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Amebas Entamoeba histolytica: única patogênica no humano OBS: Outras amebas podem ajudara Entamoeba a parasitar Amebíase pode matar se não tiver tratamento adequado. Duas espécies distintas, morfologicamente iguais: Entamoeba hisotlytica (Schaudinn, 1903) e Entamoeba díspar (Brumpt, 1925). Trofozoito: Forma evolutiva infectante. Pode ser patogênico ou comensal. Morfologia Cistos com 8 núcleos (grupo ‘coli’): Entamoeba coli (homem), Entamoeba muris (roedores), Entamoeba gallinarum (aves domésticas). Cistos com 4 núcleos (grupo “hisrolytica”): Entamoeba histolytica (homem), Entamoeba díspar (homem), Entamoeba hartmani (homem), Entamoeba ranarum (Sapo e rã), Entamoeba invadens (serpentes e repteis), Entamoeba moshkovskii (vida livre). Cisto com 1 núcleo: Entamoeba polecki (porco, macaco e homem) e Entamoeba suis (porco). Cistos não conhecidos ou sem cistos: Entamoeba gingivalis (homem e macaco). Entamoeba histolytica - Cistos Mede de 8 a 20 µm de diâmetro, com 4 núcleos e corpos cromatóides (condensação de cromatina) em forma de bastonetes; Cariossoma pequeno e no centro do núcleo; Parede dupla (interna composta de quitina). Trofozoito Mede entre 20 e 40 µm. Mas pode chegar a medir 60 µm na forma invasiva (nessa forma ele provoca a lise do epitélio intestinal); Possui endo e ectoplasma; Geralmente um só núcleo; A fresco: polimórfico, ativo, alongado, com emissão contínua e rápida de pseudópodes. Entamoeba coli Cistos 8 núcleos e corpos cromatóides finos. Prof.ª Lenira Trofozoito Mede de 20 a 50 µm; Citoplasma não diferenciado em endo e ectoplasma; Núcleo: cromatina irregular e grosseira; Cariossoma grande e excêntrico. Entamoeba gingivalis Trofozoito Mede de 5 a 35 µm; Comum no tártaro dentário e processos inflamatórios da gengiva; Transmissão ocorre pelo contato direto; Não patogênica; Não possui cistos. Entamoeba hartmani Cisto Mede de 5 a 10 µm de diâmetro; 4 núcleos. Trofozoito Mede de 7 a 12 µm; Citoplasma diferenciado; Estrutura nuclear semelhante a Entamoeba histolytica; Cariossoma punctiforme. Vive como comensal na luz do intestino grosso. Endolimax nana Cisto Oval; Mede de 8µm de diâmetro; 4 núcleos pequenos. Trofozoito Mede de 10 a 12 µm; Membrana celular fina e sem grãos de cromatina; Vive como comensal. Iodamoeba butschlii Cosmopolita não patogênica. Cisto Oval; Grande vacúolo de glicogênio; Núcleo bem visível com cromatina condensada em uma grande massa. Trofozoito Mede de 10 a 20 µm. Amebíase Amebíase: Infecção do homem, pela E. histolytica, podendo este apresentar ou não sintomas (WHO, 1997). Transmissão: fecal – oral, ingestão de cistos maduros. Ciclos Biológico: monoxênico; Patogênico: o parasita se alimenta de hemácias, células ou fragmentos de células e se multiplica nos tecidos do hospedeiro por divisão binária. Fezes formadas: cistos Fezes pastosas e formadas: précisto Fezes diarreicas: trofozoitos Patogenicidade Capacidade do trofozoíto alimentar-se de hemácias, destruir tecidos, invadir parede intestinal e translocar-se para outros sítios. Contato firme adesão do trofozoíto a camada de mucina da superfície endotelial: lecitinas; Digestão da Matriz Extracelular Através de seus movimentos e substâncias citolíticas (elastina); Invasão Lesão mais precoce – pequenas elevações nodulares em cabeça de alfinete; Invasão de trofozoitos na submucosa – úlceras em botão de colarinho; Quadro Clínico - Classificação segundo OMS: Assintomáticas ( 90% dos casos) Sintomáticas: - Amebíase intestinal: o Colite disentérica o Ameboma (raramente) o Colite não disentérica - Amebíase extra- intestinal: o Hepática o Pulmonar o Cutânea o Outras localizações Formas Sintomáticas Colite Não Disentérica - Frequência :2/4 evacuações, diarreicas ou não por dia, com fezes moles ou pastosas, as vezes com muco e sangue. - Desconforto abdominal ou cólicas com períodos de acalmia. Colite disentérica (disenteria amebiana) - Início agudodiarréia (10 ou + /dia) c/ evacuação mucossanguinolenta. - Cólicas intestinais; - Tenesmo; - Febre (moderada). Diagnóstico Clínico: incerto Laboratorial: o Certeza: encontro parasito fezes o EPF (Exame Parasitilógico de Fezes): Exame direto a fresco: idenfitica trofozoítos Método de Concentrção - MIF Coloração pela Hematoxilina Férrica Lutz – cisto em fezes formadas. Imunológico: A partir de material: Fezes/sangue É usado para diagnosticar amebíase intestinal e extra-intestinal. o ELISA, o Imunofluorescência indireta o Hemaglutinação indireta o Contraimunoeletrofores. - Estes métodos consistem na obtenção de antígenos mais puros, sensíveis. - Detectam anticorpos contra Lectinas especificas de E. histolytica. Transmissão Direta – mãos, alimentos e água contaminados; Vetores mecânicos (moscas,baratas). Epidemiologia Patologia Cosmopolita 480 milhões de Infectados – 10% invasivos Mundo: Região Tropical e Subtropical Região Fria e Temperada Brasil: Região Amazônica Sul e Sudeste Não é epidêmica Influência de condições climáticas e socio-econômicas : hábitos alimentares ; padrão sanitário; Fatores de exarcebação de invasividade: idade,estado nutricional, integridade imunológica; Tratamento Medicamentos utilizados no tratamento da amebíase: o Metronidazol o Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal (aderidos na parede e na luz); o Amebicidas tissulares (parede do intestino e fígado); o Amebicidas que atuam tanto na luz intestinal quanto nos tecidos. Profilaxia Princípios rudimentares de higiene pessoal; Não ingerir água e alimentos suspeitos; Não utilizar excrementos (fertilizantes); Dar um destino adequado aos dejetos humanos; Manter os alimentos longe de inseto; Lavar as mãos antes das refeições e após evacuações; Manter sanitários limpos; Tratar os portadores assintomáticos.
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