ESTABELECIMENTO EMPRESARIALAula 10

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ESTABELECIMENTO 
EMPRESARIAL
Aula 10
CONCEITO
• ART. 1142 DO CÓDIGO CIVIL – INSPIRAÇÃO
NO ART. 2555 DO CÓDIGO CIVIL ITALIANO.
• TODO COMPLEXO DE BENS ORGANIZADO,
PARA EXERCÍCIO DA EMPRESA, SEJA POR
EMPRESÁRIO OU POR SOCIEDADE
EMPRESÁRIA
• DEFINIÇÃO LEGAL ESTABELE QUE SE TRATA
DE UM COMPLEXO DE BENS.
LEMBRANDO
 EMPRESÁRIO – PESSOA FISICA OU 
JURÍDICA
 EMPRESÁRIO ORGANIZA O 
ESTABELECIMENTO
 EMPRESÁRIO # EMPRESA # 
ESTABELECIMENTO
 ESTABELECIMENTO É COISA, É 
OBJETO DE DIREITO, JAMAIS 
SUJEITO
LEMBRANDO
IMPORTANTE : empresário pode ser sujeito de
direitos enquanto o estabelecimento empresarial
pode ser objeto de direito.
EMPRESÁRIO pode falir, pode pedir recuperação
judicial,
EMPRESA e ESTABELECIMENTO NÃO
PODEM pedir recuperação e não podem falir.
Posso vender o estabelecimento (trespasse), mas é
impossível vender juridicamente uma empresa
NATUREZA JURÍDICA
DE 
DIREITO
DE FATO
UNIVERSALIDADE
Art. 90 
do CC
Art. 91 
do CC
Art. 1142 
do CC
UNIVERSALIDADE DE FATO –
PLURALIDADE DE BENS 
SINGULARES
Alienante Adquirente
Compra e 
venda
UNIVERSALIDADE DE DIREITO –
COMPLEXO DE RELAÇÕES 
JURIDICAS
Alienante Adquirente
Compra e 
venda
NATUREZA JURÍDICA –
TEORIAS ULTRAPASSADAS
 TEORIAS DE PERSONIFICAÇÃO:
ESTABELECIMENTO COMO SUJEITO DE DIREITOS
 TEORIA DO PATRIMÔNIO DISTINTO – IMPORTANTE
PARA ESTABELECER A AUTONOMIA DO
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
 CARRARA – ESTABELECIMENTO COMO NEGÓCIO
JURÍDICO – PROBLEMA DA EXCESSIVA
ABSTRAÇÃO
 FERRARA – TEORIA DA ORGANIZAÇÃO – MERA
ASSOCIAÇÃO DE BENS ÀS PESSOAS QUE OS
OPERAM.
NATUREZA JURÍDICA –
UNIVERSALIDADE DE DIREITO
 CARVALHO DE MENDONÇA – AFIRMA QUE É A
VONTADE DO EMPRESÁRIO QUE ORGANIZA OS
ELEMENTOS DO ESTABELECIMENTO E OS
DIRECIONA PARA A ATIVIDADE EMPRESARIAL
 PROBLEMAS DA CONCEPÇÃO COMO
UNIVERSALIDADE DE DIREITO:
a) O estabelecimento só poderia ser tratado de forma unitária
b) Lei deveria considerar o conjunto como um ente distinto
dos elementos singulares – Vide Patrimônio e Herança
c) Art. 91 do CC estabelece que a universalidade de direito é
um conjunto de relações jurídicas de determinada pessoa,
enquanto o estabelecimento é um conjunto de bens
afetados a uma finalidade comum
CONCLUSÃO
 OPÇÃO LEGISLATIVA NO ART. 1142 COMBINADO
COM O ART. 90 – ESTABELECIMENTO É UMA
UNIVERSALIDADE DE FATO
 BENS QUE PODEM SER ALIENADOS DE FORMA
SINGULAR, QUE PERTENCEM A MESMA PESSOA E
QUE TENHAM A UTILIZAÇÃO UNITÁRIA. É O QUE
ACONTECE NO ESTABELECIMENTO
EMPRESARIAL.
DISTINÇÃO NECESSÁRIA
ELEMENTOS DO 
ESTABELECIMENTO
ELEMENTOS 
BENS MATERIAS
BENS IMATERIAIS
MERCADORIAS
ESTOQUE
EQUIPAMENTOS
MÁQUINAS
MOBÍLIA
PONTO COMERCIAL
PATENTES
MARCAS
DOMÍNIOS DIGITAIS
NOME EMPRESARIAL
TÍTULO DE 
ESTABELECIMENTO
AVIAMENTO
 Aviamento é uma qualidade do estabelecimento, é a sua
capacidade de gerar lucros NÃO É UM ELEMENTO
DO ESTABELECIMENTO, É UMA
CONSEQUÊNCIA DELE.
 Vários fatores podem ser levados em conta para definir
o aviamento de determinado fundo de comércio:
localização da sede do estabelecimento, clientela,
tempo de mercado, produtos e serviços
comercializados, marcas, nome empresarial etc. Esses
fatores conjugados têm uma capacidade de gerar
lucros, e esta aptidão deve ser levada em consideração
no momento de fixar o valor do estabelecimento
AVIAMENTO
• AVIAMENTO NÃO SE
CONFUNDE COM CLIENTELA
• CLIENTELA É TAMBÉM
CONSEQUÊNCIA DO
ESTABELECIMENTO, NÃO UM
DOS SEUS ELEMENTOS.
TRESPASSE
 TRESPASSE NÃO SE CONFUNDE COM CESSÃO
DE COTAS. NO TRESPASSE É O
ESTABELECIMENTO QUE É ALIENADO. NA
CESSÃO DE COTAS É O TÍTULO DE SÓCIO DA
SOCIEDADE EMPRESÁRIA QUE É ALIENADO
 TRESPASSE É A VENDA DO ESTABELECIMENTO.
 TRESPASSE TAMBÉM NÃO SE CONFUNDE COM A
MERA VENDA DO PONTO COMERCIAL
TRESPASSE
 QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE O TEMA:
a) EFEITOS DO TRESPASSE PERANTE TERCEIROS;
b) EFEITOS DO TRESPASSE PERANTE CREDORES;
c) SUCESSÃO DAS DÍVIDAS ANTERIORES AO
TRESPASSE
CONDIÇÕES DE EFICÁCIA
AVERBAÇÃO NA 
JUNTA COMERCIAL 
NA MATRÍCULA DO 
ALIENANTE E DO 
ADQUIRENTE
PUBLICAÇÃO NO 
DIÁRIO OFICIAL
ART 1144 DO CC
EFICÁCIA PERANTE CREDORES
 REGRA – CREDORES TEM DE SER NOTIFICADOS 
JUDICIAL OU EXTRAJUDICIALMENTE COM O 
PRAZO MÍNIMO DE 30 DIAS.
 ART. 1145 DO CC – AUTORIZAÇÃO NÃO É 
NECESSÁRIA SE TODOS OS CREDORES FOREM 
PAGOS OU SE O ALIENANTE TIVER BENS 
SUFICIENTES PARA PAGAR TODOS OS 
CREDORES. NESTE CASO NÃO PRECISA 
NOTIFICAR.
 AUTORIZAÇÃO PODE SER TÁCITA
ANUÊNCIA DOS CREDORES
 ART. 1145 DO CC E ARTS. 94, III, “C” E 129, VI DA 
LEI DE FALÊNCIAS
 SE UM DELES NÃO AUTORIZAR, ALÉM DA 
INEFICÁCIA DO TRESPASSE, O CREDOR PODE 
PEDIR A FALÊNCIA DO ALIENANTE
 E A MASSA FALIDA AINDA PODE PEDIR A 
INEFICÁCIA DO TRESPASSE EM RELAÇÃO A ELA
 PROBLEMA DA ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES
SUCESSÃO NAS 
OBRIGAÇÕES
TRÊS PONTOS PRINCIPAIS AQUI:
a) 1146 DO CC PARA DÍVIDAS CÍVEIS E
COMERCIAIS
b) ART. 133 DO CTN PARA AS DÍVIDAS
TRIBUTÁRIAS
c) ART. 448 E 448-A DA CLT PARA AS DÍVIDAS
TRABALHISTAS
OBRIGAÇÕES CIVEIS E 
COMERCIAIS
SUCESSÃO NAS OBRIGAÇÕES 
CIVEIS E COMERCIAIS
SUCESSÃO OU SUB-ROGAÇÃO NOS CONTRATOS
EXISTENTES VINCULADOS AO ESTABELECIMENTO?
EXCEÇÃO: CONTRATOS DE NATUREZA PESSOAL.
NESTES NÃO HÁ SUBROGAÇÃO E DEMANDAM
ADITAMENTO COM A SUBSTITUIÇÃO DA PARTE.
EXEMPLO: LOCAÇÃO E FRANQUIA
ART. 1148 É UMA EFETIVAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
PRESRVAÇÃO DA EMPRESA
SUCESSÃO TRIBUTÁRIA
CTN
 Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que 
adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou 
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar 
a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou 
sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos 
ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
 I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade;
 II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na 
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da 
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de 
comércio, indústria ou profissão.
PERSPECTIVA ANALÍTICA
Alienante Adquirente
Compra e 
venda
Passivo 
tributário
Demais 
credores
CTN, art. 
133
Passivo 
tributário
SUCESSÃO TRIBUTARIA
• TRF-4.ª Região, Apelação Cível 95.04.41508-3, Primeira Turma, Rel.
José Luiz B. Germano da Silva, publicado em 15/03/2000
• “TRIBUTÁRIO. RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
TRIBUTÁRIA. ART. 133, DO CTN-66. CONTINUIDADE DO
EMPREENDIMENTO. 1. Tenho o entendimento de que, em se
tratando de mera aquisição de imóvel, para nele instalar negócio,
ainda que do mesmo ramo de negócio que anteriormente existia no
mesmo endereço, não se dá a responsabilidade por sucessão
tributária, prevista no art. 133, do Código Tributário Nacional. 2.
Contudo, in casu, em se tratando de aquisição de imóvel utilizado
anteriormente por outro estabelecimento, com suas benfeitorias e
utensílios, ocorre a sucessão e conseqüente responsabilidade pelos
débitos tributários da empresa anterior, porquanto há verdadeira
transferência de fundo de comércio e aquisição do negócio, e não
somente aproveitamento de espaço onde outrora localizava-se outra
empresa, pelo que deve ser reconhecida a legalidade da execução
fiscal ora atacada
RESPONSABILIDADE 
TRIBUTARIA
• INCISO I DO ART 133 DO CTN:
• PROBLEMA DA EXPRESSÃO INTEGRALMENTE
• LOBO TORRES – CORRENTE MAJORITÁRIA –
INTEGRALMENTE SIGNIFICA SOLIDÁRIA
• LUCIANO AMARO – RESPONSABILIDADE E SÓ DO
ADQUIRENTE
RESPONSABILIDADE POR 
DÍVIDAS TRABALHISTAS
• Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos detrabalho dos respectivos
empregados.
• Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de
empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as
obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que
os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
• Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente
com a sucessora quando ficar comprovada fraude na
transferência.
CLÁUSULA DE NÃO 
CONCORRÊNCIA
CASO CONCRETO AULA 10
OBRIGADO