Exercício físico como forma de tratamento da esquizofrenia

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ESQUIZOFRENIA
DEFINIÇÃO
A esquizofrenia e os denominados transtornos esquizofrênicos constituem um grupo de distúrbios mentais graves, sem sintomas patognomônicos, mas caracterizados por distorções do pensamento e da percepção, por inadequação do afeto, sem prejuízo da capacidade intelectual, embora ao longo do tempo possam aparecer prejuízos cognitivos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013)
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO
Não existe um exame laboratorial que seja capaz de identificar a esquizofrenia. O diagnóstico permanece inteiramente dependente do julgamento clínico médico, através de uma entrevista psiquiátrica cuidadosa com o paciente e seus familiares. 
OBS.: No Brasil, o diagnóstico clínico é baseado nos critérios da CID-10. 
SINTOMAS
POSITIVOS
NEGATIVOS
- INTENSOS
+ INTENSOS
SINTOMAS POSITIVOS
São os delírios, pensamentos irreais, ideias individuais do paciente que não são partilhadas em grupo;
Alucinações auditivas; 
Elaboração de frases sem qualquer sentido;
 Alterações do comportamento, variando entre agressividade e ansiedade.
SINTOMAS NEGATIVOS
Podem resultar na perda ou diminuição das capacidades mentais;
Isolamento social impulsionado pela apatia;
Indiferença emocional;
Pobreza do pensamento e falta de motivação.
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA
ESQUIZOFRENIA PARANÓIDE
A esquizofrenia paranóide é caracterizada pela presença de delírios de perseguição ou grandeza. São pacientes tensos, desconfiados, hostis e muito agressivos.
ESQUIZOFRENIA HEBEFRÊNICA
O tipo desorganizado, também chamado de esquizofrenia hebefrênica, caracteriza-se por uma regressão acentuada a um comportamento primitivo, desinibido e desorganizado. O início é cedo, antes dos 25 anos de idade. 
ESQUIZOFRENIA CATATÔNICA
O tipo catatônico é caracterizado por uma acentuada perturbação psicomotora que pode envolver estupor, negativismo, rigidez e excitação.
ESQUIZOFRENIA SIMPLES
É marcada pela ocorrência insidiosa e progressiva, ao longo de um período mínimo de 1 ano, de excentricidade de comportamento, incapacidade de responder às exigências da sociedade, e um declínio global do desempenho.
ESQUIZOFRENIA RESIDUAL
O tipo residual é caracterizado pela presença de evidências contínuas de perturbação esquizofrênica, na ausência de um conjunto completo de sintomas ativos ou de sintomas suficientes para a classificação como um outro tipo de esquizofrenia.
TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME
Caracteriza-se por sintomas idênticos aos da esquizofrenia, o que o difere da esquizofrenia é o tempo de duração dos sintomas, pois no transtorno esquizofreniforme é menor.
CAUSAS
FATORES AMBIENTAIS
FATORES GENÉTICOS
Falta de apoio social;
Mudanças impactantes na infância/ adolescência;
Tabagismo;
Família desestruturada.
Pais com esquizofrenia;
Complicações durante a gestação ou parto.
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
Abordagens fisioterapêuticas:
 Alongamento e relaxamento muscular;
 Exercícios de consciência corporal;
 Exercícios contra resistência;
 Acunputura.
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
Uma revisão sistemática tratando sobre os benefícios da fisioterapia dentro de uma abordagem de atendimento multidisciplinar para pessoas com esquizofrenia, demonstrou que as abordagens fisioterapêuticas são intervenções valiosas e podem ajudar a melhorar a psiquiatria física e qualidade de vida de pessoas com esquizofrenia. (GARCIA, 2015)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS. Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-esquizofrenia-livro-2013.pdf Acesso em: 21 de fevereiro de 2019.
RODRIGUES, H. et al. Esquizofrenia hebefrênica: psicose na infância e adolescência. Revista de Psicologia. vol. 23. Rio de Janeiro, 2011.
BARBOSA, R. Esquizofrenia: uma revisão. Psicologia USP. vol. 17. São Paulo, 2006.
TREHOUT, M. [Physical activity in patients with schizophrenia: From neurobiology to clinical benefits]. PUBMED. Paris, 2018.
GURUSAMI, J. et al. Exercise, diet and educational interventions for metabolic syndrome in persons with schizophrenia: A systematic review. Asian J Psychiatr. 2018.
MARGARITHI, M. et al. [Clinical guidelines for the management of schizophrenia (ΙΙ): Community service-level interventions and the role of Primary Care]. PUBMED, 2018.
[Clinical guidelines for the management of schizophrenia (ΙΙ): Community service-level interventions and the role of Primary Care]