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Sistema Imunologico

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Sistema Imunológico 
Diariamente, contactamos com milhões de microrganismos. A maior parte desses 
microrganismos não é perigosa, mas muitos outros são agentes patogenicos – capazes de 
provocar doenças. 
O modo de transmissão destes agentes pode ser através de: 
 Contacto; 
 Espirros; 
 Tosse; 
 Expetoração; 
 Picadas de animais; 
 Relações sexuais; 
 Inalação. 
Dos agentes patogenicos, focamos os vírus e as bactérias. 
Pontos comuns entre os vírus e as bactérias: 
*Reproduzem-se e são constituídos por moléculas que pertencem ao mundo vivo – 
apresentam um património genético. 
 
Vírus 
São seres acelulares (não possuem estrutura 
celular e por isso necessitam de parasitar outra 
célula para reproduzir-se, utilizando o 
metabolismo da célula hospedeira). 
Um vírus não pode ser constituído 
simultaneamente por DNA e RNA. 
O ácido nucleico é rodeado por uma camada 
proteica chamada cápside, possuindo (por 
vezes) algumas 
enzimas. 
Muitos vírus 
possuem ainda um 
invólucro externo 
semelhante à 
membrana das 
células, produzido 
pela célula 
hospedeira onde 
eles se multiplicam. 
São parasitas 
intracelulares 
obrigatórios – só 
manifestam 
características vitais dentro de células vivas por eles invadidas. 
São incapazes de se reproduzir e realizar o metabolismo de modo autónomo. Invadem células 
e assumem o comando da sua maquinaria metabólica para se reproduzirem. Utilizam os 
organelos da célula invadida e as reservas bioquímicas da mesma para a produção de 
proteínas e ácidos nucleicos virais. 
Bactérias 
São células procarióticas. 
O DNA forma uma molécula (normalmente circular) no seio do citoplasma – não está rodeado 
pelo invólucro nuclear. 
Muitas bactérias têm também pequenos anéis de DNA – plasmídeos – que contêm genes 
acessórios. 
O seu material genético é designado por nucleoide – já que não forma um verdadeiro núcleo. 
As bactérias não possuem organelos membranares, mas sim ribossomas e todas as estruturas 
necessárias à realização de biossínteses e transformações energéticas. 
A reprodução das bactérias faz-se por divisão binária. (replicação do DNA. Separação das duas 
cópias, que se afastam em sentidos opostos. A membrana celular dobra-se para o interior e 
forma uma dupla camada a meio da célula, ocorrendo a divisão do citoplasma). 
LIQUIDOS CIRCULANTES DO ORGANISMOS E OS ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNITÁRIO 
Constituintes do sistema imunitário: 
Nos vertebrados, consideramos que fazem parte do sistema imunitário: 
 Vasos linfáticos; 
 Órgãos e tecidos linfoides; 
 Células efectoras. 
 
 Órgãos linfoides: 
➔ Primários: 
Estruturas envolvidas na produção e maturação de leucócitos. 
(Timo e Medula Óssea.) 
➔ Secundários: 
Órgãos envolvidos na captura e destruição de agentes agressores 
externos. Locais de circulação e armazenamento das células 
imunitárias. (Adenoides, amígdalas, gânglios linfáticos, baço, 
apêndice, tecido linfático associado a mucosas.) 
 Células efectoras: 
➔ Granulares: 
Células com núcleo POLILOBADO e grânulos citoplasmáticos 
específicos. 
Neutrófilos: células muito ativas que patrulham o corpo, fagocitando bactérias e outros 
corpos estranhos, constituindo a primeira linha de defesa contra a invasão de 
microrganismos; 
Basófilos: células produtoras de mediadores químicos de reações inflamatórias (como a 
histamina). Podem realizar fagocitose, mas de uma forma muito lenta. Têm um núcleo 
volumoso, irregular e retorcido, por vezes em forma de S. 
Eosinófilos: realizam fagocitose de forma mais lenta que os neutrófilos, já que são 
geralmente mais seletivos. A sua ação dirige-se especialmente contra parasitas, colocando-
se junto à sua parede, libertando enzimas que os destroem. Com núcleo, geralmente 
bilobado. 
➔ Agranulares: 
Células com núcleo grande, mais ou menos esférico ou em forma de rim, sem grânulos no 
citoplasma. 
Linfócitos: existem dois tipos principais destas duas células, os linfócitos B e os linfócitos 
T. Os primeiros podem diferenciar-se em plasmócitos que produzem anticorpos, 
enquanto que os segundos não libertam anticorpos, mas reconhecem e ajudam a destruir 
agentes patogénicos. Células com núcleos esféricos, que resultam da diferenciação de 
células da medula óssea, chamadas linfoblastos. 
Monócitos: são capazes de abandonar os vasos, migrando para os tecidos, nos quais se 
diferenciam em células fagocitárias de grandes dimensões: os macrófagos. São muito 
eficientes na fagocitose de protozoários, vírus e células em degenerescência. Apresentam 
o núcleo em forma de rim, ferradura ou ovoide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os fagócitos são células com capacidade fagocitária, das quais se destacam os granulócitos e 
os monócitos. Os monócitos diferenciam-se em macrófagos, que se espalham por todo o 
organismo, prontos a atuar sobre corpos estranhos. 
 
 Os linfócitos são células fundamentais na resposta imunitária. Existem dois tipos principais de 
linfócitos – os B e as T. Estas células atuam de diferente modo na defesa do organismo e 
distinguem-se por recetores membranares que possuem, q lhes permitem reconhecer corpos 
estranhos. 
Linhas de defesa do organismo 
 
Cada indivíduo é bioquimicamente único. 
Esta individualidade é definida pela presença na superfície das células de macromoléculas 
(glicoproteínas) que são diferentes das macromoléculas das células dos indivíduos de outra 
espécie, de outro indivíduo da própria espécie e por vezes mesmo de outras células do mesmo 
indivíduo q experimentaram mutações. 
Essas moléculas funcionam como marcadores celulares e são a expressão de genes que 
existem sob diferentes formas alélicas. 
As linhas de defesa do organismo são variadas. Algumas estão presentes em todos os seres 
multicelulares e constituem a imunidade inata. 
Outras foram adquiridas mais tardiamente na evolução das espécies, só aparecendo nos 
vertebrados, e constituem a imunidade adaptativa. 
Imunidade: diversos processos fisiológicos que permitem ao organismo reconhecer corpos 
estranhos ou anormais, neutralizá-los e eliminá-los. 
O sistema imunitário tem funções não só em relação a agentes estranhos, mas também na 
eliminação de células lesionadas ou já envelhecidas e na destruição de células mutantes ou 
anormais que se formam no organismo (vigilância imunitária – das principais defesas contra o 
cancro). 
Os mecanismos de defesa em relação a agentes estranhos 
(internos ou externos), independentemente do tipo de 
corpo e dão-se sempre do mesmo modo. 
Os mecanismos de defesa específica implicam células que 
têm uma ação específica sobre determinados agentes 
invasores. 
Defesa não específica 
Os mecanismos envolvidos na defesa 
não especifica fazem parte da 
IMUNIDADE INATA, pois não são 
intrinsecamente afetados pelo 
contacto prévio com o agente 
invasor. 
Impedem a entrada de agentes patogénicos ou destroem-nos quando estes penetram no 
organismo. 
 Barreiras anatómicas 
São as primeiras linhas de defesa do organismo contra a entrada de corpos estranhos. 
➔ Pele: primeira barreira mecânica e química para os corpos estranhos. Tem uma 
camada de células mortas que constituem a camada córnea protetora. Também células que 
asseguram a imunidade cutânea – são muito ramificadas, e por isso captam corpos estranhos, 
degradam-nos e apresentam fragmentos moleculares dos constituintes aos linfócitos T; 
➔ Pelos das narinas; 
➔ Mucosas: forram as cavidades do corpo que abrem para o exterior e segregam muco 
que dificulta a fixação de microrganismos e a sua multiplicação nessas mucosas. 
➔ Secreções e enzimas: algumas glândulas segregam substâncias que são tóxicas para 
muitas bactérias, impedindo a sua progressão no organismo. Também existem células 
secretoras de muco quetêm função de barreira. 
 
 Resposta 
inflamatória 
Traduz-se por uma 
sequência complexa de 
acontecimentos que 
visam inativar ou 
destruir agentes 
invasores quando alguns 
microrganismos 
ultrapassam a primeira 
linha de defesa do 
organismo. 
No tecido atingido por agentes patogénicos, diversos tipos de células, como por exemplo, 
mastócitos e basófilos, produzem histamina e outros mediadores químicos que provocam a 
dilatação dos vasos sanguíneos e aumentam a sua permeabilidade. Com isto, aumenta a 
quantidade de fluido intersticial, provocando um edema na região. 
1. Os agentes patogénicos e/ou as células dos tecidos lesados libertam substâncias 
químicas, principalmente histamina e prostaglandinas. 
2. As substâncias químicas libertadas causam a vasodilatação e o aumento da 
permeabilidade dos capilares sanguíneos da zona atingida. Como consequência, aumenta o 
fluxo sanguíneo no local e uma maior quantidade de fluído intersticial passa para os tecidos 
envolventes. 
3. A zona atingida manifesta rubor, calor e edema. A dor que acompanha esta reação 
deve-se à ação de substâncias químicas nas terminações nervosas locais e pela distensão dos 
tecidos. 
4. Os neutrófilos e os monócitos são atraídos por quimiotaxia, deixam os vasos 
sanguíneos por diapedese e dirigem-se aos tecidos infetados. Os neutrófilos são os primeiros a 
chegar e começam a realizar a fagocitose de agentes patogénicos. Chegam a seguir os 
monócitos que se diferenciam em macrófagos. 
5. Os macrófagos fagocitam os agentes patogénicos e os seus produtos, os neutrófilos 
destruídos no processo e as células danificadas. O pús que se acumula no local da infeção é 
formado por microrganismos e fagócitos mortos e por proteínas e fluído que saíram dos vasos 
sanguíneos. O pús é absorvido e, ao fim de alguns dias, verifica-se a cicatrização dos tecidos. 
Propriedades apresentadas pelos leucócitos: 
 Quimiotaxia: a acumulação de substâncias químicas inflamatórias ativa o sistema 
imunitário, atraindo células efectoras para o local; 
 Diapdese: os neutrófilos e monócitos deformam-se, atravessam as paredes dos capilares e 
passam para os tecidos infetados; 
 Fagocitose: Captura, por endocitose, de células ou restos de células que são destruídas em 
vesículas digestivas. As células que realizam a fagocitose são os fagócitos. 
 
 Os monócitos transformam-se em macrófagos, que fagocitam as células estranhas e 
destroem-nas em vacúolos digestivos por ação de enzimas. 
 A cicatrização ocorre por processos mitóticos. 
 
 Resposta sistémica 
Envolve todo o organismo. Um dos sintomas é a febre. 
As toxinas produzidas pelos agentes patogénicos e certos compostos chamados pirogénios, 
produzidos por alguns leucócitos, podem fazer disparar a febre. 
Aumento do número de leucócitos em circulação – este aumento resulta da estimulação da 
medula óssea por substâncias 
A febre muito alta é perigosa, mas a febre moderada contribui par a defesa do organismo, uma 
vez que dificulta a multiplicação de bactérias e vírus. 
 Interferões 
Conjunto de proteínas antivirais segregadas por células infetadas por vírus. 
O interferão não protege a célula que o produz nem atua diretamente sobre o vírus, mas 
difunde-se para as células vizinhas e estimula-as a produzir substancia que inibem a 
reprodução dos vírus, limitando a expansão das infeções virais. 
São proteínas importantes na limitação da propagação de determinadas infeções virais. 
Atuação: 
O vírus entra na célula X, introduzindo a síntese de interferão. 
Este abandona a célula, entra na circulação e liga-se a recetores da superfície da célula Y. Esta 
é induzida a produzir proteínas antivirais, capazes de destruir o mRNA viral, inibindo a síntese 
proteica. As proteínas antivirais bloqueiam a multiplicação de qualquer vírus que entra na 
célula Y. 
 
 Sistema complemento 
Grupo de cerca de 20 proteínas que circulam no sangue na forma inativa. Quando o sistema 
complemento é ativado, por uma série de reações em cascata, são levadas a cabo diferentes 
ações de defesa não específica, como: 
 -abertura de poros na membrana citoplasmática de células invasoras, que conduzem à 
sua lise; 
 -atração de fagócitos e estimulação da fagocitose. 
 
 
Defesa específica 
Corresponde à imunidade adquirida: inclui o 
conjunto de processos através dos quais o 
organismo reconhece os agentes invasores e os 
destrói de uma forma dirigida e eficaz. 
Interatuam com a primeira e a segunda linha de 
defesa. Ao contrário do que acontece com a 
defesa não específica, a resposta do organismo ao 
agente invasor melhora a cada novo contacto. 
Podemos então falar em especificidade e 
memória. 
Antigénios: componentes moleculares estranhos 
que estimulam uma resposta imunitária específica. 
Podem ser moléculas livres ou estruturas 
moleculares que existem na superfície das células. 
A grande maioria são polissacarídeos ou proteínas 
que existem na superfície externa de 
microrganismos invasores (ou que são produzidos 
por esses microrganismos). 
Nem todos os antigénios fazem parte de 
microrganismos (pólen, hemácias, tecidos, órgãos 
transplantados, parasitas, etc.). 
Um antigénio possui várias regiões capazes de serem reconhecidas pelas células do sistema 
imunitário. Cada uma dessas regiões é um determinante antigénico. Durante a maturação 
destas células, elas adquirem recetores superficiais para numerosos antigénios, passando a 
reconhecê-los. Passam a ser células IMUNOCOMPETENTES. 
Os linfócitos que 
durante o seu 
processo de 
maturação 
desenvolvem a 
capacidade de 
reconhecer antigénios 
próprios do 
organismo são 
destruídos ou 
inativados. 
Os linfócitos maduros 
passam para a 
circulação sanguínea e linfática e encontram-se em grande quantidade em órgãos do sistema 
linfático como o baço ou os gânglios linfáticos. 
Em casos como as leucemias, etc., em que a medula óssea não funciona ou origina células 
anormais, pode ser proposta como tratamento uma transplantação de medula óssea. 
 
Os mecanismos de defesa específica do organismo são divididos em dois grupos: 
➔ Imunidade humural (mediada por anticorpos); 
➔ Imunidade celular (mediada por células). 
 
 Imunidade Humural – MEDIADA POR ANTICORPOS 
Os efectores da imunidade humural são os linfócitos B. estes produzem anticorpos. 
Os anticorpos são uma forma solúvel dos recetores existentes na superfície dos linfócitos. 
Todos os linfócitos que possuem o mesmo tipo de recetores provêm da multiplicação de uma 
mesma célula e constituem um clone, sendo capazes de reconhecer o mesmo antigénio. 
Na imunidade humural ocorrem diferentes fases: 
Seleção clonal – quando o ag entra no organismo, ao encontrar linfócitos B, estimula uma 
pequena fração desses linfócitos, aqueles que possuem na membrana recetores, 
determinados geneticamente, para esses ag específicos; 
Proliferação clonal dos linfócitos ativados – estes linfócitos experimentam uma rápida divisão, 
formando muitas células, todas idênticas geneticamente, que possuem os mesmos recetores e 
pertencem ao mesmo clone. 
Diferenciação dos linfócitos B – uma parte das células do clona diferencia-se em plasmócitos, 
que são células secretoras de anticorpos. Os plasmócitos ativos podem produzir 5000 
moléculas de anticorpos por segundo, pois têm um RER muito desenvolvido. 
A defesa do organismo através da imunidade humural ocorre pela seguinte ordem: 
1. Um macrófago 
fagocita um determinado 
antigénio e processa-o 
(fragmenta-o). Uma porção 
do antigénio, o 
determinante antigénico, 
liga-se a uma proteína MHC 
e é apresentado à superfície 
do macrófago. 
2. O determinante 
antigénico é reconhecido 
pelo clone de linfócitos B 
que possui o recetor 
específico e por linfócitos T 
auxiliares. O clone de 
linfócitos B também pode reconhecer os determinantesantigénicos de antigénios livres – sem 
a intervenção de células 
apresentadoras; 
3. O clone de 
linfócitos B é ativado e 
sofre multiplicação; 
4. Uma parte das 
células do clone de 
linfócitos B ativado 
diferencia-se em 
plasmócitos e outra parte 
em linfócitos B de 
memória; 
5. Os anticorpos 
interagem com o 
antigénio e levam à sua destruição; 
6. Após a destruição do antigénio, os plasmócitos morrem e os anticorpos são 
degradados, diminuindo a sua concentração no sangue. Os linfócitos B de memória 
permanecem no sangue durante anos e desencadeiam uma resposta imunitária secundária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reação Antigénio-anticorpo 
Os anticorpos pertencem a um grupo de 
proteínas globulares designadas 
IMUNOGLOBULINAS. 
As imunoglobulinas são células com 
estrutura em forma de Y, constituídas 
por quatro cadeias polipeptídicas, duas 
cadeias pesadas (H) e duas cadeias leves 
(L). As cadeias polipeptídicas possuem 
uma região constante (C), muito 
semelhante em todas as 
imunoglobulinas e uma região variável (V). 
Na região variável das imunoglobulinas existem sequências de aminoácidos que lhe conferem 
uma conformação tridimensional particular – sítios de ligação para um antigénio específico. É 
nesta região que se estabelece a ligação com o antigénio, formando o complexo antigénio 
anticorpo ou complexo imune. 
O elevado grau de especificidade no local de ligação do anticorpo a um antigénio deve-se a 
dois fatores: 
- A sua estrutura é complementar da estrutura de um antigénio; 
- Nesse local toda a estrutura química favorece o estabelecimento de forças eletrostáticas de 
ligações de hidrogénio ou de outro tipo de ligação entre anticorpo e antigénio. 
 Mecanismos de ação dos 
anticorpos: 
Os anticorpos não têm capacidade de 
destruir diretamente os invasores 
portadores de antigénios. Na verdade, 
eles marcam as moléculas estranhas, 
que depois são destruídas por outros 
processos. 
- Neutralização: a ligação anticorpo-
antigénio inativa o agente patogénico 
ou neutraliza a toxina que ele produz. 
- Estimulação da fagocitose: a ligação anticorpo-antigénio estimula a ligação dos macrófagos e 
a fagocitose. 
- Aglutinação: os anticorpos agregam os agentes patogénicos, neutralizando-os e tornando-os 
acessíveis aos macrófagos. A aglutinação é possível porque cada anticorpo tem pelo menos 
dois locais de ligação ao antigénio. 
- Precipitação: ligação de moléculas solúveis do antigénio, formando complexos insolúveis que 
precipitam. 
- Ativação do sistema complemento: o complexo anticorpo-antigénio ativa umas proteínas do 
sistema e desencadeia a reação em cascata que ativa todo o sistema. Como já foi referido, as 
proteínas do sistema de complemento estimulam a fagocitose e a lise celular. 
 
 
 
Classes de Imunoglobulinas 
A região constante das imunoglobulinas interage com outros elementos do sistema imunitário 
e possui características que permitem distinguir 5 classes. Diferentes classes de 
imunoglobulinas predominam em diferentes fases da infeção e em diferentes fluidos do 
organismo. 
Anticorpos diferentes podem apresentar a mesma especificidade antigénica. 
As propriedades biológicas são conferidas pelas regiões constantes das cadeias pesadas, 
enquanto que a função de reconhecimento dos antigénios cabe às regiões variáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Incompatibilidades sanguíneas 
Por vezes é necessário recorrer a transfusões sanguíneas. Para que as transfusões sejam bem 
sucedidas, tem de haver compatibilidade entre o sangue do dador e do recetor. 
Tipo de Sangue Tipo A Tipo B Tipo AB Tipo O 
Aglutinogénios A B A e B Ausência de 
algutinogénios 
Aglutininas Anti-B Anti-A Ausência de 
aglutininas 
Anti-A e 
anti-B 
Pode receber 
sangue 
Tipo A 
e O 
Tipo B e 
O 
Qualquer tipo Só pode 
receber do 
tipo O 
A presença do complexo antigénio-anticorpo amplifica a resposta 
inflamatória e a eliminação celular já iniciada de uma forma não 
específica. 
 
O sangue cujas hemácias possuem um determinado aglutinogénio não pode possuir as 
aglutininas correspondentes no plasma, sob a pena de desencadear uma reação imunitária de 
aglutinação das hemácias pelos anticorpos (reação transfusional). 
As transfusões devem ser isogrupais (o tipo d sangue do dador deve ser o mesmo do recetor). 
 Imunidade Celular - mediada por células 
A imunidade mediada por células resulta da participação dos linfócitos T. estes só reconhecem 
antigénios apresentados na superfície das células do nosso organismo ligados a moléculas 
particulares que são marcadores individuais. É particularmente efetiva na defesa do organismo 
contra agentes patogénicos intracelulares. 
Esta é a base do reconhecimento dos nossos próprios antigénios (self), que permite a 
tolerância imunológica; é também a base do reconhecimento de antigénios que nos são 
estranhos (non-self) quando apresentados por células apresentadoras. 
Quando um macrófago fagocita uma bactéria ou um vírus, ao dar-se a destruição dentro do 
macrófago, formam-se fragmentos peptídicos que são antigénicos. Estes fragmentos ligam-se 
a certos marcadores superficiais do macrófago que os exibe e apresenta aos linfócitos T. 
Estes linfócitos T são ativos contra: parasitas multicelulares, fungos, células infetadas por 
bactérias ou vírus, células cancerosas, tecidos enxertados e órgãos transplantados. 
Na imunidade celular estão envolvidos os seguintes acontecimentos: 
- Células que apresentam, na sua superfície, determinantes antigénicos estranhos ligados a 
proteínas do MHC são reconhecidas por linfócitos T auxiliares. As células apresentadoras 
podem ser macrófagos que fagocitaram e processaram agentes patogénicos, células infetadas, 
células cancerosas ou células de outro organismo; 
- O clone de linfócitos T auxiliares, que reconhece o complexo antigénio – MHC, divide-se e 
diferencia-se em linfócitos T citotóxicos e linfócitos T de memória. Os linfócitos T auxiliares 
também libertam mediadores químicos (citoquinas) que estimulam a fagocitose, a produção 
de interferão e a produção de anticorpos pelos linfócitos B; 
- Os linfócitos T citotóxicos ligam-se às células estranhas ou infetadas e libertam perforina 
(uma proteína que forma poros na membrana citoplasmática, provocando a lise celular); 
- Os linfócitos T de memória desencadeiam uma resposta mais rápida e vigorosa num segundo 
contacto com o mesmo antigénio. 
Existem diferentes tipos de linfócitos T com funções específicas – uns produzem substâncias 
químicas que coordenam diferentes intervenientes de defesa específica, outros matam células 
portadoras de antigénios, outros moderam ou suprimem a resposta imunitária quando a 
infeção já está debelada. 
 
 
Cooperação entre células Imunitárias 
Os linfócitos B e T influenciam-se 
mutuamente, pelo que a ação da 
imunidade humural e da imunidade celular não é independente. 
 
 
Significa que há estimulação 
Linfócitos T ativos: Defesa contra agentes patogénicos intracelulares e células cancerosas, 
através da ligação e destruição destas células. 
Anticorpos: Defesa contra agentes patogénicos extracelulares, tornando-os alvos fáceis para os 
fagócitos. 
2ª exposição ao antigénio 
Todos os agentes do sistema imunitário interagem. Se um deles falha, todas as linhas de 
defesa ficam perturbadas. 
 
 
 
 
➔ Vigilância Imunitária 
Uma das principais funções da imunidade mediada por células é reconhecer e destruir células 
cancerosas. Isto é possível devido ao facto de as células cancerosas terem alguns antigénios 
superficiais diferentes dos das células normais e podem ser reconhecidas como estranhas. 
As células cancerosas surgem como resultado de mutações génicas em células normais do 
organismo– estas mutações provocam o aparecimento de novos antigénios superficiais. 
A destruição das células cancerosas é feita por determinados linfócitos T, que libertam 
substâncias que podem provocar a morte dessas células por diferentes mecanismos 
(geralmente apoptose – morte programada das células). 
Quando o sistema mediado por células é ineficaz em reconhecer ou destruir células cancerosas 
é que elas se multiplicam e originam o cancro, segundo alguns investigadores. 
O sistema imunitário é também responsável pela rejeição de tecidos ou órgãos quando 
existem diferenças bioquímicas entre o dador e o recetor – o dador e o recetor têm de ter 
uma IDENTIDADE BIOQUÍMICA o mais próxima possível. 
Há rejeição de enxertos quando o dador e o recetor (pertencem a estirpes diferentes) têm 
diferenças genéticas mais ou menos acentuadas. Os linfócitos reagem contra as células 
estranhas do enxerto destruindo-as. 
Quando se reincide esta prática com o mesmo dador e o mesmo recetor, a resposta imunitária 
é mais intensa e mais rápida, devido à presença de linfócitos T de memória. 
Para minimizar as reações de rejeição no organismo humano, procuram-se tecidos/órgãos que 
sejam compatíveis com as características bioquímicas do recetor. 
Aplicam-se também ao recetor várias drogas que suprimem a resposta imunitária – mas estas 
drogas, por serem pouco específicas, podem comprometer a capacidade do sistema imunitário 
em relação a outras infeções. 
É importante considerar numa situação de enxerto/transplante: 
 
➔ Memória Imunitária e vacinação 
O primeiro contacto com um antigénio origina uma resposta imunitária primária, durante a 
qual são ativados linfócitos B e T. 
As células de memória podem reconhecer rapidamente esse antigénio numa nova infeção, 
desencadeando uma resposta 
imunitária secundária que se 
caracteriza por ser mais 
intensa e mais rápida no 
combate e eliminação desse 
antigénio. 
As células efectoras 
desaparecem após a 
eliminação do antigénio 
invasor. As células de memória 
permanecem no organismo, 
inativas, prontas para dar uma 
resposta imunitária secundária, mais rápida, mais 
intensa e de maior duração. A esta propriedade 
chamamos MEMÓRIA IMUNITÁRIA. A memória 
imunitária é específica para o antigénio para o qual 
foi sensibilizada. 
O princípio da memória imunitária pode ser 
utilizado na imunização do organismo, através de 
processos de vacinação. 
Uma vacina é uma solução preparada em 
laboratório, de agentes patogénicos mortos ou 
inativados de modo a que não se reproduzam. 
O risco de uma vacina provocar uma doença é 
ínfimo, mas não é nulo, pelo que atualmente se 
investe na produção de vacinas comestíveis, que 
seriam mais seguras, mais baratas e que apresentassem resultados mais rápidos. 
A vacina tem a função de desencadear uma resposta imunitária primária, provocando a 
produção de células de memória que estarão prontas para responder a um segundo contacto 
com os agentes patogénicos para os quais estão sensibilizadas. 
Existem diferentes tipos de imunidades, discriminados na seguinte tabela: 
Imunidade ativa 
O sistema imunitário do indivíduo responde 
ao antigénio e produz anticorpos e células de 
memória 
 
 
 
 
 
 
Natural 
O indivíduo é, naturalmente, exposto ao 
antigénio. 
Exemplo: contrai uma doença, etc. 
Artificial 
O antigénio é, deliberadamente, introduzido 
no organismo através de vacinação. 
Imunidade passiva 
O sistema imunitário do indivíduo não 
responde ao antigénio. São transferidos 
anticorpos produzidos por outra pessoa ou 
por um animal. 
 
 
 
 
Natural 
A criança recebe anticorpos que são 
transferidos da mãe através da placenta ou 
do leite. 
 
 
 
Artificial 
O individuo recebe um soro que contém 
anticorpos produzidos por outra pessoa ou 
 por um animal. 
 
 
 
➔ Desequilíbrios e doenças 
O sistema imunitário preserva a integridade do nosso organismo. O combate a agentes 
patogénicos e a doenças por eles provocadas deve ser ajustado, de forma a que seja intensa o 
suficiente para ser bem sucedido no combate às mesmas, mas não excessivo ao ponto de 
prejudicar o individuo. 
Deve ser específica e adaptada ao agente patogénico. Contudo, as pessoas reagem de maneira 
diferente face o mesmo antigénio. 
Esta desigualdade pode ser adquirida por fatores como a desnutrição, a idade, etc., ou devido 
a uma componente genética, levando à produção de mediadores químicos que intervêm na 
imunidade de maneira diferente. 
Qualquer um destes desequilíbrios pode criar situações de anormalidade no funcionamento do 
sistema imunitário. Este pode desregular-se ou possuir algumas deficiências, tornando o 
indivíduo vulnerável a infeções ou conduzir a reações violentas contra elementos do ambiente 
normalmente tolerados. 
 Alergias 
Algumas reações de defesa exacerbam-se e podem condicionar doenças. Uma dessas 
situações é a alergia. A asma, rinite alérgica, eczema, urticária e conjuntivite são manifestações 
alérgicas comuns. 
As alergias correspondem a estados de hipersensibilidade imunitária, conduzindo a reações 
aberrantes em relação a antigénios específicos. Esta hipersensibilidade pode ter 
consequências graves, como a lesão de tecidos e órgãos. 
As substâncias que desencadeiam alergias são os alergénios. 
As reações alérgicas podem assumir vários aspetos: 
 Hipersensibilidade Imediata 
É a forma de alergia mais frequente e manifesta-se logo após o contacto com o alergénio. 
num primeiro contacto os linfócitos B são estimulados a diferenciarem-se em plasmócitos que 
produzem anticorpos 
específicos da classe IgE. Esta 
liga-se aos mastócitos. Num 
segundo contacto, este 
alergénio liga-se ao anticorpo 
dos mastócitos (IgE). O 
complexo antigénio-anticorpo 
ativa os mastócitos e os 
basófilos e são libertados 
mediadores químicos como a 
histamina, que desencadeiam uma reação inflamatória intensa, caracterizada por 
vasodilatação, edema e afluxo de células fagocitárias. 
Ex. asma, rinite e urticária. 
 Hipersensibilidade Tardia 
Leva mais de 12 horas a desenvolver-se e é devia a reações imunitárias mediadas por células. 
É um exemplo deste tipo de hipersensibilidade a alergia de contacto. 
Esta resulta de uma sobreactivação de certas células do sistema imunitário. Ex.: Eczema de 
contacto. 
 
Algumas reações alérgicas podem conduzir a um choque anafilático, que é provocado pela 
diminuição brusca da pressão arterial em consequência do aumento da permeabilidade dos 
vasos sanguíneos – resultado de uma reação inflamatória MUITO intensa. 
O património hereditário é um fator de risco importante na génese de certas alergias. O risco 
de desenvolver uma alergia é tanto mais elevado quanto os ascendentes diretos são alérgicos. 
 Doenças autoimunes 
Os linfócitos são normalmente tolerantes em relação aos antigénios do próprio indivíduo. 
Aqueles que apresentam uma forte afinidade para os antigénios do próprio indivíduo são 
eliminados ou ficam inativados aquando da sua maturação, impedindo a sua ação. 
O timo funciona como um filtro, que só deixa passar os linfócitos com pouca ou nenhuma 
afinidade para os antigénios do próprio indivíduo. Um processo idêntico acontece com os 
linfócitos B na medula óssea. 
Por diversos motivos, esta tolerância pode ser rompida e o organismo acaba por produzir 
anticorpos e células T sensibilizadas para alguns dos seus próprios tecidos, levando à sua 
destruição, tendo como consequência a lesão e alteração das funções dessas células. 
Existem vários tipos de doenças autoimunes, cujos sintomas se relacionam com o tipo de 
tecido que é atacado e destruído pelo sistema imunitário do próprio indivíduo, sendo algumas 
delas: 
 Diabetes insulinodependentes: 
O nosso organismo possui uma concentração variável de glicose no sangue à qual chamamosglicemia. 
A variação dessa concentração pode ser devia à ingestão de alimentos com alto teor de glicose 
(aumenta a glicemia) ou devido à prática de exercício físico (diminui a glicemia). 
Células localizadas no pâncreas chamadas ilhotas de Langerhans produzem insulina, que é 
usada na decomposição da glicose. 
Contudo, alguns indivíduos apresentam concentrações anormais de glicemia. A essas pessoas 
chamamos diabéticos. Esta doença pode ter implicações a nível do sistema cardiovascular, 
nervoso, etc. 
Esta é uma doença auto imune uma vez que no soro dos diabéticos encontram-se anticorpos 
contra células das ilhotas de Langerhans. Também os linfócitos T destroem as células 
produtoras de insulina através de mediadores químicos. O tratamento passa pela injeção 
diária de insulina. 
Parece haver uma predisposição genética para diabetes. 
 Artrite Reumatoide 
É caracterizada pela destruição de cartilagens articulares pelo sistema imunitário, o que causa 
a deformação das articulações e diminuição da mobilidade das zonas afetadas. 
 Esclerose Múltipla 
Doença neurológica que inclui sintomas como perturbações sensitivas, formigueiros, falta de 
visão, desequilíbrio, dificuldades motoras nos membros inferiores, etc. 
Verificam-se lesões na zona branca dos centros nervosos devido à destruição da mielina de 
axónios e de células nervosas, provocadas por linfócitos T ou mediadores químicos libertados 
pelo sistema imunitário. 
Certos linfócitos T reativos a determinado antigénio “enganam-se” e atacam a mielina. Os 
macrófagos fagocitam os fragmentos da mielina. Também anticorpos são produzidos contra os 
constituintes da mielina. A longo prazo, estas lesões levam à atrofia do sistema nervoso 
central, com diversas consequências. 
 Lúpus 
O sistema imunitário produz anticorpos contra vários tipos de moléculas próprias, incluindo 
histonas e DNA. Caracteriza-se por erupções da pele, febre, artrite e disfunção renal. 
 
 Imunodeficiência 
Os indivíduos podem não possuir linfócitos B ou T. há ainda casos em que se verifica a 
deficiência de fagócitos ou de outros intervenientes do sistema imunitário. 
Como todos os agentes do sistema imunitário interagem, desde que um deles falhe, todas a 
linhas de defesa ficam perturbadas. 
 Imunodeficiência inata (ou congénita): 
Existem diferentes tipos de imunodeficiências inatas, cujos sintomas dependem dos 
constituintes do sistema imunitário que têm um funcionamento deficiente. 
A falta de linfócitos T traduz-se numa maior sensibilidade a agentes infeciosos intracelulares, 
vírus e cancros. A falta de linfócitos B traduz-se numa maior sensibilidade a infeções 
extracelulares causadas por bactérias e outros agentes. 
A imunodeficiência grave combinada (SCID) passa pela ausência de linfócitos B e T. os doentes 
são extremamente vulneráveis e apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis. 
Tratamento por transplante de medula óssea ou terapia genica. 
 Imunodeficiência adquirida 
O caso mais paradigmático na atualidade é o da SIDA (HIV). 
A SIDA é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Este é um vírus de RNA 
(retrovírus) que infeta principalmente os linfócitos T, mas também linfócitos B, macrófagos e 
células do sistema nervoso. 
No interior da célula hospedeira, o RNA viral é transcrito para DNA pela transcriptase reversa e 
o DNA é integrado no genoma. Quando ativo, o DNA viral dirige a produção de novos vírus que 
causam a destruição da célula hospedeira e infetam novas células. A diminuição progressiva do 
número de linfócitos T deixa o organismo muito suscetível a doenças oportunistas e cancros. 
Não existe cura nem vacina para a doença, mas a sua progressão pode ser retardada por 
drogas inibidoras da transcriptase reversa (AZT) e das proteases e inibidores da ligação do vírus 
às células hospedeiras. 
A contaminação pelo HIV é silenciosa, não desencadeando imediatamente uma doença aguda: 
Após a fixação do vírus sobre uma célula-alvo, um linfócito T, o material genético, RNA vira, 
assim como algumas enzimas como a transcriptase reversa entram na célula. 
Em presença da enzima transcriptase reversa, o RNA viral é copiado em DNA por um processo 
designado por transcrição inversa, formando uma cadeia simples de DNA complementar do 
RNA do vírus. A cadeia de DNA serve de molde à síntese de uma cadeia complementar, 
formando uma molécula de DNA em cadeia dupla, designada por provírus. 
O DNA proviral é incorporado no genoma da célula hospedeira. 
Os genes do vírus podem ficar um período mais ou menos longo sem se exprimirem. 
Uma ativação do DNA proviral leva à sua transcrição, formando RNA mensageiro. 
Algumas moléculas do RNA vão constituir o RNA viral, enquanto que outras funcionam de 
mRNA, ligando-se a ribossomas da célula, que passam a traduzir a sua linguagem codificada 
numa sequencia de aminoácidos que forma as proteínas do vírus. 
Constituem-se então novos vírus, que formam saliências à superfície da célula e se separam, 
podendo infetar outras células. 
Com a destruição dos linfócitos T que coordenam a defesa específica, o sistema imunitário vai 
enfraquecendo ao longo do tempo, tornando-se progressivamente incapaz de controlar a 
proliferação do vírus e de outros agentes patogénicos. Surgem assim doenças oportunistas, 
como a tuberculose, sapinhos, dermatomicoses, pneumonia, meningite, etc., que levam à 
morte do indivíduo.

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