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Introdução a Terapia Nutricional Enteral e Parenteral 4000 PACIENTES 13 ESTADOS DESNUTRIÇÃO GERAL 48,1% Norte/Nordeste: 63,9% Sudeste: 42,8% Sul: 42,9% Centro-Oeste: 34,8% CASOS CIRÚRGICOS 35,5% ENFERMIDADES CLÍNICAS 59,2% INQUÉRITO BRASILEIRO (IBRANUTRI/98) SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL A desnutrição progride à medida que aumenta o período de internação – 48 horas ............. 31,8% – 3-7 dias............... 44,5% – 15 dias ............... 51,2% – > 15 dias ............ 61,0% Desnutrição Hospitalar X Período de Internação 88,4 % Sem Terapia Nutrição Enteral Suplementação Oral Nutrição Parenteral FONTE: Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral 6,4% 4% 1,2% PERCENTUAL DE PACIENTES REFERENTE À TERAPIA NUTRICIONAL R$ 1,00 gasto com nutrição hospitalar Economiza R$ 4,00 no tempo de internação e medicação extra FONTE : Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral CUSTO Conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral ou Enteral. (Portaria 337,de 14 de abril de 1999 ) O objetivo da terapia nutricional é manter ou melhorar o estado nutricional. ( Matarese, L.E.Contemporary Nutrition Support Practice,1998 ) TERAPIA NUTRICIONAL “Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas”. Resolução no 63, da ANVISA do Ministério da Saúde (06.07.00) Portaria 135/2005 • Art. 5º - Definir, para os efeitos a que se propõe esta Portaria, que se entende por nutrição enteral aquela fórmula nutricional completa, administrada através de sonda nasoentérica, sonda nasogástrica, jejunostomia ou gastrostomia. § 1º - A fórmula nutricional completa referida neste Artigo exclui qualquer tipo de dieta artesanal. • Via Oral – Preferencial , mais fisiológica • Via Enteral – Via oral insuficiente ou contra indicada, uso do TGI possível • Via Parenteral – Impossibilidade de uso do TGI OPÇÕES DA TERAPIA NUTRICIONAL • Menor custo • Mais fisiológica • Mantém a integridade e função do trato gastrointestinal, níveis de IgA e linfócitos, prevenindo a translocação bacteriana. VANTAGENS DA NUTRIÇÃO ENTERAL King et al , Ann Surg , 1999; Wu et al , Ann Surg , 1999 •Obstrução intestinal •Vômitos e diarreia intratáveis (>1500mL/dia) •Fístula de alto débito (>500mL/dia) •Íleo paralítico •Ressecção intestinal de grande porte •Impossibilidade de obter e manter o acesso enteral CONTRA INDICAÇÕES DA TNE • Poliméricas • Oligoméricas • Especializadas • Suplementos especializados, hiperprotéicos, hipercalóricos • Módulos Classificação das Fórmulas CATEGORIZAÇÃO DA FÓRMULA SEGUNDO OSMOLALIDADE Categorização Valores de Osmolalidade Hipotônica 280 – 300 Isotônica 300 – 350 Levemente Hipertônica 350 – 550 Hipertônica 550 – 750 Acentuadamente Hipertônica > 750 Nova RDC Nutrição Enteral RDC 21 de 13 de maio de 2015 ANEXO IV Alegações autorizadas para fórmulas para nutrição enteral. RDC 21 de 13 de maio de 2015 RDC 21 de 13 de maio de 2015 RDC 21 de 13 de maio de 2015 • Sondas tradicionais de P.V.C. : tamanho grande (16 a 18) – Compromete o esfíncter esofagiano – Pode causar necrose, esofagite, úlcera de esôfago – Exigir troca semanal Tipos de Sonda • Sondas tradicionais de P.V.C. : Tipos de Sonda • Sondas em poliuretano e silicone: – Diâmetro pequeno(5, 6, 8, 10, 12) – Muito flexíveis e confortáveis Tipos de Sonda • Sondas em poliuretano e silicone: Tipos de Sonda • Sonda Gastrostomia: Tipos de Sonda • Orogástrica • Nasogástrica • Nasoduodenal • Nasojejunal • Gastrostomia • Jejunostomia Vias de Acesso Seleção da Via de Acesso NE < 6 semanas • Maior tolerância a volume • Polimérica ou oligomérica • Tolera osmolaridade mais elevada • Permite a progressão mais rápida para atingir o VCT ideal • Fácil posicionamento da sonda VANTAGENS DA NUTRIÇÃO INTRAGÁSTRICA • Menor risco de aspiração • Maior dificuldade de saída acidental da sonda • Permite nutrição enteral quando a alimentação gástrica é inconveniente ou inoportuna • Intolerância a grandes volumes • Preferência por dietas isotônicas e de fácil digestão NUTRIÇÃO PÓS-PILÓRICA TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO Bolus • Oferece um volume prescrito através de seringa, por 30 minutos • Dispensa bomba • Facilita a deambulação TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO Gravitacional Intermitente • Menor risco de distensão abdominal ou diarreia • Dispensa bomba • A mais recomendável para uso hospitalar • Menor risco de distensão ou diarreia • Ideal para sonda pós- pilórica Bomba de infusão TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO • Início gradual (24 a 72H) • Atenção com dietas hiperosmolares • Velocidade de gotejamento • Gravitacional: 60-120 gotas/minuto • Localização da sonda • Bomba de infusão: 25-30mL/h, podendo-se aumentar a velocidade de 25mL/h cada 8 a 12h até a velocidade máxima de 100 a 150 mL/h CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO NUTRIÇÃO PARENTERAL Nutrição Parenteral • Definição (Portaria 272, 1998) – Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídeos, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, adicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. INDICAÇÕES NPT NPT TGI Colite Ulcerativa D. Crohn PrematurosSIC Diarreia e vômitos Pancreatite PRINCIPAIS ACESSOS NPT • PERIFÉRICA – Osmolaridade <900mOsm/L – Velocidade de infusão – Mão ou antebraço – Menor concentração de nutrientes – Curtos períodos de terapia → < 14 dias Cuidado com as Flebites PRINCIPAIS ACESSOS NPT • CENTRAL – Veias de grosso calibre – Osmolaridade >900mOsm/L – Subclávia, femural, cefálica, jugular interna e externa – Maior concentração de nutrientes – Longos períodos de NPT → > 14 dias FLEBITE ACESSO PERIFÉRICO NPT ACESSO CENTRAL ACESSO CENTRAL NPT SUBSTRATOS NPT • Glicose – Indicação e capacidade oxidativa máxima: ➢5mg/kg/min ➢3mg/kg/min → Paciente crítico ➢3,4Kcal/g SUBSTRATOS NPT • Aminoácidos – Indicação e capacidade oxidativa máxima: ➢15 a 20% do VCT ➢4Kcal/g Obs.: Nenhum composto de aminoácidos para NPT possui na sua composição glutamina, cistina e taurina → São instáveis em solução SUBSTRATOS NPT • Lipídeos – São isotônicas → Não causam flebite ➢ Máximo de 30% do VCT ➢ ~9Kcal/g TIPOS DE NPT • Sistema Glicídico – Glicose + AAs→ 2 em 1 – Geralmente é indicado quando o paciente possui TGL elevados – Contraindicado na hiperglicemia – Deficiência de AGE TIPOS DE NPT • Sistema Glicídico TIPOS DE NPT • Sistema Lipídico – Glicose + Aas + lipídios → 3 em 1 – Mais balanceada que o Sistema Glicídico → Todos os nutrientes– Maior tolerância para pacientes com DM – Lipídios tem elevada concentração calórica – Impede a deficiência de AGE – Diminui a osmolaridade da solução TIPOS DE NPT • Sistema Lipídico Complicações – Troboflebite venosa periféria→ Osmolaridade elevada causa dano a parede – Elevada concentração de TCL na esplenomegalia → sobrecarga hepática – Hipertligliceridemias EXEMPLO DE NPT 3X1 EXEMPLO DE NPT 3X1 EXEMPLO DE NPT 3X1 - MANIPULADA EXEMPLO DE NPT 3X1 - MANIPULADA ADMINISTRAÇÃO NPT • Iniciar lentamente → 24 a 72h • Infusão contínua em B.I. → 24h • NPT Cíclica – 12 a 18h → Noite • Metabólicas → – Hiper ou hipoglicemia – Disfunção eletrolítica – Dislipidemia... • Não Metabólicas – Técnicas e procedimentos mecânicos do posicionamento do cateter – Hematomas, migração do cateter, sepse, trombose venosa... COMPLICAÇÕES NPT COMPLICAÇÕES NPT • Atrofia da mucosa intestinal • Lama biliar → acúmulo de bile na vesícula • Intolerância a glicose • Hiperglicemia • Sindrome da realimentação → Jejum prolongado (7 – 10 dias). Influxo de K+ , Mg +2 e P +2 Como decidir o tipo de terapia nutricional considerando a TNE e a NP? Determinação nutricional O TGI funciona? N. Enteral N. Parenteral Sim Não Longa duração Curta duração Longa duração ou restrição de fluidos Curta duração NPT. Periférica NPT. Central Retorno das funções do TGI Sim Não Funções do TGI Normais Comprometida s Nutrientes padrões Fórmulas especiais Tolerância nutricional adequada Tolerância nutricional inadequada Tolerância nutricional adequada Quiz Enteral 1 - Qual é a afirmativa que referencia a legislação vigente/MS de Nutrição Enteral e Parenteral, respectivamente? A. Portaria 272 – 1998 e Resolução 62 B. Resolução 63 e Portaria 224 C. Resolução 63 e Portaria 272 Resposta: C 2 – A TNE de curto prazo (< 6 semanas) é realizada utilizando a seguinte via de acesso: A. Estomias de nutrição gástrica B. Sondas nasoenterais C. Estomias de nutrição intestinal Resposta: B 3- Paciente de 79 anos sofre queda no banheiro e fratura o fêmur. Ao chegar no hospital respira normalmente e com boa condição hemodinâmica, ruído hidroaéreos presentes e não se alimenta por via oral. Qual sua conduta nutricional? A. Indicação de terapia nutricional parenteral B. . Indicação de terapia nutricional enteral Resposta: B 4. Qual a melhor técnica de infusão enteral para este paciente? A. Em bolo com seringa B. Com bomba de infusão contínua C. Gravitacional intermitente Resposta: C 5. Quanto à seleção da fórmula e prescrição da TNE, marque a alternativa correta: A. Quanto à categorização das fórmulas enterais segundo sua densidade calórica, o valor de densidade calórica (kcal/mL) de 1,2Kcal/mL, caracteriza uma fórmula hipercalórica. B. A formulação que possui osmolalidade de 300 a 350mOsm/Kg de água é considerada isotônica. C. O posicionamento da sonda enteral pós-pilórico oferece maior flexibilidade quanto ao volume total a ser infundido em cada horário de administração da dieta enteral, além de conferir maior liberdade quanto à osmolalidade e método de infusão da fórmula. Resposta: B Quanto as atribuições dos profissionais da EMTN envolvidos no cuidado do paciente em Terapia Nutricional (RDC 63, 2000; Portaria 272, 1998). “Restabelecer o melhor estado nutricional possível naqueles indivíduos com alterações do estado nutricional.” 6. A qual profissional na EMTN compete a função abaixo? Resp.: Nutricionista “Indicar e prescrever a terapia nutricional de acordo com a via mais indicada, garantindo o registro da evolução e dos procedimentos.” Resp.: Médico 7. A qual profissional na EMTN compete a função abaixo? “Qualificar os fornecedores e assegurar que a entrega dos produtos seja acompanhada de certificado de análise emitido pelo fabricante.” Resp.: Farmacêutico 8. A qual profissional na EMTN compete a função abaixo? “Determinar o prazo de validade para cada NP padronizada com base em critérios rígidos de controle de qualidade.” Resp.: Farmacêutico 9. A qual profissional na EMTN compete a função abaixo? “Introduzir a sonda nasogástrica e nasoenteral nos clientes a serem submetidos à Nutrição Enteral (N.E.), ressalvando casos especiais.” Resp.: Enfermeiro 10. A qual profissional na EMTN compete a função abaixo? “Formular a nutrição enteral estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa, seu fracionamento segundo horários e formas de apresentação.” Resp.: Nutricionista 11. A qual profissional na EMTN compete a função abaixo? “Acompanhar a evolução nutricional nos pacientes em terapia nutricional independente da via de administração.” Resp.: Nutricionista 12. A qual profissional na EMTN compete a função abaixo? “Manter características organolépticas e manter garantia microbiológica e bromatológica da nutrição enteral.” Resp.: Nutricionista 13. A qual profissional na EMTN compete a função abaixo? “Adequar a prescrição dietética em consenso com o médico com base na evolução nutricional e tolerância digestiva apresentada pelo paciente.” Resp.: Nutricionista 14. A qual profissional na EMTN compete a função abaixo? Introdução a Terapia Nutricional Enteral e Parenteral
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