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NUTRIÇÃO ENTERAL 
Rodrigo Silveira 
 Conteúdo programático 
1. Conceitos e Legislação; 
2. Indicações e Contra-indicações; 
3. Vias de acesso e Administração; 
4. Fórmulas Enterais; 
5. Substratos em NE; 
6. Complicações; 
7. Alta hospitalar com nutrição enteral; 
8. Nutrição Enteral Precoce/Paciente Grave. 
 
 
Nutrição Enteral 
Nutrição Enteral 
Conceitos e legislação 
ANVISA, RDC, nº63 de 6 de julho de 2000. 
Nutrição Enteral 
 Nutrição Enteral (NE): alimento para fins especiais, com 
ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou 
combinada, de composição definida ou estimada, 
especialmente formulada e elaborada para uso por 
sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizado 
exclusiva ou parcialmente para substituir ou 
complementar a alimentação oral em pacientes 
desnutridos ou não, conforme suas necessidades 
nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou 
domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, 
órgãos ou sistemas. 
RDC, nº63 de 6 de julho de 2000. 
Nutrição Enteral 
 NE Industrializada: NE na forma em pó ou líquida 
com prazo de validade determinado pelo 
fabricante. 
 
 
 
 NE não Industrializada: NE de composição 
estimada, formulada e manipulada a partir de 
alimentos in natura e ou produtos alimentícios, sob 
prescrição dietética. 
 
Nutrição Enteral 
Nutrição Enteral 
 Terapia de Nutrição Enteral (TNE): conjunto de 
procedimentos terapêuticos para manutenção ou 
recuperação do estado nutricional do paciente por 
meio de NE. 
 
Nutrição Enteral 
 A TNE deve abranger obrigatoriamente as 
seguintes etapas: 
1. Indicação e prescrição médica; 
2. Prescrição dietética; 
3. Preparação, conservação e armazenamento; 
4. Transporte; 
5. Administração; 
6. Controle clínico laboratorial; 
7. Avaliação final. 
 
Nutrição Enteral 
1. Indicação 
 O médico é responsável pela indicação da TNE. 
 A indicação da TNE deve ser precedida da avaliação nutricional do 
paciente que deve ser repetida, no máximo, a cada 10 dias. 
 São candidatos à TNE os pacientes que não satisfazem suas 
necessidades nutricionais com a alimentação convencional, mas que 
possuam a função do trato intestinal parcial ou totalmente íntegra. 
2. Prescrição Médica da TNE 
 O médico é responsável pela prescrição médica da TNE. 
 Prescrição médica da Terapia de Nutrição Enteral - TNE: 
determinação das diretrizes, prescrição e conduta necessárias para 
a prática da TNE, baseadas no estado clínico nutricional do 
paciente. 
 
 
Nutrição Enteral 
3. Prescrição dietética 
 
 O nutricionista é responsável pela prescrição dietética da 
NE. 
 Prescrição dietética da NE: determinação de nutrientes ou 
da composição de nutrientes da NE, mais adequada às 
necessidades específicas do paciente, de acordo com a 
prescrição médica. 
 A prescrição dietética deve contemplar o tipo e a 
quantidade dos nutrientes requeridos pelo paciente, 
considerando seu estado mórbido, estado nutricional e 
necessidades nutricionais e condições do trato digestório. 
 
Nutrição Enteral 
4. Preparação, conservação e armazenamento 
 
 O nutricionista é responsável pela supervisão da preparação da NE. 
 A preparação da NE envolve a avaliação da prescrição dietética, a 
manipulação, o controle de qualidade, a conservação e o transporte 
da NE e exige a responsabilidade e a supervisão direta do 
nutricionista, devendo ser realizada, obrigatoriamente, na UH ou 
EPBS, de acordo com as recomendações das BPPNE. 
 A avaliação da prescrição dietética da NE quanto à sua adequação, 
concentração e compatibilidade físico-química de seus componentes 
e dosagem de administração, deve ser realizada pelo nutricionista 
antes do início da manipulação, compartilhada com o farmacêutico 
quando se fizer necessário. 
 
Nutrição Enteral 
4. Preparação, conservação e armazenamento 
 Qualquer alteração na prescrição dietética deve 
ser discutida com o nutricionista responsável por 
esta, que se reportará ao médico sempre que 
envolver a prescrição médica. 
 Qualquer alteração na prescrição dietética deve 
ser registrada e comunicada à EMTN. 
Nutrição Enteral 
4. Preparação, conservação e armazenamento 
 A NE não industrializada deve ser administrada 
imediatamente após a sua manipulação. 
 Para a NE industrializada devem ser consideradas 
as recomendações do fabricante. 
 
Nutrição Enteral 
5. Transporte 
 O transporte da NE deve obedecer a critérios 
estabelecidos nas normas de BPPNE; 
 O nutricionista é responsável pela manutenção da 
qualidade da NE até a sua entrega ao profissional 
responsável pela administração e deve orientar e 
treinar os funcionários que realizam o seu 
transporte. 
 
Nutrição Enteral 
6. Administração 
 O enfermeiro é o responsável pela conservação após o recebimento da NE 
e pela sua administração. 
 A administração da NE deve ser executada de forma a garantir ao 
paciente uma terapia segura e que permita a máxima eficácia, em relação 
aos custos, utilizando materiais e técnicas padronizadas, de acordo com as 
recomendações das BPANE. 
 A NE é inviolável até o final de sua administração, não podendo ser 
transferida para outro tipo de recipiente. A necessidade excepcional de sua 
transferência para viabilizar a administração só pode ser feita após 
aprovação formal da EMTN. 
 A via de administração da NE deve ser estabelecida pelo médico ou 
enfermeiro, por meio de técnica padronizada e conforme protocolo 
previamente estabelecido. 
 A utilização da sonda de administração da NE não é exclusiva, podendo 
ser empregada para medicamentos e outras soluções quando necessário. 
 
Nutrição Enteral 
7. Controle Clínico e Laboratorial 
 O paciente submetido à TNE deve ser controlado quanto à eficácia 
do tratamento, efeitos adversos e alterações clínicas que possam 
indicar modificações da TNE. 
 
 O controle do paciente em TNE deve ser realizado periodicamente 
e contemplar: ingressos de nutrientes, tratamentos farmacológicos 
concomitantes, sinais de intolerância à NE, alterações 
antropométricas, bioquímicas, hematológicas e hemodinâmicas, assim 
como modificações em órgãos, sistemas e suas funções. 
 
 Qualquer alteração encontrada nas funções dos principais órgãos e 
as conseqüentes alterações na formulação ou via de administração 
da NE devem constar na história clínica do paciente. 
 
Nutrição Enteral 
8. Avaliação Final 
 
 Antes da interrupção da TNE o paciente deve ser avaliado 
em relação à: 
 
 Capacidade de atender às suas necessidades nutricionais 
por alimentação convencional; 
 
 Presença de complicações que ponham o paciente em risco 
nutricional e ou de vida e possibilidade de alcançar os 
objetivos propostos, conforme normas médicas e legais. 
 
Atribuições do Nutricionista 
 Realizar a avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando 
indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo pré-
estabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional 
 Elaborar a prescrição dietética com base nas diretrizes estabelecidas na 
prescrição médica. 
 Formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa, 
seu fracionamento segundo horários e formas de apresentação. 
 Acompanhar a evolução nutricional do paciente em TNE, independente da 
via de administração, até alta nutricional estabelecida pela EMTN. 
 Adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na 
evolução nutricional e tolerância digestiva apresentadas pelo paciente. 
 Garantir o registro claro e preciso de todas as informações relacionadas à 
evolução nutricional do paciente. 
 
 
 
 Orientar o paciente, a família ou o responsável legal, quanto à preparação 
e à utilização da NE prescrita para o período após a alta hospitalar; 
 Utilizar técnicas pré-estabelecidas de preparação da NE que assegurem a 
manutenção das características organolépticas e a garantia microbiológicae bromatológica dentro de padrões recomendados na BPPNE ; 
 Selecionar, adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, os insumos 
necessários ao preparo da NE, bem como a NE industrializada; 
 Qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos insumos e NE 
industrializada seja acompanhada do certificado de análise emitido pelo 
fabricante. 
 Assegurar que os rótulos da NE apresentem, de maneira clara e precisa, 
todos os dizeres exigidos na RDC 63 de 6/7/2000. 
 Assegurar a correta amostragem da NE preparada para análise 
microbiológica, segundo as BPPNE. 
 
Atribuições do Nutricionista 
 Atender aos requisitos técnicos na manipulação da NE. 
 Participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações de NE. 
 Organizar e operacionalizar as áreas e atividades de preparação. 
 Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e 
de educação continuada, garantindo a atualização de seus colaboradores, 
bem como para todos os profissionais envolvidos na preparação da NE. 
 Fazer o registro, que pode ser informatizado, onde conste, no mínimo: a) 
data e hora da manipulação da NE; b) nome completo e registro do 
paciente; c) número sequencial da manipulação; d) número de doses 
manipuladas por prescrição; e) identificação (nome e registro) do médico e 
do manipulador; f) prazo de validade da NE. 
 Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos 
relativos aos aspectos operacionais da preparação da NE. 
 Supervisionar e promover auto-inspeção nas rotinas operacionais da 
preparação da NE 
Atribuições do Nutricionista 
Nutrição Enteral 
Indicações 
contra-indicações 
Nutrição Enteral 
Indicações Gerais da NE: 
 
 Impossibilidade da V.O; 
 Risco ou existência de desnutrição; 
 Ingestão oral insuficiente (60 a 75%) das necessidades 
diárias; 
 TGI total ou parcialmente funcionante; 
 
Condições para uso da NE: 
 
 Previsão de uso (5 a 7 dias); 
 Jejum em pacientes críticos (NE Precoce). 
 
Nutrição Enteral 
 
 
Indicações de TNE em Adultos 
Pacientes que não podem se alimentar 
 
• Inconsciência 
• Anorexia Nervosa 
• Lesões Orais 
• AVC 
• Neoplasias 
• Doenças desmielinizantes 
Pacientes com ingestão oral insuficiente • Trauma 
•Septicemia 
• Alcoolismo crônico 
• Depressão grave 
• Queimaduras 
Pacientes nos quais a alimentação comum 
produz dor ou desconforto. 
• Doença de Crhon 
• Colite ulcerativa 
• Carcinoma do TGI 
• Pancreatite 
• Quimioterapia e Radioterapia 
Pacientes com disfunção do TGI • Síndrome da má absorção 
• Fístula 
• Síndrome do intestino curto 
Nutrição Enteral 
Contra-indicações da TNE 
Doença terminal 
Síndrome do intestino curto 
Obstrução intestinal maciça ou pseudo obstrução 
Sangramento do TGI grave 
Vômitos incontroláveis 
Diarréia grave 
Íleo prolongado 
Fístulas de alto débito (>500 mL/dia) 
Colites graves 
Refluxo gastroesofágico intenso 
Pancreatite aguda grave 
Disfunções do TGI ou condições que requerem repouso intestinal 
Nutrição Enteral 
Vias de acesso 
Administração 
Nutrição Enteral 
Vias de Acesso em NE 
 Nasogástrico; 
 Nasoduodenal ; 
 Nasojejunal; 
 Gastrostomia; 
 Jejunostomia; 
 Faringostomia; 
 Esofagostomia. 
 
 
Gastrostomia percutânea 
Nutrição Enteral 
Critérios para seleção da via de acesso: 
1. Tempo de uso: 
 < 4 semanas - SNE; 
 > 4 semanas – Estomias; 
 
2. Posicionamento da sonda: 
 Velocidade de esvaziamento gástrico; 
 Gastroparesia/inibidores de motilidade; 
 Risco de aspiração pulmonar 
 
Nutrição enteral > 4 semanas 
Estomias Sonda Nasoenteral 
Sim 
Risco de aspiração pulmonar? 
Não 
Risco de aspiração pulmonar? 
Sim Não 
Decisão da via de acesso em NE 
Sim Não 
Jejunostomia Gastrostomia 
Nasoduodenal/
Nasojejunal 
Nasogástrica 
Nutrição Enteral 
Vantagens e desvantagens da localização gástrica e duodenal/jejunal 
Localização Gástrica Localização duodenal e jejunal 
Vantagens • Maior tolerância à fórmulas 
variadas (proteínas intactas, 
proteínas isoladas, aminoácidos 
cristalinos; 
 
• Boa aceitação de fórmulas 
hiperosmóticas; 
 
• Permite a progressão mais 
rápida para alcançar o valor 
calórico total ideal; 
 
• Possibilita a introdução de 
grandes volumes em curto tempo; 
 
• Fácil posicionamento da sonda. 
• Menor risco de aspiração; 
 
• Maior dificuldade de saída 
acidental da sonda; 
 
• Permite a NE quando a 
alimentação gástrica é 
inconveniente e inoportuna. 
Nutrição Enteral 
Localização Gástrica Localização duodenal e jejunal 
Desvantagens • Alto risco de aspiração em 
pacientes com dificuldades 
neuromotoras de deglutição; 
 
• A ocorrência de tosse, náuseas 
ou vômitos favorece a saída 
acidental de sonda nasoenteral 
• Risco de aspiração em pacientes 
que têm mobilidade gástrica 
alterada ou são alimentadas à 
noite; 
 
• Desalojamento acidental, 
podendo causar refluxo gástrico; 
 
• Requer dietas normo ou 
hipoosmolares 
Vantagens e desvantagens da localização gástrica e duodenal/jejunal 
Nutrição Enteral 
Métodos de Administração da NE 
 
Método Características 
Infusão em bolo ou bolus Injeção com seringa, 100 a 300 mL de dieta no estômago, de 
3 a 6 horas, com intervalos de pelo menos três minutos entre 
cada infusão e mais tolerada se não exceder 60 mL/min 
precedida e seguida de irrigação da sonda enteral com 20 a 
30mL de água potável. 
Infusão intermitente Volume de 100 a 300 mL de dieta administrada por 
gotejamento (60 a 150 mL/h) a cada 3 a 6h, precedida e 
seguida de irrigação da sonda com 20 a 30mL de água 
potável. 
Infusão contínua Geralmente em sistema fechado, a dieta corre por 24h com 
equipo de alta qualidade ou bomba de infusão 
Infusão cíclica Geralmente noturna, ministração de 25 a 125 mL/h, por 6 a 
8 h, proporciona mais independência e tem pouca 
interferência na via oral dos pacientes que começaram a se 
alimentar. 
Nutrição Enteral 
Dose e velocidade de administração 
Localização gástrica 
Início: 100mL e aumentar em 24 a 48h; 
Infusão contínua – 25 a 30 mL/h/dia, progredir até 
100 a 150 mL/h; 
 
Localização pós-pilórica 
Início: 50 mL/h, progredir de 25 a 50 mL/h/dia até 
atingir cota. 
Nutrição Enteral 
Fórmulas enterais 
Nutrição Enteral 
Seleção da fórmula 
Características da dieta: 
 Complexidade dos nutrientes; 
 Grau de digestibilidade e absorção; 
 Presença de lactose; 
 Osmolalidade/osmolaridade; 
 Viscosidade; 
 Densidade calórica; 
 Facilidade de preparo; 
 Estabilidade; 
 Custo. 
Nutrição Enteral 
Seleção da fórmula 
Características do paciente: 
 Integridade do TGI; 
 Idade; 
 Patologia; 
 Situação metabólica; 
 Restrição de volume; 
 Requerimentos nutricionais; 
 Disponibilidade da fórmula 
 Custo/benefício da fórmula. 
Nutrição Enteral 
Classificação das fórmulas: 
1. Quanto ao preparo; 
2. Quanto à densidade calórica/mL de dieta; 
3. Quanto à osmolalidade; 
4. Quanto ao grau de complexidade dos nutrientes; 
 
Nutrição Enteral 
1. Quanto ao preparo: 
 Artesanais – alimentos in natura ou mesclas (naturais 
+ módulos); 
 Industrializadas em pó; 
 Industrializadas líquidas semiprontas p/ uso; 
 Industrializadas prontas p/ uso. 
 
 
Nutrição Enteral 
2. Quanto a densidade calórica 
Categorização da 
Densidade calórica 
Valores da Densidade 
Calórica (Kcal/mL) 
Categorização da 
Fórmula 
Muito baixa <0,6 Acentuadamente 
hipocalórica 
Baixa 0,6-0,8 Hipocalórica 
Padrão (standard) 0,9-1,2 Normocalórica 
Alta 1,3-1,5 Hipercalórica 
Muito Alta >1,5 Acentuadamente 
hipercalórica 
Nutrição Enteral 
Densidade Calórica - 
Kcal/mL 
Qtde. de água (mL)/1000 
mL de fórmula 
Qtde de água % 
1,0 a 1,2 800-860 80-86 
1,5 760-780 76-18 
2,0 690-710 69-71 
Conteúdo de água das fórmulas enterais segundo a densidade calórica 
Nutrição Enteral 
3. Quanto a Osmolalidade 
 
CategorizaçãoValores de osmolalidade 
Hipotônica 280-300 
Isotônica 300-350 
Levemente hipertônica 350-550 
Hipertônica 550-750 
Acentuadamente hipertônica >750 
Nutrição Enteral 
4. Quanto ao grau de complexidade dos nutrientes 
 
 
 
Fórmula Caracteríticas 
Poliméricas • Indicação: ausência de necessidades metabólicas específicas e 
intolerâncias. 
• Palatáveis, facilmente absorvidas e de baixo custo 
• Osmolalidade : geralmente isotônicas 
• Densidade calórica: 1 a 2,0 kcal/mL 
• Proteína: 35 a 45g/L 
• Lipídeos: 30 a 35% do VCT. 
• Carboidratos: geralmente maltodextrina. 
Semi-
elementar e 
elementar 
• Indicação: situações de absorção comprometida, DII, def. enzimática, 
trauma, cirurgia, pancreatite, atrofia intestinal. 
• Osmolalidade : elementar > semi-elementar >polimérica 
• Densidade calórica: 1,0 a 1,5 kcal/mL 
• Proteína: aa cristalinos, di e tripeptídeos. 
• Lipídeos: Reduzidos, maior proporção TCM 
• Carboidratos: maltodextrina , amido de milho. 
Nutrição Enteral 
Fórmulas especializadas 
Nutrição Enteral 
Fórmulas especializadas: 
 Diabetes/intolerância à glicose; 
 Doença hepática; 
 Doenças renais; 
 Doenças pulmonares; 
 Imunomodulação. 
 
Nutrição Enteral 
Fórmula Caracteríticas 
Intolerância à 
glicose 
• Indicação: diabetes descompensada ou intolerância à glicose induzida 
pelo estresse ou à oferta de carboidratos convencionais. 
• Baixo teor de HC, rica em fibras e maior teor lipídico. 
• Osmolalidade (isotônicas): 375 mOsm/kg de água; 
• Densidade calórica: 1 kcal/mL 
• Proteína: 40 a 50g/L 
• Lipídeos: 45 a 50% do VCT. ω6:ω3 variável; 
• Carboidratos: geralmente polissacarídeos, 35% do VCT; 
• Fibras: 5 a 15g/1000 kcal. 
Doença 
Hepática 
• Indicação: Pacientes com doença hepática descompensada, 
encefalopatia hepática. 
• Osmolalidade : > 450 mOsm/kg de água; 
• Densidade calórica: 1,2 a 1,5 kcal/mL 
• Proteína: 40 a 46g/L (AACR) 
• Lipídeos: Reduzidos - má absorção (colestase, síntese biliar reduzida) 
• Carboidratos: maltodextrina e sacarose 
Nutrição Enteral 
Fórmula Caracteríticas 
Doença Renal • Indicação: minimizar complicações, como sobrecarga hídrica, uremia e 
níveis séricos elevados de eletrólitos e minerais. 
• Baixo teor de HC, rica em fibras e maior teor lipídico. 
• Osmolalidade: 635 a 700 mOsm/kg de água; 
• Densidade calórica: 2 kcal/mL 
• Proteína: 20 a 70g/L 
• Lipídeos: 21 a 45% do VCT. 
• Carboidratos: sacarose, maltodextrina, hidrolisados de milho. 
Doença 
Pulmonar 
• Indicação: Doença pulmonar de longa ou curta duração 
• Osmolalidade : 450 a 520 mOsm/kg de água; 
• Densidade calórica: 1,5 kcal/mL 
• Proteína: 63 a 70g/L (AACR) 
• Lipídeos: 40 a 55% do VCT. 
• Carboidratos: 40% do VCT, sacarose, maltodextrina, hidrolisados de 
milho. 
Nutrição Enteral 
Fórmula Caracteríticas 
Imunomoduladora • Indicação: câncer, AIDS, queimados ou qualquer outra 
condição que apresente imunossupressão. 
• Baixo teor de HC, rica em fibras e maior teor lipídico. 
• Osmolalidade: 375 a 480 mOsm/kg de água; 
• Densidade calórica: 1 a 1,5 kcal/mL 
• Proteína: 55 a 80g/L (arginina. glutamina, aminoácidos 
ramificados e nucleotídeos. 
• Lipídeos:ω3 
• Carboidratos: maltodextrina. 
Nutrição Enteral 
Sistemas em NE: 
 
 Nutrição Enteral em Sistema Aberto: NE que requer manipulação 
prévia à sua administração, para uso imediato ou atendendo à 
orientação do fabricante; 
 
 Dietas líquidas prontas para uso (latas, vidros ou tetrapack®) ou pó 
(envelopes ou latas); 
 
 Maior risco de contaminação; 
 
 Tempo de administração – 4h a partir do envase; 
Nutrição Enteral 
Sistemas em NE: 
 
 Nutrição Enteral em Sistema Fechado: NE industrializada, estéril, 
acondicionada em recipiente hermeticamente fechado e apropriado 
para conexão ao equipo de administração. 
 
 Dietas líquidas prontas para uso (bolsas ou frascos de plástico ou 
vidro); 
 
 Menor risco de contaminação; 
 
 Tempo de administração : 24h a partir da instalação. 
 
 
Nutrição Enteral 
Substratos em NE 
Proteínas Lipídeos Carboidratos Fibras Insolúveis Fibras Solúveis 
Caseína Canola Maltodextrina Celulose Pectina 
Soja TCM Sacarose Hemicelulose Mucilagem 
Lactoalbumina Girassol Glicose Lignina Gomas 
Soro do leite Soja Maltose FOS 
Colágeno Óleo de milho Xarope de Milho Inulina 
Albumina Óleo de peixe Lactose 
L-aminoácidos Frutose 
Minerais: 
 Atendem às recomendações para adultos sadios, exceto para Na e K; 
 
Vitaminas: 
 Atendem às recomendações. 
Substratos em NE 
Nutrição Enteral 
Complicações 
Nutrição Enteral 
Complicações da NE: 
 Gastrintestinais; 
 Mecânicas; 
 Metabólicas; 
 Infecciosas; 
 Respiratórias; 
 Psicológicas. 
Nutrição Enteral 
Complicações Gastrintestinais 
Problema Possível causa 
Náuseas e Vômitos 1. Retenção gástrica: gastroparesia diabética, 
gastroparesia associada a trauma, sepse e 
manipulaçao peritoneal; 
2. Rápida infusão ou fórmulas hiperosmolares; 
3. Fórmulas hiperlipídicas; 
4. Intolerância à lactose. 
Distensão abdominal, cólicas, 
empachamento 
1. Rápida infusão intermitente ou em bolus da dieta; 
2. Diminuição do esvaziamento gástrico e/ou 
gastroparesia. 
3. Má absorção; 
4. Rápida infusão de gordura. 
Esvaziamento gástrico 
retardado 
1. Retenção gástrica e cirurgias; 
2. Medicamentos que diminuem a motilidade 
(analgésicos, opióides, anticolinérgicos) 
Problema Possível causa 
Constipação 1. Desidratação; 
2. Obstrução do TGI; 
3. Inadequada ingesta de fibras; 
4. Inadequada atividade física. 
Diarréia Fatores não relacionados à dieta: 
1. Antibioticoterapia; 
2. Antiácidos com magnésio; 
3. Medicações contendo sorbitol; 
4. Suplemento com fósforo; 
5. Hipoalbuminemia; 
6. Desordens do TGI. 
Fatores relacionados à dieta: 
1. Inadequada ingestão de fibras; 
2. Rápida infusão da dieta; 
3. Hiperosmolaridade da fórmula; 
4. Má absorção; 
5. Rápida infusão de gordura; 
6. Rápido esvaziamento gástrico; 
7. Dietas geladas. 
Nutrição Enteral 
Complicações Metabólicas 
Problema Possível causa 
Hiper-hidratação 1. Desnutrição grave; 
2. Insuficiência cardíaca, renal ou hepática; 
3. Excesso de líquidos administrado. 
Desidratação 1. Uso de fórmulas hipertônicas; 
2. Diarréia; 
3. Baixa oferta de água. 
Hiperglicemia 1. Diabetes; 
2. Trauma; 
3. Sepse; 
4. Uso de corticosteróides. 
Hipoglicemia 1. Suspensão súbita da dieta em pacientes 
hiperglicêmicos; 
2. Excesso de administração de insulina. 
Nutrição Enteral 
Complicações Metabólicas 
Problema Possível causa 
Anormalidades de eletrólitos e 
elementos-traços 
1. Diarréia; 
2. Desnutrição; 
3. Infecção; 
4. Disfunção Renal. 
Alterações na função hepática 1. Sobrecarga calórica; 
2. Substratos inapropriados; 
3. Toxinas. 
Nutrição Enteral 
Complicações Mecânicas 
Problema Possível causa 
Obstrução da sonda 1. Lavagem incorreta da sonda; 
2. Impactação de medicamentos pouco solúveis em 
água; 
3. Dobramento e nó na sonda. 
Saída ou migração acidental 
da sonda 
1. Alterações no peristaltismo; 
2. Paciente hiperativo. 
Erosões nasais, necrose e 
abscesso septonasal 
1. Sondas de grosso calibre e pouca flexibilidade. 
Sinusite aguda, rouquidão, 
otite 
1. Sondas de pouca flexibilidade; 
2. Permanência prolongada da SNE. 
Esofagite, ulceração esofágica 
e estenose 
1. Sondas de grosso calibre; 
2. Vômitos persistentes; 
3. Refluxo gastroesofágico 
Nutrição Enteral 
Complicações Mecânicas 
Problema Possível causa 
Fístula traqueoesofágica 1. Necrose por pressão na parede posterior da 
traqueostomia e parede anterior do esôfago 
Ruptura de varizes de esôfago 1. Irritação e pressão excessiva; 
2. Esofagites. 
Complicações Infecciosas 
Problema Possível causa 
Gastroenterocolite 1. Contaminação microbiana no preparo, utensílios e na 
administração da fórmula. 
*Portaria 337, ANVISA, abril de 1999 – orientações gerais para aplicação na 
operacionalização depreparo da NE. 
Nutrição Enteral 
Complicações Respiratórias 
 
 
Problema Possível causa 
Aspiração Pulmonar 1. Posicionamento inadequado da sonda; 
2. Migração da sonda após passagem inicial; 
3. Posicionamento impróprio do paciente; 
4. Oferta exagerada de dieta; 
5. Retardo do esvaziamento gástrico; 
6. Íleo paralítico. 
 
Pneumonia aspirativa – incidência de 21 a 95% 
Nutrição Enteral 
Complicações Psicológicas 
 
• Ansiedade; 
• Depressão; 
• Falta de estímulo ao paladar; 
• Monotonia alimentar; 
• Insociabilidade; 
• Inatividade. 
 
Necessidades Energéticas 
• Calorimetria indireta; 
• Método prático (25 a 35 kcal/kg/dia); 
• Equação de Mifflin-St - 1990 (Eutróficos e Obesos) 
• Homens: GEB=10 x Peso(kg) + 6,25 x altura(cm) – 5x 
idade(anos) + 5; 
• Mulheres: GEB=10 x Peso(kg) + 6,25 x altura(cm) – 5x 
idade(anos) – 161. 
 
 
Recomendações Nutricionais 
DITEN, 2011 
Paciente Grave: 
• Método prático (20 a 25 kcal/kg/dia); 
Equação de Ireton-Jones -1997: 
Respiração Espontânea 
• GET=629-11(i) + 25 (peso atual) – 609 (O); 
Ventilação Mecânica 
• GET=1784 -11(i) + 5 (peso atual) + 244 (S) + 239 (T) 
+804 (Q); 
I = idade (anos); O = Obesidade (ausente = 0; presente = 1); S= Sexo (masc=1; 
fem=0); T=Trauma (ausente=0; presente=1) Q=Queimadura (ausente=0; 
presente=1) 
 
 
 
Recomendações Nutricionais 
DITEN, 2011 
DITEN, 2011 
 
 
 
 
 
Recomendações Nutricionais 
Macronutrientes % VET Observações 
Carboidratos 50-60% Mín. 130g/dia 
Máx. 7g/kg/dia 
Proteínas 10-15% 0,8-1,0g/kg/dia (sem estresse met.) 
1,0-2,0g/kg/dia (com estresse met.) 
Lipídeos Totais 
ω-6 
ω-3 
20-35% 
2-4% 
0,25-0,5% 
Máx. 2,5g/kg/dia 
10-17g/dia 
0,9-1,6g/dia 
Líquidos – 30 a 40 mL/kg/dia ou 1,0 a 1,5 mL/kcal. 
Fibras, Probióticos, Prebióticos e Simbióticos 
• Fibras solúveis – Paciente estável com TNE; 
• Fibras insolúveis – Evitar nos pactes gravemente 
enfermos, com risco de isquemia intestinal ou 
dismotilidade grave; 
• Recomendação – 15 a 30g/dia de fibras (75% 
insolúveis e 25% solúveis); 
• Prebióticos - 5 a 10g (flora normal); 12,5 a 20g 
(recuperação de bifidobactérias); 
• Probióticos – 109 UFC. 
 
 
Recomendações Nutricionais 
DITEN, 2011 
 Eletrólitos 
 
Recomendações Nutricionais 
Eletrólitos Recomendações 
Sódio 500 mg (22 mEq/Kg) 
Potássio 2g (51 mEq/kg) 
Cloreto 750 mg (21 mEq/kg) 
Magnésio 420 mg (17 mEq/kg) 
Cálcio 1200 mg (30 mEq/kg) 
Fósforo 700 mg (23 mEq/kg) 
DITEN, 2011 
 Vitaminas 
 
Recomendações Nutricionais 
Vitaminas Recomendações 
Betacaroteno 7 mg (limite máximo seguro) 
Vitamina K 1 mg 
Vitamina B1 (Tiamina) 100 mg 
Vitamina B2 (riboflavina) 40 mg 
Vitamina B12 2000 µg 
Biotina 900 µg 
Ácido Pantotênico 300 mg 
DITEN, 2011 
Nutrição Enteral 
Alta com sonda Kcals, CHO, 
PTN.... 
Orientações 
Gerais 
cálculo de alta por sondas.xls
cálculo de alta por sondas.xls
ORIENTAÇÕES PARA O PREPARO DE DIETA POR SONDA ARTESANAL.docx
ORIENTAÇÕES PARA O PREPARO DE DIETA POR SONDA ARTESANAL.docx
RISCOS E BENEFÍCIOS 
NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE 
Nutrição no paciente grave 
PASSADO 
SUPORTE NUTRICIONAL 
FORNECER SUBSTRATO EXÓGENO DURANTE O TRAUMA 
1. PRESERVAR MM; 
2. MANTER FUNÇÃO IMUNE; 
3. PREVENIR COMPLICAÇÕES METABÓLICAS. 
PRESENTE 
TERAPIA NUTRICIONAL 
MODULAR A RESPOSTA ORGÂNICA AO TRAUMA 
1. ↓ RESPOSTA METABÓLICA AO STRESS; 
2. ↓ STRESS OXIDATIVO CELULAR; 
3. MODULAR A RESPOSTA IMUNE. 
 
Thibault R., Pichard C., 2010 
Nutrição no paciente grave 
TERAPIA NUTRICIONAL X STRESS CATABÓLICO 
 Oferta adequada (macro e micronutrientes); 
 Controle adequado da glicemia; 
 Nutrição Enteral Precoce (NEP). 
 
 
ASPEN, 2009 
NEP - Benefícios 
NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE (NEP) 
 INICIADA ATÉ 48H DE INTERNAMENTO OU APÓS 
O EVENTO CIRÚRGICO. 
 
 
 
 NEP 
↓ TEMPO DE INTERNAMENTO EM UTI 
↓ SEVERIDADE DA DOENÇA ↓ COMPLICAÇÕES 
FAVORECE O BOM PROGNÓSTICO 
ASPEN, 2009 
Avaliação Clínica do Íleo Pós Operatório Após NE Precoce em 
Cirurgias do Trato Digestório Alto 
Bernardes, L. F.M., 2006 
N = 16 pacientes 
Grupo 1 (controle) – V.O após 72h da cirurgia; 
Grupo 2 (estudo) – NE por cateter nasojejunal 24h após cirurgia; 
Objetivos: 
Determinar e avaliar (BN, tolerância à dieta, tempo de permanência hospitalar, 
complicações no POI). 
 
Resultados: 
 Não houve diferença (tolerância à dieta, tempo de permanência hospitalar, 
complicações no POI). 
 BN (4º DPO) 
Controle – Média (-10,47)/DP= 3,02 
Estudo – Média (-0,6)/DP=3,05 
*(p<0,000) 
 
Early enteral nutrition can be sucessfully implemented in 
trauma patients with an “open abdomen” 
Byrnes, M.C; Reicks, P.; Irwin, E. 
 
N= 23 pacientes 
Grupo 1 – NE antes do fechamento da fáscia (12); 
Grupo 2 – NE após o fechamento da fáscia (11). 
 
Resultados 
 O grupo 1 iniciou NE após 3,8 dias; 
 Não houve complicações relacionadas à NE; 
 Não houve diferença significativa no fechamento 
fascial. 
 
 
The American Journal of Surgery (2010) 199, 359 - 363 
 
 
Early vs Delayed enteral nutrition in critical ill medical patients 
 
Woo, S.H. et al 
 
Objetivo: Avaliar o efeito da NEP ou NE tardia no tempo 
de internamento em UTI. 
N = 36 
Grupo 1 – NEP (18); 
Grupo 2 – NE tardia (18). 
 
 
 
 
Nutrition in Clinical Practice, 2010 
 
Early vs Delayed enteral nutrition in critical ill medical patients 
 
Woo, S.H. et al 
 
Conclusão 
 
A NEP está associada com: 
 ↓ do tempo de UTI; 
 ↓ tempo de AVM; 
 ↓ Mortalidade hospitalar. 
 
A NEP (<24h) é considerada a melhor conduta para os pacientes críticos. 
 
 
 
 
 
Nutrition in Clinical Practice, 2010 
 
NEP - Riscos 
 Isquemia intestinal (<1%); 
 
 A NE deve ser evitada se PAM <60mmHg, particularmente em 
pacientes que usam DVA e ainda se as doses precisam ser 
aumentadas para manter a estabilidade hemodinâmica. 
PAM = PAS + (PAD X 2) 
 3 
 Pode ser oferecida com cautela em pacientes estáveis com baixas 
doses de vasopressores, porém todos os sinais de intolerância 
(distensão abdominal, ↑ resíduo gástrico, ↓ fezes e flatos, ruídos 
intestinais hipoativos, acidose metabólica) devem ser 
cuidadosamente avaliados, pois podem representar os primeiros 
sinais de isquemia. 
 
 
Early enteral nutrition and outcomes of critical ill patients 
treated with vasopressors and mechanical ventilation 
Khalid, I.; Doshi, P.; Digiovine, B. 
 
N= 1174 pacientes 
Grupo 1 – NE ≤ 48h da AVM (707); 
Grupo 2 – NE tardia (467). 
 
Hipótese 
NEP estava associada com a ↓ da mortalidade 
 
 
 
American Journal of Critical Care, 2010 
Early enteral nutrition and outcomes of critical ill patients 
treated with vasopressors and mechanical ventilation 
Early enteral nutrition and outcomes of critical ill patients 
treated with vasopressors and mechanical ventilation 
Khalid, I.; Doshi, P.; Digiovine, B. 
 
Conclusão: 
 A NEP pode estar associada ↓ da mortalidade em 
pacientes críticos em AVM, hemodinamicamente 
instáveis em uso de vasopressores; 
 Os efeitos da NEP foram mais evidentes nos pacientes 
em estado mais grave; 
 A NEP não provocou danos aos pacientes. 
 American Journal of Critical Care, 2010 
When Early Enteral Feeding Is Not Possible in Critical Ill Patients: 
Results of a Multicenter Observational Study. 
Cahil, N.E., et al 
 
Objetivo: Avaliar o efeito da NP precoce comparada com a NP e NE 
tardia. 
N = 703 pacientes 
Grupo 1 – NP Precoce – 83 (11,8%); 
Grupo 2 – NP tardia – 79 (11,2%); 
Grupo 3 – NE tardia – 541 (77%). 
 
 
 
 
JPEN, 2011 
When Early Enteral Feeding Is Not Possible in Critical Ill 
Patients: Results of a Multicenter Observational Study. 
Cahil, N.E., et al 
 
Conclusão 
 O grupo NP precoce teve uma maior adequação nutricional, 
porém este resultado não se relacionou com a melhora clínica dos 
pacientes; 
 A mortalidade, tempo de internamento hospitalar e a piora clínica 
tenderam a ser maioresno grupo NP Precoce; 
 Os resultados reforçam os Guidelines Canadenses que referem a 
otimização da NE antes do início da NP. 
 
 
 
 
JPEN, 2011 
Resumindo... 
BENEFÍCIOS 
A NEP, quando bem instituída, promove um impacto positivo na 
melhora clínica do paciente crítico; 
 ↓ Tempo de internamento e os custos hospitalares; 
 ↓ Mortalidade; 
 ↓ Tempo de ventilação mecânica; 
 ↓ Frequência de infecção; 
 ↓ Permeabilidade intestinal; 
 Segura em pacientes cirúrgicos; 
 Modula a resposta inflamatória; 
 Início < 24h traz benefícios ainda maiores; 
 
 
Resumindo... 
RISCOS 
• Risco de intolerância à terapia instituída (↑ Déficit calórico); 
• Risco de isquemia intestinal. 
 
 
NÃO ESQUECER!!! 
• Monitoramento constante; 
• EMTN. 
 
OBRIGADO!!! 
rodrigohuoc@yahoo.com.br 
Caso clínico 1 
 Paciente do sexo feminino, 47 anos chega ao serviço 
com história de ferida infectada em pé esquerdo 
referente a acidente com arame farpado há uma 
semana, com quadro de “trismus”, rigidez na nuca e 
espasmos musculares. 
 HD: Tétano grave 
 É diretamente encaminhada à UTI DIP do hospital para 
realização de TQT e início de tto. Após dois dias de 
internamento evolui com sepse, IRPa, esta sedada, com 
antibioticoterapia, em AVM modo PCV e estável com 
DVA. Qual a sua conduta nutricional? Justifique. 
Caso clínico 2 - TDL 
 Paciente do sexo masculino, 69 anos, diabético e 
hipertenso, sequelado de AVC chega ao serviço com 
queixas de inapetência, tosse pós alimentação liquido 
pastosa, redução do nível de consciência, febre e 
desconforto respiratório, perda de 11kg em 1 mês, 
Peso habitual de 60 kg, altura (1,65m) IMC atual de 
18,7 kg/m², circunferência da panturrilha (23 cm). 
Qual a conduta nutricional adequada para este 
paciente. Justifique. 
 Faça a prescrição nutricional de alta para o paciente.

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