envolvidos estudantes de duas escolas diferentes. b) Os músicos criaram um clima de alegria onde o anfitrião foi responsabilizado. c) Foi importante a reforma do estatuto da escola, de onde resultou melhoria no ensino. d) Viver em um país onde saúde e educação são valorizadas é direito de qualquer cidadão. e) Na reunião de segunda-feira, várias decisões foram tomadas pelos sócios da empresa, onde também foi decidido o reajuste das tarifas. 3. (UFC) – Construa um período com as quatro orações abaixo, seguindo rigorosamente as instruções contidas nos parênteses. I. O camareiro entrou no quarto. (oração principal) II. Eu não lembro o nome do camareiro. (oração adjetiva com cujo) III.O presidente estava no quarto. (oração adjetiva com onde) IV. O presidente se matara. (oração adjetiva com que) 4. (CAESU) – Observe a transformação: Este é o livro. O professor gostou dele. Este é o livro de que o professor gostou. Assinale a transformação em que deverá aparecer o pronome relativo cujo. a) Pequena é a sala. Cabem nela apenas algumas cadeiras. b) Este é o professor. O aluno se referiu a ele com carinho. c) Aqui está o livro. Na sua capa está desenhado um coração. d) São interessantes essas crônicas. Pouca gente as leu. e) Muito sensata era aquela senhora. Muita gente confiava nela. 5. (MACKENZIE) I. Os personagens da mitologia são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem. II. O acervo de personagens da mitologia conta com doze figuras principais. Assinale a alternativa que apresenta a transformação adequada das ora - ções I e II em um único período, por meio do emprego de pronome relativo. a) Os personagens da mitologia, que o acervo conta com doze figuras principais, são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem. b) O acervo de personagens da mitologia conta com doze figuras prin - cipais cujas são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem. c) Os personagens da mitologia são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem e seu acervo conta com doze figuras principais. d) Os personagens da mitologia, cujo acervo conta com doze figuras principais, são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem. e) O acervo de personagens da mitologia que conta com doze figuras prin - cipais, que são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem. 6. (UNESP) – “O espetáculo ______________ assistimos no crepús - culo do século XX certamente não é o mesmo _____________ convi - veram os nossos ante passados ao findar o século XIX, que, por sua vez, foi bem diferente daquele ____________ descre veram os historia dores do último quartel do século XVIII.” Assinale a alternativa que preenche, corretamente, todas as lacunas do trecho acima, pela ordem dada. a) que – que – de que b) que – a que – que c) a que – que – de que d) em que – com que – de que e) a que – com que – que MÓDULO 21 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS E EMPREGO DO PRONOME RELATIVO II. “Dias depois, a página de outro dos filhos do presidente, Luís Cláudio, exibia foto de um lança-foguetes do Exército, o Astros 2. Comen tário do caçula de Lula: 'Olha o lança-foguetes que eu entrei'.” III. “Os pesquisadores temos sido muito treinados para fazer relatórios técnicos para as agências financiadoras e muito pouco – ou nada – para passar mensagens claras aos cidadãos que pagam os impostos e que, supostamente, são os beneficiários das nossas pesquisas.” IV. “Sou um milionário desesperado por não saber como gastar dinheiro. Aceite esta nota e ajude a diminuir minha riqueza. Deus te abençoe.” V. “Miami – Peço perdão ao leitor por cenas explícitas de sociologia de botequim. Mas entenda porfavor: eu queria escrever sobre o novo presidente dos Estados Unidos, mas já são, aqui em Miami, quase 17 horas (quase 20 horas, portanto, em Brasília).” Uma inadequação gramatical recorrente na lingua gem oral (referente à ausência de preposição) pode ser identificada no(s) texto(s) a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) III e V, apenas. e) I e IV, apenas. 1. (CÁSPER LÍBERO) – Leia os textos abaixo, extraídos da grande imprensa. I. E_EXERC_TAREFA_C5_CURSO_2011_PROF_GK 09/05/11 15:17 Page 34 7. (FGV-Adm.) – Assinale a alternativa em que a ausência da prepo - sição, antes do pronome relativo que, está de acordo com a norma culta. a) É uma quantia vultosa, que o Estado não dispõe: falta-lhe nume rário. b) Vi claramente o bolso que você pôs o dinheiro nele. c) Não interessava perguntar qual a agência que o remetente enviou a carta. d) A garota que eu gosto não está namorando mais. Chegou a minha oportunidade. e) Essa era a declaração que o alcaide insistia em fazer. 8. (FUVEST) – Em que frase o espaço em branco deve ser preenchido apenas com pronome relativo e não com pronome relativo regido de preposição? a) Trata-se de joias de família _____________ jamais me desfarei. b) O candidato expôs planos _____________ nin guém confiou. c) Nesta rua, os serviços __________ você tem acesso são inúmeros. d) Foi positivo o resultado ____________ a empresa atingiu. e) Eis o documento _____________ cópia me refiro. 9. (FGV-Adm.) – Assinale a alternativa em que, incorretamente, usou-se ou deixou-se de usar uma preposição antes do pronome relativo. a) A rua que eu moro não é asfaltada. b) Ernesto, de cujos olhos parecia saírem raios de fogo, manifestou-se violentamente. c) Soçobrou o navio que se dirigia a Barcelona. d) O cachorro a que você deveria dar isso pertence ao vizinho do 43. e) Era o repouso por que esperávamos quando regres samos de Roma. 1. Substitua o conectivo destacado por outro de igual valor, de forma a não alterar o sentido da oração. a) “Posto que nascido na roça (donde vim com dois anos) e apesar dos costumes do tempo, eu não sabia montar e tinha medo ao cavalo.” (Machado de Assis) b) “Raras vezes me irrito, conquanto lastime sempre o que é fraqueza ou perversão.” (Machado de Assis) c) “Os sucessos de certa ordem, embora de pouca monta, podem ser trazidos a lume, contanto que ponham em relevo a tua pessoa.” (Machado de Assis) d) Segundo atesta recente relatório do Banco Mundial, o Brasil é o campeão mundial de má distribuição de renda. e) “Vinham em bandos, arranchavam-se nas árvores da beira do rio, descansavam, bebiam e, como em redor não havia comida, seguiam viagem para o Sul.” (Graciliano Ramos) 2. (FUVEST) Sei que esperavas desde o início que eu te dissesse hoje o meu canto solene. Sei que a única alma que eu possuo é mais numerosa que os cardumes do mar. (Jorge de Lima) As orações subordinadas destacadas são, respec ti vamente: a) substantiva subjetiva – adjetiva – adverbial concessiva. b) adjetiva – substantiva objetiva direta – adverbial consecutiva. c) substantiva objetiva direta – adjetiva – adverbial comparativa. d) adjetiva – substantiva subjetiva – adverbial causal. e) substantiva predicativa – adjetiva – adverbial consecutiva. 1. (IBMEC) – Compare estes períodos: I. Os investidores que temiam ser vítimas da crise global financeira abandonaram o mercado de ações. II. Os investidores, que temiam ser vítimas da crise global financeira, abandonaram o mercado de ações. A respeito do emprego de vírgulas, é correto afirmar: a) Em I, a ausência de vírgulas cria o pressuposto de que ainda há pessoas investindo na Bolsa de Valores. b) Em II, a presença de vírgulas indica que somente alguns inves - tidores temiam ser vítimas da crise financeira. c) A análise dos períodos permite afirmar que as vírgulas têm apenas a função de demarcar pausas na leitura. d) Em I, subentende-se que todos os investidores deixaram de aplicar seu dinheiro no mercado de ações. e) Em II, as vírgulas foram usadas para destacar a ideia de restrição, presente na oração subordinada adjetiva. 2. (FGV-Econ.) – a) Use os sinais de pontuação adequados, para garantir a inteligibilidade do trecho: Adverte o advogado cidadãos honestos cumpridores dos deveres não se deixem transformar em laranjas cuidem para não assinar procuração utilizada depois para a abertura de empresas fraudulentas. b) Justifique apenas UM dos sinais de pontuação utilizado. 3. (FGV-Adm.) – Assinale a alternativa corretamente pontuada. a) Quando as mensagens são frias, tornam-se mais acessíveis, pois são mais facilmente interpretadas, esse tipo de mensagem por ser facilmente compreendido, facilita a tomada de decisão. b) O boiadeiro virou-se para o lado da casa e perguntou: “E daí, companheiro, essa gororoba sai ou não sai?”. c) Diariamente um diretor de empresa recebe mensagens eletrônicas, relatórios, e cartas com muitos dados por exemplo, a respeito dos recursos humanos. d) Mas, não conseguiu chegar ao poço, antes disso, tropeçou em algo que não parecera estar ali. e) Era o pé de Antônio, atravessado à sua frente. O que não deveria ser motivo, de surpresa, já que ele havia prometido vingar-se a todo custo. 4. (FGV-Econ.) – Assinale a alternativa em que uma das vírgulas da frase tem de ser substituída por dois-pontos. a) O crescimento está baseado fundamentalmente na de manda interna, e o destaque foi a expansão do investimento fixo, com um aumento de 12,8% em relação ao segundo trimestre de 2006. b) O autor do texto elaborou um diálogo intertextual com a frase, “O preço da liberdade é a eterna vigi lância”. c) As recentes pressões sobre os índices de preços se devem, em parte, a problemas localizados de oferta. d) Além disso, a economia brasileira vem, desde agosto, resistindo bem às turbulências. e) Temos, ao mesmo tempo, aumento do grau de utili zação da capacidade preexistente e aumento do esto que de capital, em razão dos novos investimentos. 5. (FUVEST) – “Os meninos de rua que procuram trabalho são repelidos pela população.” a) Reescreva a frase, alterando-lhe o sentido apenas com o emprego de vírgulas. b) Explique a alteração de sentido ocorrida MÓDULO 23 PONTUAÇÃO MÓDULO 22 ORAÇÕES SUBORDINADAS E ADVERBIAIS – 35 P O R T U G U ÊS E E_EXERC_TAREFA_C5_CURSO_2011_PROF_GK 09/05/11 15:17 Page 35 36 – P O R T U G U ÊS E 1) a) O problema de coesão textual está no emprego inade quado da locução concessiva "apesar de", porque a ideia não é de ressalva ou oposição, mas de adição. b) O computador vem assumindo um papel cada vez mais importante na educação. Além de incluir enciclopédias em CD-rom, possui jogos que educam e divertem. 2) A relação que se estabelece entre as orações é de adição; porém, para se manter o sentido negativo nas duas orações, é necessário acrescentar à primeira o advérbio de negação não, modificando o verbo ajudar, pois o não de não só… como também é apenas integrante da correlação que promove a adição enfática. Resposta: A 1) "É preciso": oração principal. "ter consciência": oração subordinada substantiva subjetiva (que se tenha consciência). "de que não existe uma resposta fácil para o problema das drogas": oração subordinada substantiva completiva nominal. 2) Não, porque retoma o antecedente “chaga” e pode ser substi - tuído por a qual. Trata-se, portanto, de pronome relativo. 3) “Seria necessário, para isso”: oração principal. “criar varas especializadas no julgamento do usuário”: oração subordinada substantiva subjetiva (que se criassem varas especializadas no julgamento do usuário). 4) D 5) Predominam as orações subordinadas. 1) I. “ ...de que(m) eu nunca ouvi falar!” II. “...em que eu entrei.” Resposta: B 2) Onde como pronome relativo equivale a lugar em que, no qual, indicando sempre um lugar físico. Resposta: D 3) O parágrafoproduzido deverá ser: “O camareiro, cujo nome eu não lembro, entrou no quarto onde estava o presidente que se matara.” Será aceita também a construção: “O camareiro, de cujo nome eu não me lembro, entrou no quarto onde estava o presidente que se matara.”, embora a regência do verbo tenha sido alterada. 4) Em a, “Pequena é a sala em que cabem apenas algumas cadeiras.”; em b, “Este é o professor a quem o aluno se referiu com carinho.”; em c, “Aqui está o livro em cuja capa está desenhado um coração.”; em d, “São interessantes essas crônicas que pouca gente leu.”; em e, “Muito sensata era aquela senhora em que(m) muita gente confiava.”. Resposta: C 5) D 6) E 7) Na alternativa apontada, o pronome relativo que não precisa vir antecedido de preposição, pois o verbo fazer é transitivo direto (“fazer a declaração”). Em a, o verbo dispor rege preposição de (“...de que o Estado não dispõe...”); em b, o verbo pôr admite adjunto adverbial de lugar com preposição em (“... o bolso em que você pôs o dinheiro...”); em c, o verbo enviar rege preposição a ou para (“... a agência a/para que o remetente enviou a carta...”); em d, o verbo gostar rege preposição de (“… ga ro ta de que eu gosto...”). Resposta: E 9) a) de que; b) em que; c) a que; d) que; e) a cuja. Resposta: D 9) O verbo morar deveria ter o seu adjunto adverbial (repre sentado na frase pelo pronome relativo que, cujo antecedente é rua) introduzido pela preposição em: “...rua em que eu moro...”. Resposta: A 1) a) embora, ainda que, conquanto, mesmo que. b) embora, ainda que, posto que, mesmo que, apesar de las - timar. c) desde que, caso, se puserem. d) conforme, como. e) já que, visto que, uma vez que, porque. 2) C 1) A 2) a) Adverte o advogado: – Cidadãos honestos, cumpri dores dos deveres, não se deixem transformar em laranjas; cuidem para não assinar procu ração, utilizada depois para a aber - tura de empresas fraudulentas. b) Os dois-pontos e o travessão foram utilizados para intro - duzir a fala do advogado, em discurso direto. Cidadãos honestos é vocativo, separado por vírgula de cumpridores dos de ve res, aposto ex pli cativo. O ponto-e-vírgula foi empregado para separar orações, porque a anterior já apresenta vírgulas em seu interior. A vírgula depois de procuração evita ambigui dade e introduz oração reduzida de parti cípio. 3) Os dois-pontos, na frase da alternativa b, introduzem a trans - crição do discurso direto que complementa o verbo declarativo perguntou. As aspas destacam adequada mente a citação desse discurso. As vírgulas isolam, como é de regra, o vocativo compa - nheiro. A imperti nência da pontuação das frases das demais alternativas é gritante e se revela a uma simples leitura atenta e sensata. Resposta: B 4) A vírgula deve ser substituída por dois-pontos, porque a frase seguinte é uma citação que funciona como aposto especificador da palavra frase. Resposta: B 5) a) Os meninos de rua, que procuram emprego, são repelidos pela população. b) Sem as vírgulas, a oração adjetiva – que procuram emprego – limita, restringe o termo meninos. Entende-se, pois, que uma parte dos meninos de rua procura emprego, e que essa parte é repelida pela população. As vírgulas mudam o sentido da oração adjetiva: ela passa a ser explicativa. Entende-se, assim, que todos os meninos de rua procuram emprego e são repelidos pela população. MÓDULO 19 MÓDULO 20 MÓDULO 21 MÓDULO 22 MÓDULO 23 E_EXERC_TAREFA_C5_CURSO_2011_PROF_GK 09/05/11 15:17 Page 36 – 37 P O R T U G U ÊS E FRENTE 2 1. Aponte algumas características que indiquem o as pec to conservador do Pré-Modernismo e algu mas que antecipam o Modernismo, levando em con ta a produção em prosa pré-modernista. Sobre Os Sertões, de Euclides da Cunha, responda: 2. Quando a obra foi publicada em livro? 3. De que partes é constituída essa obra? 4. Por que se pode dizer que Os Sertões apresentam influência determinista? 1. Quais foram os livros que deram consagração e popularidade a Monteiro Lobato? 2. O que Monteiro Lobato denuncia nessas obras? 3. Assinale A quando se tratar de Monteiro Lobato e B quando se tratar de Augusto dos Anjos. I. ( ) Em Cidades Mortas, retrata a decadente região do Vale do Paraíba, exaurida pela monocultura do café. Consagra-se então como caracterizador de tipos e ambientes, num processo narrativo que beira muitas vezes o anedótico, num talentoso jeito de contador de “estórias”. II. ( ) A originalidade de sua obra está justamente em sua visão de mundo, que, ajustada em palavras, proporcionará uma nova expressão na poesia brasileira. A imagem em sua poesia é inten cio nal - mente deformada, desconcer tante, transfi gu ra dora da realidade. III. ( ) Publicou em vida um único livro, Eu, em 1912, ree ditado em 1919 com o título Eu e Outras Poesias. IV. ( ) É autor de Urupês, Ideias de Jeca Tatu e Negrinha. 1. Cite algumas características da poesia modernista. 2. Quando surge o Modernismo em Portugal? 3. Que são os chamados heterônimos de Fernando Pessoa? 4. Mensagem, de Fernando Pessoa, apresenta relação de intertex - tualidade com outra obra da Literatura Portuguesa. Que obra é essa? 5. No verso seguinte, exprime-se um dos temas cen tra is da poesia de Mário de Sá-Carneiro. Qual é ele? “Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim...” 1 . Quais são as características básicas do heterônimo Alberto Caeiro? Texto para a questão 2. O luar através dos altos ramos, Dizem os poetas todos que ele é mais Que o luar através dos altos ramos. Mas para mim, que não sei o que penso, O que o luar através dos altos ramos É, além de ser O luar através dos altos ramos, É não ser mais Que o luar através dos altos ramos. (Fernando Pessoa, Obra Poética) As bolas de sabão que esta criança Se entretém a largar de uma palhinha canudo São translucidamente uma filosofia toda. Claras, inúteis e passageiras como a Natureza, Amigas dos olhos como as coisas, São aquilo que são Com uma precisão redondinha e aérea, E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa, Pretende que elas são mais do que parecem ser. (…) (Fernando Pessoa, Obra Poética) 2. (UFSCar-SP) – O que há de comum nesses dois poemas em termos de estilo? Justifique a sua resposta. 1. Quais são as características básicas do heterônimo Ricardo Reis? 2. Assinale A para Alberto Caeiro e B para Ricardo Reis. MÓDULO 37 PRÉ-MODERNISMO (I) MÓDULO 38 PRÉ-MODERNISMO (II) MÓDULO 39 FERNANDO PESSOA (I) E MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO MÓDULO 40 FERNANDO PESSOA (II) MÓDULO 41 FERNANDO PESSOA (III) E_EXERC_TAREFA_C5_CURSO_2011_PROF_GK 09/05/11 15:17 Page 37 38 – P O R T U G U ÊS E I. ( ) Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos.) II. ( ) Pensar em Deus é desobedecer a Deus, Porque Deus quis que o não conhecêssemos, Por isso se nos não mostrou... III. ( ) E há poetas que são artistas E trabalham nos seus versos Como um carpinteiro nas tábuas!... IV. ( ) Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a Lua toda Brilha, porque alta vive. 3. Aponte sucintamente os aspectos dominantes da poesia do heterô - nimo Álvaro de Campos. A Semana de Arte Moderna de 22 agregou artistas que mais tarde seguiriam caminhos divergentes, formando grupos ou correntes. 1. Indique as correntes modernistas mais importantes e seus principais representantes. 2. Aponte as principais revistas que veiculavam as i de ias do movi - mento e, mais tarde, dos grupos que se formaram. 3. Pretendendo “reintegrar o homem na livre expansão dos seus ins - tintos vitais”, essa corrente propunha não uma aceitação passiva do legadoeuropeu pela cultura brasileira, mas a devoração crítica desse legado e sua transformação em algo novo, com iden tidade própria e alcance universal. Essa é a pro posta do grupo __________________ _______________________ . 1. Aponte as duas vertentes temáticas da poesia e da prosa de Mário de Andrade. 2. Cite obras de poesia e de prosa que exemplifiquem cada uma das vertentes apontadas na resposta à questão anterior. Texto para as ques tões 1 e 2. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: — Ai! que preguiça!... e não dizia mais nada. (...) O divertimento dele era decepar cabe - ça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. (...) No mucambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara. (Mário de Andrade, Macunaíma) 1. A partir da leitura do fragmento, você pôde perceber que a personagem foge ao perfil do herói moral men te perfeito. Cite três características da persona gem. 2. Comprove com passagens do texto. 3. Sobre a obra de Oswald de Andrade, analise as afirmações seguintes e assinale a alternativa correta. I. A poesia “Pau-Brasil”, do livro de mesmo nome, e a do Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade representaram notável inovação, pelo tom de paródia e pela desmisti ficação dos temas e modos da poesia e da vida nacional. II. Pode considerar-se a Antropofagia como um desen volvimento do Manifesto Pau-Brasil, incluindo, além da perspectiva primitivista e da valorização da experiência americana pré-europeia, toda uma filo sofia da cultura (devo ração crítica de valores culturais) e um pro grama social (cons tru ção de uma sociedade matriarcal e socialista). III. O romance Serafim Ponte Grande, assim como depois Marco Zero, representa na obra de Oswald, em oposição à experiência renovadora das Memórias Sentimentais de João Miramar, uma retomada da linha tradicional da narrativa linear, em que a linguagem representa mera - mente o papel de veículo. IV. O teatro de Oswald de Andrade (A Morta, O Homem e o Cavalo, O Rei da Vela) representou uma das mais audaciosas experiências de reno vação da literatura dramática nacional. Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I, II e III. c) II e III. d) I, II e IV. e) I e IV. 1. Entre os autores modernistas, o que melhor reflete o espírito da Se - ma na é ___________________________________. Atuando como poeta, ficcionista, dramaturgo e crítico literário, foi um dos que revo - lucionou a lin gua gem literária brasileira com seu estilo telegráfico, rápido e objetivo. A parte mais importante e significativa de sua ficção está nos romances ______________________________ (1924) e _______________________________ (1933), nos quais se rompem as barreiras entre poesia e prosa. MÓDULO 42 A SEMANA DE ARTE MODERNA MÓDULO 43 PRIMEIRO TEMPO MODERNISTA: MÁRIO DE ANDRADE (I) MÓDULO 44 MÁRIO DE ANDRADE (II): MACUNAÍMA E OSWALD DE ANDRADE (I) MÓDULO 45 OSWALD DE ANDRADE (II) E_EXERC_TAREFA_C5_CURSO_2011_PROF_GK 09/05/11 15:17 Page 38 Texto para o teste 2. Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Me dá um cigarro (Oswald de Andrade) 2. (UNIBERO-SP) – Observando as características e o teor geral do poema, é correto afirmar que a) o Modernismo pretendeu reformular a gramática, apesar dos pro - testos dos conservadores. b) apesar da tarefa tão árdua para o professor e para o aluno, a gra - mática precisa ser preservada. c) protestar contra a gramática, considerando-a supér flua e difícil, foi a única atuação “mo der nista” do autor. d) o modo de falar do negro é menos correto do que o do branco, por razões culturais. e) a valorização do falar coloquial foi uma das propostas do Mo - dernismo. As questões 1 e 2 referem-se ao poema abaixo: POEMA SÓ PARA JAIME OVALLE Quando hoje acordei ainda fazia escuro (Embora a manhã já estivesse avançada). Chovia. Chovia uma triste chuva de resignação Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. Então me levantei. Bebi o café que eu mesmo preparei, Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando... — Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei. (Manuel Bandeira) 1. (FUVEST-SP) – Que verso sugere a solidão do poeta? 2. (FUVEST-SP) – Qual o sentido de “contraste” e “con so lo” no contexto do poema? MÓDULO 46 MANUEL BANDEIRA – 39 P O R T U G U ÊS E 1) No Pré-Modernismo vigora ainda a men ta li dade po sitivista e determinista do Realismo-Naturalismo. O uso das formas e do vocabulário revela os mesmos há bi tos dos autores do fim do século XIX. Mas o Pré -Modernismo, fazendo jus à sua deno mi - nação, antecipa o Modernismo, por problematizar a realidade brasileira, por criticar institu i ções envelhecidas e pelo espírito inconfor mis ta. 2) Os Sertões foram publicados em 1902. 3) Os Sertões constituem-se de três par tes: “A Terra”, “O Homem”, “A Luta”. 4) Os Sertões apresentam influência deter mi nis ta, pois porque a divisão “A Terra”, “O Homem”, “A Luta” se apoia no conceito de que o homem é produto do meio, da raça e do momento. 1) Urupês e Cidades Mortas. 2) Em Urupês e Cidades Mortas, Monteiro Lo ba to denuncia o marasmo, a indolência do ho mem do interior paulista. 3) I: A II: B III: B IV: A 1) A poesia modernista, entre outras carac te rís ti cas, apre senta liberdade for mal, ma ni fes tada no em prego do verso livre e no a ban dono de formas tra dicio nais; am pli a ção temática, com a inclusão de temas do cotidiano e da civilização moderna (a má - quina, a velocidade etc.). Apresenta ain da cos mopolitismo do processo lite rá rio, des sa crali za ção da obra de arte, humor, an tia - ca demicismo, lin gua gem colo quial, in te res se pelo imediato, pelo homem comum. 2) O Modernismo em Portugal surge em 1915, com a publicação da revista Orpheu. 3) É característica da obra poética de Fer nan do Pessoa a fragmen - tação do sujeito lí ri co em várias perso nalidades poéticas, os chamados heterô ni mos. Os heterônimos de Pessoa fun cio nam como “másca ras” de posturas poéticas dis tintas, que chegam a contradizer-se, mas dia logam entre si. 4) Os Lusíadas, de Luís de Camões. 5) O tema central da obra de Mário de Sá-Carneiro é a cisão de sua personalidade. A partir dessa cisão, o poeta apresenta uma análise angus tiada de si mesmo, sempre cons ciente do pouco que faltava para realizar-se. Neste verso, é notá vel como o poeta rompe a sintaxe normal do verbo falhar e o trans forma em transitivo dire to. Assim, Sá-Carneiro expressa sinta tica men te que suas falhas incidem sobre si mesmo, que falhou com relação ao que foi, e que sua própria exis tência foi algo incom pleto, cindido (dividido). MÓDULO 37 MÓDULO 38 MÓDULO 39 E_EXERC_TAREFA_C5_CURSO_2011_PROF_GK 09/05/11 15:17 Page 39 40 – P O R T U G U ÊS E 1) Alberto Caeiro é o menos culto dos hete rô ni mos, é o mais sim - ples. Alheio à sofis tica ção cultural dos outros heterô ni mos, é mes tre de paganismo, de uma visão não espiritualizada da vida. Os ver sos de Caeiro são livres, parecendo prosa. O voca bu lário é sim ples. Não há esforços de e vi tar repeti ções de palavras ou frases intei ras. 2) Em Caeiro, a simplicidade da “forma” é também “conteúdo”, intenção, programa. Por isso realiza uma poesia intencional - mente pro saica, com o livre andamento da prosa, enfática, redundante, com os recursos retóricos de quem visa a convencer e não a encantar ou a comover, embora muitas vezes encante e comova exatamente pela simplicidade. O vocabulário afasta qualquerpre ciosismo, qualquer citação erudita. É a linguagem de um camponês simples, direto e inculto. 1) Ricardo Reis é cultor dos clássicos gregos e latinos. Sua poesia é muito culta e o paganismo que apre senta deriva da lição dos escritores da Anti gui dade, sobretudo Horácio, bem como os temas da brevidade da vida e da necessidade de aproveitar o mo mento presente. Estilisticamente, a poesia de Ricardo Reis é caracte rizada por sintaxe latini zante, com grandes inversões na ordem das pala vras, re gên ci as desu sadas, vocabulário inco - mum. Apre senta es que ma métrico fixo, al ter nância de ver sos longos e breves, sem ri mas. 2) I: B II: A III: A IV: B 3) A poesia de Álvaro de Campos apresenta referên cias frequentes à civilização e ao progresso: é notável a presença de ele men tos da paisagem urba na, como fá bri cas, lâmpadas elétricas, máquinas de es cre ver. Na poesia desse heterô ni mo, que é en - genheiro, é mais perceptível o caráter de moder nidade, que tem ligações com Ce sá rio Verde, o ame ricano Walt Whitman e o Futurismo. Esses aspec tos manisfes tam-se na predominância (mas não exclu si vi da de) de versos de tom colo quial, livres, de gran de força rítmica em seus mo mentos mais intensos. 1) Após a Semana de 22, formou-se a corrente nacio na lista, reu - nida nos grupos “Verde-Ama relo” (1924), “Anta” (1929), em torno de Menotti del Picchia, Plínio Salgado e Cassiano Ri - cardo. Esses intelectuais eram de Direita, próximos do Inte gra - lismo. For mou-se a corrente primitivista, reunida nos grupos “Pau-Brasil” (1924) e “Antro po fa gia” (1929), sob a liderança de Oswald de Andrade. 2) Veiculavam as ideias modernistas: a re vis ta Klaxon, que durou de maio de 1922 a feve rei ro de 1923 e reunia os modernistas da pri mei ra fase do movimento, cha mada “fase heroica”; a revista Estética, que teve três números em 1924 e dedi cava-se espe ci al - men te à crí tica e análise literária; a Revis ta de Antropofagia, que durou de maio de 1928 a janeiro de 1929, em edição men sal, e de março a agosto de 1929, em edição se ma nal. Em seu pri meiro número, a Revista de Antropofagia di vul gou o “Mani fes to Antropó fago”, de Oswald de Andrade, em que se dão a conhe - cer as i de i as da corrente. 3) Antropofagia. 1) As duas vertentes temáticas da poesia e da prosa de Mário de Andrade são a míti co-folclórica e a urbana. 2) Na poesia, Pau li ce ia Desvairada é exem plo da vertente ur ba na e Clã do Jabuti, da folcló rica. Na pro sa, Amar, Verbo Intransitivo é exemplo da ver tente urbana e Macunaíma é exemplo da folcló - rica, embora parte de sua ação se pas se na cidade de São Paulo. 1) A personagem é preguiçosa, atrevida e malvada. 2) “Si o incitavam a falar exclamava: — Ai! Que preguiça!...” “O divertimento dele era decepar cabeça de saúva.” “No mucambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças dela...” 3) Oswald de Andrade é referido pela História da Literatura Brasileira como o mais radical, o mais iconoclasta e o mais polêmico dos modernistas do Primeiro Momento, da “fase heroica” (1922-1930). Exata mente o que investiu com mais contundência contra o academicismo e o tradicionalismo em toda a sua obra, fato que pode ser verificado em obras de linguagem inovadora como Serafim Ponte Grande. Resposta: D 1) Oswald de Andrade – Memórias Sentimen tais de João Miramar – Serafim Ponte Grande. 2) E 1) “Bebi o café que eu mesmo preparei...” 2) Contraste = a chuva era bem diferente do calor tempestuoso da noite e, por oposição, realçava-o. Consolo = a chuva trou xe ra a sensação de alívio relativo. MÓDULO 43 MÓDULO 44 MÓDULO 45 MÓDULO 46 MÓDULO 41 MÓDULO 42 MÓDULO 40 E_EXERC_TAREFA_C5_CURSO_2011_PROF_GK 09/05/11 15:17 Page 40
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