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Subfilo Chelicerata

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Subfilo 
Chelicerata
Universidade Federal de Mato Grosso/CUR
Instituto de Ciências Exatas e Naturais
Curso: Ciências Biológicas
Disciplina: Zoologia dos Invertebrados II
Professora: Luiza Silva Graner
→ De origem marinha e 
bentônica, os quelicerados 
foram os primeiros animais a, 
efetivamente, conquistar o 
ambiente terrestre; 
→ Seu sucesso evolutivo está 
ligado ao hábito predatório.
 Classe Merostomta:
 Subclasse Eurypterida: euriptéridos – escorpiões-
marinhos (extintos);
 Subclasse Xiphosurida: límulos;
 Classe Pycnogonida: aranhas-do-mar (picnogônides);
 Classe Arachnida: aranhas, escorpiões, ácaros, 
carrapatos, opiliões, pseudoescorpiões e escorpiões 
vinagre.
Subfilo Chelicerata
Filogenia
euriptérido
Características gerais
 70.000 espécies;
 Aquáticos e terrestres;
 Carnívoros, herbívoros e parasitas;
 Exoesqueleto quitinoso;
 Corpo dividido em prossoma
(cefalotórax) e opistossoma (abdome);
 Ausência de antenas, mandíbulas e 
olhos compostos (exceção límulos);
 Apêndices (unirremes e 
multiarticulados):
 Um par de quelíceras (alimentação) –
característica do grupo;
 Um par de pedipalpos (modificados 
para executar funções diversas –
defesa, alimentação, locomoção e 
cópula);
 Quatro pares de pernas;
 Pernas ovígeras nas aranhas-do-mar.
Classe Pycnogonida
 São geralmente denominados 
“aranhas-do-mar” por causa de sua 
semelhança superficial com as 
verdadeiras aranhas terrestres; 
 Aproximadamente 1.000 espécies;
 Marinhos, vivem em todos os oceanos, 
desde a zona litoral até a zona abissal, 
tanto nas águas polares como na 
região tropical;
 São encontrados em maiores números 
de espécies e de indivíduos nas 
macroalgas, pedras e conchas 
revestidas de organismos sésseis, 
como hidrozoários, e em outras 
comunidades incrustantes. 
Morfologia externa
 São animais geralmente pequenos 
(1 a 10 mm), mas algumas 
espécies polares e de águas 
profundas podem ter uma 
envergadura de 40 a 75 cm;
 Corpo profundamente modificado, 
com tagmas não reconhecíveis:
 Região anterior:
 Probóscide;
 Tubérculo com 4 olhos medianos 
simples;
 Apêndices pares na forma de 
quelíforos, palpos e pernas 
ovígeras;
 Região posterior:
 4 pares de pernas locomotoras 
(algumas espécies apresentam 5 
ou 6 pares);
 Tubérculo póstero-dorsal onde o 
ânus está localizado.
Colossendeis colossea
Austrodecus glaciale
Hábito
 Maioria das espécies 
apresentam hábito 
bentônico, algumas 
poucas são 
batipelágicas, 
nadando em grandes 
profundidades por 
meio do batimento 
vertical alternado das 
pernas, sem nunca 
chegarem a 
superfície;
 Outras vivem sobre 
algas ou outros 
invertebrados, como 
cnidários, poríferos, 
moluscos e 
equinodermos. 
Alimentação e Digestão
 Os hábitos alimentares estão 
relacionados com a morfologia da 
probóscide;
 O alimento está limitado a materiais 
que podem ser sugados para dentro 
do trato digestivo; 
 A maioria das espécies é carnívora, 
predando poríferos, hidrozoários, 
anêmonas-do-mar, poliquetos, 
moluscos e estrelas-do-mar;
 Outras se alimentam de detritos e 
algumas espécies antárticas são 
necrófagas;
 Sistema digestório completo:
 Boca, esôfago, mesênteron (cecos 
digestivos), proctodeu e ânus;
 Digestão é intracelular:
 Fagócitos do mesênteron e do cecos 
envolvem e digerem o alimento e 
depois capturam os resíduos 
metabólicos para serem eliminados 
pelo ânus.
Anatomy of a pycnogonid:
A: head; B: thorax; C: abdomen
1: proboscis; 2: chelifores; 3: palps;
4: ovigers; 5: egg sacs;
6a–6d: four pairs of legs
Trocas gasosas, 
Excreção e Circulação
 Não há órgãos específicos para 
trocas gasosas e excreção:
 Processos ocorrem por difusão;
 Circulação:
 Coração dorsal com óstios para a 
entrada do sangue;
 Sangue circula na hemocele;
 Ausência de vasos sanguíneos.
Sistema 
Nervoso
 Gânglio cerebral com 
protocérebro e tritocérebro:
 Inervação dos olhos e quelíforos;
 Cordão nervoso ventral;
 Gânglio em cada par de perna;
 Cerdas sensíveis;
 4 olhos simples.
Reprodução
 Dioicos;
 Os machos apresentam pernas ovígeras mais 
desenvolvidas, enquanto as das fêmeas são 
reduzidas ou ausentes – dimorfismo sexual;
 As fêmeas apresentam o fêmur ampliado 
devido o armazenamento de ovos não 
fertilizados;
 Durante o acasalamento o macho pendura-se 
sob a fêmea ou assume uma posição sob o 
dorso da fêmea. Enquanto a fêmea libera os 
óvulos, o macho os fertiliza;
 Após a fertilização, o macho reúne os ovos, 
individualmente ou numa massa única que 
pode sustentar até 1000 ovos, e os adere a 
suas pernas ovígeras usando uma secreção 
viscosa produzida por glândulas especiais no 
fêmur; 
 O macho que exclusivamente cuida dos 
embriões em desenvolvimento e, em 
algumas espécies, dos juvenis; 
 Desenvolvimento indireto: larva protoninfa.
Subclasse Xiphosurida: 
límulos
 Xifosuros, límulos ou caranguejo-
ferradura, são os maiores quelicerados
modernos e vivem em águas marinhas 
rasas, com fundo mole, onde escavam o 
sedimento;
 “Fósseis vivos”;
 Três gêneros, representados por quatro 
espécies sobreviventes até os dias de 
hoje:
 Carcinoscorpius e Tachypleus - Costa da 
Ásia: Coréia, sul do Japão, Filipinas e 
Indonésia;
 Limulus polyphemus – águas rasas da 
costa atlântica da América no Norte.
Limulus polyphemus
 Cefalotórax (prossoma) possui a forma de 
uma ferradura de cavalo;
 Carapaça dorsal possui um par de ocelos 
pequenos e um par de olhos compostos 
laterais;
 Ventralmente a carapaça é côncava e 
possui a boca e seis pares de apêndices:
 Quelíceras queladas;
 Pedipalpos;
 Quatro pares de pernas locomotoras;
 Abdome (opistossoma):
 Côncavo e não segmentado ventralmente;
 Apresentam com 5 ou 6 apêndices 
abdominais modificados como brânquias;
 Télson em forma de espinho.
Morfologia
Fisiologia geral
 São onívoros; alimentam-se de moluscos bentônicos, poliquetos e outros 
organismos, incluindo algas:
 Trato digestivo adaptado para lidar com alimentos sólidos;
 Cavidade do corpo é a hemocele;
 Coração longo e tubular;
 Pigmento respiratório é a hemocianina;
 Trocas gasosas realizadas por cinco pares de brânquias foliáceas 
localizadas na câmara branquial sob o abdome;
 Amônia e outras excretas são eliminadas por difusão;
 Sistema nervoso segue padrão do filo Arthropoda.
Límulos:
Mecanorreceptores 
(pelos e cerdas);
Quimiorreceptores;
Fotorreceptores (olhos 
simples medianos e 
olhos compostos 
laterais);
 São animais dióicos, 
fecundação externa;
 Durante toda a primavera 
esses animais sobem, aos 
milhares, até as praias para 
desovar, durante as marés 
altas;
 As fêmeas desovam em média 
2.000 a 30.000 ovos por cova 
que cavam na areia da praia;
 As larvas eclodem após duas 
semanas;
 Limulus jovens atingem uma 
largura de carapaça de 4 cm 
após um ano;
 Maturidade sexual é alcançada 
após os 9 até 12 anos e a 
longevidade pode ser de 19 
anos.
Reprodução
 Desde 1964 uma substância feita 
através do sangue (que é azul) 
dos límulos, chamada LAL 
(Limulus Amebocyte Lysate) vem 
sendo testada contra 
endotoxinas bacterianas e na 
cura de várias doenças causadas 
por bactérias;
 Os animais podem ser devolvidos 
à água após a extração de uma 
certa quantidade de seu sangue, 
fazendo com que essa busca não 
se torne um risco à sobrevivência 
destes artrópodes;
 Límulos possuem a rara 
habilidade de regenerar seus 
membros perdidos.Límulos e a Indústria Farmaceútica
Classe Arachnida: aranhas, escorpiões, 
ácaros, carrapatos, opiliões, 
pseudoescorpiões e escorpiões-vinagre
 Quelicerados terrestres;
 Migração do ambiente 
aquático para o terrestre 
exigiu adaptações:
 Epicutícula cerosa;
 Pulmões foliáceos e 
traquéias – sistema 
respiratório aéreo;
 Apêndices adaptados a 
locomoção terrestre;
 Inovações: glândula de 
seda e glândula de veneno.
Morfologia geral
 Corpo dividido em:
 Prossomo (cefalotórax): 
não segmentado e 
coberto por carapaça;
 Opistossomo (abdome): 
segmentado 
(mesossoma e 
metassoma);
 Apêndices comuns a 
todos os aracnídeos:
 Um par de quelíceras;
 Um par de pedipalpos;
 Quatro pares de pernas.
quelíceraPedipalpo
Alimentação e Digestão
 Maioria é carnívora, mas há 
espécies herbívoras e parasitas;
 Digestão ocorre parcialmente 
fora do corpo;
 Presas: pequenos artrópodes 
capturados e mortos pelas 
quelíceras e pedipalpos;
 Intestino médio produz enzimas 
digestivas que são liberadas pela 
boca sobre os tecidos dilacerados 
e o alimento parcialmente 
digerido é sugado.
Boca Faringe Esôfago Papo e 
moela
Intestino 
médio
Intestino 
posterior Ânus
Trituração
Cecos digestivos (digestão 
química e absorção) e Túbulos 
de Malpighi
Estomodeu Mesênteron Proctodeu
Trato digestivo de um escorpião
Excreção
 Produtos da excreção:
 Guanina: mais importante 
resíduo nitrogenado; 
 Xantina e ácido úrico;
 Órgãos excretores:
 Glândulas coxais e/ou
Túbulos de Malpighi.
Trocas gasosas
 Pulmões foliáceos: bolsa esclerotizada 
(invaginação) da parede abdominal ventral, abrindo 
para o exterior no espiráculo.
Trocas gasosas
 Traquéias:
 Análogas a dos insetos; evolução independente;
 Abrem-se para o exterior em um ou dois espiráculos no 
opistossoma.
*Aguns ácaros realizam as trocas gasosas 
pelo tegumento.
Sistema circulatório 
 Aberto;
 Coração dorsal com óstios, localizado no seio pericárdico;
 Pigmento respiratório do sangue: hemocianina;
 Células sanguíneas: coagulação, armazenamento, defesa e 
escletotização da cúticula.
Sistema Nervoso
 Muito concentrado, exceto 
nos escorpiões.
 Cérebro: 
 Massa ganglionar anterior 
acima do esôfago;
 Protocérebro: com nervos 
e centros ópticos;
 Tritocérebro: inervação das 
quelíceras;
 Deuterocérebro está 
ausente.
Órgãos do sentido
 Aracnídeos:
 Mecanorreceptores (cerdas, tricobótrios e órgãos 
em fenda);
 Quimiorreceptores (cerdas próximas a boca e 
pedipalpos e órgãos tarsais):
 Responsáveis pelo olfato, paladar e umidade;
 Pente nos escorpiões: mecano e 
quimiorreceptores;
 Olhos:
 Aranhas possuem olhos principais e secundários;
 Escorpiões possuem olhos mediano e laterais mas 
utilizam mais a mecano e a quimiorrecepção.
Principais ordens da classe Arachnida
 Araneae;
 Scorpiones;
 Uropygi;
 Pseudoscorpionida;
 Opiliones;
 Acari.
* Os aracnídeos destacam-se para os seres 
humanos como animais perigosos e de 
importância médica pela capacidade de 
transmitir doenças ou causar danos a 
plantações agrícolas (ácaros), e/ou pela 
ação do veneno de algumas espécies 
(aranhas e escorpiões).
Opiliones
Pseudoscorpiones
Uropygi
Acari
Ordem Araneae
 Um dos grupos mais abundantes de animais terrestres;
 35.000 espécies;
 Prossoma:
 Ligado ao opistossoma por um pedicelo;
 4 pares de perna localizadas ao redor do esterno no prossoma;
 Quelíceras modificadas em garras com um poro para a abertura do
duto da glândula de veneno;
 Boca:
 Possui um lábio que é formado por uma dobra mediana;
 Pedipalpos ficam próximos e são formados por 6 segmentos, sendo os
proximais alargados (maxila) possuindo gnatobases para manipular e
agarrar o alimento;
 Opistossoma:
 Aberturas do opistossoma:
 Sulco epigástrico – gonóporos;
 Espiráculos – pulmões foliáceos ou traquéias;
 Ânus;
 Fiandeiras.
Quelíceras
Morfologia geral
poro
Fiandeiras, produção de seda e teias
 Fiandeiras:
 3 a 4 pares;
 Tecem fios de seda com diâmetros diferentes;
 Seda:
 Proteína fibrosa;
 Mais forte que o aço e duas vezes mais elástica que o náilon;
 Produzida por glândulas e passadas para as fiandeiras, mais
especificamente para as fúsulas, tubos largos e estreitos que se abrem
para o exterior tecendo a seda;
 Usos:
 Fios de segurança, fios-guia, construção de ninhos, casulos, sacos de ovos
e espermatozoides, enrolamento de presas para armazenamento,
revestimento de tocas, dispersão aérea (aranhiços) e teias.
Teia tridimensional
Teia orbicular
Teia em lençol
Teia em tubo
Deinopis sp. – Teia retangular
Armadilha elástica
Mastophora sp. – Aranha boleadeira
Teia berçário
Teia em forma 
de bolsa
 Não são todas as aranhas que produzem teias:
 Perseguem e capturam suas presas.
Aranha papa-moscas
Família Salticidae
Reprodução
 Comportamentos de corte:
 Contato corporal entre macho e fêmea, liberação de feromônios sexuais,
movimentos corporais e oferecimento de “presentes” (insetos);
 Ausência de pênis nos machos:
 Possuem pedipalpos modificados que servem como órgãos de
armazenamento e transferência dos espermatozoides
 Fêmeas possuem aberturas para a cópula conectadas a dutos de
copulação, com tamanhos iguais aos pedipalpos dos macho da mesma
espécie;
 Fêmeas colocam ovos em casulos de seda (proteção);
 Existência de cuidado parental em algumas espécies;
 Três estágios pós-embrionários antes do estágio adulto:
 Pré-larva, larva e ninfa ou juvenil.
♀ ♂
Pré-larva ninfalarva
Fêmea com aranhiços no dorso
Aranha aquática
 Argyroneta aquatica
Aranha “voadora”
 Selenop banksi;
 http://www1.folha.uol.com.br/bbc/2015/08/1671987-cientistas-
descobrem-aranha-capaz-de-voar.shtml
Aranhas de interesse médico-
veterinário
 Lycosa sp. – aranha-de-
jardim;
 3 cm de corpo e 5 cm de 
envergadura das pernas;
 Vive em campos, gramados e 
pastos;
 Hábito diurno e noturno;
 Não tecem teias;
 Veneno causa lesões 
cutâneas localizadas;
 Apesar do acidentes 
frequentes, não é 
considerado um problema de 
saúde pública.
Aranhas de interesse médico-
veterinário
 Loxosceles sp. – aranha
marrom;
 Possui abdome escuro e
pequeno;
 1 cm de corpo e 3 cm de
envergadura das pernas;
 Hábito noturno;
 Vive em frestas nas cascas
das árvores, telhas e
tijolos empilhados, atrás
de quadros e móveis, e
dentro de vestimentas;
 Alto número de acidentes
em domicílio;
 Veneno causa edemas na
pele e insuficiência renal.
 Vídeo:
 http://aenfermagem.com.br/materia/aranha-marrom/
Aranhas de interesse médico-
veterinário
 Latrodectus sp. – viúva 
negra;
 Alimenta-se do cadáver do 
macho após a cópula;
 1 cm de corpo e 3 cm de 
envergadura das pernas –
fêmeas; machos medem 3 
mm;
 Hábito noturno;
 Vivem em plantações ou 
em vegetações, pouco 
encontrada em domicílios;
 Ação do veneno é 
neurotóxica.
Aranhas de interesse médico-
veterinário
 Phoneutria sp. – aranha
armadeira;
 Apresentem
comportamento de defesa,
ação parecida a um
“bote”;
 4 cm de corpo e 15 cm de
envergadura das pernas;
 Hábito Noturno;
 Floresta Atlântica;
 Acidentes ocorrem dentro
e nas proximidades das
residências que acumulam
entulho;
 Veneno com ação
neurotóxica.
Aranhas de interesse médico-
veterinário – Tratamento Anestésicos locais;
 Analgésicos;
 Soro antiaracnídico;
 Antibióticos;
 Antisséptico local;
 Compressas quentes ou frias e imersão em água morna.
Classificação
 Subordem Mesothelae:
 Aranhas primitivas e com “segmentação” no opistossoma;
 Fiandeiras na região mediana do abdome;
 Construtoras de túneis para captura das suas presas;
 1 a 3 cm de comprimento;
 Subordem Opisthothelae:
 Opistossoma não-segmentado;
 Fiandeiras na região posterior do abdome;
 Superfamília Mygalomorphae (caranguejeiras):
 Quelíceras ortognatas – movimentação paralela ao corpo;
 Superfamília Araneomorphae (aranhas “verdadeiras”):
 Quelíceras labidognatas – movimentação em um ângulo de 90º em relação ao
corpo.
Labidognata
Ortognata
Mesothelae
 Os escorpiões ocorrem em 
todos os ecossistemas 
terrestres, com exceção da 
tundra, taiga, áreas boreais e 
em algumas áreas de elevada 
altitude;
 Já foram registrados a mais de 
5.500 m de altitude (Andes 
peruanos), dentro de cavernas 
sem luz, sob pedras cobertas de 
neve e dos desertos mais áridos 
até as florestas mais úmidas.
Ordem Scorpiones
 Algumas espécies dos gêneros 
Centruroides, Isometrus, Tityus, 
Euscorpius e Bothriurus 
apresentam alta plasticidade 
ecológica;
 Podem ocorrer inclusive em 
ambientes perturbados ou 
modificados pela ação do homem, 
onde encontram abrigo e 
alimentação dentro e/ou próximo 
das residências humanas.
 Escorpiões são predadores noturnos, se 
alimentam de outros artrópodes 
(insetos, aranhas e algumas vezes 
outros escorpiões);
 Espécies maiores podem consumir 
pequenos vertebrados, como lagartos; 
 Durante o dia permanecem abrigados 
sob troncos, cascas de árvores, pedras 
e fendas de rocha; 
 O comprimento dos escorpiões 
atualmente viventes varia desde 0,8 
cm (Typhlochactas mitchelli) até 21 cm 
(Hadogenes troglodytes);
 As espécies brasileiras geralmente 
medem entre 2 e 9 cm.
Hadogenes troglodytes
Typhlochactas mitchelli
 Ordem Scorpiones representa 
apenas 1,5% dos aracnídeos 
conhecidos, com 18 famílias,163 
gêneros e aproximadamente 1500 
espécies no mundo;
 São conhecidas em torno de 700 a 
800 espécies na região 
Neotropical, destas, 
aproximadamente, 100 no Brasil; 
 A fauna escorpiônica brasileira é 
representada por cinco famílias: 
Bothriuridae, Chactidae, 
Liochelidae e Buthidae;
 Esta última representa 60% do 
total, incluindo as espécies de 
interesse em saúde pública.
Características
Morfologia externa
 O corpo dos escorpiões é 
dividido em cefalotórax 
(prossoma) e abdome 
(opistossoma – mesossoma 
e metassoma); 
 O prossoma:
 Possui os segmentos 
fundidos e recobertos por 
uma carapaça
 4 pares de pernas;
 Mesossoma e metassoma:
 Possuem 7 e 5 segmentos, 
respectivamente, 
seguidos pelo télson com 
a glândula de veneno.
 Não há um pedicelo unindo cefalotórax e abdome como 
observado em aranhas;
 Na porção ventral do segundo segmento do pós-abdome dos 
escorpiões está presente um par de pectinas, que são 
estruturas sensoriais em forma de pente projetadas 
lateralmente.
 São animais quase sempre solitários, embora algumas espécies possam 
desenvolver algum grau de comportamento social;
 A interação intra-específica mais bem estudada e mais complexa é o 
comportamento de corte;
 Foi descrita pela primeira vez no início do século XIX e somente na década 
de 1950 foi descoberta a forma indireta de transferência do 
espermatóforo (espermatozoides);
 Para facilitar o encontro entre macho e fêmea, quando esta está 
receptiva, emite ferormônio que direciona o macho ao seu encontro. 
A- espermatóforo de Tityus brazilae.
B- fêmea de T. mattogrossensis com 
filhotes após realizarem a primeira 
muda.
C- escorpião partenogenético T. 
serrulatus com filhotes no dorso.
D- T. kuryi comendo uma aranha da 
família Lycosidae.
E- corte de T. neglectus.
Reprodução
 O comportamento de corte dos escorpiões 
pode ser dividido basicamente em três 
fases: iniciação, dança e transferência de 
espermatozoides.
 Iniciação: fase rápida, reconhecimento 
específico e sexual; somente há prosseguindo 
se a fêmea estiver receptiva.
 Dança: macho estimula fêmea e reduz sua 
agressividade conduzindo-a em várias 
direções, segurando seus pedipalpos; 
exploração do ambiente para efetuar a 
deposição do espermatóforo (5 minutos ou 
até 48 horas).
 Transferência: macho abaixa seu mesossoma 
até que seu gonóporo toque o substrato 
escolhido, deposita o espermatóforo e puxa a 
fêmea, posicionando-a adequadamente sobre 
ele.
 Comportamentos pós-transferência em 
algumas espécies, como o consumo do 
espermatóforo e o canibalismo sexual 
(ganho nutritivo ou energético) que esse ato 
proporciona são observados
 O canibalismo sexual é o comportamento 
pós-cópula que mais chama a atenção dos 
pesquisadores.
 A gestação pode ser curta (2 meses), 
característica de alguns escorpiões da 
família Buthidae, ou extremamente longa 
(22 meses), ocorrendo em algumas 
espécies das famílias Ischinuridae, 
Scorpionidae e Diplocentridae;
 As ninhadas podem ser de 1 a 105 
filhotes, que irão manter-se no dorso da 
mãe (cuidado parental) até a primeira ou 
segunda muda, quando se dispersam, isso 
leva de 5 a 30 dias dependendo da 
espécie;
 O tempo até alcançar a maturidade 
sexual, varia de seis meses a sete anos; 
 A maioria das espécies vive entre 2 e 10 
anos, mas alguns escorpiões podem 
chegar a viver 25 anos; 
 Seu crescimento é dependente de fatores 
como temperatura e disponibilidade de 
alimento, sendo que os escorpiões têm 
maior longevidade em cativeiro do que 
em ambiente natural e fêmeas vivem 
mais que machos.
 Alguns escorpiões reproduzem-
se assexuadamente por 
partenogênese, um fenômeno 
raro entre os quelicerados 
(exceto em ácaros), onde os 
óvulos se desenvolvem sem 
fecundação de um macho;
 Tal estratégia reprodutiva foi 
reportada para onze espécies 
em várias regiões do mundo, 
cinco delas com ocorrência no 
Brasil: Tityus metuendus, T. 
serrulatus, T. stigmurus, T. 
uruguayensis e T. trivittatus.
Reprodução - Partenogênese
Escorpionismo
 O envenenamento é causado pela inoculação de toxinas, através de 
aparelho inoculador (acúleo) de escorpiões, podendo determinar 
alterações locais (na região da picada) e sistêmicas;
 Das 1.500 espécies conhecidas no mundo, apenas cerca de 25 são 
consideradas de interesse em saúde;
 No Brasil, onde existem cerca de 100 espécies de escorpiões, as 
responsáveis pelos acidentes graves pertencem ao gênero Tityus.
O que ocorre quando alguém 
é picado por um escorpião?
Como proceder em caso de 
acidente?
 O que fazer?
 Limpar o local com água e 
sabão;
 Procurar orientação médica 
imediata e mais próxima do 
local da ocorrência do 
acidente (UBS, posto de 
saúde, hospital de 
referência);
 Se for possível, capturar o 
animal e levá-lo ao serviço 
de saúde pois a 
identificação do escorpião 
causador do acidente pode 
auxiliar o diagnóstico (soro 
antiescorpiônico).
 O que não fazer?
 Não amarrar ou fazer torniquete;
 Não aplicar nenhum tipo de 
substâncias sobre o local da picada 
(fezes, álcool, querosene, fumo, 
ervas, urina) nem fazer curativos que 
fechem o local, pois podem favorecer 
a ocorrência de infecções;
 Não cortar, perfurar ou queimar o 
local da picada;
 Não dar bebidas alcoólicas ao 
acidentado, ou outros líquidos como 
álcool, gasolina, querosene, etc, pois 
não têm efeito contra o veneno e 
podem agravar o quadro.
Medidas preventivas Usar calçados e luvas nas atividades rurais e 
de jardinagem;
 Examinar e sacudir calçados e roupas 
pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
 Afastar camas das paredes e evitar pendurar 
roupas fora de armários;
 Não acumular lixo orgânico, entulhos e 
materiais de construção;
 Limpar o domicílio, observando atrás de 
móveis, cortinas e quadros;
 Vedar frestas e buracos em paredes, 
assoalhos, forros, meia-canas e rodapés. 
 Utilizar vedantes em portas, janelas e ralos.
 Limpar locais próximos das casas, evitando 
folhagens densas junto delas e aparar 
gramados.
Crendices e perguntas mais 
freqüentes
Ordem Acari
 Ácaros, carrapatos e “micuins”;
 30.000 espécies;
 Encontrados por todo o mundo;
 Grupo mais diversificado dos quelicerados:
 Comportamento;
 Ambientes (terrestres, aquáticos e 
parasitas);
 Forma e estrutura do corpo;
 Habitat:
 Terrestres: solos, sob folhas, material em 
decomposição e plantas;
 Aquáticos: marinhos e de água doce;
 Parasitas: vertebrados e invertebrados.
Sucesso 
evolutivo!
Ácaros aquáticos:
Classificação
3 grupos:
Opilioacariformes:
Ácaros mais primitivos;
Onívoros e predadores;
Habitat: florestas tropicais e habitas 
temperados áridos;
Classificação
 Duas famílias representantes:
 Ixodidae:
 Carrapatos-duros (escudo esclerotizado);
 Parasitam répteis, aves e mamíferos;
 Argasidae:
 Carrapatos-moles (ausência do escudo esclerotizado);
 Aves e mamíferos.
- Habitat terrestre
- Predadores de 
pequenos 
invertebrados
- Forésia. 
Ex: mosca-
branca
- Carrapatos Membros 
representantes
 3 grupos:
 Parasitiformes:
 Formas de vida livre, simbiontes e parasitismo; Ixodidae
Argasidae
Mosca-branca: Bemisia tabaci
Classificação
 3 grupos:
 Acariformes:
 Agrupa a maioria das espécies;
 Vida livre:
 Habitat terrestres: solo, matéria orgânica em 
decomposição, musgos, líquens, folhas, fungos, etc;
 Habitat aquáticos: água doce e marinhos;
Alimentação:
 Herbívoros, micófagos, suspensívoros, parasitas e 
carnívoros.
Morfologia externa
Gnatossoma
Idiossoma
Reprodução
 Dióicos;
 Ovíparos;
 Transferência indireta 
dos espermatozoides na 
maioria das espécies:
 Espermatóforos;
 Injetados nas fêmeas 
pelas quelíceras;
 Pênis nos Actinotrichida 
(superordem);
 Desenvolvimento 
indireto:
 Larva, protoninfa, 
deutoninfa, tritoninfa e 
adulto.
 Pragas agrícolas:
Importância econômica
Brevipalpus phoenicis – Leprose do citros
Mononychellus 
planki – ácaro verde 
em soja
Neoseiulus californicus predandoTetranychus urticae
 Controle Biológico:
Phytoseiulus predandoTetranychus urticae
Importância econômica
Varroa destructor
 Prejuízos na apicultura:
Importância econômica
 Parasitas – Demodex folliculorum:
Importância médica-veterinária
 Alergias respiratórias:
Importância médica-veterinária
 Parasitas – Demodex canis:
Importância médica-veterinária
 Febre maculosa – carrapato-estrela ou micuim:
Importância médica-veterinária
 Opiliões;
 5.000 espécies;
 Morfologia:
 Opistossoma reduzido;
 Quelíceras pequenas e pedipalpos longos;
 2-20 cm de comprimento;
 Machos possuem pênis (cópula direta);
 Glândula repugnatórias;
 Habitat:
 Regiões de clima tropical e temperado;
 Vivem em lugares úmidos e sombreados (folhiço, troncos, rochas e 
cavernas);
 Alimentação:
 Pequenos invertebrados;
 Animais mortos;
 Matéria vegetal;
 Ingerem partículas sólidas e alimento liquefeito.
Ordem Opiliones 
 Uropígios ou escorpiões-vinagre;
 100 espécies (grupo menos numeroso);
 Morfologia:
 Prossoma com carapaça dorsal;
 Mesossoma;
 Metassoma curto com o flagelo;
 Quelíceras pequenas e pedipalpos bem desenvolvidos;
 Pernas anteníferas (1º par – sensorial);
 Glândulas repugnatórias (ácido acético);
 Tamanho máximo de 10 cm;
 Habitat:
 Regiões tropicais e semi-tropicais;
 Vivem em lugares muito úmidos (rochas, folhiço e tocas);
 Animais noturnos;
 Alimentação:
 Pequenos invertebrados.
Ordem Uropygi 
Vista dorsal
Vista ventral
 Pseudoescorpiões;
 3.300 espécies;
 Morfologia:
 Prossoma e opistossoma;
 Possuem glândulas de seda nas quelíceras e glândulas de veneno 
nos pedipalpos;
 Não há télson;
 Tamanho: 10 mm de comprimento;
 Habitat:
 Cosmopolita:
 Rochas, folhiços, solo, frestas e sob cascas de árvores;
 Alimentação:
 Invertebrados;
 Comportamento social complexo (Paratemnoides nidificator):
 Vivem em sociedade;
 Caçam em conjunto;
 Sacrifício materno.
Ordem Pseudoescorpiones 
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