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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BARRA DO BUGRES 
ARQUITETURA E URBANISMO
NIEMEYER, OSCAR: Minha arquitetura. Rio de Janeiro. Revan, 2000, 3ª edição, dezembro de 2000. 112p.
MINHA ARQUITETURA- OSCAR NIEMEYER
Thálita de Oliveira Lourenço
Thalita1997s2@gmail.com
	Neste livro o próprio Oscar Niemeyer narra algumas de suas histórias e ensinamentos. Na sua infância morou em Laranjeiras e foi criado por seu avô por quem tinha muita admiração, depois da morte de seu avô as coisas ficaram complicadas, Oscar se mudou com sua mulher, filha e uma prima para o bairro Leblon no Rio de Janeiro onde ele já cursava arquitetura na Escola de Belas Artes, sempre se destacou por ter ideias diferentes dos alunos de sua classe. Fez estágios no ateliê de Lucio Costa e Carlos Leão os quais sempre o apoiaram em suas ideias. 
Naquele tempo as grandes obras eram destinadas a firmas construtoras, os arquitetos faziam apenas trabalhos menores como residências e pequenos clubes. Certo dia o ministro da educação e saúde convidou Lúcio Costa para projetar a sede do seu ministério MES. Lúcio Costa aceitou por ser um prédio diferente do que ele estava acostumado a projetar, organizou sua equipe tendo consigo: Carlos Leão, Affonso Reidy, Jorge Moreira e Ernane Vasconcelos. Oscar Niemeyer por ter acabado de sair da escola continuou como assessor fazendo os croquis do projeto. Todos arquitetos gostaram dos rabiscos de Oscar inclusive Le Corbusier que também foi incluído na elaboração do projeto. E assim de assessor Oscar passou a fazer parte da comissão de arquitetos.
	Durante a construção do MES, Capanema designou Carlos Leão para projetar uma Universidade sob chefia do ex-ministro Souza Campos, já contando com a colaboração dos arquitetos que tinha trabalhado no projeto MÊS. Certo dia Carlos Leão pediu para que Oscar projetasse o hospital deste projeto mas disse que se Souza Campos perguntasse que edifício Oscar estava desenhando não era para ele dizer que era um hospital pois o ex-ministro exigia que o hospital tivesse formato de Y, porém quando Carlos o perguntou que prédio ele estava desenhando ele disse que era um hospital, o governador ficou furioso, Oscar discordando da ideia de Souza disse tudo que tinha que falar e acabou pedindo demissão. Capanema não permitiu que ele saísse e o levou para trabalhar com ele em seu gabinete para atender tudo que se referisse a arquitetura e artes plásticas e eles acabaram ser tornando bons amigos. Capanema apresentou Oscar a grandes pessoas como o governador Valadares e a Juscelino Kubitschek, o que influenciou muito em sua carreira.
Oscar sempre procurou desenvolver uma arquitetura mais livre, sempre usando curvas e formas diferentes o que o fez se destacar muito. Em seu primeiro encontro com JK, ele disse a Oscar com muito entusiasmo “Niemeyer você vai projetar o bairro da Pampulha. Uma área à beira de uma represa com cassino, igreja e um restaurante”. E assim, vinte anos depois com o mesmo entusiasmo fez este pedido a Oscar. Pampulha que foi o início de Brasília, sendo que muitos projetos foram posteriormente realizados por Oscar.
Durante o longo período que ocorreu entre Pampulha e Brasília, Oscar manteve contato com JK, que a seu pedido elaborou vários projetos para Minas Gerais, como em Belo Horizonte o Colégio Estadual, a escola Julia Kubistchek, o Banco Mineiro de produção, a Biblioteca Estadual, Teatro Municipal e também um hotel e um clube construídos em Diamantina. 
Em 1957 surgiu o problema da nova capital e novamente JK disse a Oscar que queria uma cidade moderna, a mais bela do mundo. Oscar construiu todos os palácios de Brasília com um salário mensal de um modesto servidor público, o que mostra que Oscar não ligava tanto para o dinheiro. E assim começaram o projeto em um lugar longe de tudo era uma terra vazia, o que não deixou Oscar muito entusiasmado.
Como Oscar não quis fazer o plano piloto que era a forma de Brasília e o projeto urbanístico, foi resolvido fazer um concurso internacional para resolver o problema sendo o ganhador Lucio Costa que apresentou uma solução com diversos setores independentes que lembrava a grandeza e monumentalidade de nosso país na forma de uma Cruz ou como outros dizem, na forma de um avião. De acordo com Oscar, algo que só um homem sensível como Lucio Costa podia conceber.
O primeiro projeto iniciado foi o Palácio da Alvorada que sugeria coisas do passado, possuía um sentido horizontal da fachada, uma larga varanda protegendo-o, uma capelinha que lembrava o fim da composição das velhas casas de fazenda. Depois do Palácio da Alvorada outro projeto foi iniciado, começaram pela praça dos três poderes onde se situava o Palácio do Planalto, do Supremo e do Congresso, este último sendo mais afastado dos demais projetos. Ao desenhar esses Palácios, Oscar preferiu fazê-los com formas mais regulares.
Nos Palácios da Justiça e Itamaraty, Oscar optou por uma arquitetura mais simples e elegante para as pessoas compreenderem a arquitetura mais livre que Oscar apresentava. Ele fala que em Brasília as pessoas vão ver edifícios variados que podem gostar ou não, mas que nunca teriam visto algo parecido. O que se implica na Catedral de Brasília, diferente de todas catedrais do mundo. Do outro lado do eixo monumental ficam os teatros, dois teatros que se completam em uma forma piramidal. 
Oscar fala que um dos motivos por ele ter escrito este livro foi para explicar projetos realizados no exterior. A França foi o primeiro país que ele visitou e já projetou vários edifícios, entre eles, o Espaço Oscar Niemeyer no Havre que corresponde a uma grande praça aberta para o mar com teatros e centros culturais. Projetou também em Sainte-Baume no qual dominicanos o procuraram para que ele projetasse um conjunto de dormitórios, capelas e locais de encontros. 
Já na Itália o editor Giorgio Mondadori procurou Oscar para que ele projetasse uma nova sede em Milão com uma colunata semelhante ao do Palácio Itamarati o qual ele projetou em Brasília. Oscar projetou poucos projetos de residências, porém foram inúmeros projetos feitos por ele referente a obras públicas. Ele sempre foi um arquiteto muito procurado tanto no Brasil como no Exterior, projetou uma ilha de lazer em Abu Dhabi, e um pequeno jardim zoológico na Argélia. Em Israel foi convidado para projetar um grande edifício, o qual não foi construído.
 Na cidade de Haifa ainda em Israel projetou uma universidade que também não foi construída. Depois de já ter passado uns dias em Israel apareceu a oportunidade de projetar uma pequena cidade no deserto de Negev, onde hoje se encontra grandes blocos de apartamentos com mais de 50 andares, todos projetados por Oscar Niemeyer.
Depois de passar um tempo fora do Brasil o que Oscar descreve como momentos conturbados, pois ele sentiu muita saudade de seu país e por isso resolveu ficar um tempo sem viajar, projetar sozinho em seu escritório em Copacabana. E assim Oscar fez outras obras: em São Paulo o memorial da América Latina já construído, em Brasília os últimos edifícios do eixo monumental, o Museu, a Biblioteca, o grande edifício para espetáculos musicais, o Planetário e um gruo de cinemas. No Rio de janeiro projetou o centro de Convenções, em Niterói, o Museu de Arte Contemporânea e o caminho Niemeyer, que ainda não foi construído.
Passados vários anos Oscar Niemeyer decidiu se dedicar também a esculturas, já havia projetado algumas sendo uma delas uma mão com sete metros de altura para o Memorial da América Latina em São Paulo. E assim certo tempo depois Oscar estava expondo suas esculturas no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, as críticas foram generosas fazendo com que Oscar se nomeasse um pequeno escultor. Oscar fala no fim do seu livro que cada arquiteto deve ter sua arquitetura, que a ideia de uma arquitetura ideal é algo monótono, medíocre e que não passa de uma repetição. Para ele o mais importante é a intuição, pois é assim que conseguiremos encontrara nossa própria arquitetura.

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