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Ferrovias 13/03/2015 1 1 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Revisão Ferrovias AULA 06 Importância da ferrovia no desenvolvimento de um País 2 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Quais são os elementos de maior importância para o desenvolvimento de países e regiões? Devemos necessariamente considerar a importância de se ter um sistema de transporte eficiente. O modal ferroviário, em função de suas características que lhe proporcionam grande eficiência, consagrou-se como um veículo de transformação econômica, assumindo um importante papel estratégico na composição da matriz de transporte. Ferrovias 13/03/2015 2 O Sistema Ferroviário Brasileiro 3 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias O Sistema Ferroviário Brasileiro 4 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Transporte ferroviário é o realizado sobre linhas férreas para transportar pessoas e mercadorias. As mercadorias transportadas neste modal são de baixo valor agregado e em grandes quantidades como: - Minério, - Produtos agrícolas, - Fertilizantes, - Carvão, - Derivados de petróleo, etc. Ferrovias 13/03/2015 3 O Sistema Ferroviário Brasileiro 5 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Características do transporte ferroviário de carga no Brasil: • Grande capacidade de carga; • Adequado para grandes distâncias; • Elevada eficiência energética; • Alto custo de implantação; • Baixo custo de transporte; • Baixo custo de manutenção; • Possui maior segurança em relação ao modal rodoviário, visto que ocorrem poucos acidentes, furtos e roubos. • Transporte lento devido às suas operações de carga e descarga; • Baixa flexibilidade com pequena extensão da malha; • Baixa integração entre os estados; e • Pouco poluente. O Sistema Ferroviário Brasileiro 6 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias As ferrovias integrantes do Subsistema Ferroviário Federal são designadas pelo símbolo “EF” ou “AF”, indicativo de estrada de ferro ou de acesso ferroviário, respectivamente. O símbolo “EF” é acompanhado por um número de 3 (três) algarismos, com os seguintes significados: I - o primeiro algarismo indica a categoria da ferrovia, sendo: a) 1 (um) para as longitudinais; b) 2 (dois) para as transversais; c) 3 (três) para as diagonais; e d) 4 (quatro) para as ligações; II - os outros 2 (dois) algarismos indicam a posição da ferrovia relativamente à Brasília e aos pontos cardeais, segundo sistemática definida pelo órgão competente. Ferrovias 13/03/2015 4 O Sistema Ferroviário Brasileiro 7 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias O símbolo “AF” é seguido pelo número da ferrovia ao qual está ligado o acesso e complementado por uma letra maiúscula, sequencial, indicativa dos diferentes acessos ligados à mesma ferrovia. As ferrovias integrantes do Subsistema Ferroviário Federal são classificadas, de acordo com a sua orientação geográfica, nas seguintes categorias: I - Ferrovias Longitudinais: as que se orientam na direção Norte-Sul; II - Ferrovias Transversais: as que se orientam na direção Leste-Oeste; III - Ferrovias Diagonais: as que se orientam nas direções Nordeste - Sudoeste e Noroeste-Sudeste; IV - Ferrovias de Ligação: as que, orientadas em qualquer direção e não enquadradas nas categorias discriminadas nos itens I a III, ligam entre si ferrovias ou pontos importantes do País, ou se constituem em ramais coletores regionais; e V - Acessos Ferroviários: segmentos de pequena extensão responsáveis pela conexão de pontos de origem ou destino de cargas e passageiros a ferrovias. O Sistema Ferroviário Tocantinense 8 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Ferrovias 13/03/2015 5 Classificação das Vias Férreas 9 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias As vias férreas são agrupadas nas seguintes Categorias Principais: i. Vias de transporte público de veículos leves sobre trilhos ii. Vias de transporte público ferroviário urbano iii. Vias de carga e intermunicipais de passageiros Movido por energia elétrica (sistema aéreo de fios) velocidade de operação entre 65 a 90km/h Movido por motores elétricos sob tensões moderadas velocidade de operação 130km/h CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos Ligam cidades, implicando o tráfego ferroviário de longas distâncias. As operações geram a maior parte da receita do setor ferroviário, chegando a velocidade superiores a 160 km/h Classificação das Vias Férreas 10 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias As vias férreas são agrupadas nas seguintes Categorias Principais: iv. Vias de alta velocidade Trens-balas (velocidade de 145km/h a 480 km/h) • Quando somente trens de passageiros operam na linha (rampas mais altas podem ser permitidas por causa da baixa carga de eixo) Ferrovias 13/03/2015 6 Classificação das Vias Férreas 11 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias As vias férreas são também agrupadas nas seguintes Categorias Secundárias: i. Vias principais Formam a rede principal de ferrovias e ligam as principais origens e destinos do sistema. ii. Vias secundárias Ou ramais, incluem vias que ligam a linha principais a uma estação que está fora desta e as que ligam a linha principal com os pátios ferroviários. iii. Vias de pátio e sem receita São aquelas que entram nos pátios ferroviários onde veículos são classificados e onde a manutenção e reparos dos vagões e dos motores das locomotivas são realizados. DEFINIÇÃO - FERROVIAS 12 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Um dos conceitos mais completos de estrada de ferro diz que: Ferrovia é um sistema de transporte terrestre, autoguiado, em que o veículo (motores e rebocados) se deslocam com rodas metálicas sobre duas vigas contínuas longitudinais, também metálicas, denominados de trilhos. Os apoios transversais dos trilhos são os dormentes, são regularmente espaçados e repousam geralmente sobre um colchão amortecedor de material granular denominado de lastro, que por sua vez absorve e transmite ao solo as pressões correspondentes às cargas suportadas pelo trilho. Ferrovias 13/03/2015 7 Função e constituição da linha férrea 13 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias A ferrovia é composta por dois subsistemas básicos: • O de material rodante ( veículos tratores e rebocados) • O de via permanente (infraestrutura e a superestrutura ferroviária) Função e constituição da linha férrea 14 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias A infraestrutura ferroviária É o conjunto de obras que formam a plataforma da estrada e suporta a superestrutura. Composta por: • Terraplenagem (cortes e aterros) • Sistemas de drenagem • Obras de arte corrente e especiais • Túneis Sublastro Ferrovias 13/03/2015 8 CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS VIAS • Raio mínimo • Superelevação e velocidade limite nas curvas • Sobrecarga nas curvas • Superlargura • Concordância em planta com Curva de Transição • Concordância vertical 15 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS VIAS 16 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Ferrovias 13/03/2015 9 Arco de círculo • CURVA CIRCULAR SIMPLES CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS VIAS 17 Pontos Singulares da curva PI : ponto de intersecção das tangentes a serem concordadas PC : ponto inicial da curva circular PT : último ponto da curva circular ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Te Te Dados de projeto R: Raio da curva circular Te: Tangente externa Raio de curva (R): O raio pode ser calculado em função da corda e da flecha da curva. 18 ENGENHARIA CIVIL Projeto de Estradas ICÁLCULO DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA CURVA Ferrovias 13/03/2015 10 Desenvolvimento da curva (Dc): 19 ENGENHARIA CIVIL Projeto de Estradas I CÁLCULO DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA CURVA 20 ENGENHARIA CIVIL Projeto de Estradas I Ângulo central é igual a deflexão 90° + 90° + (180° - ∆) + AC = 360° CÁLCULO DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA CURVA Ferrovias 13/03/2015 11 Tangente externa (T): 21 ENGENHARIA CIVIL Projeto de Estradas I CÁLCULO DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA CURVA PROJETO GEOMÉTRICO 22 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias As ferrovias têm exigências mais severas quanto às características das curvas que as rodovias. A questão da aderência nas rampas, a solidariedade rodas-eixo e o paralelismo dos eixos de mesmo truque impõem a necessidade de raios mínimos maiores que os das rodovias. O raio mínimo horizontal para o traçado ferroviário é estabelecido levando-se em conta as características do material rodante previsto para circular no trecho. • Assim os limites de inscrição do truque são os limites de inscrição dos veículos ferroviários. Ferrovias 13/03/2015 12 PROJETO GEOMÉTRICO 23 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias RAIO MÍNIMO A aplicação deste critério conduz a raios muito reduzidos e mesmo inaceitáveis dentro da moderna tecnologia ferroviária. Portanto este raio mínimo significa, na maioria dos casos, apenas um limite que não pode ser ultrapassado, porém pode encontrar aplicações em desvios e ramais secundários. Estes valores são: R = 100m para bitola métrica R = 160m para bitola larga. Rmín ≈ 100 vezes o valor da bitola • Permitir inscrição da base rígida • Limitar o escorregamento roda-trilho PROJETO GEOMÉTRICO 24 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias RAIO MÍNIMO No caso de elaboração de Projetos, normalmente já vem especificado no próprio Termo de Referência a solicitação do cliente, das quais tem alguns exemplos: RAIO MÍNIMO HORIZONTAL Projeto de contorno ferroviário DNIT (vias em bitola métrica). • Raio mínimo = 400 metros. Projeto do Metrô de Salvador (bitola normal 1,435m) • Raio mínimo – via principal = 300 metros • Raio mínimo – via secundária = 100 metros. “Projeto Geométrico do Traçado da Via Permanente – CPTM” (bitola 1,60m). • Raio mínimo vias principais = 420 metros (em traçado novo) ou = 300 metros (em traçado existente) • Raio mínimo vias secundárias = 250 metros. Ferrovias 13/03/2015 13 PROJETO GEOMÉTRICO - ESPECIFICAÇÃO VALEC 25 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias CRITÉRIOS E PARÂMETROS - PLANIMETRIA VALEC – Raio mínimo: 343,823m (3°20’) Serão adotadas curvas com transição espiral (clotóide), para raios iguais ou inferiores a 2291,838m (0°030’) Lc – comprimento da trsnsição: 1m por cada minuto de grau da curva, podendo ser usado 0,5 m quando não houver distância suficiente entre curvas Tangente mínima entre curvas 30 m PROJETO GEOMÉTRICO 26 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias SUPERELEVAÇÃO Superelevação ou sobrelevação consiste em elevar o nível do trilho externo de uma curva. Esta técnica reduz: • O desconforto gerado pela mudança de direção • O desgaste no contato metal-metal • O risco de tombamento devido à força centrífuga que aparece nas curvas. Ferrovias 13/03/2015 14 PROJETO GEOMÉTRICO 27 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias SUPERELEVAÇÃO (Método de cálculo) • Superelevação Teórica; • Superelevação Prática; • Superelevação Prática máxima A velocidade máxima de projeto de um determinado trecho (que possui em geral mais de uma curva) será definida considerando o raio da curva mais “fechada”. Vê métodos na aula 3 PROJETO GEOMÉTRICO 28 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Problemas no dimensionamento pelo método teórico Na via projetada para velocidade máxima prevista para trens de passageiros, aparecem os seguintes problemas: • Utilização da via por diversos tipos de veículos • Veículos de manutenção mais lentos (risco de tombamento para o lado interno da curva); • Desgaste excessivo do trilho interno; • O trem de passageiros pode reduzir a velocidade. Ferrovias 13/03/2015 15 PROJETO GEOMÉTRICO 29 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias SUPERELEVAÇÃO PRÁTICA • Via projetada para velocidade diretriz • Velocidade máxima prevista para trens de passageiros • Trens de carga e manutenção utilizam a mesma via Como a velocidade desses veículos é menor, a componente da força centrífuga também é menor. Com isso aparece o risco de tombamento do veículo mais lento para dentro da curva e de excesso de desgaste do trilho interno, caso a superelevação da mesma tenha sido dimensionada pelo critério teórico. Além disso, mesmo o trem de passageiros pode, por algum motivo, parar na curva. PROJETO GEOMÉTRICO 30 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias SUPERELEVAÇÃO PRÁTICA Critérios racionais: • Conforto A aceleração centrífuga não equilibrada não pode causar desconforto aos passageiros. • Segurança Parte da força centrífuga não é equilibrada, mas a estabilidade é garantida por um coeficiente de segurança. Os critérios são equivalentes em seus resultados. Ferrovias 13/03/2015 16 PROJETO GEOMÉTRICO 31 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias SUPERELEVAÇÃO MÁXIMA • Evita o tombamento do trem para o lado interno da curva quando este está parado sobre ela. Queremos determinar qual a velocidade máxima que um dado trem (com características definidas, como peso, altura do centro de gravidade, etc.) pode descrever uma curva que tenha superelevação máxima. OBS.: As curvas consideradas serão as de menor raio em cada trecho de velocidade constante. PROJETO GEOMÉTRICO 32 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias SOBRECARGA NOS TRILHOS DA CURVA Situações possíveis: • As forças de reação dos trilhos serão iguais (~P/2) se a superelevação tiver sido calculada pelo método teórico e a velocidade de tráfego for a de projeto, ou seja, força centrífuga equilibrada. • O trilho externo sofrerá solicitação maior se a curva possuir superelevação prática e o veículo trafegar na velocidade de projeto. • Para velocidades de tráfego abaixo da de projeto e superelevação teórica, o trilho interno será mais solicitado que o externo (o mesmo pode acontecer para superelevação prática no caso de menores velocidades). Ferrovias 13/03/2015 17 PROJETO GEOMÉTRICO 33 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias SUPERLARGURA • Alargamento da bitola nas curvas (~1 a 2 cm). • Facilita a inscrição do truques. • Reduz o escorregamento das rodas. • Desloca-se o trilho interno, pois o externo guia a roda. • Distribuição da superlargura feita antes da curva circular ou durante a transição. Expressões práticas (Norma): Os valores de R e S são dados em metros. Curvas com raios acima de 500 m não recebem superlargura. Rmín VALEC é de 343,823m praticamente em ferrovias não existe superlargura. PROJETO GEOMÉTRICO 34 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias CONCORDÂNCIA EM PLANTA COM CURVAS DE TRANSIÇÃO Variação brusca de curvatura: repercute sobre os passageiros (desconforto), cargas, veículo e via. Curvatura como sendo o inverso do raio de uma curva: Ferrovias 13/03/2015 18 PROJETO GEOMÉTRICO 35 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias CONCORDÂNCIA EM PLANTA COM CURVAS DE TRANSIÇÃO Para atenuar esse problema e, ao mesmo tempo permitir uma distribuição segura da superelevação, utilizamos as curvas de transição (variação contínua de C = 0 a C =1/R). PROJETO GEOMÉTRICO 36 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias CONCORDÂNCIA EM PLANTA COM CURVAS DE TRANSIÇÃO No caso de curva circular há três possibilidades para a distribuição da superelevação sem o uso da curva de transição: 1. Metade na tangente e metade na curva circular 2. Total na curva Problemas: limita a velocidade e o comprimento da curva pode ser insuficiente. 3. Total na tangente Problemas: grande deslocamento do centro de gravidade do carro. Ferrovias 13/03/2015 19 PROJETO GEOMÉTRICO 37 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias CONCORDÂNCIA EM PLANTA COM CURVAS DE TRANSIÇÃO Nenhuma das hipóteses satisfaz tecnicamente, pois não resolvem a questão da brusca variação da curvatura. Esta somente será resolvida se houver uma variação contínua de C = 0 até C = R. Assim, a superelevação é implantada totalmente na curva de transição variando de 0 até hprát , enquanto o raio varia de infinito até R. Implantação da superelevação na curva de transição PROJETO GEOMÉTRICO 38 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias CONCORDÂNCIA EM PLANTA COM CURVAS DE TRANSIÇÃO Implantação da superelevação na curva de transição Ferrovias 13/03/2015 20 PROJETO GEOMÉTRICO 39 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias CONCORDÂNCIA EM PLANTA COM CURVAS DE TRANSIÇÃO Instalação: • GREIDES É o conjunto das alturas a que deve obedecer o perfil longitudinal da estrada quando concluída. Retos: inclinação constante em um determinado trecho. Curvos: quando se utiliza uma curva de concordância para concordar os greides retos. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS ESTRADAS 40 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Ferrovias 13/03/2015 21 • GREIDES CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS VIAS 41 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias PROJETO GEOMÉTRICO 42 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias TRAÇADO VERTICAL – CONCORDÂNCIA VERTICAL Ferrovias 13/03/2015 22 PROJETO GEOMÉTRICO 43 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias TRAÇADO VERTICAL – CONCORDÂNCIA VERTICAL • Raios e inclinação muito mais restritivos • Maior custo de implantação • Evitar coincidência das curvas verticais com Aparelho de Mudança de Vias (AMV) • Curvas: circulares, parabólicas ou elípticas Circulares: quanto maior o raio, maior o conforto e o custo. Europa: 5000 a 10000 m; Brasil: 1500 m; PROJETO GEOMÉTRICO 44 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias TRAÇADO VERTICAL – CONCORDÂNCIA VERTICAL Parabólicas: mais empregadas no Brasil e EUA O coeficiente c é tabelado e varia em função da classe da via e do tipo de curva vertical, se é côncava ou convexa. Ferrovias 13/03/2015 23 PROJETO GEOMÉTRICO 45 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias TRAÇADO VERTICAL – CONCORDÂNCIA VERTICAL RAMPAS Nos trechos tangentes, a inclinação varia de 1% a 2% Podendo chegar a 4% nas linhas do Metrô e TGV (Train Grude Vitesse – Trem de Grande Velocidade). Metrô de São Paulo, Metrô de Salvador Rampa máxima: 4% DNIT Rampa máxima: 1,5% Função e constituição da linha férrea 46 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias A superestrutura ferroviária É o segmento da via permanente que recebe os impactos diretos da carga. Principais componentes são: • Trilhos • Acessórios de fixação • Aparelhos de mudança de vias • Dormentes • Lastro Os quais estão sujeitos às ações de degradação provocadas pela circulação dos veículos e de por ataques do meio ambiente. Ferrovias 13/03/2015 24 INFRAESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 47 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Plataforma (Infraestrutura) SUBLEITO Deve receber compactação, com o objetivo de aumentar sua resistência. Cuidados devem ser tomados quanto à drenagem, como o uso de trincheiras e drenos para rebaixar o nível d’água quando necessário em cortes no terreno. 48 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Plataforma (Infraestrutura) SUBLEITO EM CORTE INFRAESTRUTURA DE VIA PERMANENTE Ferrovias 13/03/2015 25 49 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Plataforma (Infraestrutura) SUBLEITO EM ATERRO Zonas com maiores exigências de compactação em razão de concentração de tensões. INFRAESTRUTURA DE VIA PERMANENTE Plataforma (Infraestrutura) BOMBEAMENTO DE FINOS DO SUBLEITO O bombeamento de finos é um processo autoalimentado que consiste no enrijecimento do lastro e posterior ruptura devido à secagem de lama proveniente do subleito bombeada pelo tráfego. Ocorre na presença de: • Solo fino • Água e • Super solicitação. Soluções: filtro, geotêxtil protegido, seleção do subleito, solo-cimento (solo-cal, ligantes betuminosos) 50 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias INFRAESTRUTURA DE VIA PERMANENTE Ferrovias 13/03/2015 26 51 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias SUBLASTRO (Especificação de Serviço nº 80-ES-028A-20-8010 VALEC) Trata-se camada de material que completa a plataforma ferroviária e que recebe o lastro, tendo a função de absorver os esforços transmitidos pelo lastro e transferi-los para o terreno subjacente na taxa adequada à capacidade de suporte do referido terreno. É a camada superior da infraestrutura, e tem características especiais levadas em conta na construção da superestrutura. SUBLASTRO Plataforma - Infraestrutura SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 52 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias SUBLASTRO (Especificação de Serviço nº 80-ES-028A-20-8010 VALEC) Tem a seguintes funções: • Aumentar a capacidade de suporte da plataforma, permitindo elevar a taxa de trabalho no terreno ao serem transmitidas as cargas através do lastro (reduzindo sua superfície de apoio e sua altura, o que traz economia de material) • Evitar a penetração do lastro na plataforma (infraestrutura) • Aumentar a resistência do leito à erosão e a penetração da água, concorrendo para uma melhor drenagem da via. • Permitir relativa elasticidades ao apoio do lastro para que a via não seja excessivamente rígida. SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE Espessura do sublastro - ~ 20 cm é suficiente Ferrovias 13/03/2015 27 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 53 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias LASTRO (Especificação de material nº 80-EM-033A-58-8006 - PEDRA BRITADA PARA LASTRO - VALEC) Elemento da superestrutura - situado entre os dormentes e o sublastro. SUB-LASTRO Plataforma - Infraestrutura Lastro Dormente SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 54 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias LASTRO (Especificação de material nº 80-EM-033A-58-8006 - PEDRA BRITADA PARA LASTRO - VALEC) Suas principais funções são: • Distribuir esforços do dormente; • Drenagem • Resistir a esforço transversal (empuxo passivo atuando no dormente); • Permitir reconstituição do nivelamento (através de equipamentos de manutenção); Ferrovias 13/03/2015 28 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 55 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias LASTRO (Especificação de material nº 80-EM-033A-58-8006 - PEDRA BRITADA PARA LASTRO - VALEC) Características do material a ser selecionado para compor o Lastro: • Suficiente resistência aos esforços transmitidos • Elasticidades limitada para abrandar os choques • Dimensões que permitam sua interposição entre os dormentes e o sublastro • Resistência aos agentes atmosféricos • Ser material não absorvente, não poroso e de grãos impermeáveis • Não deve produzir pó. SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 56 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias LASTRO (Especificação de material nº80-EM-033A-58-8006 - PEDRA BRITADA PARA LASTRO - VALEC) Especificação de Projeto de superestrutura - 80-EG-000A-18-0000 LASTRO PEDRA BRITADA • Rochas mais apropriadas: Granitos, Gnaisse, Quartzito, micaxisto, Deorito e Diabásio. • Rochas menos apropriadas: Arenito, Calcário, Mármore e Dolamita (devem ser analisadas pois nem sempre atendem às especificações técnicas). Optar pelas rochas de alta resistência (mais duras)! Ferrovias 13/03/2015 29 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 57 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias LASTRO (Especificação de material nº 80-EM-033A-58-8006 - PEDRA BRITADA PARA LASTRO - VALEC) RESUMO: • A fim de garantir a drenagem, o lastro deve apresentar granulometria uniforme; • A forma cúbicas das partículas evita os recalques que ocorreriam com a passagem do tráfego • As faces fraturadas proporcionam embricamento entre as partículas (maior ângulo de atrito, maior resistência) SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 58 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES (Especificação de material Dormente de madeira para AMV - nº 80-EM-031A-58-8013 – e Dormente monobloco de concreto protendido – nº 80-EM-031A-58-8014 - VALEC) Têm a finalidade de, além de fixar os trilhos na medida da bitola ou das bitolas, o caso de via em bitola mista, como definido em projeto, transmitir os esforços exercidos sobre os trilhos para o lastro e, daí, para a plataforma do leito estradal. SUB-LASTRO Plataforma - Infraestrutura Lastro Suporte dos trilhos Dormente Ferrovias 13/03/2015 30 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 59 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES (Especificação de material Dormente de madeira para AMV - nº 80-EM-031A-58-8013 – e Dormente monobloco de concreto protendido – nº 80-EM-031A-58-8014 - VALEC) Para que o dormente cumpra a sua finalidade, será necessário: • Suas dimensões (comprimento e largura) forneçam superfície de apoio suficiente para que a taxa de trabalho no lastro não ultrapasse os limites relativos a esse material. • Sua espessura lhe dê rigidez necessária (permitindo alguma elasticidade) • Tenha suficiente resistência aos esforços solicitantes • Tenha Durabilidade SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 60 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES (Especificação de material Dormente de madeira para AMV - nº 80-EM-031A-58-8013 – e Dormente monobloco de concreto protendido – nº 80-EM-031A-58-8014 - VALEC) Para que o dormente cumpra a sua finalidade, será necessário: • Permita (com relativa facilidade) o nivelamento do lastro (socaria) em sua base • Oponha-se de modo eficaz aos deslocamentos longitudinais e transversais da via • Permita boa fixação do trilho – uma fixação firme, sem ser excessivamente rígida. Ferrovias 13/03/2015 31 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 61 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES DE MADEIRA (Especificação de material Dormente de madeira para AMV - nº 80-EM-031A-58-8013 - VALEC) Dimensões (Comprimento x largura x altura) SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 62 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES DE MADEIRA (Especificação de material Dormente de madeira para AMV - nº 80-EM-031A-58-8013 - VALEC) • A resistência das madeiras cresce com a densidade. • Utiliza-se comumente madeira de lei (aroeira, sucupira, ipê, angico, etc.) e madeira mole (angelim, pau brasil, pinho, eucalipto, etc.), tendo as primeiras maior durabilidade e resistência. A durabilidade é função da: Qualidade da madeira, clima, drenagem, tráfego, época do ano em que a madeira foi cortada (no inverno há menos seiva), grau de secagem, tipo de fixação, lastro, existência de placa de apoio, etc. Madeira de lei – Primeira classe Madeira mole – Segunda Classe Madeiras com defeitos toleráveis – 3ª e 4ª Classe Ferrovias 13/03/2015 32 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 63 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES DE MADEIRA (Especificação de material Dormente de madeira para AMV - nº 80-EM-031A-58-8013 - VALEC) DURABILIDADE Dormente de madeira de lei: tem cerne, portanto, mais durabilidade e não precisa de tratamento químico. Dormente de madeira branca: tem alburno, portanto fácil apodrecimento e requerem tratamento químico para aumentar a vida útil. SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 64 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES DE MADEIRA Ferrovias 13/03/2015 33 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 65 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES DE AÇO Apresentam maior rigidez e fixação do trilho mais difícil (parafusos e castanhas) e tendem ao afrouxamento. • Constante manutenção • Dificulta a socaria do lastro (forma do dormente em U) Parafusos e castanhas SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 66 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES DE AÇO Ferrovias 13/03/2015 34 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 67 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES DE CONCRETO Este tipo de dormente começou a ser utilizado após a Segunda Guerra Mundial. Era de concreto armado, monobloco, não protendido. • Começou a aparecer fissuras próximas à seção central, causadas pela tração que aparece nesta região. SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 68 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES DE CONCRETO Ferrovias 13/03/2015 35 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 69 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias DORMENTES Na escolha entre o tipos de dormente, deve-se ponderar: • Desenvolvimento da indústria do aço e da madeira; • Política de importação; • Custo: juros, renovação, manutenção, venda do material inservível; • Tipo de dormente que a via já utiliza. RESUMO SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 70 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias TRILHOS São elementos da via permanente que guiam o veículo no trajeto e dão sustentação ao mesmo. Funcionam como viga contínua e transferem as solicitações das rodas para os dormentes. Os trilhos são designados pelo peso que apresentam por metro linear. Exemplos: TR – 37, 45, 50, 57 e 68. Nº significa - Peso teórico (kg/m) Ferrovias 13/03/2015 36 71 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias 15,88 mm bitola Trilho Dormente SUB-LASTRO SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE Lastro Plataforma - Infraestrutura BITOLA FERROVIÁRIA É o comprimento retilíneo ortogonal aos trilhos, paralelo ao plano de rolamento da via, cuja afastamento desse segmento em relação ao plano é de 15,88 mm. No Brasil, pelo Plano Nacional de Viação, a bitola padrão é a larga (1,60m), porém a que predomina é a métrica (1,00m). 72 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias 15,88 mm bitola Trilho Dormente Ferrovias 13/03/2015 37 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 73 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias TRILHOS Funções • Sustentação e condução • Viga contínua Designação • Peso por metro linear (TR-37, 45, 50, 57, 68) Requisitos • Boleto (desgaste) • Alma (viga) • Patim (estabilidade) SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 74 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias TRILHOS Requisitos do Perfil Vignole • O boleto deve ser “massudo”, para que o desgaste não afete o momento de inércia da seção • A alma deve possui altura suficiente para resistir à flexão. Quanto maior a alma, maior a distância do boleto e do patim com relação à linha neutra da seção maior momento de inércia Deve-se conservar uma espessura mínima na alma capaz de garantir adequada resistência e rigidez. • O patim não deve serfino. Se não possuir espessura adequada pode acumular deformações permanentes ao longo da vida útil e provocar acidentes. Ferrovias 13/03/2015 38 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 75 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias TRILHOS AÇO Aço • Comum (ferro + carbono) • Tratado termicamente • Liga (nióbio, molibdênio, etc.) SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 76 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias TALAS DE JUNÇÃO São elementos que atuam na emenda mecânica dos trilhos. Manter a continuidade dos trilhos - já que os mesmos são fabricados nas dimensões de 12 m, 18 m ou 24 m. OBJETIVO: • Oferecer maior inércia, fazendo com que os trilhos se deformem com mais dificuldade. Ferrovias 13/03/2015 39 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 77 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Os trilhos também podem ser unidos por meio de solda. Soldagem – No estaleiro • Caldeamento Melhor qualidade Dificuldade de levar para o local SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 78 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Os trilhos também podem ser unidos por meio de solda. Soldagem – No local • Solda aluminotérmica Facilidade de transporte Maior custo Pior qualidade Ferrovias 13/03/2015 40 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 79 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Os trilhos também podem ser unidos por meio de solda. Soldagem – No local • Caldeamento Inovação Tecnológica SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 80 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias ACESSÓRIOS DE FIXAÇÃO São elementos que têm como função de: • Manter o trilho na posição correta e Garantir a bitola da via • Resistência ao deslocamento longitudinal e lateral do trilho (frenagem, dilatação). As cargas horizontais e verticais devem ser transferidas para os dormentes sem prejudicar o sistema de fixação. As fixações devem permitir a substituição dos trilhos sem afrouxar seus embutimentos no dormente de madeira. Ferrovias 13/03/2015 41 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 81 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias ACESSÓRIOS DE FIXAÇÃO Rígidas - São pregos e parafusos (Tirefond). Soltam com o tempo (vibração), perdendo a capacidade de resistir a esforços longitudinais SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 82 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias ACESSÓRIOS DE FIXAÇÃO Elásticas Mantêm pressão constante sobre o trilho, não afrouxando-se com o tráfego. Existem diversos modelos, como a Pandrol, McKay e Vossloh. Ferrovias 13/03/2015 42 SUPERESTRUTURA DE VIA PERMANENTE 83 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias ACESSÓRIOS DE FIXAÇÃO Placas de Apoio Servem para aumentar a área de apoio do trilho no dormente Distribui a tensão do trilho no dormente. • Inclinação 1:40 de dentro dos trilhos Necessário para que o trilho fique inclinado do mesmo modo que o aro da roda (conicidade de 1:40) Função e constituição da linha férrea 84 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias A superestrutura ferroviária Classificação da superestrutura: • Rígida – quando os dormentes são assentados sobre lajes de concreto ou quando os trilhos são fixados diretamente sobre uma viga. • Elástica– quando se utiliza lastro para distribuir convenientemente sobre a plataforma os esforços resultantes das cargas do material rodante, garantindo a elasticidade e fazendo com que a carga transmitida pelos os trilhos seja suportada pelos dormentes e pelo lastro. Ferrovias 13/03/2015 43 CARACTERÍSTICAS DA FERROVIA – VIA e Veículo 85 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias • Contato metal-metal A interação veículo-via se dá pelo contato direto das rodas metálicas do trem com os trilhos, que também são metálicos. Isto provoca um desgaste considerável dessas partes devido a grande magnitude da carga que solicita as rodas. Apesar da pequena resistência ao desgaste, esta alta solicitação faz com que este tipo de interação veículo-via seja o mais adequado. CARACTERÍSTICAS DA FERROVIA 86 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias • Eixos guiados Diferentemente dos outros meios de transporte, o sistema ferroviário não possui mobilidade quanto à direção do veículo. Seu trajeto é guiado pelos trilhos. Ferrovias 13/03/2015 44 CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE 87 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias • Roda solidária ao eixo Devido à robustez do trem, as rodas são solidárias ao eixo, não permitindo movimento relativo. Como consequência, aparece escorregamento entre as rodas e os trilhos quando o trem descreve uma trajetória curvilínea. CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE 88 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias • Existência de frisos nas rodas Os frisos nas rodas mantêm o trem sobre os trilhos, evitando um deslocamento lateral que provoque descarrilamento. Ferrovias 13/03/2015 45 CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE 89 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias • Conicidades das rodas As rodas possuem ainda uma configuração cônica que tem duas funções: Centraliza o veículo nos trilhos uma vez que, quando o mesmo se desloca mais para o lado de um trilho, a geometria cônica o faz escorregar pela gravidade de volta para o centro. Diminui (um pouco) o efeito do escorregamento das rodas nas curvas, pois o trem se apoiar numa curva no trilho externo e a configuração das rodas faz com que a externa tenha uma circunferência de contato com o trilho maior que a interna. CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE 90 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias • Eixos As cargas são dispostas nas pontas dos eixos, diferentemente dos caminhões. As rodas nunca estão fora do gabarito da “caixa”. Outro aspecto relativo aos eixos é o fato do paralelismo dos mesmos no truque. Ferrovias 13/03/2015 46 DEFINIÇÃO São dispositivos que, além de suportar e distribuir sobre os dormentes as cargas transmitidas pela composição ferroviária, têm a particularidade de permitir a livre passagem dos frisos das rodas na mudança ou transposição dos trilhos, guiando-os na direção desejada. APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 91 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Classificação O primeiro grupo abrange: • Aparelhos de mudanças de vias (AMVs) • Aparelhos de transposição de via (ATVs) • Aparelhos de conexão de via (ACVs) • Aparelhos de translação do eixo da via (ATEVs) APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 92 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Ferrovias 13/03/2015 47 Aparelhos de mudança de via • Tem a função de desviar os veículos com segurança e velocidade comercialmente compatível. • Dá flexibilidade ao traçado, mas por ser um elemento móvel da via (único), é peça-chave na segurança da operação. • Possui alto custo de aquisição (dormentes especiais, etc.) e manutenção APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 93 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Aparelhos de mudança de via APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 94 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Ferrovias 13/03/2015 48 Classificação O segundo grupo abrange: • Giradores – permite além de mudar de sentido da marcha das locomotivas como também os veículos de linha, principalmente das áreas restritas: oficinas, postos de revisão e pátios. APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 95 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Classificação O segundo grupo abrange: • Carretões – permite que o veículo ferroviário passe de uma linha para outra dentro das oficinas de reparação. APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 96 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Ferrovias13/03/2015 49 Classificação O segundo grupo abrange: • Juntas de dilatação (TLS) – empregada com dispositivos de proteção e segurança em pontes de grandes dimensões. Também pode ser utilizada à entrada de um AMV, dependendo das condições locais e operacionais. APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 97 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Classificação O segundo grupo abrange: • Contratilhos internos protetores– empregados para proteção de obras ferroviárias, como pontilhões, pontes e viadutos. • Descarrilhadeira – empregada como dispositivo de segurança nos caos de possibilidade de corrida de um veículo ferroviário estacionado. APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 98 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Ferrovias 13/03/2015 50 Classificação O segundo grupo abrange: • Triângulo de reversão São três dispositivos interligados em forma de triângulo, com um prolongamento em um dos vértices chamado de chicote do triângulo. APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 99 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Classificação O segundo grupo abrange: • Para-choques de via – São peças feitas de trilhos curvados, ligados por uma peça de madeira aparafusada a eles, no centro da qual se adapta uma mola. São colocadas nas extremidades dos desvios mortos, evitando o descarrilhamento dos veículos na ponta do desvio. APARELHOS ESPECIAIS DE VIA 100 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias Ferrovias 13/03/2015 51 101 ENGENHARIA CIVIL Ferrovias 1ª Avaliação Individual sem consulta Ferrovias Próxima aula...
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