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Resumo - Classificação dos Contratos e Efeitos

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Classificação dos Contratos
Os contratos podem ser classificados em duas categorias, a saber: 1) Contratos considerados em si mesmos; 2) Contratos reciprocamente considerados.
1)     Contratos considerados em si mesmos:
                      Nesta categoria os contratos podem ser classificados da seguinte forma: 
   – Unilaterais e Bilaterais:
Unilaterais – um só contraente assume obrigações perante o outro, de modo que temos somente uma parte ativa de um lado e uma passiva de outro. Ex.: doação pura; depósito; o comodato; o comodato; o mútuo; o mandato.
Bilaterais – há dependência recíproca de obrigações (sinalágma), ou seja, os contraentes são reciprocamente credores e devedores, produz direitos e obrigações a ambos.
Exceptio non adimpleti contractus ( art. 476, CC)
Esta expressão, exceptio non adimpleti contractus, exceção do contrato não-cumprido, está prevista no artigo 476 do Código Civil e se aplica às relações entre particulares. Significa que, após firmado acordo entre os particulares, caso um não cumpra com suas obrigações, o outro também não está obrigado.
Exceptio non rite adimpleti contractus  (art. 477, CC)
A exceptio non rite adimpleti contractus é situação que enseja a propositura de medida judicial. Não basta o descumprimento de uma das partes para colocar a outra livre de suas obrigações contratuais, é necessário que essa situação seja levada a juízo. É possível que o contrato tenha sido parcialmente cumprido por uma das partes, o que autorizará a propositura de ação da parte lesada para ver o contrato resolvido ou buscar o abatimento no preço.
Vícios Redibitórios (art. 441, CC)
Vícios redibitórios são defeitos ocultos em coisa recebida, em decorrência de contrato comutativo, que tornam a coisa adquirida imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuam o valor. 
Descobertos os vícios ocultos, ocorrerá a redibição da coisa, ou seja, torna-se sem efeito o contrato, acarretando-lhe a resolução, com a restituição da coisa defeituosa ao seu antigo dono ou sendo concedido um abatimento no preço, se preferir o adquirente. 
A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Para que seja caracterizado o vício redibitório, há de estarem presentes os seguintes requisitos: 
a) que a coisa tenha sido adquirida em virtude de contrato comutativo, ou de doação com encargo; 
b) que esteja presente vício ou defeito prejudicial à sua utilização, ou lhe diminuam o valor;
c) que estes defeitos sejam ocultos; 
d) que os defeitos sejam graves; 
e) que o defeito já existia no momento da celebração do contrato e que perdure até o instante da reclamação
OBS: Ainda sobre o vício redibitório, podemos destacar:
Ação redibitória: é aquela ação onde o adquirente não aceita receber a coisa e, consequentemente, desfaz o contrato, por causa da presença do vício redibitório, e reivindica a devolução do valor pago pela coisa.
Ação estimatória ou quantiminoris: é aquela ação onde o adquirente percebe que há um defeito na coisa e, logo em seguida, reivindica a diminuição, ou seja, busca um abatimento no valor pago pela coisa.
Prazos para ajuizar tais ações: Art. 205, CC. 
Bem Móvel -> 30 dias	Diminui a metade se a pessoa lesada já tiver posse da coisa
Bem Imóvel -> 1 ano
Evicção (art.444, CC)
Ocorre evicção quando há a perda total ou parcial da coisa em face de outrem, possuidor de direito anterior, em virtude de uma sentença judicial.
A título de exemplo, suponha que um indivíduo aliene uma coisa para outro indivíduo. Agora imagine que apareça um terceiro que afirme ser o proprietário da coisa alienada, requerendo seus direitos e a posse da coisa. Se, após a propositura da ação, o terceiro provar que realmente era o dono e obtiver sentença favorável, o indivíduo que comprou a coisa sofrerá a evicção perderá a coisa em face deste terceiro.
A evicção pode ser total ou parcial. A evicção total se dá pela perda total da coisa; a evicção parcial se dá pela perda de parte da coisa.
O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 447, responsabiliza o alienante a garantir a legitimidade do direito que ele irá transferir. Desta forma, o alienante deverá ser responsabilizado pelos prejuízos causados ao indivíduo que lhe comprou a coisa, ou seja, ele responderá pela evicção.
A evicção se baseia no princípio da garantia. De acordo com este princípio, alienante se obriga não só a entregar ao adquirente a coisa alienada, mas também a garantir-lhe o uso e o gozo.
Cláusula de Evicção – o alienante fica eximido de indenizar caso ocorra evicção. O alienado recorre ao poder público.
Classificação dos contratos
Unilaterais
Bilaterais
Quanto à sua designação:
Nominados (típicos) – São aqueles que possuem uma denominação legal própria, estando previstos e regulados por norma jurídica (CC, leis extravagantes), formando espécies definidas. Ex.: compra e venda; troca, doação, locação (CC) – incorporação (Lei 4.591/64 c/c 4.864/65) contratos bancários (Lei 5.595/64 c/c Código Comercial).
Inominados – Afastam-se dos modelos legais, pois não são disciplinados pelo Código Civil ou por Leis extravagantes, sendo permitidas juridicamente em face da informalidade dos contratos e do princípio da autonomia de vontade. Em regra resulta da fusão de dois ou mais tipos de contratos nominados, criando-se cláusulas particulares e gerando, assim, um novo negócio jurídico contratual. Reger-se-ão pelas normas gerais dos contratos; pelas normas inseridas pelas partes; pelas normas aplicáveis ao contrato nominado que ofereça maior analogia e pelos princípios das modalidades que os compõem. Ex.: 1) a exploração da cultura de café (locação de serviço; empreitada; arrendamento rural e parceria agrícola); 2) troca de coisa por obrigação de fazer; 3) locação de caixa forte (misto de locação e depósito).
Distinção Dos Contratos Quanto Ao Objeto:
Contratos de alienação de bens – são os que versam sobre a transferência de patrimônio (gratuita ou onerosa). Ex.: compra e venda, doação, troca de bens, etc.
Contratos de transmissão de uso e gozo – têm por objeto conceder a outrem a utilidade dos bens (domínio útil) sem necessariamente transferir o bem. Ex.: locação, comodato, etc.
Contrato de prestação de serviços – tem por objeto a realização de serviços técnicos profissionais (médico, engenheiro, advogado, etc.) ou de serviços gerais (domésticos, limpeza, etc.).
Contratos de conteúdo especial – são os contratos atípicos, que fundem duas ou mais espécies de contratos típicos.
Quanto ao tempo de Execução:
Execução imediata – se esgotam num só instante, mediante uma única prestação. Ex.: Compra e venda à vista; troca, etc.
Execução continuada – prática ou abstenção de atos reiterados, cumprindo-se o contrato num espaço, mais ou menos, longo de tempo, de maneira que a prestação não poderá ser integralmente satisfeita na celebração do contrato. Dar-se-á sempre a termo. Ex.: compra e venda à prestação. ( Pronlongam-se no tempo e Atos reiterados)
Execução Diferida - Também exigem o seu cumprimento em um só ato, mas diferentemente da imediata, sua execução deverá ser realizada em momento futuro. 
Ex.: Partes combinam de entregar o objeto em determinada data, assim como realizar o pagamento pelo mesmo.
Quanto à pessoa do contratante:
Contratos pessoais (intuitu personae) - A pessoa do contratante é considerada elemento determinante na conclusão do outro em contratar, o qual considera suas qualidades individuais imprescindíveis na execução da obrigação, que só poderá ser pelo próprio contratante cumprida.
Contratos impessoais - A pessoa do contratante é indiferente, de modo que o outro apenas exige que a obrigação seja cumprida, pouco importando quem a tenha feito.
Contratos reciprocamente considerados
            Este critério examina objetivamente os contratos, em relação uns aos outros e podem ser distinguidos em:
Principais – existem por si, exercendo sua função e finalidade independente dooutro.
Acessórios – a existência jurídica supõe a existência de um contrato principal, de forma que não existirá sem este. Ex.: fiança locatária.
Efeitos dos contratos
 Os contratos de forma geral, criam obrigações e estabelecem vínculo entre os contratantes, configurando verdadeira fonte de obrigações. Tais efeitos se manifestam no princípio da força obrigatória e na relatividade dos contratos.
1. Efeitos jurídicos decorrentes da obrigatoriedade dos contratos:
   1.1 – É lei entre as partes;
   1.2 – Estabelece vínculo entre os contratantes, que se submetem ao  pacto sob pena de execução ou perdas e danos;
   1.3 – É irretratável e inalterável, portanto, as partes não podem dele se desvincular ou a ele modificar salvo:
a) mediante mútuo consentimento – distrato ou aditamento;
b) cláusula expressa prevendo extinção unilateral;
c) resulte da própria natureza da obrigação. Ex.: fiança por ser prazo determinado;
d) arrependimento;
e) o juiz deverá interpretar as cláusulas contratuais como se fossem dispositivos legais, de forma que somente poderá deixar de aplicá-las ou modificá-las nas hipóteses de cláusula “rebus sic standibus” ou por motivo de força maior ou caso fortuito. ( teoria da imprevisão)
f) Contratos de consumo
Principio da Irretratabilidade – não se pode haver a desistência unilateral. Exceção: Contratos de finanças e Contratos de consumo
Teoria da imprevisão – Toda vez que uma das partes estiver sofrendo com um contrato de trato sucessivo em face de um fato superveniente e oneroso, poderá requerer a modificação ou a sua resolução
Princípio da Intangibilidade – celebrado o contrato, as partes podem modificar o conteúdo do contrato através de um aditivo contratual. Caberá como exceção à teoria da imprevisão.
Relatividade quanto às partes – os efeitos só serão dirigidos às partes mas poderá acontecer que terceiros venham a ser atingidos. Ex: Herdeiros irão assumir tanto o ônus quanto o bônus do contrato-testamento. Salvo as obrigações personalíssimas que haverá a extinção do contrato.
Relatividade ao Objeto – celebrado o contrato as partes ficam vinculadas ao objeto (dar, fazer ou não fazer)

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