Buscar

Teoria das penas até Concurso de crime

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

História das Penas
Código de Hamurabi -> Lei de Talião: período da vingança privada. Ditou as penas até o séc. XI d.C.
Período da vingança pública: baseado em regras do Direito Canônico, punindo indivíduos que atentavam contra a santidade. Considerava a vingança privada injusta. Foi adotado até o séc. XVIII d. C.
Iluminismo: Cesare Becaria (Marques de Bonessana) -> Dos delitos e das penas (1764) -> introduziu a Teoria da Pena.
Teorias das Penas:
1) teoria absoluta (teoria da retribuição ou reprovação): a pena tem a finalidade de conferir retribuição pelo mau injusto praticado pelo culpado pela infração. Não há finalidade social da pena. É muito criticada, pois o cerne maior é a ressocialização do indivíduo.
2) teoria relativa (teoria finalista ou utilitária): a pena tem como finalidade maior a prevenção do crime.
2.1) teoria da prevenção geral: dispõe que a pena, residente no plano abstrato, é dirigida a todos.
2.1.1) teoria da prevenção geral positiva: o aspecto positivo da pena é endereçado a todos: a pena busca como finalidade positiva a inserção de valores. No entanto, existem alguns aspectos contraditórios na lei penal brasileira, como, por exemplo, o art. 155: furto: reclusão de 1 a 4 anos versus art. 249: subtração de incapaz: pena: de dois meses a 2 anos.
2.1.2) teoria da prevenção geral negativa: a pena gera intimidação a todos;
2.2) teoria da prevenção especial: a pena é dirigida ao indivíduo certo, determinado.
2.2.1) teoria da prevenção especial positiva: a pena produz a ressocialização do indivíduo à sociedade.
2.2.2) teoria da prevenção especial negativa: a pena gera ao indivíduo a restrição de direitos, como o de liberdade.
3) Teoria mista ou unificadora da pena: adotada no Brasil, conforme art. 59 do CP: retribuir e prevenir a conduta antijurídica.
4) Teoria agnóstica da pena: o crime é um ato político (o resultado da pena é desconhecido, pois o modelo de hoje não reprova nem ressocializa) – Zaffaroni.
Objeto da disciplina: poder, dever e direito do Estado de punir. Esse poder se inicia por meio das leis, que criam regras de conduta. No primeiro plano, existe, assim, uma abstração. O direito de punir do Estado é exclusivo e indelegável.
Pretensão: é o interesse de um em submeter o interesse alheio ao próprio.
Conflito: é a pretensão resistida.
Procedimento: a apuração dos fatos, em regra pela delegacia. Encaminha-se ao MP que faz a denúncia. O juiz cita o réu e se inicial o denominado processo penal. O processo é o instrumento pelo qual o Estado se vale para exercer o direito de punir. O processo, grosso modo, para a punição, se inicia quando o Estado toma conhecimento do fato, e dura até o fim da pena.
O processo tem duas fases:
1) fase de conhecimento (conhecimento da existência do delito e da autoria do delito): sai-se do plano abstrato para o plano concreto.
2) fase de execução: fase da sanção penal.
 As sanções se dividem em:
1.Penas privativas de liberdade (CP 33) 
2. Pena pecuniária (CP 49) 
3. Penas restritivas de direitos (CP 43, 44 e 45, caput) 
a) prestação pecuniária (CP 45, §§ 1º e 2º) 
b) perda de bens e valores (CP 45, § 3º) 
c) prestação de serviços à comunidade (CP 46) 
d) interdição temporária de direitos (CP 47) 
e) limitação de fim de semana (CP 48) 
* Medida de segurança: conduta sem culpabilidade, e sim, periculosidade.
Pena, assim, é uma sanção penal imposta pelo Estado ao culpado pela infração penal, visando prevenir e reprovar a ilícito.
Sistemas prisionais
0) John Howard: estudioso das prisões, escreveu um livro sobre o tema.
1) Sistema celular: desenvolvido na Pensilvânia a Filadélfia, 1776.
Os presos ficam em celas, com isolamento diurno e norturno, sem recreação e trabalho, porém com estímulo ao arrependimento com a leitura da bíblia. Formato pan-óptico: no centro permanece o vigia, e ao redor, como um X, ficam as celas. O cumprimento da pena era integralmente dentro da prisão.
2) Sistema auburniano (desenvolvido em Auburn, NY).
Os presos ficam em celas, com isolamento noturno, com trabalho diurno fora da cela, na companhia dos demais presos, adotado o sistema do silêncio absoluto (Silence System). Não havia a possibilidade de sair da penitenciária no cumprimento da pena.
3) Sistema progressivo inglês (desenvolvido na ilha de Narfolk, Condado de Narwick, Austrália, 1829.
Alexandre Maconochie. Se estabelece três estágios: O início da pena era semelhante ao sistema celular. No segundo estágio se adotava o sistema auburniano. O terceiro estágio era uma fase de concessão de benefícios, “livramento condicional”: o preso pode sair da penitenciária com algumas condições, como comparecimento da penitenciária todos os meses.
PRINCÍPIOS DA PENA
Princípio da legalidade: art. 1º do CP e art. 5º, XXXIX da CF. Não há possibilidade de criação de pena se não por lei complementar ou ordinária. OBS:MPs, decretos e atos administrativos podem beneficiar o agente. Ex: portaria que deixa de considerar a maconha como droga.
Princípio da anterioridade da lei penal: a lei deve ser prévia (lex previa): não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
princípio da extra-atividade da lei penal: a lei penal se movimenta no tempo, que pode se dar de duas formas:
ultra-atividade da lei penal: é a possibilidade da lei penal revogada continuar a vigorar mesmo após a sua revogação, desde que o fato tenha sido praticado durante a sua vigência. Pode ser para beneficiar (ex: crime de porte de arma – art. 19, Dec. Lei 3688/41-LCP, revogado pelo art. 10 da lei 9437, revogada pelo art. 14 da Lei 10826; assim, crime praticado em 94 será julgado sob o manto do art. 19 da LCP). Pode ainda ser para prejudicar o réu (lei temporária e lei excepcional).
retroatividade da lei penal: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Art. 5º, XL da CF. É uma exceção ao princípio da anterioridade da lei penal. É a possibilidade da lei penal benigna retroagir no tempo para regular atos praticados antes de sua vigência. obs: uma lei benéfica se aplica mesmo a penas já cumpridas? Sim, em casos, como exemplo, de abolitio criminis, deixando o agente de ter maus antecedentes. Obs: lei temporária e lei excepcional continuam a vigorar mesmo após a sua revogação, assim, nova lei benéfica não retroagirá para atingir as infrações penais cometidas durante a vigência daquelas.
Princípio da inderrogabilidade da pena: o Estado-juiz não pode deixar de aplicar e executar a pena ao culpado pela infração penal. Exceção: ex: perdão judicial – art. 121, parágrafo 5º do CP. Outro ex. de exceção: transação penal (art. 76 da Lei 9099/95 – acordo do MP que autoriza o promotor a não processar alguém). Outro ex: indulto (perdão de pena). Ex: sursis, suspensão do processo (processual – art. 89 da lei 9099, ou penal).
Princípio da intranscendência da pena, personificação da pena, princípio da responsabilidade pessoal: art. 5º, XLV, CF – a pena não passará da pessoa do condenado. Obs: penas com caráter pecuniário: não podem transcender à pessoa do condenado! Lei Maria da Penha (art. 17 da lei 11340): não se aplica a pena pecuniária em caso de violência doméstica, haja vista que a vítima irá sofrer as consequencias da pena. Obs: perdimento de bens: existem dois “perdimentos de bens”: um é uma pena restritiva de direitos (pena de perda de bens e valores-bens lícitos) e o outro é o constante do art, 91, inc. I do CP (efeito da condenação-bens ilícitos). Art 243, parágrafo único, da CF.
Princípio da individualização da pena:
Princípio da individualização legislativa da pena: o legislador, diante dos fatos abstratamente considerados, individualiza de acordo com esses fatos, levando em consideração a finalidade da pena.
Princípio da individualização judicial da pena: o juiz individualiza a pena de acordo com o caso concreto. Ocorre de dois momentos distintos: na fase de aplicação da pena e na fase de execução da pena.
Princípio da proporcionalidade da pena: a pena deve ser proporcional ao agravo.proporcionalidade legislativa da pena: o legislador,no momento de criar a pena, deve ser proporcional. O legislador, quando cria a norma penal, verifica os valores. Princípio da proporcionalidade judicial da pena: o juiz deve ser proporcional na aplicação e na execução da pena.
Princípio da humanidade da pena: dispõe que a pena deve atender a dignidade da pessoa humana, visando a ressocialização do apenado. Art. 5º, XLVII da CF.
SANÇÕES PENAIS
Penas
medidas de segurança
Pena: sanção penal imposta pelo Estado ao culpado pela infração penal. A finalidade é prevenir e reprovar a infração.
Espécies de pena (art. 32 do CP):
Privativas de liberdade: é a supressão momentânea da liberdade.
Finalidade: segregar. – Espécies (estarão expressas na lei):
A1) reclusão: aplicadas aos crimes (delitos)
A2) detenção: aplicadas aos crimes (delitos)
A3) prisão simples: aplicadas às contravenções penais.
Ler art. 1º da Lei de Introdução ao CP.
Diferenças entre as penas privativas de liberdade:
*Regime inicial de cumprimento.
A1) reclusão: admite os regimes fechado, semiaberto e aberto. Art. 33 do CP.
A2) detenção: admite regimes semiaberto e aberto. Embora não admita o regime inicial fechado, admitirá o regime fechado, não como inicial, mas como regressão (transgressão das regras impostas no regime mais brando). Art. 33 do CP.
A3) prisão simples: admite regimes semiaberto e aberto. Nunca admitirá o regime fechado, nem como regressão. Art. 6º do D. L. 3688/41.
Restritivas de direito e
Multa
PENAS – a partir do art. 32do CP
Espécies:
1) Penas privativas de liberdade
2) Penas restritivas de direito
3) Multas
————————
Penas privativas de liberdade
Reclusão: admite o regime fechado, semi-aberto e aberto
Detenção: admite o regime semi-aberto e aberto; admite o fechado em caso de regressão.
Prisão simples: admite o regime semi-aberto e aberto.
Regras para estabelecer o regime inicial de cumprimento de pena:
Pessoa primária: primário é o oposto de reincidente.
 Reincidência é a condenação por crime ou contravenção, após uma sentença penal condenatória transitada em julgado por crime anterior, desde que se operem os efeitos da reincidência. Ou seja, a pessoa foi sentenciada pelo crime x, e durante o período que medeia a sentença penal condenatória transitada em julgado por esse crime x e o período de 5 anos após o cumprimento da pena desse crime x (período depurador), ele volta a cometer outro crime. Após o período depurador a pessoa volta a ser réu primário.
Efeitos da reincidência: iniciam-se com o trânsito em julgado de sentença condenatória e terminam após 5 anos da extinção da punibilidade (art. 64). O nome desse período é Período Depurador.
Não geram a reincidência:
os crimes militares próprios (previstos no Código Penal Militar).
crimes políticos (art. 64, II do CP)
perdão judicial (art. 120 do CP)
Espécies de reincidência:
reincidência genérica: é a prática de novo delito diverso do delito anterior.
reincidência específica: é a prática do mesmo delito previsto no tipo penal, independentemente se tentado ou consumado, ou qualificado, o que interessa é o tipo penal.
Heleno Cláudio Fragoso entende que a reincidência específica ocorre quando os crimes violam o mesmo bem jurídico protegido (assim, reincidência específica ocorreria se o agente praticasse furto e após roubo, ou extorsão mediante sequestro etc.).
Em crimes hediondos, a reincidência específica ocorre com a prática reiterada de crimes dessa natureza.
Regras para a imposição dos regimes:
Fechado
primário + pena superior a 8 anos (art. 33 p. 2º, a)
reincidente + pena igual ou a superior a 4 anos 
crimes hediondos (art. 1º, Lei 8072/90) ou assemelhados (tráfico, terrorismo, tortura)
Semi-aberto
Não reincidente + pena de 4 anos a 8 anos (art. 33 p. 2º, b)
reincidente + pena até 4 anos + circunstâncias judiciais do art. 59, CP favoráveis (súmula 269, STJ)
Aberto:
Não reincidente + pena até 4 anos (art. 33 p. 2º, c)
Outros:
Pena privativa de liberdade não superior a 6 meses multa (art. 60, p. 2º)
Pena privativa de liberdade não superior a 4 anos pena restritiva de direitos (art. 44, I)
– Regras dos regimes:
1) Fechado: é o regime mais severo de cumprimento de pena privativa de liberdade que se cumpre em penitenciárias.
Deveres do preso (art. 39 da LEP):
Trabalho, salvo se condenado por crime político
Estudo em ensino fundamental
Respeito a todas as pessoas com quem se relacionar
Cumprir as ordens do estabelecimento prisional
Recolher-se em celas
Direitos do preso (art. 41, LEP-rol exemplificativo).
Trabalho: instrumento de ressocializacão. 
É remunerado. O salário mínimo do preso é 3/4 do salário mínimo, são descontados alguns valores (indenização ao Estado; pequenas despesas pessoais, como cigarros; assistência à família; indenização à vítima, se houver determinação judicial). A sobra é depositada em poupança, denominada pecúlio. 
O trabalho do preso não se submete à CLT (não tem férias, CLT, etc), aplicando-se no que couber o uso de EPIs, e é desenvolvido de acordo com a sua aptidão e formação.
A cada três dias trabalhados, menos um dia na pena (remição = pagamento - verbo remir). 
Remissão = perdão - verbo remitir. 
Direito às assistências (art. 10 e 11 da LEP): 
Assistência material (alojamento, vestuário e alimentação). 
Assistência médica (médicos, farmacêuticos e dentistas), estendendo-se ao recém-nascido. 
Assistência jurídica (o Estado deve oferecer por meio da Defensoria Pública). 
Assistência educacional (ensino fundamental, médio, superior ou profissionalizante, presencial ou EAD). A cada três dias de estudo, somando-se 12h, menos um dia de pena. Deve ter biblioteca. A conclusão do curso aumenta 1/3 do tempo a remir. É possível acumular a remição do trabalho com o do estudo.
Assistência religiosa: é o fornecimento do local para a prática de cultos. (Princípio da liberdade de culto). 
Assistência social (amparo do preso, da família e da vítima). Desenvolvida pela FUNAP.
Regras do Regime Fechado
Regime de cumprimento de pena privativa de liberdade mais severo.
Estabelecimento prisional: penitenciária.
Recolhimento diurno e noturno no estabelecimento prisional. No período noturno o recolhimento se dá em cela. No período diurno, dependerá da atividade a ser realizada.
A penitenciária possui obstáculos contra a fuga.
No estabelecimento prisional há a possibilidade de trabalho. O trabalho é instrumento de ressocialização, sendo, como regra, obrigatório para o preso. 
Exceção1: o trabalho será facultativo no regime fechado àqueles que se encontram presos por crime político (art. 200 da Lei 7210/84). 
Exceção2: impossibilidade por razão de saúde.
O trabalho do preso deve ter alguma expressão: não se aceita atividades frívolas. Além de submeter às tarefas mercadológicas, como metas
Em regra, o trabalho, no regime fechado, é desenvolvido no interior do estabelecimento prisional.
Excepcionalmente, presos do regime fechado podem realizar trabalho externo em obras ou serviços públicos. Requisitos do trabalho externo:
autorização do diretor;
anuência do preso;
cautelas contra fuga;
1/6 de pena cumprida, no mínimo;
bom comportamento carcerário;
a empresa pode possuir no máximo 10% de presos do total de funcionários.
A jornada de trabalho, seja ele interno ou externo, será de 6 a 8 horas por dia, com descanso aos domingos e feriados, preferencialmente.
Autorização (gênero) de saída no regime fechado -> permissão de saída (espécie): é concedida pelo diretor do estabelecimento prisional, nas seguintes hipóteses: falecimento de parentes ou necessidade médica.
Disciplina: consiste na observância dos direitos (art. 40 e 41 da LEP – rol exemplificativo) e deveres do preso (art. 38 e 39 da LEP – rol taxativo). 
Faltas disciplinares: representam a quebra dos deveres. O preso deve observar as regras, principalmente seus deveres. As faltas podem ser leves, médias e graves. A lei estadual vai estabelecer o que será falta leve e média, como ex, a Portaria 1/98 da SSP/DF. 
As faltas graves, por sua vez, estão dispostasna LEP. As faltas tentadas equiparam-se às consumadas, e a sua apuração ocorre por meio de PAD (processo administrativo disciplinar).
Sanções disciplinares (art. 53 da LEP):
 advertência verbal para faltas leves.
 repreensão: para faltas médias e reiteração de leves.
isolamento em cela (solitária, vulgarmente).
suspensão de direitos do art. 41, inc. V, X e XV da Lei 7210.
Inc. I ao IV acima citados: sanções dadas pelo diretor. O isolamento e a suspensão de direitos serão de, no máximo, 30 dias.
regime disciplinar diferenciado (RDD): é uma sanção disciplinar (e não um regime de pena). 
Características:
banho de sol por duas horas
visita semanal por duas pessoas por duas horas
isolamento em cela
movimentação com algemas
tratamento psiquiátrico intenso
tempo máximo: 360 dias, salvo reiteração dos motivos.
Hipóteses para se inserir a pessoa no RDD:
portador de alta periculosidade para a sociedade ou para o estabelecimento
suspeito de integrar organização criminosa bando ou quadrilha.
preso que subverta a ordem ou a disciplina do estabelecimento.
Autoridade competente do RDD: juiz da vara de execuções penais.
Progressão da Pena é a transferência do regime mais severo para o mais brando. 
É vedada a progressão por saltum (ir direito do fechado para o aberto - súmula 491 do STJ).
Requisitos para a progressão:
Gerais (art. 112, LEP)
Subjetivos:
atestado de bom comportamento carcerário, emitido pelo diretor (não há falta disciplinar no prontuário)
exame criminológico satisfatório (analisa-se a personalidade, temibilidade e periculosidade) – é requisito criado por súmula (Súmula 439 do STJ e SV 26)
Objetivos = temporal
 1/6 de pena cumprida
Específicos
art. 33, parágrafo 4º do CP: crime contra a Administração Pública = condiciona a reparação do dano
art. 2º, Lei 8072/90, LCH (lei de crimes hediondos). Assim que a lei surgiu, dispôs que não haveria progressão, o regime seria integralmente fechado. Hoje, a lei 11464 de 28/3/07 adicionou requisito objetivo:
réu primário: 2/5 de pena cumprida
réu reincidente: 3/5 de pena cumprida
Assim, os crimes hediondos praticados até 28/3/07 progridem com 1/6. Após essa data, seguirão os novos requisitos objetivos acima citados.
Recompensas: consistem em conceder regalias ou elogios pelo bom comportamento do preso.
Detração
	O tempo da prisão provisória, da prisão administrativa e o de internação cumpridos no Brasil ou no estrangeiro abatem o tempo da pena privativa de liberdade e da medida de segurança que forem fixados em face do condenado.
 Por certo, só se pode conceber a dedução da pena neste caso quando a prisão provisória, a administrativa ou a internação decorrem dos mesmos fatos aos quais sobreveio a condenação (“...não há detração de pena por um fato inteiramente desvinculado do outro...” – TACrimSP 27/7).
Regras do regime semiaberto
É o regime intermediário que autoriza a saída temporária, devendo retornar ao estabelecimento prisional nos horários determinados.
Estabelecimento penal: colônia agrícola, industrial ou similar.
Saída temporária: é espécie do gênero autorização de saída. Lembre-se: existem duas autorizações de saída: 
permissão de saída concedida pelo diretor (art 120 da LEP);
saída temporária (art. 123 da LEP), concedida pelo juiz da vara de execuções penais para:
1) visitar a família (5x ao ano), cada saída por até 7 dias.
2) para trabalho e estudo (duração: pelo tempo necessário)
Admite-se remição pelo trabalho e estudo.
Dosimetria da Pena
O Código Penal adotou o sistema trifásico de fixação de pena, ou seja, o juiz, ao apreciar o caso concreto, quando for decidir a pena a ser imposta ao réu, deverá passar por 3 fases, para que, ao final, chegue ao total de pena que deverá ser cumprida pelo réu.
A primeira, em que se incumbirá de fixar a pena-base; 
O juiz analisa as circunstâncias judiciais constantes do art. 59 do Código Penal, a pena base (esta pena-base tem como ponto de partida a pena simples ou qualificada de um crime) somente poderá se afastar do mínimo legal caso tais circunstâncias sejam desfavoráveis ao réu.
As circunstâncias judiciais se refletem também na concessão do sursis (dispensa do cumprimento de uma pena, no todo ou em parte) e na suspensão condicional do processo. São elas:
Culpabilidade: grau de reprovação social.
Antecedentes: maus antecedentes: ocorre com o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Súmula 444, STJ. O mau antecedente é para o resto da vida, exceto em casos de abolitio criminis e anistia.
Conduta social: é uma análise exógena. Se analisa o sujeito em sua vida social.
Personalidade: ao contrário da conduta social, é uma análise endógena. Busca entender o que o indivíduo pensa, se é dissimulado, ou se é uma pessoa voltada à prática de boas maneiras. É análise realizada por psicólogos.
Motivos do crime: o que se busca saber é saber se existe outro motivo além daquele natural decorrente da prática do delito, é saber se os motivos transcendem aqueles intrínseco ao crime praticado. Ex: matar alguém para obter herança.
Circunstâncias do crime: é a análise da maneira de execução do crime. O assalto foi à idoso? Foi a incapaz?
Consequências do crime: o que o crime ocasionou à vítima? Ex: matou pai de 3 filhos menores? Os danos do crime se estenderam a terceiros?
Comportamento da vítima: a vítima concorreu ou não para o crime? Ex: pessoa está em local com muitos assaltos portando objetos de alto valor?
A suposta gravidade do crime não deve ser considerada como requisito, para aplicação do regime inicial de cumprimento de pena, eis que não constitui requisito idôneo para tal fixação.
A gravidade do crime já é verificada pelo legislador, na primeira fase da individualização da pena, quando decide se o fato será ou não incriminado, elege a espécie de pena aplicada e fixa os seus limites.
Súmulas 718 e 719, STF; 440, STJ.
Acrescenta-se 1/6 do mínimo legal a cada circunstância, sem extrapolar a pena máxima.
A segunda, em que fará a apuração das circunstâncias atenuantes e agravantes; 
Não majoram ou diminuem a pena acima do máximo e mínimo legal.
A jurisprudência imputa 1/6 da pena base a cada circunstância.
Ao final, fixa-se a pena provisória.
A confissão anula a reincidência.
Para esse cálculo deve-se:
Afastar o bis in idem;
Usar uma qualificadora;
Usar o restante como agravante.
Exemplo: Helisson, 20 anos, tenta matar Flora, sua esposa, por ciúme, utilizando-se de veneno que o mesmo coloca em uma infusão, e que afirmava ser um remédio para sua gripe. Flora não morre, pois ao ingerir a bebida cospe fora por causa do gosto ruim.
Qualificadora: motivo fútil (art. 121, 2º, II)
Agravantes (art. 61): cônjuge, dissimulação, emprego de veneno.
Atenuante (art.65): menor de 21 anos.
1º fase: qualificadora, circunstâncias judiciais favoráveis: mínimo legal, 12 anos.
2º fase: a atenuante compensará um agravante, cônjuge e idade, por ambas serem de caráter subjetivo. As outras duas aumentam em 1/6, cada, a pena base: 16 anos
A última fase, que se encarregará da aplicação das causas de aumento e diminuição da pena (qualificadora e privilegiadas).
Elas são causas que permitem ao magistrado diminuir aquém do mínimo legal bem como aumentar além do máximo legal.
O quantum está previsto em lei, e ele incidirá sobre a pena provisória ou intermediária, ainda que em quantidade variável.
Se ocorrer uma causa de aumento na parte especial e outra na parte geral, poderá o magistrado aplicar ambas, posto que a lei se refere somente ao concurso das causas previstas na parte especial do CP (art. 68).
Pena de multa
Trata-se de pena com caráter pecuniário. Para saber se a infração penal prevê a pena de multa, basta olhar se o tipo penal o prevê em seu preceito secundário, podendo se dar de forma isolada, concomitante ou alternativamente.
Eventualmente, a multa pode ser imposta para substituir a pena privativa de liberdade (multa substitutiva – art. 44, parágrafo 2º do CP).
A multa, quando disposta na lei, adota um sistema bifásico de dias-multa:1ª fase: estabelece a quantidade de dias de multa, que varia, em regra, entre 10 a 360 dias de multa. Para o juiz estabelecer a quantidade, leva em consideração o sistema trifásico de aplicação da pena privativa de liberdade. Exceção à essa quantidade: alguns tipos penais trazem outros patamares da pena de multa (dias-multa). Ex: art. 33, Lei 11.343/06 (lei de drogas).
2ª fase: o juiz fixará o valor de cada dia-multa-regra: entre 1/30 a 5x o salário mínimo vigente no dia do fato – o juiz leva em consideração a situação econômica do condenado, podendo triplicar se, em caso da multa aplicada no máximo, for irrisória (art. 60, CP).
No tráfico, o juiz poderá decuplicar (10x).
Destinatário: Fundo Penitenciário. Competência: da VEP (Vara de Execuções Penais). 
Inicia após o trânsito em julgado da sentença.
Ao dar início à execução, o juiz da VEP intimará o condenado para pagar dentro de 10 dias ou pedir parcelamento. Se pagar totalmente, a pena está extinta. Se não pagar, inscreve o nome do condenado na dívida ativa e executa, segundo a lei de execução fiscal (Lei 6830/80) e CTN.
“Multa não paga não gera prisão”. Lei 9268/96 revogou os arts. 182 da Lei 7210, art. 85 da Lei 9099, art. 118 parágrafo 1º da LEP, dentre outros.
Obs: após, a execução é realizada na Vara de Fazenda Pública e impulsionada pelo Procurador da Fazenda.
Obs: art. 84 da Lei 9099/95: competência do JECrim (juizado especial criminal) para executar a multa imposta dentro dos 10 dias se isoladamente aplicada, após o trânsito em julgado da sentença.
Obs: em caso de penhora, não pode recair sobre a remuneração do preso (art. 50, parágrafo 1º).
Concurso de crimes
Concurso material – art. 69, CP: aquele pratica mais de uma ação ou omissão, ou seja, mais de um crime praticado, infere a cumulação (soma) das penas. Ex.: O sujeito pratica roubo, estupro e estelionato. 
Caráter residual, subsidiário, é utilizado quando não for continuado ou formal.
Concurso homogêneo: crimes de uma mesma espécie.
Concurso heterogêneo: crimes de espécies diferentes.
Concurso formal – art. 70, CP: pratica vários crimes com apenas uma ação ou omissão.
Concurso perfeito ou próprio: o sujeito não tem mais de um desígnio, ou seja, dolo direto de apenas um resultado lesivo querido.
Critério da exasperação: a pena deve ser aumentada em fração, deverá ser aplicada a pena mais grave com acréscimo em fração de 1/6 a metade. 
Quanto maior o número de crimes resultado da mesma conduta, maior o aumento da fração.
Concurso imperfeito ou improprio: o sujeito tem mais de um desígnio, ou seja prevê mais de um resultado lesivo.
Critério da cumulação: as penas devem ser somadas
Crime continuado (art. 71, CP): ocorre quando o agente pratica, mediante mais de uma ação ou omissão, dois ou mais crimes da mesma espécie (para a corrente majoritária, são os crimes previstos no mesmo tipo penal, independentemente de consumado, tentado, simples, qualificado, majorado, privilegiado), com as mesmas condições de tempo, maneiras de execução, local e outras circunstâncias semelhantes.
Critério de exasperação: pena do crime mais grave aumentada de 1/6 a 2/3. Aumento tanto maior quanto maior o número de crimes. 
Jurisprudência até 30 dias de intervalo entre eles, e cidades vizinhas como locais, para promover condições similares.
Crimes aberrantes: ocorre quando há erro na execução.
Aberratio ictus: art. 73, CP: Erro na execução – o agente pretende atingir uma vítima (vítima visada/vítima virtual), mas, por erro, atinge outra (vítima ofendida). A pessoa responde pelo crime que pretendia.
Erro sobre a pessoa.
 Espécies:
aberratio ictus com resultado único/ aberratio ictus simples: quando somente a vítima ofendida é atingida.
berratio ictus com resultado múltiplo/aberratio ictus complexo: ocorre quando atinge a vítima virtual e outra pessoa. – concurso formal.
 Aberratio delicti/ aberratio criminis (art. 74, CP): Resultado diverso do pretendido. A pessoa responde pelo crime culposo diverso do que pretendia.
Acidente ou Erro sobre a execução, sem dolo.
Espécies:
aberratio criminis simples/ de resultado único: quando atinge a pessoa.
aberratio delicti complexo/de resultado múltiplo: quando atinge a coisa e a pessoa (ofendida).
Aberratio causar (dolo geral): ocorre quando o agente erra na execução (causa), mas o resultado, sobrevindo, é o pretendido. 
Ex: um agente dá facada na vítima, e o agente, acreditando que já matou a vítima, a joga no rio, e a vítima morre em virtude do afogamento. Assim, o agente responde por homicídio, e não por tentativa e culposo, respectivamente. Não está disposto no CP.
Tempo da pena Art. 75, CP
O tempo máximo de cumprimento de pena é 30 anos – para os benefícios legais (progressão, livramento condicional), o juiz levará em consideração o total da pena aplicada (Súmula 715, STF).

Outros materiais