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1/2 Método da Decomposição LU ou Fatoração Lu Exemplo A matriz A ficará definida como: Observação: A matriz L não possui inversa, isto é, a matriz L é inversível. O sistema AX = B poderá ser rescrito no formato L(UX) = B. Denominaremos UX = y. Logo, podemos determinar X resolvendo o par de equações: Ly = B e UX = y. Exemplo: Supondo Ou seja, A= X = B = . Usaremos o processo de Gauss para triangularizar a matriz A. Primeiro, observe se será necessário o pivotemento de alguma linha. 1º Passo: Primeiro Pivô a11= 3. Então, faremos L1 L1, L2 L2 – m21 L1, L3 L3 – m31 L1; onde e Ficando assim: 2º Passo: Segundo Pivô a22= 1/3. Então, faremos L1 L1, L2 L2, L3 L3 – m32 L2; onde . Ficando assim: . 1 0 0 0 * 1 0 0 * * 1 0 * * * 1 * * * 0 * * 0 0 * 0 0 0 2/2 3º Passo: Definimos, com isso, a matriz U: 4º Passo: A Matriz L será a matriz triangular inferior com diagonal com 1’s e definida pelos multiplicadores m21, m31 e m32. Como podemos observar no exemplo: 5º Passo: Resolveremos o par de equações: Ly = B e UX = y. Primeiro, encontraremos y: Ly = B , utilizando a multiplicação de matrizes. Em seguida, igualdade de matrizes, o sistema pode ser resolvido encontrando y1=1, y2 = 5/3, y3 = 0. 6º Passo: Encontraremos os valores de x: UX = y , Utilizando a multiplicação de matrizes. Em seguida, igualdade de matrizes, encontraremos os valores de x procurados inicialmente: x1= -3, x2 = 5 e x3 = 0. 1/3 Método de Gauss-Jacob Exemplo: Supondo Dado x0 = e = 0.05 ( precisão) O método consiste em dado x0 (aproximação inicial) obter x1, ...xk, através da relação recursiva: x k+1 = Cxk + G pode ser escrito na forma: Exemplo: Seja onde B = 1º Passo: Observe que x corresponde na definicao do método a , y a e z a , ou seja, podemos reescrever o sistema como: 2/3 2º Passo: Portanto, podemos reescrever da forma: 3º Passo: Podemos, a partir do 2º passo, definir a matriz e a matriz G = 4º Passo: Iniciamos o processo iterativo. Assim, temos para k = 0: 5º Passo: Como realizamos a primeira iteração, faremos o teste de parada para verificar se a solução encontrada alcançou a precisão desejada. O teste de parada será realizado a cada iteração. Teste de Parada: Para identificarmos se alcançamos a precisão desejada, mediremos a distância entre xk e xk-1 por mk = . Da mesma maneira que no teste de parada dos métodos estudados anteriormente, onde procurávamos a raiz da função, podemos aplicar o teste do erro relativo. 3/3 Observação: Podemos usar como teste de parada um número máximo de iterações. Exemplo: Então, (lembre-se = 0.05). Portanto, passamos para k = 1. O procedimento para quando alcançamos a precisão desejada ou o máximo de iteração desejada. Para chegarmos a = 0.05 deveremos fazer mais duas iterações. Você deverá fazer como exercício para verificar a seguinte resposta: x2 = com e x3 = com com Observação: O método de Gauss-Jacobi tem a convergência garantida, se o critério das linhas for satisfeito. 1/2 Método de Gauss-Jordan Lembre-se que deveremos resolver o exemplo em 2 passos: 1º passo: Transformar o sistema linear na forma de matriz completa Exemplo: A X = B Observação: Podemos escrever o sistema como AX = B. Onde A é a matriz dos coeficientes, X a matriz das incógnitas, e B a matriz dos termos independentes. 2º passo: Transformaremos o sistema em um sistema cuja matriz dos coeficientes seja a matriz identidade, tomando em cada passo como pivô os elementos da diagonal da matriz A. Para isso, trabalharemos com a matriz completa. Aceitaremos o primeiro pivô, no exemplo, como o primeiro elemento da primeira linha (primeiro elemento da diagonal principal, a11) não nulo. Os elementos abaixo do pivô deverão ser anulados, utilizando operações elementares com a linha que contém o pivô e as respectivas linhas abaixo do pivô. Observação 1: Quando passarmos para a segunda linha, o pivô será o elemento não nulo a22, os elementos a serem anulados deverão ser os abaixo (a32) e os acima (a12) do pivô, e assim sucessivamente. Observação 2: Caso o pivô seja nulo, devemos fazer troca de linha, de forma que o elemento pivô seja diferente de zero. Exemplo: Nosso primeiro pivô é o elemento a11= 1. Devemos zerar o elemento a21, utilizando operações elementares com as linhas 1 e 2; modificando, assim, toda linha 2. E depois zerar o elemento a31, utilizando operações elementares com as linhas 1 e 3; modificando, assim, toda linha 3. Neste exemplo, multiplique a linha 1 por -2 e some com a linha 2. O resultado será uma nova linha, cujo primeiro elemento obrigatoriamente é nulo (L2 -2 L1 + L2). Esta nova linha será a nova linha 2. Analogamente, podemos anular o elemento a31 (L3 -3 L1 + L3). A soma destas linhas será a nova linha 2 2/2 O novo sistema ficará: Para facilitar as contas, vamos transformar o pivô a22 em 1, dividindo toda a linha 2 por 2. Ficando assim: O procedimento se repete com o próximo pivô, ou seja, o elemento da diagonal principal que está na próxima linha (2). Pivô: a22. Anularemos os elementos a12 com a operação L1 -2 L2 + L1 e o elemento a32 com a operação L3 -3 L2 + L3, da mesma forma como foi feito anteriormente. Novamente, para facilitar as contas, vamos transformar o pivô a33 em 1, multiplicar toda a linha 3 por -2 (ou dividir por -1/2). Anularemos o elemento a13 realizando a operação L2 7/2 L3 + L2 e o elemento a23 com a operação L1 -11/2 L3 + L1, que se encontram acima do pivô a33, utilizando os mesmos procedimentos. Assim, encontrando a matriz abaixo. Então, podemos ver que esta matriz determina que x = 1, y = 2 e z = 3. 1/3 Método Gauss-Seidel Exemplo Supondo: Dado x0 = e = 5 x 10-2 (precisão) Da mesma forma que o método anterior, dado x0 (aproximação inicial) obter x1, ...xk, através da relação recursiva: x k+1 = Cxk + G. Podemos escrever na forma: Exemplo: Seja onde B = 1º Passo: Observe que x corresponde na definição do método a , y a e z a , ou seja, podemos reescrever o sistema como: 2/3 2º Passo: Portanto podemos reescrever: 3º Passo: Podemos definir a matriz e a matriz G = 4º Passo: Iniciamos as iterações. Assim, temos para k = 0: 5º Passo: Como realizamos a primeira iteração, faremos o teste de parada para verificar se a solução encontrada alcançou a precisão desejada. O teste de parada será realizado a cada iteração. Teste de Parada: Utilizaremos o mesmo teste de parada do método anterior, ou seja, a distância entre xk e xk-1 por mk = . Da mesma maneira que no teste de parada dos métodos estudados na aula anterior, onde procurávamos a raiz da função, podemos aplicar o teste do erro relativo. Observação: Podemos optar em usar como testede parada um número máximo de iterações. 3/3 Exemplo: Então, Portanto, passamos para k = 1. Observação: O método de Gauss-Seidel tem a convergência garantida se o critério de Sassenfeld for satisfeito. 1/2 )dx Caso Contínuo Exemplo Seja f(x) contínua em um intervalo [a,b] e g1(x) e g2(x) duas funções contínuas em [a,b] escolhidas; encontrar a função (x) = α1 g1(x) + α2 g2(x), de forma que esteja o mais próximo possível de f(x), usando o critério dos quadrados mínimos. Para isso, deveremos utilizar o conceito de integral definida: . Iremos encontrar o mínimo para: Realizando as operações matemáticas (quadrado) e substituir a definição de , ficamos com a expressão: Com o mesmo raciocínio do caso discreto, devemos achar os pontos críticos de F utilizando para isso o conteúdo de derivada novamente e, mais uma vez, podendo expressar na forma de matriz. Exemplo Determinar uma função linear que aproxime a função f(x) = 4 x3, no interalo [0,1] Portanto: = α1 g1(x) + α2 g2(x) Onde g1(x) = 1 e g2(x) = x para α1, α2 A = α = e b = Para o cálculo de: a11= 2/2 a12= a22= b1= b2= Logo α1 = e α2 = Concluímos que a aproximação por quadrados mínimos de f(x) = 4 x3 no intevalo [0,1] por um polinômio do primeiro grau é a reta = x - 1/2 Caso Discreto Exemplo Seja a tabela abaixo resultado de um experimento, montaremos o diagrama de dispersão e definiremos a função que mais se aproxima da curva: x -1 -0.75 -0.6 -0.5 -0.3 0 0.2 0.4 0.5 f(x) 2.05 1.15 0.45 0.4 0.5 0 0.2 0.6 0.51 Este diagrama de dispensão sugere aproximarmos a curva por uma parábola, passando pela origem. Portanto, g (x) = x2 e procuramos por (x) = α1 x 2 Para determinar α1 e, consequentemente, (x) = α1g1(x), podemos impor que o desvio f(xi) - (xi) seja mínimo para i = 1,..., m. Veremos a seguir um modo de impor que tal desvio seja mínimo usando o método dos quadrados mínimos. Este método escolhe αi de tal forma que a soma dos quadrados dos desvios seja mínima. F(α1, α2, ..., αn) = Exemplo Vamos aplicar no exemplo anterior x -1 -0.75 -0.6 -0.5 -0.3 0 0.2 0.4 0.5 f(x) 2.05 1.15 0.45 0.4 0.5 0 0.2 0.6 0.51 2/2 Procuramos por f(x) (x) = α1 x 2 e g(x) = x2 Usando a definição de ponto mínimo aprendido em cálculo diferencial, encontramos os pontos críticos, ou seja, f `(x) = 0 (derivada de primeira ordem). Calculando as derivadas parciais para cada i e impondo a condição da derivada ser igual a zero, desmembramos tais equações em um sistema linear com n equações (equações normais) e n incognitas O sistema pode ser escrito na forma A = b, onde A = ( tal que aij = = aji (A é simétrica) e bi = . Temos então: Soma x -1 -0.75 -0.6 -0.5 -0.3 0 0.2 0.4 0.5 (x2)(x2) 1 0.316 0.13 0.06 0.008 0 0.002 0.026 0.06 1.606 f(x)(x2) 2.05 0.649 0.16 0.1 0.045 0 0.008 0.096 0.13 3.238 Portanto, 1.606 α = 3.238 Podemos, assim, concluir que α = 2.016. Então (x) = 2.016 x2 1/2 Caso não Linear Exemplo Seja os dados do experimento utilizando f(x) α1 e -α 2 x , α1 e α2 positivos abaixo: x -1 -0.7 -0.4 -0.1 0.2 0.5 0.8 1.0 f(x) 36.55 17.26 8.155 3.85 1.82 0.86 0.406 0.25 Aqui a função será linearizada utilizando y α1 e -α 2 x Portanto: z = ln y ln (α1) - α2 x Se a1 = ln (α1) e a2 = α2 Então, ln (y) a1 - a2 x = (x) torna-se um problema linear com parâmetros a1 e a2 Assim sendo, podemos utilizar o quadrados mínimos. Exemplo Iremos ajustar z = ln (y) por quadrados mínimos, definindo assim (x) = a1 + a2 x onde a1 = ln (α1) e a2 = - α2 Observe que g1 (x) = 1 e g2(x) = x Portanto teremos: x -1 -0.7 -0.4 -0.1 0.2 0.5 0.8 1.0 z= ln(y) 3.599 2.849 2.099 1.349 0.599 -0.151 - 0.901 - 1.402 Resolvendo o sistema encontraremos os valores de a1 e a2: 2/2 g1(x) = 1. Portanto, Da mesma forma calculamos g2(x) = 3.59 = a22 a12 = a21 = b1 = b2 = A = a = e b = Resolvendo o sistema encontramos: a1 = 1.099 e a2=-2.5 Voltando ao início, α1 = e a 1 = e 1.099 = 3.001 e α2 = - a2 = 2.5 Portanto: α1 e - α 2 x = 3.00 e-2.5 x. Veja abaixo outros exemplos de transformações que podemos usar: 1) Hipérbole: y = ( z = 2) Exponencial: : y Se y > 0, z = ln (y) ln( α1)+ x ln (α2 )= a1 + a2 x = (x) 1/1 Interpolação Polinomial Exemplo: Um experimento tem como resultado uma tabela, onde são definidos a temperatura e o calor específico de um material específico. Suponha que, em algum momento, precisa-se calcular o calor específico em certa temperatura que não se encontra na tabela ou mesmo saber qual a temperatura para certo calor específico. Para estes casos, necessitamos fazer a interpolação polinomial. Definição: Dados os pontos ( (x0,f(x0)), (x1,f(x1)),..., (xn,f(xn)) ), faremos a aproximação de f(x) por um polinômio de grau menor ou igual a n. Tal que: F(xn) = Pn (xn), onde k=0,1,2, ...,n Observe que possuímos n+1 pontos, pois partimos de x0 . Através de demonstração matemática garante-se que tal polinômio Pn(x) que se deseja construir existe e é único, desde que possua grau menor ou igual a n, tal que Pn (xk) = f(xk), k = 0,1,2,...,n, desde que xk ≠ xj, j ≠ k. Modos de se obter Pn (x) Vimos que é possível, e de uma maneira única, definir o polinômio Pn (x). Porém, existem várias maneiras de encontrá-lo. Dentre estas veremos o método de Lagrange e o método de Newton. 1/1 Método de Newton Exemplo Determinar o polinômio P2 (x) usando a forma de Newton para os seguintes pares ordenados (-1,4), (0,1), (2,1). Portanto, estaremos construindo P2 = f(x0) + f[x0,x1] (x – x0) + f[x0,x1,x2] (x – x0)(x – x1) P2 = 4 + f[x0,x1] (x – (-1)) + f[x0,x1,x2] (x – (-1))(x – 0) f[x0,x1] = f[x0,x1,x2] = f[x1,x2] = = = 0 Portanto, f[x0,x1,x2] = = = 1 Logo: P2 = 4 + (-3) (x – (-1)) + 1 (x – (-1))(x – 0) = x 2 – 2 x + 1 1/1 Métodos de Lagrange Exemplo Suponha a interpolação linear em dois pontos distintos x0 e x1, com o par ordenado (x0, f(x0)) e (x1, f(x1)). O polinômio que iremos definir é de grau n = 1 e Pn (x) é função linear. Portanto, usando a forma de Lagrange ficamos com: P1 (x) = f(x0) M0 (x) + f(x1) M1 (x) onde e Portanto: P1 (x) = f(x0) + f(x1) Podemos escrever esta função da seguinte forma: , onde y0 = f(x0) e y1= f(x1) Na disciplina de álgebra linear aprendemos a escrever a equação da reta através do determinante de uma matriz, ou seja, o determinante de: Exemplo: Vamos supor que possuímos dois pares ordenados (-1, 4) e (0,1) Então, a interpolação linear, usando a forma de Lagrange, ficaria: P1 (x) = f(x0) M0 (x) + f(x1) M1 (x) onde e Portanto: P1 (x) = 4 + 1 = - 4x + x + 1 = -3x+1 1/1 Regra dos Retângulos Exemplo Calcular a integral definida:. Considere n = 5 e 3 casas decimais. Definimos, então, h = 1 – 0/10 = 1/10 = 0.1. Você poderá realizar estes cálculos utilizando a planilha do Excel. Observe que para i = 0, a primeira coluna corresponde ao cálculo de (0+0.1)/2 e a terceira coluna a função aplicada neste valor, ou seja, f(0.05) = 0.049875. Portanto, o somatório da função nos pontos será 3,469912 e o resultado da integral (área) será = 0.1 (3,469912) = 0.34699. OBS: Pelo método analítico, você encontrará 0.34657. i F( 0 0,05 0,049875 1 0,15 0,146699 2 0,25 0,235294 3 0,35 0,311804 4 0,45 0,37422 5 0,55 0,422265 6 0,65 0,456942 7 0,75 0,48 8 0,85 0,493469 9 0,95 0,499343 Somatório 3,469912 1/1 Regra dos Trapézios Exemplo Determine uma aproximação para usando 10 subintervalos. = 1.7197 O erro cometido: A5_metodo_da_decomposicao_lu.pdf (p.1-2) A5_metodo_gauss_jacob.pdf (p.3-5) A5_metodo_gauss_jordan.pdf (p.6-7) A5_metodo_gauss_seidel.pdf (p.8-10) A6_caso_continuo.pdf (p.11-12) A6_caso_discreto.pdf (p.13-14) A6_caso_nao_linear.pdf (p.15-16) A6_interpolacao_polinomial.pdf (p.17) A6_metodo_de_newton.pdf (p.18) A6_metodos_lagrange.pdf (p.19) A7_regra_retangulos.pdf (p.20) A7_regra_trapezios.pdf (p.21)
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