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VT - Direito Empresarial
 
 
GRUPO 4 – Desenhos Industriais
Principais aspectos doutrinários;
Exemplos clássicos,
Caso concreto recente/resultado;
Legislações pertinentes.
GOIÂNIA
2016
VT Integrada – DIREITO EMPRESARIAL
Trabalho de VT Integrada da disciplina Direito Empresarial do curso de Direito da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO como parte do requisito para aprovação no curso.
GOIÂNIA
2016
INTRODUÇÃO
Esta é uma VT (verificação de Trabalho) em composição de dez alunos, pela qual é intitulada de “GRUPO 4”, devidamente formado em sala de aula. Corrobora turma M-1 do Curso de Direito Empresarial sob a regência da Professora Mestra Eliane Simonini Baltazar Velasco.
O certame deste é composto pelas pesquisas, leituras e bibliografias face o que foi orientado pela docente. 
Caso concreto recente/resultado;
Principais aspectos doutrinários;
Legislações pertinentes;
Exemplos clássicos,
PRINCIPAIS ASPECTOS DOUTRINÁRIOS
2.1) CONCEITO HISTÓRICO DO DESENHO INDUSTRIAL.
Conforme salienta Camelier da Silva:
“O homem, ao longo de sua jornada nesse planeta, sempre procurou aplicar as ideias que lhe vinham à mente, concebidas, no mais das vezes, para resolver um problema técnico ou aprimorar técnicas já conhecidas e experimentadas. Com o passar do tempo, surgiu então à necessidade de se criar objetos e coisas, não mais para resolver questões técnicas e sim voltadas ao adorno e deleite, ou seja, contendo eminentemente uma função estética. A importância do design ou desenho industrial avultou a partir do momento em que o seu idealizador concretizou a sua ideia representando-a graficamente.” (Camelier da Silva, pág. 177)
Camelier assevera que o homem enquanto inventor nato rompeu com a sua produção meramente funcional e instrumental, partindo para um conceito em que pudesse alinhar as práticas e técnicas já existentes a uma elegância plástica que hoje em dia chamamos de design. 
No aporte da funcionalidade, dos utensílios e tecnologias, há acima de tudo um conceito imagético que aos olhos do mundo humano multilateralmente se encantam enquanto inventores do infinito tecnológico material.
Um exemplo clássico e muito apreciativo seriam os carros, veículos automotores: Mera estrutura metálica de locomoção, ou “máquina que causa sinestesias, sensações ao curioso olhar humano?”. Não é nem um nem outro, pois o resultado da obra de funde nos dois conceitos: o funcional-técnico mais o estético. O carro inspira-nos os faróis como olhos humanos, a simetria, as curvas que cortam ventos, como aves interceptoras querendo caçar. Os mais esportivos rebaixados e longos asseveram o guelpardo (ou xita), como o felino mais rápido do mundo. A emulsão de sentimentos e desejos são flashes aos exigentes olhos modernos, aguçados e contemporâneos. O Desenho Industrial concebido ao mundo humano é como uma fusão de dois mundos que apesar das óticas materiais provocam sensações que perpassam a mera utilidade do objeto para uma transcendência de orgulho e desejo da posse. Amiúde aos críticos que se contrapõem ao mero materialismo, há de se corroborar o conjunto como uma arte humana engambelada de tecnologias e muita inspiração. O desenho industrial é sacramentado na sua formação gráfica onde o homem assevera a suas exteriorizações intelectuais, ou simplesmente, suas ideias. “A técnica funcional e a arte se fundem em um único produto para se tornarem referenciais humanos eclodidos de grandes inspirações e desejos e quando este produto ganha alma ele se torna uma obra prima da engenharia ao longo dos tempos ganhando destaque, emoções e valores inestimáveis enquanto o apego flutua em todas as imaginações possíveis e impossíveis.” (grupo 4)
Para Camelier da Silva:
“O belo ligado ao útil, aplicado à forma exterior dos produtos industriais, foi potencializado pela famosa ESCOLA DE ARTES E OFÍCIOS “BAUHAUS”, na Alemanha, ou melhor, República de Weimar, cujo design inovador e ousado iluminou os olhos dos consumidores de então” (Camelier da Silva,§1º, pág. 178)
Destarte a afirmação camelierana aos poucos se percebe que o manto industrial revela a essência de notoriedade do desenho industrial, pois o trabalho, a influência e o legado deixado por esta importante escola de artes ainda nos dias atuais reacende seus efeitos de sentido. Com tamanha acessão e notoriedade sobre o tema, tornou-se evidente o interesse jurídico na definição de determinada obra plástica, porém, tal dicotomia esbarrou-se na antagônica definição:ESCOLA DE ARTES E OFÍCIOS “BAUHAUS”- Alemanha
- O que é obra de arte?
- O que é obra industrial?
 
Camelier da Silva em sua obra exemplifica com maestria o exemplo de um objeto: “a base de um candelabro. Se esta vier a ser adornada artisticamente com toque pessoal de outrem, poderá ser vista como uma escultura. Mas se este mesmo candelabro vier a servir de artefato de iluminação, tenderá a migrar sua concepção para utilitária, industrial, afastando-se por essa razão, da concepção artística. Portanto, neste último caso, receberá a tutela do desenho industrial.” (Camelier da Silva,§4º, pág. 178)
Na análise acima, não se trata, porém, de objeto puramente artístico, pois faz nos concluir conforme Newton Silveira, que “o desenho industrial consiste em criação de forma, dissociada da função técnica”
DESENHO INDUSTRIAL- CONCEITOS TÉCNICOS ESTRUTURAIS
3.1 INTRODUÇÕES AOS CONCEITOS TÉCNICOS ESTRUTURAIS
As características de forma de produtos industriais vinculadas a aspectos estéticos e ornamentais são hoje em dia de extrema importância como atrativos do consumidor. A forma plástica ornamental é muitas vezes o fator determinante da escolha de um produto em detrimento de outro de mesma qualidade e funcionalidade. Em decorrência do valor agregado aos produtos por desenhos distintivos e da vantagem competitiva propiciada por um desenho bem desenvolvido, cada vez mais os fabricantes são incentivados a fazer grandes investimentos para desenvolver desenhos marcantes e diferenciados. Estes investimentos geram a necessidade de formas efetivas de proteção desta propriedade imaterial. No Brasil é possível obter a exclusividade sobre novas formas criadas para produtos, através do registro de desenho industrial (DI). O registro é realizado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI - autarquia federal responsável pela gestão do sistema de direitos de propriedade intelectual para a indústria em suas várias formas. Para obter o máximo aproveitamento da tutela jurídica do desenho industrial é necessário conhecimento sobre a sua estrutura e funcionamento.
3.2 CONCEITO DE DESENHO INDUSTRIAL 
Primeiramente deve-se enfatizar que o conceito de desenho industrial adotado pelos desenhistas industriais é diverso do conceito adotado pela lei 9279/96, lei da propriedade industrial – LPI – que regula os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial no Brasil. Frederico Carlos da Cunha reproduz no começo do volume 1 de sua obra, “A proteção legal do Design” (2000), a definição de desenho industrial do “International Council of Societies of Industrial Design”, que estabelece que se trata de uma atividade criativa voltada para a definição das propriedades formais de objetos produzidos industrialmente, as quais compreendem tanto as características estéticas e ornamentais como as estruturais e funcionais. Isto significa que um desenhista industrial, ao conceber um produto, necessita não somente levar em consideração o visual final da peça, mas também definir como esta vai funcionar, ou seja, quais são as suas partes componentes e como interagem para alcançar a finalidade do produto. Para a Lei da Propriedade Industrial, entretanto, as características funcionais, caso satisfaçam os requisitos próprios determinados pelos artigos 8º a 15º, são protegidas pela concessão de patentes1 . As patentes de invenção protegem soluções técnicas novas para problemas. As patentes de modelo de utilidade protegem novasformas ou disposições que melhoram a funcionalidade de objetos existentes. As características estéticas e ornamentais são protegidas através de registro de desenho industrial, cuja definição é dada no artigo 952 da LPI.
Do citado artigo 95 depreende-se que o registro de desenho industrial pode ser utilizado para proteger tanto a forma tridimensional de objetos (forma plástica ornamental), como formas bidimensionais (conjunto ornamental de linhas e cores). Assim, pode ser registrada a própria forma de um produto industrial ou pode ser registrado um padrão que será aplicado sobre o produto, como texturas, estampas, desenhos, etc.
Um registro de desenho industrial visa proteger as características da forma do objeto que tenham finalidade estética ou ornamental, pois nos dias atuais existe “a necessidade de se adaptar um produto para atender certas tendências mercadológicas, a fim de que nele sejam introduzidos certos elementos de identificação que produzam certo grau de impacto visual, no sentido de induzir sua escolha para o consumo” (CUNHA, 2000, p.29).
3.3 REQUISITOS DE REGISTRABILIDADE 
Os requisitos de registrabilidade de um desenho industrial são expressamente estabelecidos pelo artigo 95 da LPI: novidade, originalidade e aplicação industrial. Para aferir a novidade é necessário comparar o desenho industrial com o estado da técnica. Este conceito, que é idêntico para patentes e para desenhos industriais, é muito bem definido por Tinoco Soares (1997, p.34).
A novidade adotada pela legislação brasileira é a chamada novidade absoluta, isto significa que a existência anterior à data de depósito do pedido de forma igual ou semelhante em qualquer lugar do Mundo é impeditiva ao registro. Dito de outro modo, o estado da técnica é todo o universo de formas adotadas para o produto antes da data de depósito do pedido.
3.4 PROTEÇÃO CONFERIDA PELO REGISTRO
 A lei da propriedade industrial expressamente determina que o direito sobre um desenho industrial registrado é um direito de propriedade. Nas palavras de Tinoco Soares “uma vez conferido o registro de desenho industrial tem, automaticamente, ou seu titular o ius utendi, fruendi et abutendi” (1997, p.109). Deve-se destacar que se aplicam, no que couber aos desenhos industriais, as disposições do artigo 42 da LPI. O desenho industrial validamente registrado confere a seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar produto com o desenho registrado, bem como é assegurado ainda o direito de impedir que terceiros contribuam para que outros pratiquem atos de infração do desenho industrial. Esta última disposição se refere a chamada “infração por contribuição”, que “inclui qualquer ato que, no entender de um juiz, tenha contribuído para a infração [...] seja de forma material, seja de forma subjetiva” (IDS, 2005, p.85). O capítulo de crimes contra o desenho industrial define como crime a fabricação, sem a autorização do titular, de produto que incorpore desenho industrial registrado ou imitação substancial do mesmo. É importante lembrar que o objeto de um registro de desenho industrial é a forma ornamental tridimensional do produto ou padrão ornamental bidimensional aplicado a um produto, não recaindo sobre características funcionais. A contrafação do registro (reprodução não autorizada) pode ocorrer através da reprodução fiel da forma ou padrão protegidos, que pode ser total ou parcial, ou através da imitação substancial. Ocorre imitação substancial quando são reproduzidas as características visuais preponderantes do desenho industrial e feitas alterações em características secundárias ou acessórias para tentar dissimular a cópia.
A Lei não pune apenas a fabricação desautorizada de desenho industrial registrado, mas também as diversas formas de exploração ilícita, que “compreendem os diversos atos de mercancia de produtos que incorporem as características de outros protegidos via registros concedidos pelo INPI, bem assim como imitações substanciais capazes de induzir em erro ou confusão” (IDS, 2005, p.373).
3.5 PROCEDIMENTO DE REGISTRO
 O procedimento de registro de desenho industrial no INPI é bastante simples. O pedido compreende relatório descritivo, reivindicações e desenhos ou fotografias, sendo protocolado através de requerimento próprio, instruído com comprovante de pagamento da retribuição10. O pedido depositado é submetido a exame preliminar11 e se formalmente correto será aceito. Uma vez depositado, o pedido será publicado na Revista de Propriedade Industrial (RPI) e o registro automaticamente concedido
Cabe fazer algumas considerações sobre a grande diferença de tratamento do desenho industrial pelo o antigo Código da Propriedade Industrial (lei 5772/71) e a atual legislação. O CPI de 71 tratava o desenho industrial como patente, o que significava que era submetido ao longo processo de trâmite de um pedido de patente. Este processo compreendia a publicação, busca de anterioridades e exame de mérito, no qual o objeto do pedido era comparado com as anterioridades encontradas para verificar se satisfazia os requisitos legais para ser concedido. Pela sua natureza intrinsicamente efêmera, inerente a características estéticas e ornamentais de um produto, o desenho industrial tem muitas vezes uma vida útil curta. Em consequência, sob a égide do antigo CPI de 71, muitas vezes ao receber a proteção pleiteada já não havia mais interesse de seu titular. Como explicitado acima, a nova LPI adotou sistemática diversa, o pedido de registro não sofre mais exame de mérito, sendo publicado na RPI e simultaneamente concedido. Isto abreviou sobremaneira a duração do processo, fazendo com que um registro seja concedido em poucos meses, porém acarretou novos problemas.
CASO DA APPLE (IPHONE) X SAMSUNG (GALAXY) NOS EUA DECIDIDO PELA CORTE DE APELAÇÕES DO CIRCUITO FEDERAL: PROPRIEDADE INTELECTUAL EM ALTA.
 Introdução 
No dia 18 de maio de 2015 a Corte de Apelações do Circuito Federal dos EUA exarou decisão que confirmou na quase totalidade a decisão prévia da Juíza Lucy Koh no sentido de, resumidamente, reconhecer a infração das patentes e desenhos industriais da Apple pela Samsung, assim como condenar a Samsung ao pagamento de indenização.
As patentes e desenhos industriais estadunidenses reconhecidos como violados são os seguintes: Desenhos Industriais (conhecidos nos EUA como “Design Patents”) números D618,677, D593,087 e D604,305, os quais protegem certos elementos estéticos distintivos incorporados no iPhone, assim como as patentes de invenção números 7,469,381, 7,844,915 e 7,864,163, as quais protegem certas tecnologias de interface de usuário incorporadas no iPhone. Além das patentes e desenhos industriais violados, a Apple alegou também violação do seu trade dress com base na anterioridade do registro de marca estadunidense número 3,470,983 cumulado com a violação do trade dress de certos elementos na configuração do iPhone. Em resumo, esses são os direitos de propriedade intelectual que fundamentam esta ação judicial.
Após a submissão do caso ao Júri (procedimento específico diverso do brasileiro para solução de causas cíveis), a Juíza Lucy Koh reconheceu a violação de todos os direitos de propriedade intelectual da Apple acima mencionados em sintonia com a decisão do Júri, mas limitando os danos inicialmente estipulados em valor superior a um bilhão de dólares estadunidenses àqueles relacionados ao período em que a Samsung efetivamente teve conhecimento da existência das patentes e desenhos industriais da Samsung, devendo ser recalculado o quantum debeatur. Nesse aspecto, similar o direito brasileiro que prevê que a indenização somente pode abranger o período em que o infrator tinha ciência da existência do direito (seja pela publicação oficial do pedido de patente, seja pela notificação formal que informa a violação).
Com efeito, com base na apelação da Samsung, contra-razões da Apple e diversos pareceres de partes interessadas naqualidade de amicus curies, o Colegiado composto pelo Relator Prost e os Juízes de segunda instância O’Malley e Chen, decidiu de forma unânime que: a) confirma a decisão do Júri de violação de todos os desenhos industriais suscitados da Apple; b) confirma a validade das patentes de invenção da Apple e suas violações pela Samsung; c) confirma os danos arbitrados por violação dos desenhos industriais e patentes da Apple; d) reforma a decisão do Júri quanto à existência de proteção do trade dress da Apple, de modo a determinar o recálculo dos danos excluindo os valores relacionados à violação do trade dress.
Em uma síntese apertada, essas são as fundamentações e determinações da Corte de Apelações do Circuito Federal neste caso emblemático e popularmente conhecido.
Análise da decisão
Como o caso envolve desenhos industriais, patentes e trade dress, para melhor compreensão, importante fracionar exemplificativamente os direitos de propriedade intelectual da Apple tidos por violados.
Desenhos industriais violados: Abaixo segue uma das vistas de cada um dos três registros de desenhos industriais registrados nos EUA pela Apple e violados pela Samsung de acordo com a confirmação da Corte de Apelações:
Patentes violadas: Diferentemente dos desenhos industriais acima que protegem exclusivamente aspectos estéticos, as patentes violadas referem-se à tecnologias relacionadas à métodos e sistemas de detecção de movimento, maior interação com usuário e operações com o display, conforme algumas ilustrações abaixo extraídas das três patentes objeto do litígio:
Trade dress: De acordo com a decisão dos Juízes de segunda instância, foi reformada a sentença quanto à violação do trade dress, pois concluíram que o suposto trade dress abrangendo o registro da marca número 3,470,983 e aspectos da configuração do iPhone que não eram registrados da Apple não estariam protegidos e, desta forma, não teriam sofrido diluição. Portanto, abaixo a marca registrada (figurativa, protegendo a classe 09) que, além dos elementos não registrados (como o smartphone retangular com cantos arredondados, uma superfície inteira lisa cobrindo todo o produto, etc) que a Apple alegou fazerem parte do seu trade dress alegadamente violado pela Samsung, fez parte da decisão:
Com esta melhor compreensão dos diversos elementos que compõem o presente caso sob análise (n. 2014-1335, 2015-1029), podemos visualizar e interpretar melhor a decisão final exarada em 18 de maio de 2015, inclusive os seus motivos de rejeição do argumento da Apple de violação do seu suposto trade dress
De fato, a decisão deste caso emblemático na área de smartphones indica uma atribuição de real valor aos direitos de propriedade intelectual de cunho estético e técnico nos EUA que estejam devidamente protegidos, assim como demonstra um maior ônus probatório para o titular de alegado trade dress no sentido de desvincula-lo de sua funcionalidade para que caracterize a proteção e o risco de diluição, conforme trecho abaixo da decisão:
"Assim, é necessário para nós determinar primeiro se a Apple afirmou comércio vestidos, alegando elementos do seu produto iPhone, são não funcionais e, portanto, protegível "
E mais, ultrapassando a questão de violação dos direitos de propriedade intelectual e analisando a decisão do ponto de vista dos danos, estabelece um rigor maior para a indenização por violação de desenhos industriais do que usualmente. Ou seja, determina o cálculo dos danos com base no “lucro total”, conforme trecho abaixo do acórdão:
"Ao recitar que um infrator" será responsável perante o proprietário na medida do [total] do infrator " Lucro ", o Artigo 289 autoriza explicitamente a concessão de lucro total do artigo de Fabricando o projeto patenteado. Vários outros tribunais também concluíram que a 289 autoriza tal concessão de lucro total ". Conclui um Corte estadunidense mais adiante que: "Concordamos com o tribunal distrital que não houve erro legal nas instruções do júri sobre a Design danos à patente. A Samsung não defende a falta de provas substanciais para apoiar a Indemnizações por danos causados pela instrução do júri do tribunal distrital. Afirmamos, portanto, os danos Adjudicado por infracções de patentes de design "
Breves considerações conclusivas
Evidentemente que o acórdão estadunidense ora abordado possui diversos outros aspectos que merecem uma reflexão maior, inclusive de direito comparado, como, por exemplo, o grau de originalidade exigido para ser considerado um “novo desenho”, os limites da proteção marcaria no que tange à caracterização de “propriedade” de trade dress não funcional, o amplo e muitas vezes indefinido escopo de proteção de invenções de métodos, a equalização do direito concorrencial e do consumidor com o direito de propriedade intelectual, entre outros aspectos de extrema relevância na área da propriedade intelectual, de modo que o foco sucinto, descritivo e reflexivo deste texto seria desvirtuado caso assim procedesse.
Em síntese conclusiva, estamos nas últimas décadas presenciando um momento histórico da propriedade intelectual retratado exemplificativamente por este caso: diversos direitos de propriedade intelectual cumulados em um mesmo produto que está incorporado ao dia-a-dia de boa parte das pessoas ao redor do mundo. Propriedade intelectual sem fronteiras, mas com diferentes limites hermenêuticos dependendo do sistema jurídico de cada país ou região, resultando em um complexo (mas nunca “complicado”) desafio para os inovadores no sentido de não apenas criar e preservar legalmente produtos e novas soluções e tecnologias, mas também de assegurar um mínimo de segurança jurídica quanto à não violação de direitos intelectuais preexistentes de terceiros.
3.6 CONCLUSÃO PERTINENTE:
Os desenhos industriais desempenham importante papel na economia industrial da atualidade, aumentando o valor agregado de produtos e constituindo forte fator de atração de consumidores, do que decorre a necessidade de conhecer adequadamente os meios previstos na legislação para proteger este tipo de propriedade intelectual e obter o máximo proveito possível dos dispositivos legais. Se bem manejada, a forma de obtenção de exclusividade prevista pela atual lei da propriedade industrial constitui uma maneira célere e eficaz de proteger o desenho industrial. Isto atende os interesses dos fabricantes e estimula a continuidade de investimentos nesta área. O pedido de registro de um desenho industrial, que satisfaça adequadamente os requisitos de concessão e não se enquadre nas proibições legais, garante um trâmite administrativo rápido e a concessão em um tempo curto. O pedido formalmente correto sobre objeto idôneo evita a ocorrência de exigências por parte do INPI e a negativa de concessão por não observância do artigo 100 da LPI. Mesmo que o desenho industrial não sofra exame de mérito e seja automaticamente concedido, o titular deve analisar cuidadosamente a forma que pretende registrar e verificar se satisfaz os requisitos de novidade, originalidade e aplicação industrial em relação ao estado da técnica. O INPI pode indeferir o pedido por infração ao artigo 100 e, uma vez publicado o registro, este pode ser objeto de um processo de nulidade administrativa instaurado tanto por terceiro interessado, como pelo próprio INPI. Por fim, uma vez concedido o registro, é aconselhável requerer o exame de mérito opcional, nos moldes do artigo 111 da LPI, para que sejam efetivamente analisados os requisitos legais de registrabilidade. Ao assim proceder, o titular do registro fará com que o INPI emita parecer sobre a novidade e originalidade do desenho industrial, obtendo um título apto a fundamentar qualquer demanda judicial contra eventuais contrafatores, seja por reprodução total, parcial ou por imitação.
CASO CONCRETO:
29/03/2010 - 10:40 | Fonte: STJ
Registro de desenho industrial feito por pessoa física não pertence à empresa. A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) referendou decisão do Tribunal de Justiça do Paranáque concluiu que o registro de desenho industrial realizado por pessoa física não se estende à empresa ou sociedade. No caso julgado, a Sier Móveis Ltda. requereu que a Silva e Rosastti Ltda. fosse proibida de copiar, fabricar e comercializar produto cujo desenho industrial fora registrado por seu sócio. 
Sustentou que, como os desenhos industriais foram feitos com recursos, meios e materiais da Sier Móveis, a empresa também tem direitos sobre eles, uma vez que o direito de exploração independe de cessão ou sub-rogação. Alegou, ainda, possuir legitimidade ativa na ação, pois os desenhos são de sua propriedade e de titularidade de seu sócio. 
O tribunal paranaense rejeitou o pedido, ao fundamento de que esses direitos dizem respeito somente ao titular do registro ou ao sub-rogado, e não a terceiros estranhos a essas condições, como é o caso da recorrente. Isso porque, no caso concreto, quem requereu os registros dos produtos no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) foi Ismael Reis, na qualidade de pessoa física, inexistindo qualquer menção de que estaria representando a pessoa jurídica. 
A empresa recorreu ao STJ. Segundo o relator do processo, ministro João Otávio de Noronha, de acordo com o disposto nos artigos 207, 208 e 209 da Lei 9.276/96, o prejudicado que detém legitimidade para ingressar com ação para proteger direitos relativos à propriedade industrial sobre produtos criados é aquele que efetivamente os levou a registro no órgão competente. 
Quanto à alegada violação aos artigos 91 e 92 da Lei 9.279/96, o ministro ressaltou que os dispositivos dirigem-se expressamente à relação empregatícia mantida entre empregado e empregador, não podendo ser feita interpretação extensiva de modo a incluir também o sócio, como pretende a parte recorrente. Processo relacionado: (Resp 833098)
Diferenças entre o Direito Industrial e o Direito Autoral
Propriedade Intelectual ( Fábio Ulhoa)
Os bens sujeitos à tutela jurídica sob a noção de “propriedade industrial”
(isto é, as patentes de invenção, as marcas de produtos ou serviços, o nome empresarial etc.) integram o estabelecimento empresarial.
São, assim, bens imateriais da propriedade do empresário. Há, porém, outros bens da mesma natureza, cuja tutela segue disciplina diversa, a do direito autoral.
A propriedade intelectual, portanto, compreende tanto as invenções e sinais distintivos da empresa, como as obras científicas, artísticas, literárias e outras.
Diferenças entre o Direito Industrial e o Direito Autoral
A proteção liberada ao criador pelo direito industrial diferencia--se da do autoral, em dois aspectos: em primeiro lugar, quanto à origem do direito; em segundo, quanto à extensão da tutela. A exclusividade na exploração do bem imaterial conferida pelo direito industrial decorre de um ato administrativo. O empresário só se considera titular do direito de exclusividade, em relação à marca, após expedido o certificado de registro. Em outros termos, o ato administrativo pelo qual oinventor ou o empresário tem reconhecido o seu direito industrial é de natureza constitutiva, e não declaratória. A consequência imediata da definição é clara: o direito de exclusividade será titularizado por quem pedir a patente ou o registro em primeiro lugar. O que interessa saber é quem foi o primeiro a tomar a iniciativa de se dirigir ao INPI, para reivindicar o direito de sua exploração econômica exclusiva.
Em decorrência da natureza constitutiva do ato de concessão do direito industrial, quem titulariza a patente pode não ter sido necessariamente a primeira pessoa a proceder à correspondente invenção. E mesmo que essa pessoa venha a provar, por documentos confiáveis que sejam, ter sido dela a primeira invenção, não poderá impedir que o titular da patente exerça seu direito de exclusividade, também contra ela. Já em relação aos bens que integram a propriedade autoral, a regra não é esta. O direito de exclusividade do criador de obra científica, artística, literária ou de programa de computador não decorre de algum ato administrativo concessivo, mas da criação mesma. Se alguém compõe uma música, surge do próprio ato de composição o direito de exclusividade de sua exploração econômica. É certo que a legislação de direito autoral prevê o registro dessas obras: o escritor deve levar seu livro à Biblioteca Nacional, o escultor sua peça à Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o arquiteto seu projeto ao CREA e assim por diante (Lei n. 5.988/73, art. 17, mantido em vigor pelo art. 115 da Lei n. 9.610/98). Estes registros, contudo, não têm natureza constitutiva, mas apenas servem à prova da anterioridade da criação, se e quando necessária ao exercício do direito autoral. O autor, portanto, pode reivindicar em juízo o reconhecimento de seu direito de exploração exclusiva da obra, mesmo que não tenha o registro. O inventor, o designer e o empresário não podem reivindicar idêntica tutela, se não exibirem a patente ou o registro. Mesmo o registro de programas de computador, embora feito pelo INPI, não tem natureza constitutiva, porque se cuida de direito de autor. Na verdade, o INPI, neste caso, não desempenha uma função própria, relacionada à tutela da propriedade industrial, mas atua apenas como o órgão designado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que, se, no futuro, entender de passar a incumbência a outra repartição pública, poderá fazê-lo, sem que isto altere a natureza jurídica do ato registrário, que continuará sendo, no caso, meramente declaratório. Ou seja, o INPI, quando patenteia uma invenção ou registra desenho industrial ou marca, pratica ato de natureza constitutiva, fundado no direito industrial; quando, porém, registra um logiciário (software), pratica ato declaratório, relacionado ao direito autoral. Se restar demonstrado, portanto, que uma determinada pessoa foi a primeira a criar uma obra intelectual, artística ou científica, ou um programa de computador, ela será a titular do direito à exploração exclusiva, mesmo que outra pessoa tenha feito, anteriormente, o registro da mesma obra nas entidades mencionadas por lei ou designadas pelo MICT.
Uma das diferenças entre o direito industrial e o autoral está relacionada à natureza do registro do objeto, ou da obra. O do primeiro é constitutivo; o da obra se destina apenas à prova da anterioridade. A segunda diferença entre os dois sistemas protetivos da propriedade intelectual diz respeito à extensão da tutela. O direito industrial protege não apenas a forma exterior do objeto, como a própria ideia inventiva, ao passo que o direito autoral apenas protege a forma exterior. O pedido de patente, diferente de uma invenção já patenteada, está protegido da ideia de que decorre a invenção. Por exemplo: Se alguém apresenta ao INPI um pedido de patente, descrevendo de maneira diferente uma invenção já patenteada, ele não poderá receber o direito industrial que pleiteia. Ao seu turno, no campo do direito autoral, coíbem-se os plágios, ou seja, a apropriação irregular de obra alheia, tal como ela se apresenta externamente. Exemplo
Qualquer um pode publicar um livro, narrando, em primeira pessoa, a história de um homem obcecado pela ideia de que sua mulher foi adúltera, tema introduzido na literatura brasileira por Machado de Assis, em Dom Casmurro. Ora, desde que não reproduza trechos do texto machadiano, este escritor não incorrerá em plágio.
O pintor que retratar as coloridas bandeirolas de papel, usadas nas festas juninas do interior paulista, não estará infringindo os direitos autorais de Volpi (ou seus sucessores), que foi o criador do tema, desde que não reproduza especificamente nenhuma tela ou gravura dele.
A segunda diferença entre o direito industrial e o autoral está relacionada à extensão da tutela jurídica. Enquanto o primeiro protege a própria ideia inventiva, o segundo cuida apenas da forma em que a ideia se exterioriza. 
A propósito desta segunda diferença, vale relembrar que o programa de computador,por ser protegido pelo direito autoral, submete--se ao regime próprio desse gênero de propriedade intelectual. Em decorrência, é possível a qualquer um comercializar logiciários que atendam às mesmas necessidades dos já existentes no mercado, desde que não os reproduzam (o que configuraria plágio.)
Desenho industrial e obra de arte. Situa-se o desenho industrial no limite entre a atividade de criação industrial e a artística. A proximidade entre o desenho industrial e a obra de arte derivam da natureza fútil do ato de criação. Tanto o designer como o artista não contribuem para o aumento das utilidades que o homem pode esperar dos objetos. A contribuição deles é de outro gênero, ligada basicamente aos prazeres de fruição visual: uma contribuição estética, portanto. Não é considerada desenho industrial, contudo, uma obra de caráter exclusivamente artístico, por expressa disposição da lei (LPI, art. 98).
Como visto, a tutela da criação artística é feita pelo direito do autor, e não pelo industrial. É, portanto, uma questão doutrinária relevante, para o direito da propriedade intelectual, a distinção entre o desenho industrial e a obra de arte. Esta discussão não desperta muito o interesse dos artistas e designers, mas a tecnologia jurídica não a pode evitar, uma vez que é essencial para a definição do regime tutelar aplicável. Outrossim, não é demais lembrar que a tecnologia do direito se vale de conceitos operacionais, para fins práticos — solucionar conflitos de interesse.
Não tem, e não pode ter, a pretensão de substituir a reflexão da teoria da arte. Por outro lado, não vale a pena considerar, nesta discussão, toda e qualquer manifestação artística do homem (literatura, teatro, cinema etc.), mas apenas a pintura e a escultura, que são as únicas com as quais o desenho industrial pode eventualmente se confundir. A distinção jurídica entre desenho industrial e obra de arte (escultura ou pintura) está relacionada a algumas das funções que os respectivos objetos têm. Note-se que, embora tanto o design como a manifestação artística revelem o traço comum da futilidade — isto é, não aumentam a utilidade que uma coisa pode ter — há uma diferença essencial entre os objetos revestidos de desenho industrial e aqueles em que a arte se materializa. E esta diferença está ligada à sua natureza utilitária ou simplesmente estética. 
Abstraindo-se a questão das motivações dos artistas, e centrando o foco sobre as do consumidor de arte, pode-se distinguir uma primeira função de qualquer pintura ou escultura, que é a estética. Elas se destinam, por esta perspectiva, a tornar mais bonito o ambiente em que são colocadas. O desejo de embelezar — e o que vem a ser bonito ou feio é questão altamente subjetiva, desinteressante à tecnologia jurídica — é elemento motivador de grande parte das pessoas que consomem arte. Mas, além da estética, as obras de arte cumprem também outras funções. Geralmente, são uma referência à condição social de quem as adquire, um símbolo de prestígio, refinamento ou poder econômico. Quando uma corporação financeira japonesa desembolsa dezenas de milhões de dólares, para arrematar em leilão um Girassóis de Van Gogh, mais do que procurando algo para enfeitar a sala de diretoria, ela está fazendo uma demonstração de força. A mesma, guardadas as proporções, que faz o empresário brasileiro, ao dependurar um Anita Malfatti sobre a lareira de sua sala de estar. A arte tem, assim, uma função (digo) publicitária. Fato é que essas funções são as mesmas que podem ter o desenho industrial. O desenho industrial, em si, é fútil, no sentido de que não amplia as possibilidades de utilização do objeto a que é aplicado; mas o objeto tem necessariamente utilidade. Note-se que, pela perspectiva do empresário que contrata o designer, a função esperada do desenho é a de dotar a mercadoria produzida de um elemento ornamental (nela mesma ou na embalagem) que a individualize, no mercado, em relação aos concorrentes (Schulmann, 1991). 
Para fins jurídicos, a função mercadológica é a decisiva para distinguir os desenhos registráveis dos não registráveis; é, porém, irrelevante para distanciar o design das concepções puramente artísticas. O desenho industrial é diferente da escultura e da pintura (obras de arte) porque o objeto a que se refere tem função utilitária e não apenas estética, decorativa ou de promoção do seu proprietário. Em outros termos, a diferença entre desenho industrial e obra de arte está relacionada à inspiração básica da atividade do designer, desde o seu surgimento no final do século XIX: a articulação entre forma e função. O objeto meramente utilitário — que só proporciona uma certa comodidade, sem possuir forma esteticamente destacada — não ostenta qualquer design. Um jogo de talher comum, destituído de valor estético, que serve apenas para comer, não possui sua forma protegida pelo direito industrial. Do mesmo modo, o objeto de pura forma, sem nenhuma função utilitária (assim, a escultura ou a tela), também não tem sua concepção protegida pelo direito industrial. Na distinção entre desenho industrial e obra de arte, pelo aspecto da articulação entre função e forma do objeto correspondente, há uma exceção a se considerar: as joias. São objetos de utilidade prática nenhuma, mas provêm de atividade criativa tutelada pelo direito industrial. Brincos, colares, anéis e pulseiras, ainda que exclusivos, não são obras de arte, mas resultam de desenhos industriais. Seus criadores são protegidos pelo direito industrial, e não pelo autoral.
DA FALSIFICAÇÃO 
7.1 – LEGISLAÇÃO VIGENTE: DOS CRIMES CONTRA OS DESENHOS INDUSTRIAIS.
OBS: Os artigos 187 à 191 do Código Penal foram revogados pela Lei 9297/96.
Portanto reza na LEI 9279 de 14 de maio de 1996, em seus artigos 187/188:
CAPITULO 5 – DOS CRIMES CONTRA DESENHOS INDUSTRIAIS:
Artigo 187: “Fabricar, sem autorização do titular, produto que incorpore desenho industrial registrado, ou imitação substancial que possa induzir em erro ou confusão”
Pena: detenção de três meses a um ano, ou multa.
Artigo 188: “comete crime contra registro de desenho industrial quem:”
I – exporta, vende, expõe ou oferece à venda, tem em estoque, oculta ou recebe, para utilização com fins econômicos, objeto que incorpore ilicitamente desenho industrial registrado, ou imitação substancial que possa induzir em erro ou confusão; ou
II – importa produto que incorpore desenho industrial registrado no País, ou imitação substancial que possa induzir em erro ou confusão, para os fins previstos no inciso anterior, e que não tenha sido colocado no mercado externo diretamente pelo titular ou com seu consentimento.
Pena: detenção de um a três meses, ou multa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEDIN, ADRIANO M. G. A PROTEÇÃO DO DESENHO INDUSTRIAL NO BRASIL. DISPONÍVEL EM: FILE:///C:/USERS/BB4/DOWNLOADS/918-2553-1-PB.PDF;
CAMELIER DA SILVA, ALBERTO LUÍS DESENHO INDUSTRIAL: ABUSO DE DIREITO NO MERCADO DE REPOSIÇÃO / ALBERTO CAMELIER DA SILVA – SÃO PAULO: SARAIVA, 2014.
WWW.GOOGLE.COM.BR _PARA PESQUISAS DE IMAGENS.
HTTP://WWW.MIGALHAS.COM.BR/DEPESO/16,MI166009,71043-DESENHO+INDUSTRIAL+E+TRADE+DRESS+APOS+O+CASO+APPLE+VS+SAMSUNG
LEI 9279 – 14 DE MAIO DE 1996 – REGULA DIREITOS E OBRIGAÇÕES RELATIVOS À PROPRIEDADE INDUSTRIAL.
VADE MECUM 2015 – RIDEEL, 20ª EDIÇÃO.

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