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Resumo do Livro 1 - Orientação e Prática de Projetos de Ensino Fundamental

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Resumo sobre a Orientação e Prática
de Projetos de Ensino
Fundamental 
Édy carlos MONTEIRO
PEDAGOGIA – Unip
Livro 1
ESTÁGIO E DOCÊNCIA
O cotidiano escolar oferece diversas oportunidades formativas. Desta feita, pode‑se dizer que
o estágio tem como objetivo levar os alunos do curso de Pedagogia a uma reflexão, partindo de uma leitura do real. O estagiário, que é um profissional em formação, ao observar a realidade, poderá confrontar as observações registradas com os conhecimentos teóricos adquiridos e ainda discuti‑los com seus orientadores, colegas de curso, com os tutores de todas as disciplinas.
Entendemos que as disciplinas têm fundamentos teóricos que devem se articular à prática. Em
outras palavras, caracteriza‑se por um momento rico onde se aprende a pensar sobre a ação, onde teoria e prática tornam‑se aliadas. 
ESTÁGIO E DOCÊNCIA
De acordo com Pimenta (2002), é indiscutível a importância da reflexão no exercício da docência para a valorização da profissão docente, dos conhecimentos dos professores e do trabalho coletivo deles e das próprias escolas enquanto espaço de formação. 
Nesse sentido, a reflexão do futuro professor não pode ser uma ação individual, exclusiva e restrita, ela precisa ser problematizada com suportes teóricos, com discussões em grupos e levar em consideração outros desdobramentos e possibilidades que influenciam a prática docente, tais como a estrutura da escola, as condições de trabalho, as políticas de formação docente, as jornadas dos professores, entre outros. 
ESTÁGIO E DOCÊNCIA
Para tanto, lembramos que além da observação e acompanhamento das atividades docentes há os documentos da instituição, que devem ser lidos e discutidos pelos estagiários durante o período de permanência na escola, tais como: o Plano Escolar, o Projeto Político‑Pedagógico, a Organização Curricular, os Planos de Aula, os Planos de Utilização dos Recursos Financeiros e os Registros das Discussões dos Horários Coletivos, que muito contribuirão para um entendimento do processo educativo como um todo. Eles são a história, a memória e a vida da escola.
As observações e experiências do estagiário nas instituições devem ser registradas, o que podemos chamar de registro da prática observada, o registro das atividades que serão acompanhadas e que num primeiro momento representam a narração dos fatos e a descrição dos acontecimentos a partir das observações feitas. 
Mais à frente, distanciados da situação vivenciada, espera‑se que esses registros se transformem em reflexões contextualizadas à luz dos conhecimentos adquiridos e das discussões realizadas nas oficinas, nos seminários das práticas na universidade ou nos fóruns de discussão. 
Modalidades de estágios
a) Aprendizagem pela observação e imitação
Os alunos também aprendem com seus professores, observando‑os e imitando‑os. Podemos dizer que bons modelos são inspiradores. 
Conforme visto em Pimenta e Lima (2010, p. 35), a aprendizagem pela imitação tem sido chamada por alguns autores de artesanal, pois é caracterizada por um modo tradicional da atuação docente, tendo como fundamento considerar a realidade do ensino imutável e a também realidade da escola. Neste sentido, os modelos são consagrados, considerados eficientes e reproduzidos. 
A prática de aprendizagem pela imitação e observação é limitada se não for acompanhada de uma recriação e reflexão. Em outras palavras, o estágio que tem por objetivo tão somente a observação ea imitação irá formar um professor incapaz de refletir e pensar sobre sua prática de uma forma mais crítica e fundamentada teoricamente. Esse é um modelo ainda forte e presente nas práticas de estágio, o qual gera professores transmissores de conhecimento, e resume a função do professor a ensinar. Com isso, mantém‑se uma concepção tradicional do ensino onde a atividade docente se restringe a um modelo pronto (Pimenta e Lima, 2010). 
Modalidades de estágios
Piaget
A proposta construtivista de educação tem nos estudos de Jean Piaget uma grande inspiração. Para Piaget a criança é um sujeito ativo e participante do processo de aprendizagem. Seus estudos mostram que a inteligência cumpre uma função adaptativa na medida em que permite tirar informações do meio, organizá‑las e compreendê‑las. 
Conhecer é uma assimilação de um elemento exterior e depende das estruturas cognitivas que a criança possui. Sempre que estivermos em contato com algo novo mobilizaremos nossas estruturas cognitivas.
Contudo, ao ser lido e interpretado, Piaget sofreu críticas no sentido de que seus estudos estimulavam uma proposta muito solta, admitindo uma liberdade descontrolada em sala de aula ou uma aula baseada somente na espontaneidade. Na realidade, para a construção do conhecimento há uma adequação da liberdade com a mediação do professor, que é um facilitador de experiências e proporciona uma aprendizagem significativa, mais autônoma na criança. 
Dessa forma, o conhecimento obtido através da participação ativa do aluno é mais estimulante, tornando a informação efetivamente compreendida pelo aluno e não somente armazenada e destituída de contexto. Ensina‑se o aluno a interpretar, de modo que, diante de novas situações, poderá fazer uso desse raciocínio e tornar‑se um sujeito apto a analisar questões culturais e sociais, formando‑se, em última análise, um cidadão. 
 
Modalidades de estágios
Vygostsky
Os estudos de Vygostsky se fundamentam na importância das relações sociais do aluno com o seu meio histórico. Busca‑se formar um aluno cidadão e criar responsabilidade social nas crianças desde pequenas. Em Vygostsky a interação social não é apenas facilitadora, mas a forma de promover o aprendizado. Para ele, a fonte de
aprendizagem está justamente na interação com o meio. 
As relações sociais constituem uma aprendizagem em si mesma, por promover a construção de sistemas simbólicos, compreendidas como a linguagem propriamente dita, como também os sinais, a memorização, o pensamento abstrato, o comportamento, entre outros. Defende o diálogo como a fonte da interação social apta a gerar o aprendizado. 
Ao interar‑se com a sociedade, o aluno apropria‑se de significados. Nesse ciclo, o conhecimento é construído a partir da compreensão e internalização dos conceitos aprendidos através da troca e diálogo obtido pela interação social. 
Outra contribuição é ter abordado a questão do desenvolvimento, considerando dois níveis de desenvolvimento, o real e o proximal. Em termos de aprendizagem o real é aquilo que a criança já sabe fazer e o potencial é aquilo que a criança faz dependendo de ajuda, o proximal é a distancia entre os dois. Nesse sentido, cabe ao professor observar e intervir no desenvolvimento de seu aluno, trabalhando na zona de desenvolvimento proximal, estimulando para atingir avanços que não aconteceriam sozinhos. 
Modalidades de estágios
b) Aprendizagem pelo uso de técnicas
Outra modalidade de estágio bastante frequente é o da aprendizagem de técnicas, ou seja, a instrumentalização de técnicas para executar determinadas ações. Não descartamos a importância de se conhecer possibilidades e formas de favorecimento da aprendizagem, contudo, a formação do futuro professor não pode se reduzir ao emprego da prática pela prática ou da técnica em si.
Essa é outra postura que divide teoria e prática, reforçando a ilusão de que “na prática a teoria é outra”. 
A atividade de estágio nessa visão se resume ao “como fazer”, ao desenvolvimento de habilidades para controlar a classe, ao preenchimento de planilhas e fchas de observação, técnicas de atuação, ao repasse de atividades elaboradas por técnicos. O domínio de determinadas habilidades que contribuam para o processo educativo é necessário, mas o mais importante é que o futuro professor possa saber lançar mão dessas técnicas nas diferentes situações de ensino que vier a enfrentar. A técnica não pode ser um modelo pronto como uma “receita” para resolver as dificuldades da profissão e do ensino. 
Teoria e prática no cenário escolar 
Conforme Pimenta
(2010) esclarece, dissociar teoria da prática gera um empobrecimento das práticas nas escolas, o que aponta a necessidade de se entender que a profissão de educador é uma prática social, uma ação docente, uma forma de se intervir na realidade social por meio da educação. 
Segundo a autora, é uma atividade que ocorre essencialmente, mas não apenas na escola, e é ao mesmo tempo prática e ação.
Por prática entendem‑se as formas de educar institucionalizadas (métodos e conteúdos), e por ação refere‑se aos sujeitos envolvidos (modos de ser de seus sujeitos, suas escolhas, suas concepções).
Em outras palavras, há uma imbricação, como explica a autora, entre os sujeitos e as instituições na medida em que os sujeitos realizam suas ações nas instituições, que são por elas determinadas e nelas se determinam. Uma vez que a prática educativa nas instituições escolares é um traço cultural, os estágios de formação permitem que os professores em formação inicial entendam a complexidade das práticas e as ações educativas como um exercício do seu preparo profissional, como saberes nascidos e aprendidos a partir da interlocução prática e ação (PIMENTA e LIMA, 2010). 
Teoria e prática no cenário escolar 
O conhecimento, segundo Sacristán (1999) apud Pimenta e Lima (2010), não é formado somente pela experiência concreta do professor, mas alimentado pelas teorias de educação. 
Estas, em última análise, dotam os professores de saberes propositivos que se articulam aos saberes da ação dos docentes e das instituições num movimento de ressignificação e reelaboração. 
Para as autoras, a proposta se inicia com a observação da realidade, sua análise e a confrontação da realidade com os fundamentos teóricos e ainda a inclusão de outros olhares de outros campos de conhecimento. 
O professor
É um profissional humano que contribuí para o desenvolvimento pessoal e intersubjetivo do aluno, sendo um facilitador de seu acesso ao conhecimento, é um ser de cultura que domina sua área de especialidade
científica e pedagógico‑educacional e seus aportes para compreender o mundo; um analista crítico da sociedade, que nela intervém com uma atividade profissional; um membro de uma comunidade científica, que produz conhecimento sobre sua área e sobre a sociedade.
Para Madalena Freire (2010), um dos pilares centrais na formação de um professor é o desenvolvimento
da sua capacidade de reflexão. Esse exercício pode ser motivado pelo resgate da sua identidade. A autora
sugere que o professor pode iniciar a sua “realfabetização” pelo registro da sua própria história, ao
reavivar suas lembranças, sentimentos e vivências, e com isso poderá recriar e refazer suas experiências,
associando‑as aos contextos sociais, pessoais e profissionais do momento. 
O registro do professor
A observação, o registro e a reflexão tornam o professor escritor de sua prática, intelectual da educação, alguém que pode se reconhecer como um sujeito capaz de intervir e transformar a realidade em que atua, buscando, pesquisando, se educando. É uma tarefa difícil, mas talvez seja a resposta para construirmos uma educação transformadora, ao tornar a reflexão uma possibilidade de se fazer ciência, ciência da educação (FREIRE, 2010).
Neste momento, você, futuro professor, na condição de estagiário, está fazendo uma análise crítica da escola, à luz dos conhecimentos disciplinares e para tanto, nessa articulação demonstra‑se capaz de apontar algumas transformações necessárias ao trabalho docente. Para realizar tal tarefa, está fazendo uso do seu caderno de registro, dos apontamentos de suas aulas, do conhecimento dos autores estudados, de uma observação cuidadosa e crítica. Essa habilidade para estabelecer relações entre o conhecimento, o reconhecimento das teorias presentes nas práticas pedagógicas será uma postura que deverá adotar ao longo de sua vida profissional, tal qual observamos nos registros dos educadores na prática docente. O registro como prática reflexiva, e mais do que isso, a busca de novas possibilidades de intervenção na realidade a partir das exigências que se fizerem presentes são exigências de um professor comprometido com uma educação de qualidade. 
O registro e os relatórios dos estágios
1. Roteiro do estágio
a)Observação e registro
b)Participação
c) Registro
2. Registro do estágio
3. Reflexão e socialização da vivência de estágio 
Concepções do desenvolvimento humano
Concepções do desenvolvimento humano
Concepções do desenvolvimento humano
Questão 1
(Enade 2008, Questão 13) A dicotomia entre professores e especialistas marcou, ao longo da história, as discussões sobre a identidade do pedagogo. A partir dos anos 1990, uma determinada perspectiva sobre essa identidade foi fortalecida. Ela está nas Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Pedagogia/Licenciatura, promulgadas em 2006.
Qual destas afirmações expressa essa concepção?
A) A docência é a base identitária do pedagogo, além da gestão escolar, de sistemas e de programas não escolares.
B) A identidade do pedagogo se afirma por sua condição de especialista.
C) O planejamento e a avaliação dos sistemas educacionais cabem aos administradores e a gestão escolar, aos pedagogos.
D)A investigação educacional é tarefa das universidades e sua aplicação é papel dos pedagogos.
E) O pedagogo deve optar entre dedicar‑se à docência das séries iniciais ou à gestão educacional.
Resposta correta: alternativa A.
Questão 1
Justificativa: a docência é o fulcro de articulação dos diversos conhecimentos, aportes teóricos da Pedagogia e das Ciências da Educação, como se pode depreender nos primeiros artigos da Resolução para as Diretrizes Curriculares de Graduação em Pedagogia, conforme segue.
Art. 4º. O curso de Licenciatura em Pedagogia destina‑se à formação de profissionais para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos Cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação profissional, na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. 
As atividades docentes também compreendem participação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino.
Questão 2
(Enade 2005, Questão 9) A primeira iniciativa, no Brasil, de formar o professor primário em nível universitário se deu com a Escola de Educação da Universidade do Distrito Federal, em 1935. Liderada pelo intelectual Anísio Teixeira, esta iniciativa contribuiu na configuração do perfil e da carreira do educador, com a definição de um espaço de atuação profissional precisamente identificado. Contudo, para que esta formação docente obtivesse resultados positivos, era preciso:
A) Conceber a atividade educativa somente como prática ascética.
B) Preparar o professor para assumir funções técnicas e administrativas.
C) Definir a educação como arte prática e instrumento de análise das Ciências Sociais. 
D) Construir conhecimentos educacionais independentes das demais Ciências Humanas.
E) Dispensar o exercício científico na ação educativa a partir da perspectiva da organização da escola. 
C) Alternativa correta.
Justificativa: para Anísio Teixeira, a formação docente deveria ter como meta a cultura nacional. Isso só seria possível na universidade com a produção de
conhecimento que partisse da atenção aos problemas de ordem social, buscando as soluções na formação educacional dos sujeitos e estimulando a
produção de pesquisa e ciência, fazendo com que os indivíduos ampliassem e transmitissem o saber à sociedade, daí a necessidade da abordagem
educacional pelas Ciências Sociais.
ATIVIDADE TELEAULA I
Pergunta 1 
É preciso recuperar a escola como instituição social formadora e transformadora, comprometida com o desenvolvimento de um aluno cidadão. Para tanto, é indispensável a figura do:
c. Professor, na construção de conhecimentos e fundamentos.
Para legitimar nossas ações, é preciso recuperar a escola como instituição social formadora e transformadora, o papel do professor
como profissional indispensável à educação e apropriar se de conhecimentos e fundamentos que possam se transformar em força motriz para as mudanças.
ATIVIDADE TELEAULA I
Pergunta 2
Dentre as concepções apresentadas de desenvolvimento humano, qual melhor se encaixa com a visão de currículo indicada pelas DCNEB?
d. Construtivista-interacionista.
A concepção interacionista leva em consideração os aspectos biológicos e ambientais para o desenvolvimento humano, no entanto, os fatores biológicos permitem à criança agir sobre o mundo, que também a influencia na construção de suas características biológicas. É na interação com o mundo e especialmente com as pessoas que a criança construirá seu modo de agir, pensar e se tornar sujeito.
ATIVIDADE TELEAULA I
Pergunta 3
Escolha a alternativa que se reporta ao estágio fundamentado na prática da observação, registro, reflexão e pesquisa:
c.  Aprendizagem como prática investigativa.
Pergunta 4
O principal objetivo do estágio é:
d.  Articular teoria e prática, constituindo um campo de conhecimento.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 1
Em relação aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), julgue os itens como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção correta.
I. O objetivo dos PCNs é propiciar subsídios à elaboração e reelaboração do currículo, tendo em vista um projeto pedagógico em função da cidadania do aluno e uma escola em que se aprende mais e melhor.
II. Os PCNs expressam o empenho em criar novos laços entre ensino e sociedade e apresentar ideias “do que se quer ensinar” e “para que se quer ensinar”.
III. Os PCNs são uma coleção de disposições do MEC para uniformização das práticas de sala de aula de todo o país.
IV. A função dos PCNs é impor os conteúdos mínimos a serem abordados no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual.
c. V, V, F, F
Alternativa: C 
Comentário: os Parâmetros Curriculares Nacionais nascem da necessidade de se construir uma referência curricular nacional para o Ensino Fundamental, que possa ser traduzida em propostas regionais nos diferentes estados e municípios brasileiros, em projetos educativos nas escolas e nas salas de aula e que possa garantir a todo aluno de qualquer região do país, do interior ou do litoral, de uma grande cidade ou da zona rural, o direito de ter acesso aos conhecimentos indispensáveis para a construção de sua cidadania.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 2
Estágio é para se observar como os alunos são, para avaliar a nossa capacidade de observar a sala de aula e transformar essa observação em relatório. 
Questionamentos como esse e outros do tipo são comuns e apontados por estagiários que já estão participando de um estágio nas escolas públicas e/ou privadas de suas cidades. A expectativa e a dúvida provocam um misto de insegurança e medo entre os futuros professores. Nesse sentido, os estágios supervisionados são uma boa oportunidade para:   
I- Ficar no fundo da classe, anotando e observando tudo que acontece só para elaborar o relatório final. 
II- Estimular a elaboração de propostas de intervenção ou mesmo a elaboração de projetos de pesquisa durante e/ou após esse momento. 
III- Auxiliar o professor da classe na correção de pilhas de cadernos e contribuir na produção e na confecção de materiais. 
IV- Apresentar uma aula sob o olhar crítico, avaliativo e rigoroso do professor da classe. 
V- Articular os conhecimentos adquiridos ao longo do curso com as vivências durante o estágio e ainda discutir com os professores supervisores dos estágios sobre as dúvidas e observações feitas.   
A alternativa correta é:
d. II e V
Comentário: a formação inicial é o ponto de partida na construção de saberes necessários à atuação profissional e na constituição de um professor crítico e reflexivo. Dessa feita, os estágios, como possibilidade de reflexão e pesquisa, devem oferecer uma ampliação para o acadêmico melhor compreender a realidade observada nas escolas, e a partir dessas vivências espera-se estimulá-los para a elaboração de propostas de intervenção ou mesmo na elaboração de projetos de pesquisa durante e após esse momento. Executar atividades que desviam o futuro professor da observação ou ainda solicitar a realização de tarefas repetitivas pouco contribuirão para a formação de um professor reflexivo e autor.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 3
Leia a poesia e, em seguida, reflita sobre a questão apresentada:
 
“É bom ser criança 
É bom ser criança, 
Isso às vezes nos convém. 
Nós temos direitos 
Que gente grande não tem. 
Só brincar, brincar, brincar, 
Sem pensar no boletim 
Bem que isso podia nunca mais ter fim.” 
(Toquinho)
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 3
Podemos dizer que as concepções de criança: 
I- São construções históricas. 
II- Fundamentam-se na tarefa de educar como uma responsabilidade da família. 
III- No entendimento que criança tem o direito de viver a especificidade da infância. 
IV- No entendimento que a criança de hoje é viva, falante, sabe se colocar, tem opinião. 
V- No entendimento que a criança de hoje é ativa, tem opinião, no entanto, está muito difícil educá-la.
Pensando na poesia de Toquinho e nos estudos realizados, o professor precisa entender o que é ser criança, hoje, para ter uma prática condizente com as mudanças necessárias para este século XXI. 
Nesse sentido, escolha os itens que definem uma concepção de criança para os tempos atuais:
a. I, III e IV.
Comentário: o primeiro direito da infância é o de viver a especificidade desses tempos de vida, viver seu tempo humano. A concepção de criança é uma noção histórica que foi se modificando ao longo do tempo. Família e escola têm uma função compartilhada. A criança do século XXI não é a mesma, ela adquiriu direitos. Pensar criticamente algumas concepções que fundamentam a prática pedagógica é entender e saber colocar em prática o que é ser criança, seus direitos. A criança de hoje mudou, tem voz e sabe se colocar. Seja o professor da Educação Infantil ou do Ensino Fundamental é preciso considerar que em ambos os casos precisamos do profissional que conheça a criança, as fases de seu desenvolvimento, suas necessidades e potencialidades, um profissional da educação.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 4
Mariana está fazendo estágio em uma escola pública de Ensino Fundamental próximo à sua residência. Ela já conhecia a fama dessa instituição, pois no bairro todos se reportam a mesma como uma escola de qualidade. E isso se confirmou logo que ela apresentou a carta de apresentação de estágio. Após atender as formalidades, ela pôde conhecer a equipe gestora, as suas dependências e organizou junto a coordenadora pedagógica os dias e horários que faria a observação e acompanhamento das turmas. As atividades foram momentos de encontros reflexivos, envolvendo até os docentes nos horários coletivos. A direção criou oportunidade para ela conhecer toda a documentação pedagógica da escola a fim de subsidiar suas atividades acadêmicas. 
Esse tipo de estágio que favorece a integração do acadêmico a uma prática real chama-se:
d. Aprendizagem através de uma prática investigativa.
Comentário: as autoras explicam que o movimento de valorização dos estágios como prática investigativa tem suas origens no Brasil a partir dos anos 1990, compreendendo o estágio como uma investigação das práticas pedagógicas nas escolas. Essa proposta vai além da instrumentalização técnica, na medida em que se assume que a observação está acompanhada de pesquisa. O profissional deve atuar refletindo durante a ação, vivenciando as situações e construindo a partir delas formas de agir e novos modos de enfrentá-las.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 5
Não existe uma educação neutra. No ensino, qualquer atuação veicula alguns ideais de pessoa e de sociedade. Muitos são os autores que defendem
que é preciso entender quais são os princípios que alicerçam o ensino. Dessa feita é imprescindível:
b. A explicitação coletiva e democrática dos modelos que estão sendo promovidos na escola através das diferentes práticas educativas, a reflexão sobre os valores que transmitem e sua revisão a partir da tomada de posição da equipe sobre os modelos de sociedade e de pessoa que se pretende alcançar.
Comentário: o educador está envolvido em um ato político, em um empreendimento que necessariamente passa por uma interação dialética entre a escola e a sociedade, na construção de propostas que apontem mudanças transformadoras. Não basta constatar, é preciso ir além, ou seja, exercer a difícil tarefa de intervir na realidade. Como já dissemos, isso não se faz sozinho, mas também não se faz sem uma postura politizada, que é o se espera de um educador, um intelectual transformador e consciente de sua ação.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 6
O curso de Pedagogia, além de propiciar a instrumentação pedagógica específica para a docência, precisa favorecer a necessária formação teórica do pedagogo. A amplitude dessa formação aponta para outro questionamento que emerge deste estudo. Que concepção conduzirá o curso de Pedagogia, hoje, diante de tamanha abrangência? O curso de Pedagogia, ao formar o professor, não pode abster-se de formar o pedagogo. 
Tendo em vista as reflexões propostas e os indicadores da Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006, um dos eixos da formação do pedagogo é:
d. Teoria e prática articulando-se em um diálogo entre o conhecimento acadêmico e a situação da realidade na produção do conhecimento.
Comentário: o professor é um profissional que se confronta com situações singulares no seu cotidiano e para superá-las precisa articular conhecimentos teóricos e científicos sobre a prática, com vistas a intervir em toda a sua totalidade através da pesquisa e do trabalho coletivo.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 7
O estudante de Pedagogia trabalhará com um repertório de informações e habilidades composto por pluralidade de conhecimentos teóricos e práticos, cuja consolidação será proporcionada no exercício da profissão, fundamentando-se em princípios de interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética e sensibilidade afetiva e estética”. (Resolução CNE/CP nº 01/ 2006, Art. 3º). 
De acordo com essas orientações, deverá ser central na formação do licenciado em Pedagogia: 
I- O conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para e na cidadania. 
II- O espaço de criação e a formação específica no campo da psicologia. 
III- A organização social vigente e conhecimento dos anseios da população carente. 
IV- A pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional. 
V- A participação na gestão de processos educativos e na organização e no funcionamento de sistemas e instituições de ensino.  
Assinale a alternativa correta.
c. Somente as afirmativas I, IV e V são corretas
Comentário: para a formação do licenciado em Pedagogia é central: o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para e na cidadania; a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional; a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino (Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006 no seu artigo 3º).
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 8
Para Madalena Freire (2010), alfabetizar o educador significa torná-lo:   
I- Escritor de sua prática pelo registro da sua própria história, ao reavivar suas lembranças, sentimentos e vivências. 
II- Um estudioso da prática, que nada mais é senão um estudo das vivências do cotidiano, desarticulado da teoria. 
III- Um decifrador da prática pedagógica, exercitando sua capacidade de entender o que está por trás daquilo que está vendo, fundamentando e registrando. 
A alternativa correta é:
e. I e III.
Comentário: a autora sugere que o professor pode iniciar a sua “realfabetização” pelo registro da sua própria história, ao reavivar suas lembranças, sentimentos e vivências e, com isso, poderá recriar e refazer suas experiências, associando-as aos contextos sociais, pessoais e profissionais do momento. Ela explica que essa proposta de alfabetizar o educador significa torná-lo um leitor da prática pedagógica, exercitando sua capacidade de entender o que está por trás daquilo que está vendo. O professor torna-se um decifrador do mundo, dando significados ao que ouve e ao que vê, ao registrar e tomar seu registro como um exercício de estudo teórico e prático, em um processo contínuo e reflexivo do seu cotidiano.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 9
Para Madalena Freire (2010), um dos pilares centrais na formação de um professor é o desenvolvimento de sua capacidade de:
b. Reflexão.
Comentário: para Madalena Freire (2010), um dos pilares centrais na formação de um professor é o desenvolvimento da sua capacidade de reflexão.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 10
Uma estudante do curso de Pedagogia observa durante o estágio um grupo de crianças do terceiro ano durante uma atividade de construção de um texto coletivo. Ela observou que eles estavam em fases da escrita diferentes, mas a interação era facilitadora na constituição da aprendizagem. O diálogo entre eles no confronto das hipóteses estimulava-os à reflexão. No seu caderno de registro de acompanhamento e observação, ela se lembrou de pesquisar mais sobre.............., teórico interacionista que poderia contribui na fundamentação de suas reflexões. 
O nome desse teórico é:
c. Vygotsky.
Comentário: os estudos de Vygotsky se fundamentam na importância das relações sociais do aluno com o seu meio histórico. A interação social não é apenas facilitadora, mas a forma de promover o aprendizado. Para ele, a fonte de aprendizagem está justamente na interação com o meio. As relações sociais constituem uma aprendizagem em si mesma, por promover a construção de sistemas simbólicos, compreendidas como a linguagem propriamente dita, como também os sinais, a memorização, o pensamento abstrato, o comportamento, entre outros.

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