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Doenças de Plantas Causadas por Bactérias

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
AGRONOMIA
DOENÇAS DE PLANTAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
RECIFE,
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
AGRONOMIA
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA GERAL A
TURMA: SA3
RODRIGO MONTERAZZO CYSNEIROS COÊLHO
DOENÇAS DE PLANTAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
RECIFE,
2015
Doença: Raquitismo da Soqueira da Cana-de-açúcar
Agente causal: Leifsonia xyli subsp. xyli.
Características da doença:
Sintomas: crescimento irregular e retardado, subdesenvolvimento e encurtamento dos colmos, baixo perfilhamento. Em condições extremas pode apresentar aspecto de murcha, necrose nas pontas e bordas das folhas.
	Pontuações ou vírgulas avermelhadas no nó da cana-de-açúcar, também são um dos sintomas, porém esse mesmo sintoma pode ocorrer em outras doenças como: escaldadura das folhas e gomose.
Condições ambientais favoráveis: È encontrada na maioria das áreas cultivadas com cana-de-açúcar no mundo. Inicialmente encontrada na Austrália e hoje em mais de sessenta países incluindo o Brasil.
	A idade da touceira, a seca, outras doenças ocorrendo simultaneamente, excesso ou falta de nutrientes e compactação do solo.
Controle: Primeiramente fazer a desinfestação dos objetos de corte para evitar a disseminação para as plantas saudáveis. É recomendado o tratamento térmico das gemas que serão plantadas, deixando-as por duas horas a 50°C. O principal método de controle é através da resistência varietal (variedades que resistam a doença).
Característica da Bactéria
	São corinebactérias, ou seja, são gram-positivos, aeróbicas, pleomórficos e fastidiosos. São baciliformes e medem de 0,25-05µm por 1-4µm, têm forma reta ou levemente encurvada e, ocasionalmente, inchada no meio ou na ponta.
	As colônias apresentam pigmentação amarelada e seu diâmetro varia de 0,1 a 0,3 mm em meio de cultura.
	A disseminação dar-se através de toletes (nós) contaminados e/ou instrumentos de corte que ao serem usados em plantas contaminadas, contaminarão as plantas sadias caso não sejam desinfestados. Não há relatos de sua transmissão por sementes. Outra forma de disseminação é o plantio de material infectado. A Leifsonia xyli subsp. xyli pode permanecer viável por mais de três meses em restos de cultura, o que é considerado um longo período. Devido a isso o período mínimo para o replantio seria de seis meses.
Doença: Clorose Variegada dos Citros (CVC).
Agente causal: Xylella fastidiosa
Características da Doença:
Sintomas: Atinge todas as categorias comerciais de citros. É restrita ao xilema da planta, obstruindo os vasos condutores de água e nutrientes, desde a raiz até a copa da planta. Isso pode causar o amarelamento das plantas, o que, no passado, era confundido com seca. No pomar infectado os frutos ficam duros, pequenos e sofrem um amadurecimento precoce. 
 
Condições Ambientais Favoráveis: 
Controle: O manejo da doença é o principal meio de controle, as estratégias utilizadas são: plantio de mudas sadias, de preferência cultivadas em estufa; poda dos ramos com sintomas iniciais, geralmente os mais altos, para evitar; controle das cigarrinhas, inseto que ataca a cultura e ao se alimentarem dos vasos do xilema das plantas infectadas e posteriormente infectam as plantas sadias.
Características da Bactéria:
	São bactérias gram-negativas, fastidiosas, sem flagelo, aeróbia restrita, em forma de bastonetes retos e ligeiramente encurvados. Suas dimensões variam de 1,0 a 4,0 µm de comprimento e 0,2 a 0,4 µm de diâmetro. Desenvolvem-se melhor em temperaturas em torno de 26° a 28°C, pH entre 6,5 e 6,9 e meio de cultivo líquido e sob agitação. As colônias, que são avermelhadas, ficam alojadas no xilema das plantas, bloqueando o fluxo de águas e nutrientes.
	A Xylella fastidiosa coloniza espécies de mais de 28 famílias botânicas, soma-se a isso o grande número de insetos vetores e a falta de conhecimento de agricultores do setor citrícola, que plantam e comercializam mudas contaminadas, tem-se a causa da disseminação e sobrevivência da espécie.

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