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Redação Discursiva
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Apresentação Textual
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REDAÇÃO DISCURSIVA
Apresentação Textual
Prof. Elias Santana e Prof.a Tereza Cavalcanti
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
1. Estética Textual ......................................................................................4
1.1. Caligrafia ..........................................................................................4
1.2. Parágrafo ..........................................................................................5
1.3. Margem ............................................................................................5
1.4. Rasura ..............................................................................................5
1.5. Quantidade de Linhas .........................................................................6
1.6. Marca Identificadora ...........................................................................6
2. Linguagem .............................................................................................6
O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para Nedja Carvalho - 07625148416, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Olá, querido(a)!
Nós já detalhamos como seria a montagem ideal de um texto sem tópicos e com 
tópicos. Temos certeza de que, se você estiver treinando verdadeiramente, a sua 
redação deve estar bem melhor, e em conformidade com o que é necessário para 
garantir a aprovação em um concurso público.
Neste PDF, queremos transmitir a você os detalhes finais sobre o assunto: esté-
tica e linguagem. Esses são retoques que vão deixar seu texto com a apresentação 
que o examinador precisa ver. 
TEREZA CAVALCANTI
Professora de Língua Portuguesa desde 1984. Formada pela Univer-
sidade de Brasília em 1986 (Letras – Português), com especialização 
em Literatura Brasileira pela mesma instituição e em Docência para 
Ensino Superior pelo IESB. Trabalhou em educação regular (ensino 
médio e superior) e em cursos preparatórios para vestibular duran-
te vinte e cinco anos. Há vinte anos, dedica-se à preparação para 
concurso público, ministrando aulas de Gramática, Interpretação de 
Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva. Aprovada em diversos 
concursos (Secretaria de Educação, Tribunal de Justiça do Distrito 
Federal, Colégio Militar, Correios, IF-DF, Supremo Tribunal Federal, 
Superior Tribunal Militar), encontrou nas aulas para concurso sua 
verdadeira vocação e tem se dedicado exclusivamente a essa área 
há dez anos.
ELIAS SANTANA
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – 
pela Universidade de Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição, 
na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque 
em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, 
além de pro fessor em vários colégios e cursos preparatórios. Ministra 
aulas de gramá tica, redação discursiva e interpretação de textos. Ade-
mais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, 
recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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1. Estética Textual
A estética textual pode até não valer muitos pontos em sua prova, mas ela é a 
responsável por dar ao examinador a primeira impressão do seu texto (e você 
sabe o que dizem sobre a primeira impressão). São alguns cuidados que podem 
alterar – de forma positiva ou negativa – a forma como o corretor lerá o seu texto.
1.1. Caligrafia
Em redação discursiva, não se exige letra bonita, mas legível. A letra pode não 
agradar, mas, se ela for compreensível, pode ser usada no texto. Por isso, é preciso 
escrever com zelo: fechar bem as letras de formato arredondado, tomar cuidado 
com letras parecidas e, se necessário, escrever com menos pressa. 
Mas a principal dúvida dos candidatos diz respeito a qual tipo de letra usar. E eu 
te respondo: letra de forma ou letra cursiva! Você pode empregar tanto uma quan-
to a outra, desde que você observe dois detalhes – a fluidez (que é a legibilidade) 
e a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Surgem, então, algumas dúvidas:
— Professores, posso misturar letras cursivas com letras de forma?
R: Pode sim! Muitas pessoas escrevem com letra predominantemente cursiva, 
mas fazem algumas letras de forma (como o B, H, T, V). Isso não é problema1, des-
de que não comprometa a legibilidade. 
— Professores, escrevo com letra de forma, mas uso apenas maiúsculas. É pro-
blema?
R: Nesses casos, não é necessário que você mude de letra, mas é preciso ajustar 
o tamanho delas. Faça letras maiores para representar as maiúsculas, e menores para 
representar as minúsculas. Só tome o cuidado de não ultrapassar o espaço da linha!
1 Em alguns raríssimos editais, a banca deixa claro que só se pode usar a letra cursiva. Nesses casos, a letra 
de forma deve ser deixada de lado. É sempre importante verificar o que diz o edital sobre o assunto. Mas 
reiteramos: isso é muito raro!
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1.2. Parágrafo
As provas de concursos públicos exigem a produção de um texto em prosa. Isso 
significa dizer que a redação é feita em parágrafos. Por esse motivo, é necessário 
estabelecer aquele espaço entre a margem esquerda e a primeira palavra de cada 
parágrafo. Recomenda-se entre 1cm e 1,5cm (um dedo). Outra medida válida mui-
to usada é a haste presente nas tampas das canetas esferográficas em geral. De-
talhe importante: os parágrafos devem estar alinhados! Por isso, a medida adotada 
para o primeiro é a mesma que deve ser usada nos demais!
1.3. Margem
Este é o ponto mais crucial da estética. Ao redigir o texto, você deve prezar pelo 
alinhamento das margens (tanto esquerda quanto direita). Sempre apoie as pala-
vras na margem esquerda, e tente ao máximo se aproximar da direita (nem sem-
pre você conseguirá “colar” a palavra à direita, mas tente fazer o melhor possível). 
Por isso, recomendamos que você sempre faça seus treinos de redação em folhas 
com margem. Se você praticar, não haverá dificuldades.
Quando se fala em margem, é necessário explicar a translineação, que significa 
colocar parte de uma palavra em uma linha e continuá-la na linha debaixo. Esse 
recurso é permitido, desde que sejam respeitadas as regras de separação 
silábica. Você pode usar tanto o hífen em frente à palavra ou abaixo dela. 
1.4. Rasura
A rasura também é um recurso permitido em redações de concursos públicos. 
Todavia, é necessário saber como fazê-la. O correto é usar apenas um traço sim-
ples! Basta fazer um traço simples e escrever a forma correta à frente, nada mais. 
Não faça grandes rabiscos, não force a caneta, não use parênteses. 
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1.5. Quantidade de Linhas
Você sempre deve estar atento(a) ao que o edital diz acerca desse tópico, uma 
vez que as bancas nem sempre seguem o mesmo critério. Algumas estipulam ape-
nas quantidade máxima; outras, mínima e máxima. Mas algumas coisas podemos 
garantir: você não é obrigado(a) a alcançar sempre a última linha estipulada, e 
você jamais pode ultrapassar o máximo de linhas! Faça um bom planejamento do 
texto antes de redigir na folha definitiva!
1.6. Marca Identificadora
Para garantir a isonomia entre os candidatos, um corretor nunca sabe quem é o 
autor de um texto que está sendo avaliado. Por esse motivo, qualquer marca feita 
na folha de redação discursiva além do texto exigido pode ser interpretada como 
uma forma de identificação, o que elimina o candidato que a produz. Qualquer de-
senho ou assinatura na folha definitiva são vistos como marcas identificadoras.
2. Linguagem
Agora, vamos falar de linguagem! É sempre um dos critérios de avaliação da 
redação. E, quando falamos em linguagem, estamos indo muito além da correção 
gramatical, mas – claro! – incluímos esta correção. Esse critério envolve clareza, 
concisão, formalidade, propriedade vocabular e uso das normas da língua culta 
(correção gramatical). A depender da Banca, a questão linguística pode valer muito 
ou pouco, mas sempre é bom tentar não errar, não só para evitar despontuação, 
mas também para manter uma boa imagem, já que o argumento da proficiência 
linguística é muito importante, pode ser até decisivo na avaliação do corretor. Va-
mos falar dos problemas mais frequentes, que percebemos ao longo de muitas 
redações corrigidas. Eis tal lista!
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1. Para manter a clareza do texto, dê preferência à ordem sintática direta (sujei-
to + verbo + complemento + adjunto). Quando se recorre à inversão, o texto fica 
mais confuso e aumentam as chances de erros de pontuação e de concordância.
Lembre como é o início do Hino Nacional: Ouviram do Ipiranga as margens plá-
cidas de um povo heroico o brado retumbante.
Agora veja como fica na ordem direta: As margens plácidas do Ipiranga ouviram 
o brado retumbante de um povo heroico.
Não fica mais claro? 
2. Evite palavras rebuscadas. Muita gente pensa que escrever difícil é escrever 
bem, mas isso é um mito! Quem escreve difícil dificilmente se faz compreender, 
então o objetivo primeiro da comunicação já fica comprometido. Para que dizer 
“hodiernamente” se você pode dizer “atualmente”? Não queira impressionar o leitor 
com vocabulário rebuscado. Ele não gosta disso, acredite!
3. Muitos examinadores (os do Cespe, por exemplo) implicam com a preposição 
“através”. Consideram que só está certo o uso se ela estiver no sentido de atraves-
sar (romper uma barreira física, passar de uma ponta a outra). Veja um exemplo: 
“A bala que atingiu a garota passou através da janela da escola”. Aqui, tudo bem 
usar o através! Fora dessa acepção, não há propriedade, como na frase “Sabemos 
através da mídia o que acontece nos bastidores da política nacional”. Neste caso, 
o através deve ser substituído por por meio de, por intermédio de ou simples-
mente pela. Essa análise não é consensual, visto que muitas bancas aceitam este 
último uso, mas não vale a pena arriscar.
4. Só use “onde” se estiver se referindo a lugar, espaço físico. 
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Veja exemplos corretos: 
A cidade onde nasci tem clima agradável. 
O país onde há mais imigrantes sírios é a Alemanha.
Agora veja situação de erro: A situação onde o país se encontra é delicada. 
(Veja que situação não é lugar, logo não cabe o onde)
5. Lembre-se de que HAVER e EXISTIR possuem diferentes protocolos de re-
gência e de concordância. No sentido de existir, o verbo HAVER é impessoal: não 
tem sujeito, nunca vai para o plural; o verbo EXISTIR, entretanto, tem sujeito e 
com ele concorda (no singular ou no plural). Então, devemos dizer:
Houve (nunca HOUVERAM!) alguns contratempos
e Existiram alguns contratempos.
6. Use vírgula para indicar o deslocamento de adjunto adverbial se este tiver 
três ou mais palavras. Se o termo tiver uma ou duas palavras, o uso da vírgula é 
facultativo.
No Brasil, a corrupção é um problema sistemático. (vírgula facultativa)
Nos países em desenvolvimento, é alto o investimento em
atividades industriais. (vírgula obrigatória)
7. Veja a diferença entre AFIM e A FIM DE e, se você errava, não erre mais!
AFIM é adjetivo e está relacionado à ideia de afinidade. Pode ou não vir seguido 
de DE, conforme o contexto (A língua portuguesa é afim da espanhola = há afini-
dade entre essas línguas).
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A FIM DE é locução prepositiva e se relaciona à ideia de FINALIDADE (A fim de 
garantir seus privilégios, muitos parlamentares esquecem o princípio da finalidade).
8. Se você usar sigla na redação, faça assim: na primeira ocorrência, use a 
expressão por extenso e depois a sigla entre parênteses; a partir da segunda ocor-
rência, use só a sigla.
Veja: 
A Organização das Nações Unidas (ONU) surgiu em 1945, como resposta
aos eventos trágicos da Segunda Guerra. Desde então, a ONU
vem se destacando como instituição ímpar na busca da paz
e da segurança internacionais.
9. Sabe a diferença entre IR AO ENCONTRO DE e IR DE ENCONTRO A? Essas 
expressões têm sentidos opostos e podem tornar seu texto incoerente.
IR AO ENCONTRO DE = ideia de convergência, aproximação.
IR DE ENCONTRO A = ideia de divergência, oposição, choque.
Então não faz sentido dizer que A greve foi mantida porque a proposta do 
patrão foi ao encontro das reivindicações dos trabalhadores. Se a proposta 
FOI AO ENCONTRO das reivindicações, então estas foram atendidas, então não faz 
sentido a greve continuar, não é mesmo?
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10. Lembre-se: nunca há crase quando um A no singular precede um nome no 
plural. Neste caso, o A será só preposição. 
Então, está errada a frase: As pessoas obesas ficam vulneráveis à doenças car-
díacas. É sem crase!
Dessa forma, encerramos nossas considerações acerca das provas de redação 
discursiva! Lembre-se de que o segredo para o sucesso está no treino.Produção 
textual em concursos públicos não exige talento, mas muito esforço!
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