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Afecções do aparelho respiratório RESUMO

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Afecções do aparelho respiratório
Anatomia e fisiologia
A principal função do aparelho respiratório consiste em fornecer oxigênio (02) aos tecidos, e também responsável pela regulação da temperatura corporal, eliminando ar aquecido, além da eliminação ou perda de líquidos, e pela emissão dos sons característicos da espécie. 
 Aparelho respiratório é composto pelas fossas nasais, ossos nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões. O nariz externo é composto pelas narinas, vestíbulo e focinho. As narinas, representadas pelas aberturas por onde o ar entra e sai, são a porção mais externa do aparelho respiratório. Nos equinos elas apresentam o divertículo lateral e possuem formato de virgula. A porção contínua à narina internamente é chamada de vestíbulo, sendo representado pela porção pilosa. Já o focinho é a porção cartilaginosa do nariz, Depois tem a traqueia, carina, brônquios, bronquíolos e pulmão.
Métodos de exame
 Semiologicamente, os pulmões podem ser identificados por auscultação, nas diversas áreas correspondentes a linha imaginária traçada do olecrano a tuberosidade do osso íleo, e marginada em sentido ventral-dorsal e cranio-caudalmente, pela borda cranial da decima sétima costela ou decimo quarto ao decimo sexto espaço intercostal.
 A frequência respiratória normal em um cavalo adulto em repouso situa-se entre 10 a 14 movimentos, podendo variar em função do tamanho corporal, idade, exercício, excitação, temperatura e umidade relativa do ar, gestação, grau de repleção do aparelho digestório e do estado de higidez do animal.
Epistaxe
A epistaxe, ou ainda rinorragia, basicamente significa a saída de quantidade variável de sangue por meio das narinas, podendo ser uni ou bilateral, constitui sempre um acontecimento secundário a qualquer processo traumático das vias aéreas “superiores” ou decorrente de uma afecção, previamente estabelecida, nas vias aéreas “inferiores”.
Nas epistaxes provenientes de problemas das vias aéreas inferiores, o exame clínico minucioso deve revelar a origem do processo. No caso de epistaxes pós-exercício, referida como hemorragia pulmonar (alveolar) pós-exercício, em razão da etiopatogenia pouco esclarecida, muitos esquemas terapêuticos são utilizados, quase todos com poucos resultados práticos.
Hemorragia pulmonar induzida por exercícios
 A Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (HPIE) é caracterizada pela presença de sangue de origem pulmonar na árvore traqueobrônquica e também por presença de sangue nas narinas após exercício (Geralmente intenso). A HPIE é mais descrita em animais submetidos à provas de velocidade, sendo que as raças mais acometidas são Puro Sangue Inglês (PSI) de corridas e provas de salto e Quarto de Milha (QM) de provas rurais como três tambores, seis balizas e laço. 
O diagnóstico é feito através dos sinais clínicos com o auxílio de broncoscopia (Exame endoscópico). Este exame permite a visualização das vias aéreas posteriores, além de avaliar a quantidade de sangue presente e a severidade da doença.
 O tratamento é baseado no quadro do animal e na severidade do caso. Dentre os medicamentos que podem ser usados, estão broncodilatadores, anti-inflamatórios, esteroides e diuréticos, porém o uso excessivo dessa última classe pode causar alterações do equilíbrio eletrolítico e até choque no animal caso o animal esteja desidratado. Além do tratamento adequado, os animais afetados deverão ficar afastados dos treinamentos e provas por um período determinado até a melhora do mesmo.
Hematoma etmoidal
Acomete equinos entre 8 e 12 anos de idade, sendo uma patologia rara. Consiste na formação de uma massa benigna, de caráter progressivo e destrutivo. Se origina da mucosa do turbinado etmoidal, também podendo haver formação no assoalho e na parede dos seios maxilar e frontal. Cavalos acometidos podem apresentar redução da capacidade respiratória, epistaxe crônica que poderá vir acompanhada de muco (uni ou bilateral). O animal apresentará respiração estertorosa, com agravo durante o exercício, devido ao obstáculo para a entrada de ar, formado pelo hematoma.
O diagnóstico é feito com base nos sinais clínicos, sendo confirmados por exames endoscópicos e radiográficos.
O tratamento preferencial é cirúrgico, podendo variar de acordo com a extensão da lesão. Até 5 cm podem ser ressecados via trans-endoscópica. Processos maiores, o acesso cirúrgico via "flap" frontonasal é a opção mais viável para remoção da massa com laser ou técnicas criocirúrgicas. Poderá ser utilizado o método de ablação química, onde será posto no local da lesão por via endoscópica uma solução de formoaldeído a 4% no centro da massa, o volume injetado irá variar com o tamanho da massa. 
Deslocamento dorsal do palato mole
Comumente aparece em consequência de doenças como: síndrome da disfunção faríngea adquirida, faringites com hiperplasias linfoide de grau elevado, neuropatias, atrofias neurogênicas da musculatura do palato, secundárias a enfermidades musculares generalizadas, botulismo, intoxicação por chumbo, micose das bolsas guturais, lesões nos nervos cranianos, alterações estais como diâmetro nasofaringeano diminuído, distancia faringo-epigl6tica reduzida na fisiologia da faringe e da laringe, epiglote hipoplásica, redução do tônus da musculatura nasofaringeana, entre outros. 
O diagnóstico é feito por meio da observação dos sinais clínicos, em destaque: tolerância ao exercício, vibração de palato mole, tosse, disfagia, corrimento nasal bilateral, asfixia. Vale ressaltar que a maioria dos animais acometidos, quando em repouso, apresentam-se normais, por isso a importância de um exame clínico com presença de exercício.
O tratamento do deslocamento intermitente poderá ser conservador ou associado. O conservador consiste na administração de anti-inflamatórios e antissépticos orofaríngeos através de nebulização 2 vezes ao dia. Fazer amarração da língua com tiras de couro ou tecido no espaço interdental da mandíbula é uma técnica bastante utilizada para prevenção do deslocamento intermitente em centros hípicos com cavalos de corrida.
Aprisionamento da epiglote
Consiste em uma das manifestações da síndrome da disfunção faríngea. É caracterizado pela fixação da epiglote pela prega glossoepiglótica e prega aritenoepiglótica. Pode ocorrer em processos inflamatórios faríngeos e laríngeos, cistos subepiglóticos, deformidades das cartilagens e hiperplasia congênita da epiglote. Poderá ocorrer juntamente com o deslocamento do palato mole e fenda palatina em potros.
Se o cavalo for mantido em repouso por 15 dias, tratado com anti-inflamatórios e antissépticos orais, poderá haver boa resposta do tratamento em animais onde o aprisionamento não é congênito, nem por afecções associadas.
Hemiplegia da laringe (cavalo roncador)
 É considerada uma das afecções mais comuns que acometem as vias respiratórias superiores de equinos de corrida, principalmente aqueles entre faixa de 2 à 5 anos de idade, caracteriza-se por redução do desempenho e performance do cavalo, intolerância ao exercício e ruído respiratório anormal. A hemiplegia laringeana pode ser observada de três formas: hemiparesia sem sinais clínicos evidentes, hemiparesia com sinais clínicos, e hemiplegia característica.
O diagnóstico é fácil de se elaborar através das características da afecção do animal. A avaliação do animal deve ocorrer enquanto ele está em exercício, em repouso e após, ambos quando o animal está em repouso o ruído respiratório raramente é audível, quando a hemiplegia for unilateral e de graus discretos o ruído pode ser exacerbado quando se golpeia o tórax do animal com o punho o que produziria inspiração forçada e uma acentuação do som característico da patologia o mesmo efeito pode ser reproduzido com palmadas aplicadas na região do masseter.
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. Conservador quando o cavalo é atendido precocemente logo no início da doença e é portador de enfermidades como o garrotilho podendo-se utilizarantibióticos específicos para melhorar o estado clínico do paciente, quanto ao tratamento cirúrgico existem inúmeras técnicas que poderão ser utilizadas para a resolução do ruído, asfixia, porém nenhuma delas é capaz de reparar definitivamente as funções normais da laringe.
Doença pulmonar obstrutiva crônica (D.P.O.C)
 Afecção é comumente frequente em cavalos de corrida, o que causa uma redução da performance, intolerância ao exercício, dispnéia expiratória, tosse e perda de peso. Nos casos crônicos mais graves são muitos os sinônimos pelos quais a DPOC é conhecida. Podendo estar presente: enfisema crônico, bronquite crônica, bronquiolite crônica, obstrução do fluxo de ar permanente.
 O diagnóstico da doença se baseia apenas nas manifestações clinicas apresentadas pelo animal,devendo sempre ser descartado casos de afecções respiratórias agudas, deve ser feito a percussão do pulmão, onde deve se constatar um aumento da área com hipersonoridade.
Pneumonias em geral e pleuropneumonia
 De alta gravidade, caracterizadas pela inflamação do parêquima pulmonar, sendo normalmente associadas com inflamação dos brônquios, bronquíolos e da pleura. Os sinais clínicos poderão variar de acordo com a extensão da doença, o animal apresentará: apatia, anorexia, intolerância ao exercício, tosse seca, frequência respiratória aumentada, temperatura pode atingir até 41°C.
 O diagnóstico baseia-se em auscultação e percussão do tórax, no intuito de detectar alterações ruídos respiratórios. Nas pneumonias gangrenosas, o ar expirado pode ter odor fétido, causado por alguma eventual necrose do tecido. A radiografia é menos eficaz, porém pode auxiliar na confirmação do diagnóstico.
 O tratamento, é necessário que o animal permaneça em baias arejadas e protegidas do frio. Na terapêutica, será realizado uso de antibióticos de amplo espectro, como: cloranfenicol na dose de 10 a 20mg/kg, via intramuscular ou intravenosa, a cada 6 horas; gentamicina na dose de 2 a 3 mg/kg, pela via intramuscular ou intravenosa, a cada 12 horas; ampicilina da dose de 10 a 20 mg/ kg, pela via intramuscular ou intravenosa.

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