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atps Estrutura e Analise Demonstracoes Financeiras


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INTRODUÇÃO
A área responsável pelo gerenciamento financeiro do cotidiano de uma empresa é a administração financeira. Através dela, os responsáveis que atuam nesta área, denominados administradores de finanças, possuem o papel de analisar, planejar e controlar todos os recursos financeiros da instituição.
O administrador da área de finanças necessita do conhecimento de toda a estrutura, propósito e análise de cada demonstração financeira, mantendo-se sempre atualizado sobre as mudanças no mercado financeiro.
O trabalho foi dividido em etapas, conforme abaixo:
Etapa 01: Compreensão da Análise Vertical e a da Análise Horizontal, como auxílio na tomada de decisão, bem como interpretar as variações ocorridas apuradas na elaboração;
Etapa 02: Compreendendo a necessidade e a função dos índices econômicos e financeiros e obter uma visão mais transparente de uma empresa;
Etapa 03: Utilizar o método DUPONT e o Termômetro de Insolvência para a elaboração de projetos de viabilidade econômica para as empresas, bem como prever possíveis falências ou tendências das empresas;
Etapa 04: Assimilando os conceitos básicos da preparação do Fluxo de Caixa e as tendências gerenciais do demonstrativo.
Todas as etapas das atividades foram importantes ao grupo para em conjunto aprimorarmos nossos conhecimentos e desenvolvermos nossas habilidades, estabelecendo relações entre o conteúdo teórico ministrado e a prática do profissional. O objetivo foi buscar aplicabilidade as técnicas de análise financeiro-econômica para a elaboração de um parecer sobre a saúde patrimonial da empresa analisada - Romi S.A.
Abordaremos as Demonstrações Financeiras básicas através das análises do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa sugerida e, assim, investigaremos qual o melhor caminho para tomada das decisões.
 ETAPAS
2.1 - ETAPA 01: ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
2.1.1 - PASSO 01: DEFINIÇÕES E CONCEITOS
A Análise Horizontal e a Análise Vertical se baseiam no estudo de tendências. 
A Análise Horizontal corresponde ao estudo comparativo, em períodos de tempo consecutivos, da evolução das contas que compõem as demonstrações financeiras. Toma-se um exercício como base (índice 100%) e faz-se a relação conta-a-conta dos exercícios seguintes. Assim é possível ver a variação das contas ao longo do tempo, comparando-se ao ano-base. Mede a evolução de uma conta ao longo de dois ou mais exercícios, o que permite uma ideia de tendências futuras.
A Análise Vertical se objetiva em identificar as contas que têm maior ou menor peso relativo na demonstração. A análise é realizada após o valor numérico de cada conta ser transformado em percentual em relação a um valor base. Calcula-se, assim, no Balanço o percentual de cada conta em relação ao total do Ativo; na Demonstração do Resultado, toma-se o percentual de cada conta em relação à Receita Líquida de Vendas. Por meio de comparações entre vários exercícios, ou com padrões do ramo ao qual pertence a empresa, pode-se deduzir se os principais itens das demonstrações têm-se comportado dentro ou fora das proporções típicas. Mostra a importância de cada conta dentro da demonstração financeira e através de comparações é possível alegar se ela está dentro ou fora dos padrões usuais.
Geralmente inicia-se a análise pela AV (Análise Vertical) para identificar as contas mais representativas e depois a AH (Análise Horizontal) para analisar a evolução dessas contas. Assim, a análise segue uma linha de consistência, como veremos no passo a seguir.
2.1.2 - PASSO 02: CÁLCULOS DAS ANÁLISES
Tabela 01: Análise Vertical da DRE das Indústrias Romi S. A.
Tabela 02: Análise Horizontal da DRE das Indústrias Romi S. A
Tabela 03: Análise Vertical do Balanço Patrimonial das Indústrias Romi S.A.
Tabela 04: Análise Horizontal do Balanço Patrimonial das Indústrias Romi S.A.
2.1.3 - PASSO 03: POSSÍVEIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES
a) Vendas: A Receita Operacional Liquida consolidada representou um aumento de 10,1% em relação a 2007 atingindo 696 milhões. Tal crescimento foi resultado do desempenho geral de suas operações e pelo desempenho positivo dessa atividade no Brasil em 2008. A empresa ostentou ser competitiva no mercado externo, nas receitas de exportação teve um aumento de 35%, dentro das exportações a receita operacional teve um crescimento de 3% de um ano para o outro. b) Custos dos Produtos Vendidos: À análise horizontal de 2007, o custo dos produtos e serviços vendidos apresentou um aumento de R$ 56.647,00, tendo aumento de 13,60%. Na Analise Vertical, em 2008, o aumento foi de 2,89% comparado ao ano anterior. Conforme os aumentos das receitas observaram o aumento dos custos e a diminuição da margem de lucro. c) Margem Bruta: Em relação a 2007 todas as unidades de negócio tiveram as margens reduzidas, decorrente da conjuntura cambial e da instabilidade do preço de algumas matérias-primas metálicas, principalmente na divisão de fundidos e usinados, o que levou a uma redução significativa no volume de vendas, que atingiu 40,2% contra 43,1% em 2007. d) Despesas Operacionais: Em 2007 os valores das despesas foram de R$145.290,00, segundo a análise horizontal. No ano de 2008 este valor foi de R$168.011,00, ou seja, 15,52% de aumento. As despesas administrativas foram as que obtiveram maior diferença de um ano para o outro com um aumento de 40,44%, contudo houve uma diminuição nas despesas tributárias de -56,79%, isto se deve à melhora na gestão tributária da empresa. e) Contas Patrimoniais: No circulante a situação da empresa é confortável uma vez que o índice do Ativo Circulante é 2,14 vezes maior do que o Passivo Circulante, ou seja, para cada 1,00 real de obrigações a pagar no circulante a empresa tem 2,14 reais em bens e direitos no circulante. No não circulante a situação é muito parecida, estando a empresa com um índice de Ativo não Circulante de 1,37 vezes maior que o Passivo não Circulante. Os Juros sobre o Capital Próprio foram creditados aos acionistas durante o ano de 2008, líquidos de IRRF e imputáveis aos dividendos mínimos obrigatórios do exercício social de 2008, foram de R$35,5 milhões e correspondeu a 31,4% do lucro líquido do exercício. O circulante de 2007 para 2008 a conta “Outros Créditos” aumentou para 10,8% e a que teve maior relevância foi a de Títulos Mantidos para Negociação, com redução de 51,82%. O ativo não circulante apresentou a conta Impostos e Contribuições a recuperar o de maior percentual com 238,43% e o menor foi o de Valores a receber-repasse Finame fabricante, com 16,95%. No Patrimônio Líquido com 43,71% a Reserva de Lucros foi a mais alta e a menor foi os ajustes de Avaliação Patrimonial com uma redução de 63,95%.
2.2 - ETAPA 02: ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS
2.2.1 - PASSO 01: DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Desenvolveremos nesta etapa os cálculos dos índices financeiros, identificando o desempenho econômico-financeiro de uma sugerida empresa. Os cálculos firmam-se na relação de contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras e a empresa sugerida é INDÚSTRIAS ROMI S/A (BP 2008).
Com as técnicas de uso dos índices foi possível obter as informações para tomada de decisões. Vamos utilizar os índices mencionados abaixo:
1. A Estrutura de Capital
Nesse grupo, o índice analisa como está a estrutura do capital da instituição, ou seja, a composição do endividamento a curto e longo prazo. 
1.1. A Participação de Capitais de Terceiros
Indica o grau da participação do capital de terceiros relacionado ao total do capital próprio fixado no negócio, também conhecida como grau de endividamento.
1.2. A Composição do endividamento
Indica o percentual do endividamento em curto prazo e são figurados pelo Passivo Circulante, quanto menor for melhor.
1.3. A Imobilização do Patrimônio Líquido
Indica o valor investido pelo acionista na empresa, sendo representado pelo Patrimônio Líquido, quanto menor for melhor.
1.4. A Imobilização dos Recursos não CorrentesIndica o percentual dos recursos não Correntes na aquisição de investimentos, Imobilizado e intangível, nesse grupo estão as contas a longo prazo, quanto menor for esse índice, melhor.
2. A Liquidez
Grupo dos índices que indicam a situação da empresa a curto (Liquidez Seca), médio (Liquidez Corrente) e longo prazo (Liquidez Geral), avaliando a capacidade frente as suas obrigações.
2.1. A Liquidez Seca
Analisa todas as contas que venham a ser convertidas em dinheiro com facilidade. O estoque é excluído no índice porque elimina algumas variáveis na qual pode comprometer o resultado.
2.2. A Liquidez Corrente
Sinaliza a capacidade da empresa de cumprir com suas obrigações em médio prazo de vencimento. Quanto mais alto for esse índice, mais tranquilidade a empresa possuirá para gerenciar o Fluxo de Caixa, equilibrando e se fortalecendo mais financeiramente.
2.3. A Liquidez Geral
Sinaliza a capacidade de pagamento das dívidas em longo prazo. Com o resultado conseguimos apurar quanto a empresa tem de bens e direitos, porém não é válido para curto prazo. Quanto maior for o indicador, melhor.
3. A Rentabilidade
Grupo dos índices que apresentam formas de cálculos da rentabilidade dos capitais empregados na empresa. Testificam os resultados empresariais do sucesso ou insucesso, tais índices são calculados com base nas receitas Líquidas, caso não seja é necessário fazer as deduções referente às vendas (abatimentos, devoluções).
3.1. O Giro do Ativo
Indica a eficiência com a qual a empresa usa os Ativos para gerar vendas. Se relaciona com o tipo de retorno da empresa.
3.2. A Margem Líquida
Indica o quanto à empresa obteve de lucro Líquido referente à receita Líquida. Demonstra o sucesso da empresa referente ao lucro sobre as vendas.
3.3. A Rentabilidade do Ativo
Indica o quanto à empresa conseguiu rentabilizar o seu Ativo. Demonstra qual foi o Lucro Líquido referente ao Ativo Total e o quanto a empresa foi rentável em relação aos seus recursos.
3.4. A Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Indica a rentabilidade do Capital aplicado na empresa pelos sócios (acionistas), além da taxa de rendimento do Capital próprio, o quanto o capital está sendo remunerado pelo lucro e o quanto está se ganhando sobre ele.
4. A Dependência Bancária
Nível de dependência bancária da empresa, ou seja, o endividamento da instituição em percentual de recursos investidos, trazendo a visão do risco que a empresa correrá.
4.1. O Financiamento do Ativo
Indica a participação das instituições de crédito no total dos investimentos, além do percentual dos recursos da empresa que está sendo financiados pelos bancos ou financeiras. Os empréstimos de financiamentos são de curto e longo prazo.
4.2. Instituições de Crédito
Indica o total de recursos de terceiros que foi tomado através de empréstimos ou financiamentos. 
4.3. Instituições Financeiras
Indica o percentual referente aos financiamentos em curto prazo comparados ao Ativo Circulante de uma empresa. A empresa precisa verificar se o seu Ativo Circulante é considerável suficiente para corresponder ao financiamento em curto prazo.
2.2.2 - PASSO 02: INTERPRETAÇÃO DOS ÍNDICES
Quadro resumo - grupo Estrutura de Capital: 
Participação de Capitais de terceiros
Conforme análise, verificamos que, de acordo com o BP publicado das INDÚSTRIAS ROMI S/A(2008), comparando-se ao ano anterior (2007), aumentou seu percentual de 53,53% para 59% (2008). Implica dizer que a Romi está dependendo mais de capitais de terceiros.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Part. de capitais de terceiros
	Capitais de terceiros x 100
	Quanto menor, melhor.
	
	Passivo Total
	
Composição do endividamento 
Observamos que a Romi diminuiu, ainda que pouco, o percentual de endividamento de 43,51% (2007) para 42,21% no ano de (2008), dando a entender em redução das obrigações. É interessante observar que este índice revela as dívidas em curto prazo referente ao endividamento total e, baseado no resultado apresentado no Balanço, a mesma ainda encontra-se com um percentual muito elevado referentes as dívidas a longo prazo onde a empresa Romi dependerá de recursos para diminuir os passivos.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Comp. do Endividamento
	Passivo Circulante x 100
	Quanto menor, melhor.
	
	Capitais de terceiros
	
Imobilização do Patrimônio Líquido 
Em 2007 o balanço apresentou 26,86% e em 2008 esse percentual subiu para 38,56%. Com tais resultados podemos sugerir que a Romi aumentou seu comprometimento do capital próprio, sinalizando para que a empresa tenha atenção e não venha futuramente recorrer a um financiamento do Ativo Circulante.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Imobilização do P.L
	Invest. + Imob. + Intangível x 100
	Quanto menor, melhor.
	
	Patrimônio Líquido
	
Imobilização dos Recursos não Correntes 
Observa-se no Balanço um resultado de 12,62% (2007) e 21,01% (2008). Isto implica dizer que houve um aumento no uso dos recursos não correntes do financiamento do investimento, imobilizado e intangível. A empresa decidiu direcionar uma maior quantidade desses recursos para o Ativo Permanente e uma quantidade menor para o Ativo Circulante.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Imob. Dos Rec. Não Correntes.
	Invest. + Imob. + Intangível x 100
	Quanto menor, melhor.
	
	P.L + Exigível em Longo prazo
	
Quadro resumo do grupo Liquidez 
Liquidez Geral
 Observamos que a empresa apresentou o percentual de 1,87% em 2007 e 1,69% em 2008, representando, assim, uma queda em sua liquidez geral. Analisa-se que para R$ 1,00 de dívida que a Romi tinha em 2007, ela possuía R$1,87 de recursos disponíveis, porém, no ano de 2008, apenas R$ 1,69 dos seus recursos estariam disponíveis para pagamentos de suas dívidas.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Liquidez Geral
	A.C + Realizável em longo prazo
	Quanto maior, melhor.
	
	P.C + Exigível em longo prazo
	
Liquidez Corrente
Analisamos que a empresa possuía 2,52% (2007) e no ano seguinte 2,14% (2008), ou seja, houve uma queda na capacidade de pagamento desta empresa, ainda que pequena. Sinalizamos que a gestão do Fluxo de caixa da mesma necessita ser revisto aos pagamentos de curto prazo.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Liquidez Corrente
	Ativo Circulante 
	Quanto maior, melhor.
	
	Passivo Circulante
	
Liquidez Seca 
Observamos uma queda de 1,93% em 2007 para 1,45% em 2008. A empresa possuía antes recursos com rápida conversibilidade, no entanto seu último resultado foi menor e isso não é nada bom.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Liquidez Seca
	Ativo Circulante – Estoques
	Quanto maior, melhor.
	
	Passivo Circulante
	
Quadro resumo do grupo Rentabilidade 
Giro do Ativo
A empresa reduziu de 0,47% em 2007 para 0,42% em 2008, evidenciando, uma queda no desempenho da empresa. Isso ocorre por conta de alguns fatores, tais como movimento no mercado, concorrência ou algum tipo de estratégia da empresa. O indicador foi baixo.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Giro do Ativo
	Vendas Líquidas
	 Quanto maior, melhor.
	
	Ativo Total
	
Margem Líquida 
Observamos que a empresa apresentou um lucro líquido de 19,65% em 2007 e 16,22% em 2008. Sinalizamos a necessidade de rever sua estratégia de lucro, verificando as causas e fazer os reparos devidos, pois ocorreu uma queda de margem Líquida.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Margem Líquida
	Lucro Líquido x 100
	 Quanto maior, melhor.
	
	Vendas Líquidas
	
Rentabilidade do Ativo 
Analisamos o índice de uma queda, pois a empresa possuía 9,26% em 2007, referente à rentabilidade total dos seus ativos e passou para 6,79% em 2008. Tal redução demonstra que a empresa não foi eficiente em rentabilizar os seus recursos disponíveis, não gerou vendas e certamente não gerou o lucro necessário para um bom negócio.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Rentabilidade do Ativo
	Lucro Líquido x 100Quanto maior, melhor.
	
	Ativo Total
	
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Observamos que ocorreu uma diminuição de 19,10% em 2007 para 17,37% em 2008. Deduz-se, dessa forma, que há uma necessidade de análise de mercado referente às taxas e demais critérios financeiros, pois o índice não foi satisfatório, podendo, assim, a empresa analisar a continuidade do investimento, afinal o patrimônio dos sócios estão em risco.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Rentabilidade do P.L
	Lucro Líquido x 100
	 Quanto maior, melhor.
	
	Patrimônio Líquido Médio
	
Quadro resumo do grupo Dependência Bancária
 Financiamento de Ativo
Analisamos que a empresa Romi estava comprometida com 46,24% em 2007, aumentando para 49,23% em 2008. Tal resultado reflete em uma preocupação, pois indica uma dependência muito forte de terceiros, ou ainda, da linha de financiamentos, acarretando, assim, um grande comprometimento tanto a curto quanto em longo prazo.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Financiamento de Ativo
	Emprest. e Financiamentos x 100
	 Quanto menor, melhor.
	
	Ativo Total
	
Participação das Instituições de Crédito
Observamos que houve uma redução de 86,37% em 2007 para 83,44:% em 2008. Tal resultado implica em um bom retorno, pois os recursos da empresa tiveram mais participação do que as linhas de créditos das financeiras, ou seja, menores recursos de terceiros, porém revela que a redução foi pequena e que a participação das instituições de crédito continua com um percentual elevado.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Part. das Inst. De Crédito.
	Financiamento x 100
	Quanto menor, melhor.
	
	Capital de Terceiros
	
Por Instituições Financeiras
Observamos que os financiamentos em curto prazo representavam 28,26% em 2007 e no ano seguinte, 2008, houve um aumento para 33,42%. Demonstra que as operações desta empresa estão em sua maior parte financiadas pelos bancos.
	Índice
	Fórmula
	Interpretação
	Por Instituições Financeiras
	Financ. A Curto Prazo x 100
	 Quanto menor, melhor.
	
	Ativo Circulante
	
2.2.3 - PASSO 03: ANALISE / CÁLCULOS DOS ÍNDICES
Quadro Resumo dos índices:
Opinião descrita.
Concluímos que através da Análise das Demonstrações financeiras conseguimos visualizar os dados necessários de um negócio e com os resultados obtidos tomarmos decisões para um bom desempenho organizacional. Os indicadores financeiros são ferramentas importantíssimas para o futuro gerenciamento de uma instituição. No nosso trabalho utilizamos das demonstrações do Balanço Patrimonial e a DRE da indústria Romi S/A e, de acordo com a interpretação do grupo, observamos resultados ruins nos índices. No entanto é importante ressaltar que a indústria Romi trabalha com exportações, ou seja, conforme ano da publicação (2007/2008) analisou-se que nessa época tivemos uma redução no mercado de exportação e isso implica em seus índices resultantes. Cabe aos gestores da empresa uma revisão dos dados e tomadas de decisões imediatas que possam contribuir para fortalecer os negócios. 
2.3 - ETAPA 03: VIABILIDADE ECONÔMICA E FALÊNCIA
2.3.1 - PASSO 01: A IMPORTÂNCIA DO MODELO DUPONT
O modelo DuPont é uma das formas de organização e análise dos números encontrados nos relatórios financeiros de uma empresa, com o objetivo de observar o seu desempenho. O método compõe a fórmula conhecida do ROE (Return ou Equity ou Retorno sobre o Patrimônio Líquido) em três componentes básicos: margem de lucro, giro do ativo e o grau de alavancagem da empresa. Os índices de margem líquida e giro do ativo medem construtos diferentes e, com isso, possuem diferentes propriedades, pois, enquanto o primeiro advém principalmente de características mercadológicas da empresa (posicionamento, marca forte e nichos de mercado, por exemplo), o segundo aponta o grau de eficiência operacional, ou seja, na utilização dos ativos (máquinas, equipamentos, etc.). Os diferentes seguimentos industriais, portanto, tendem a buscar níveis semelhantes de retornos sobre o Patrimônio Líquido, porém baseados em diferentes combinações de margem líquida e giro do ativo. O modelo DuPont, no entanto, apresenta algumas limitações quanto à sua estrutura e capacidade de análise dos índices que compõem. De maneira alternativa, Palepu e Healy (2007) apresentam um modelo de decomposição e análise que pretende dar nova visão aos fatores componentes do ROE, separando-os em um indicador do ROA (Retorno sobre o Ativo Total) operacional e dois indicadores financeiros: spread e alavancagem financeira líquida. A partir da decomposição do ROE, é possível analisar, separadamente, os índices que o compõem e procurar perceber como os retornos são afetados pelas diferentes combinações de fatores operacionais (margem de lucro, giro do ativo e retorno sobre ativos operacionais) e financeiros (alavancagem, spread e alavancagem financeira líquida) da empresa, bem como explicar o grau com que cada um desses fatores influencia tais retornos.Vale ressaltar a importância da análise financeira como ferramenta não apenas para a empresa e seus gestores, mas também para os investidores. Para os primeiros, além de dar condições de desenvolver previsões futuras, também é um dos fundamentos do planejamento de políticas, estratégias e objetivos. O benefício para o investidor está em poder, semelhantemente, previsionar desempenhos futuros e auxiliar quanto à tomada de decisões de investimento.
2.3.2 - PASSO 02: CÁLCULO DA RENTABILIDADE DO ATIVO PELO MÉTODO DUPONT
Para chegarmos ao cálculo de rentabilidade do ativo pelo método Dupont, utilizaremos o balanço patrimonial e a demonstração de resultado do exercício.
Rentabilidade pelo método Dupont - Cálculo
RA = vendas liquidas / ativo liquido x lucro / 5 / vendas liquidas
Vendas liquidas = R$ 796.429 - R$ 138,230 = 658.199
Ativo líquido = ativo total – passivo operacional
Ativo líquido = R$1.593,854 - R$58,58 = 1,58
Lucro antes das despesas financeiras	
Lucro = R$109,606
Giro = 658.199 / 58,58 = 11,23
Margem = 109,606 / 658,199 x 100 = 16,65 %
Retorno sobre o ativo = 1,58 x 11, 23 = 17,74%.
O indicador que atesta o patrimônio total da companhia (ativo líquido) é de 17,74%. Para aquele que investe, cabe dizer que se uma empresa com um RA de 17,74%, conforme o modelo, tivesse um ativo liquido de R$1.000,000, 00, o seu lucro, fora as despesas financeiras, seria de R$ 70.740,00.
2.3.3 - PASSO 03: Modelo Stephen Kanitz 
Kanitz estudou empresas que faliram e outras com boa situação financeira e econômica, para reconhecer pontos iguais entre elas. Com base no estudo, atribuiu pontos a indicadores de controles balanço patrimonial e elaborou o que ele chamou de termômetro de insolvência.
Fórmula Utilizada
A = Lucro liquido/patrimônio liquido x 0, 05.
B = ativo circulante + realizável em longo prazo/passivo circulante + exigível a longo prazo x 1,65
C = ativo circulante-estoque/passivo circulante x 3,35.
D = ativo circulante/passivo circulante x 1,06.
E = exigível total/ patrimônio liquido x 0,33.
FI = A + B + C – D - E
	-7
	-6
	-5
	-4
	-3
	-2
	-1
	-0
	1
	2
	3
	4
	5
	Insolvência
	Penumbra
	Solvência
A = (LL/PL) x 0, 05 = (112,953/1.593,854) x 0, 05 = 0,004.
B = (AC+RLP/PC+ELP) x 1, 65 = (795,889+797,965/385,536+529,075) x 1, 65 = 2, 62
C = (AC-E/PC) x 3, 55 = (795,889-238,045/385,536) x 3, 55 = 1, 98.
D = (AC/PC) x 1, 06 = (795,889/385,045) x 1, 06 = 2, 19
E = (PC+ELP/PL) x 0,33 (385,536+529,075/1.593,854) x 0,33 = 0,19
FI = 0,004 + 2,62 + 1,98 – 2,19 – 0,19
FI = 2,22 -------- solvência
Compreendemos através do cálculo do termômetro uma situação positiva, além de uma liquidez, conforme os dados repassados.
2.3.4 - PASSO 04: DIAGRAMA ESTRATÉGICO QUALITATIVO
Na pesquisa realizada sobre o desempenho operacional da empresa Romi, observamos que estes foram os diferenciais que levaram a companhia a maiores receitas e lucros líquidos em todos osexercícios, conforme mostram o balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício.
2.4 - ETAPA 04: CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO
2.4.1 - PASSO 01: DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Determinação da necessidade de Capital de Giro 
É preciso um processo contínuo para administrar o Capital de Giro, ou seja, obter decisões voltadas para a resguardo da liquidez da companhia. 
Entendemos Capital de Giro como o montante de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar). "Capital em Giro" são os bens efetivamente em uso.
Por estar envolvido em um grande volume de ativos, o Capital de Giro pode fazer a grande diferença na rentabilidade de uma empresa. Para que se chegue à conclusão necessária de Capital de Giro se faz necessária a criação de uma estratégia, lucro e especialmente segurança para longevidade da empresa, não somente um simples estudo financeiro
ACO = Ativo Circulante Operacional 
PCO = Passivo Circulante Operacional 
Fórmula: ACO-PCO
2007: 452.107 – 87.766 = 364.341
2008: 526.263 – 105.964 = 420.299
De 50 a 60% do total dos ativos de uma empresa representam, geralmente, a fatia correspondente a este capital. O capital de giro exige um esforço para ser gerido pelo administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo, além de sua participação sobre o total dos ativos da empresa.
Quando não ocorre um bom volume de liquidez (positivamente) para a empresa, significa que o Passivo Circulante está sendo maior que o Ativo Circulante, tendo como resultado despesas financeiras, diminuindo o lucro da empresa. Mas se a liquidez estiver com boas sobras, pode significar para quem analisa de fora, uma ausência de investimentos, dando a impressão negativa para empresa. Portanto no que diz respeito ao Capital de Giro é importantíssimo que se tenha bem claro, o que será destinado a ele. 
Prazo Médio de Rotação de Estoques (PMRE)
Prazo Médio do Recebimento das Vendas (PMRV)
Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC PMRE)
PMRE = Tempo de giro médio dos estoques da empresa, isto é, o tempo de compra e estocagem.
DP = Dias de Período, ou seja, se estivermos considerando o CMV de um ano, por exemplo, DP será igual a 360 dias.
PMPC = Prazo médio de pagamento das compras.
CMV = Custo de Mercadorias Vendidas.
Estoques 
Período compreendido desde a compra das mercadorias ate o momento de suas vendas. 
Fórmula:
PMRE = Estoque x DP
	 CMV
2007: PMRE = 183.044 = 0, 508592 x 360 = 183,09
		 359. 903
2008: PMRE = 285.344 = 0, 685017 x 360 = 246,61
		 416.550
Vendas 
Intervalo de tempo entre a venda a prazo das mercadorias ou produtos em questão, e as entradas de caixa derivadas da cobrança de duplicatas. 
Fórmula: 
PMRV = Duplicatas a receber x DP
	 Receita Bruta de Vendas
2007: PMRV = 62.888 = 0, 082621 x 360 = 29,74
		 761.156
2008: PMRV = 77.463 = 0, 092589 x 360 = 33,33
		 836.625
Compras
Período (tempo) em que a empresa dispõe das mercadorias ou materiais de produção, sem consumir os valores correspondentes.
Para o saldo de compras, quando esse não está no Balanço Patrimonial, devemos utilizar a seguinte fórmula: Compras = CMV – Estoque Inicial + Estoque Final.
Fórmula: Fornecedores x DP
		DP
2007: 25.193
 Sem saldo inicial de 2007
2008: Compras = 416.550 – 183.044 + 285.344 = 518.850
31.136 = 0,06 x 360 = 21,60
 518.850
CICLO OPERACIONAL DA EMPRESA (DIAS) 
PMRE – Prazo Médio de Rotação de Estoque 
PMRV – Prazo Médio e Recebimentos das Vendas 
CO – Ciclo Operacional 
Formula: 
CO = PMRE + PMRV
2007: CO = 183,09 + 29,74 = 212.83
2008: CO = 246,61 + 33,33 = 279,94
CICLO FINANCEIRO DA EMPRESA (DIAS)
PMPC – Prazo Médio de Pagamento das Compras
CF – Ciclo Financeiro
CO – Ciclo Operacional 
Formula: CF = CO-PMPC
2008: CF = 279,94 – 21,60 = 258,34
2.4.2 - PASSO 02: SAÚDE ECONÔMICA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL
Analisando os índices econômicos e financeiros da Empresa ROMI na vigência de 2007 e 2008, expomos o relatório a seguir, interpretando e concluindo sobre a evolução financeira da empresa neste período. O Capital de Terceiros demonstra que em 2007, este percentual representou 53,53% do total dos recursos investidos na empresa, e em 2008, seu percentual aumentou para 59,00%. E o mesmo revela que a empresa possui mais dependência de capital de terceiros.
Entre os dois períodos a Rentabilidade do Ativo se mostrou ineficientes. Em 2007, a rentabilidade foi de 9,26% e em 2008 esse índice diminuiu para 6,79%, observando que a empresa não recompensou a utilização de seus Ativos com o mesmo sucesso que no ano anterior. Analisamos que no giro a empresa está eficiente em 0,55, com uma margem de lucro de 14% e, através do método Dupont, a Romi S.A. tem rentabilidade de 8%. Apesar de alguns dados apresentarem números inferiores em comparação ao ano anterior (2007), a empresa ainda se apresenta em boas condições para analistas internos da empresa e/ou a possíveis investidores. Diante das informações apresentadas, acreditamos que empresa apresenta-se nos três aspectos: econômico, financeiro e patrimonial - com padrões aceitáveis, como uma empresa em situação saudável.
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através das Demonstrações Contábeis e da utilização dos índices financeiros e econômicos é possível identificar a situação econômica e financeira de toda e qualquer organização. Cabe ressaltar que comparando períodos, é possível uma melhor avaliação do que ocorreu, com maior consistência das informações que serão úteis para tendências futuras. Desta forma, a organização analisa quais características e variáveis lhe são peculiares e o que precisa para chegar à fase seguinte. Desta forma ela estará dispondo de mais um instrumento que possa lhe dar segurança no processo de gestão empresarial, possibilitando conhecer o ciclo de vida da empresa a fim de que todas as decisões nela tomadas sejam consistentes e capazes de conduzir a organização ao objetivo desejado.
A interpretação dos elementos obtidos nas análises faz com que as demonstrações deixem de ser apenas um conjunto de dados e passem a ter valor como informação, permitindo ao usuário a avaliação da situação da organização, e assim utilizá-la como suporte para decisões futuras, visando sempre o objetivo da entidade e a minimização de riscos.
4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.romi.com.br/fileadmin/Editores/Empresa/Investidores/Documentos/Relatorios/BP_2008.pdf
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/29634/indices-de-estrutura-de-capitais-composicao-do
http://www.indicacoes.com.br/?pag=fundamentalistas&ind=imob_patr
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/indices-de-liquidez.htm
http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/anudo/article/viewArticle/750
http://sare.anhanguera.com/index.php/anudo/article/viewArticle/750
http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/contger_analisedebalanco.htm
http://www.fac.br/home/
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/necessidadecapitalgiro.htm
Tabelas:
http://spreadsheets.google.com/ccc?key=0AiARonPFF2EZdGdXLVU1OWhRc2RseHBsR0
d1djV3a2c&hl=em
http://spreadsheets.google.com/ccc?key=0AiARonPFF2EZdHpkRDY2NjIwdUk1bzdURU
M1OUpNSHc&hl=em
http://spreadsheets.google.com/ccc?key=0AiARonPFF2EZdHZtSnZPejZGTGd6WW42O
W5DQnVyQlE&hl=em
http://spreadsheets.google.com/ccc?key=0AiARonPFF2EZdEhXcXNNVGFNSGxQb1lrcy1
4QUJMemc&hl=em
Quadro-Resumo:
http://docs.google.com/Doc?docid=0ASARonPFF2EZZDQ0d3ZoZF84aGo5Z3ZoZGM&hl
=en
AZEVEDO, Marcelo. Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras. Campinas Alínea, 2008. PLT 117
GITMAN, Lawrence Jeffrey; MADURA, Jeff. Administração financeira. São Paulo: Adisson Wesley, 2003
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