Buscar

Cálculos Trabalhistas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 228 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 228 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 228 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cálculos Trabalhistas
W
B
A
0
2
0
5
_
v2
.0
2/228
Cálculos Trabalhistas
Autoria: Fernanda Vassoler
Como citar este documento: SILVA, Fernanda Vassoler Gonçalves Rosa Guedes da. Cálculos Trabalhis-
tas. Valinhos: 2017
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Cálculos de Folha de Pagamento 05
Assista a suas aulas 32
Unidade 2: Rescisão Trabalhista 39
Assista a suas aulas 62
Unidade 3: Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias 69
Assista a suas aulas 95
Unidade 4: Jornada de Trabalho 102
Assista a suas aulas 124
2
3/2283
Unidade 5: Segurança e medicina do trabalho 131
Assista a suas aulas 147
Unidade 6: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 154
Assista a suas aulas 171
Unidade 7: Seguro-desemprego 178
Assista a suas aulas 195
Unidade 8: Peculiaridades do trabalho doméstico 202
Assista a suas aulas 221
Sumário
Cálculos Trabalhistas
Autoria: Fernanda Vassoler
Como citar este documento: SILVA, Fernanda Vassoler Gonçalves Rosa Guedes da. Cálculos Trabalhis-
tas. Valinhos: 2017
4/228
Apresentação da Disciplina
Apesar de fazer parte da rotina de trabalho 
de muitos operadores do Direito que mili-
tam na área trabalhista, a presente disci-
plina tem sido pouco explorada nos bancos 
acadêmicos. 
Assim, o objetivo da presente matéria é a 
elucidação de conceitos básicos que fazem 
parte dessa rotina, trazendo análise das 
bases de cálculo a serem utilizadas, bem 
como de algumas sistemáticas necessárias 
na área de cálculos trabalhistas. 
Tem por objetivo, outrossim, ampliar o con-
hecimento do discente nos ensinamentos 
teóricos e práticos dos cálculos trabalhis-
tas, buscando a capacitação na execução 
de suas atividades, orientando os profis-
sionais do Direito do Trabalho na confecção 
de peças processuais, conferência e ho-
mologação dos cálculos trabalhistas. 
Dessa forma, nos oito módulos estudados 
serão abordados assuntos como a folha de 
pagamento do obreiro, verbas rescisórias, 
jornada de trabalho, segurança e medicina 
do trabalho, Fundo de Garantia por Tempo 
de Serviço – (FGTS), seguro-desemprego 
e peculiaridades do trabalho domésti-
co, sempre elucidados com a pertinência 
e relevância necessárias para sua melhor 
compreensão. 
É evidente que o tema não será esgotado 
em virtude da sua complexidade e envolvi-
mento de áreas que extrapolam as rotinas 
e conhecimentos ordinários dos operadores 
do direito, contudo será explorada de for-
ma clara e pertinente, apta a auxiliá-los no 
desenvolvimento da profissão. 
5/228
Unidade 1
Cálculos de Folha de Pagamento
Objetivos
1. Compreensão da folha de pagamento;
2. Explanação dos descontos obrigató-
rios;
3. Breve análise de institutos relaciona-
dos.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento6/228
Introdução
A folha de pagamento constitui uma obrigação do empregador, uma vez que, através dela, o 
trabalhador toma conhecimento da discriminação de todas as verbas e descontos envolvidos no 
pagamento de seu salário, notadamente, a principal obrigação oriunda do contrato de trabalho.
1. Folha de Pagamento: Proventos e Descontos
A elaboração da folha de pagamento, que poderá ser feita de forma manuscrita, por meios me-
cânicos ou eletrônicos, configura, dentre outras, uma das obrigações do empregador. 
Essa obrigatoriedade decorre de imposição legal trazida pelo artigo 32, I da Lei 8.212/91, a saber: 
Art. 32. A empresa é também obrigada a: I - preparar folhas-de-pagamento das 
remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo 
com os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade 
Social.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento7/228
O documento mencionado deverá trazer, de um lado, todos os proventos, que compreendem os 
ganhos, vencimentos e, do outro, todos os descontos englobados na remuneração do emprega-
do. Assim, para melhor compreensão, a tabela a seguir traz os principais proventos e descontos 
constantes na folha de pagamento, os quais serão analisados e conceituados oportunamente.
Tabela 1 | Principais proventos e descontos constantes na folha de pagamento
PROVENTOS DESCONTOS
Salário Contribuição Previdenciária
Horas Extras Imposto de renda
Férias Contribuição Sindical
Adicional de Insalubridade Vale Transporte
Adicional de Periculosidade Adiantamentos salariais
Adicional Noturno Faltas e Atrasos
Décimo terceiro salário Plano de saúde 
Outros proventos previstos em lei Outros descontos previstos em lei
Fonte: elaborada pela autora (2017)
É cediço que o salário, aqui compreendido em seu sentido mais amplo, possui caráter alimentar, 
com objetivo de prover o trabalhador e sua família, pelo que goza de especial proteção em dis-
positivos constitucionais e infraconstitucionais.
A proteção do salário encontra resguardo em alguns princípios, como o princípio da intangibili-
dade salarial, que consubstancia, dentre outros, no artigo 7º, X da Constituição Federal, a saber: 
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento8/228
“São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria 
de sua condição social: X - proteção do sa-
lário na forma da lei, constituindo crime sua 
retenção dolosa”.
Ademais, o artigo 462 da Norma Consolida-
da prevê ser vedado ao empregador efetuar 
descontos nos salários do empregado, salvo 
quando resultar de adiantamentos, disposi-
tivos de lei ou contrato coletivo.
Dessa forma, o empregador não pode, salvo 
se autorizado por lei, norma coletiva, ou em 
casos expressamente previstos pelo próprio 
empregado, efetuar quaisquer descontos 
no salário do empregado. 
1.1. Descontos obrigatórios na 
folha de pagamento
Não obstante a expressa vedação do empre-
gador em efetuar descontos não autoriza-
dos, este é obrigado a realizar determinados 
descontos na folha de pagamento. São eles: 
contribuição previdenciária – INSS; contri-
buição fiscal – imposto de renda.
1.1.1. Contribuição previdenci-
ária – INSS
Todos aqueles que exercem atividade labo-
rativa com vínculo registrado na Carteira de 
Trabalho devem contribuir para a Previdên-
cia Social.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento9/228
Nesse caso, além de pagar a contribuição 
patronal, o empregador possui, também, a 
obrigação de descontar a contribuição rela-
tiva ao empregado e fazer o devido recolhi-
mento. Conforme já exposto, o empregador 
tem a obrigação de elaborar mensalmente 
a folha de pagamento, o que também acar-
reta a obrigação acessória de transmitir 
as informações para a Previdência Social e 
FGTS - Caixa Econômica, através do Sistema 
Empresa de Recolhimento do FGTS e Infor-
mações à Previdência Social (SEFIP).
A contribuição do empregado terá alíquota 
de 8%, 9% ou 11%, a depender da faixa de 
enquadramento do seu salário de contri-
buição, o que será determinado pela Previ-
dência Social.
Link
Sobre o recolhimento complementar do trabalha-
dor intermitente que percebe remuneração infe-
rior a um salário mínimo, acesse o link: <https://
g1.globo.com/economia/noticia/trabalha-
dor-podera-pagar-diferenca-da-contribui-
cao-previdenciaria-quando-receber-me-
nos-de-1-salario-minimo-diz-fisco.ghtml>. 
Acesso em: 20 dez. 2017.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento10/228
Esse valor, para o empregado e trabalhador avulso, corresponde à:
Assim, tem-se como base de cálculo o salário de contribuição, que observará os limites mínimo 
e máximo, nos valores estabelecidos através da Portaria MF nº 8, de 13 de janeiro 2017:
remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalida-
de dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o 
mês, destinados a retribuir o salário, qualquer que seja sua forma, inclusive as 
gorjetas, os ganhos habituaissob a forma de utilidades e os adiantamentos de-
correntes de reajuste salarial, quer pelo serviço efetivamente prestado, quer pelo 
tempo a disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou 
do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença 
normativa. (BRASIL, 1991, [s.p.])
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento11/228
Tabela 2 | Tabela de contribuição previdenciária
Salário de Contribuição (R$)
Alíquota para fins de recolhimento 
de INSS (%)
Até R$ 1.659,38 8%
de 1.659,39 até 2.765,66 9%
de 2.765,67 até 5.531,31 11%
Fonte: Portaria MF nº 8 (2017, [s.p.]).
Importante salientar que o limite máximo deverá ser observado. Dessa forma, ainda que o tra-
balhador perceba remuneração de, por exemplo, R$ 10.000,00, ou possua mais de um vínculo, 
e seus ganhos somados ultrapassem o limite de R$ 5.531,31, o desconto incidirá sobre o valor 
limite, no caso R$ 5.531,31 e não sobre o total percebido.
Cumpre esclarecer que os valores que compõem as tabelas relativas aos valores do INSS e IRPF 
são alterados anualmente, sendo as tabelas utilizadas neste material vigentes no ano de 2017.
No que tange ao 13º salário, a alíquota deve ser aplicada de forma autônoma, não devendo este 
ser somado a outras verbas para o respectivo enquadramento na tabela.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento12/228
Ademais, insta esclarecer que, nos moldes 
do artigo 214, §14 do Decreto 3.048/99, “a 
incidência da contribuição sobre a remune-
ração das férias ocorrerá no mês a que elas 
se referirem, mesmo quando pagas anteci-
padamente, na forma da legislação traba-
lhista”. 
O recolhimento será feito através da Guia 
da Previdência Social (GPS) e deverá ocorrer 
até o dia 20 do mês seguinte ao que se refe-
re à contribuição, e a do 13º salário até o dia 
20 de dezembro.
Exemplo 1: 
Empregado admitido sobre o salário fixo 
mensal de R$ 1000,00. Não realiza horas 
extras e não percebe qualquer adicional. O 
desconto referente ao INSS será de 8% so-
bre esse valor, ou seja, R$ 80,00.
Exemplo 2:
Empregado com salário de R$ 4.500,00 que 
percebe adicional de insalubridade no va-
lor de R$ 1.500,00. O salário do emprega-
do será de R$ 6000,00. Contudo, deverá 
ser considerado o limite máximo estabele-
cido na tabela acima. Portanto, o desconto 
será de 11% sobre o limite máximo de R$ 
5.531,31 ou seja, R$ 608,44.
Para saber mais
Para melhor compreensão de quais verbas têm 
a incidência da contribuição previdenciária, ve-
rifique em: “Cálculos Trabalhistas: para rotinas, 
liquidação de sentença e atualização de débitos 
Judiciais”, de Gisele Mariano da Rocha.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento13/228
1.1.2. Contribuição Fiscal – Im-
posto de Renda
O imposto de renda devido pelo trabalhador 
será retido na fonte pagadora, descontado 
pelo empregador diretamente na folha do 
pagamento do empregado e incidirá sobre 
os rendimentos tributáveis do obreiro, obe-
decidos os valores estabelecidos nas tabe-
las progressivas divulgadas pela Receita Fe-
deral do Brasil.
Note-se que algumas verbas sofrem tribu-
tação exclusiva na fonte e, portanto, devem 
seguir algumas regras específicas, a saber: 
a) o 13º salário deverá ser tributado em se-
parado, na sua integralidade, na época de 
quitação da última parcela; b) da mesma 
forma deve-se proceder com os rendimen-
tos relativos às férias acrescidas do terço 
constitucional, ainda quando o pagamento 
se der em dobro; c) a importância percebida 
a título de participação nos lucros, deve es-
tar nos moldes da Lei 10.101/2000.
Para efeito de cálculos, será empregada a 
tabela utilizada a partir do mês de abril de 
2015:
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento14/228
Tabela 3 | Tabela progressiva para cálculo do imposto de renda
Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$)
Até 1.903,98 - -
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36
Fonte: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/irpf-imposto-de-renda-
-pessoa-fisica#tabelas-de-incid-ncia-mensal>. Acesso em: 10 jan. 2018.
A tabela acima determina, além da alíquota e base de cálculo, o valor da parcela a ser deduzida.
Para saber mais
Sobre as parcelas que podem ser deduzidas, verifique em “Cálculos Trabalhistas: para rotinas, liquidação de 
sentença e atualização de débitos Judiciais”, de Gisele Mariano da Rocha.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento15/228
Constituirá obrigação do empregador infor-
mar à Secretaria da Receita Federal do Brasil 
a Declaração do Imposto sobre a Renda Re-
tido na Fonte (DIRF).
Assim, temos o seguinte exemplo:
Empregado contratado com salário mensal 
de R$ 3.000,00 que recebe adicional de in-
salubridade no valor de R$ 900,00, portanto, 
seu salário de contribuição para o INSS será 
de R$ 3.900,00. O valor a ser deduzido será 
de 11%, ou seja, R$ 429,00. Assim, tem-se 
como base de cálculo para o IRRF a base de 
cálculo de R$ 3.471,00. Considerando a ta-
bela, o valor se enquadra na faixa da alíquo-
ta de 15%, ou seja, R$ 520,65. Deduzido o 
valor de R$ 354,80 o valor do imposto des-
contado será de R$ 165,85.
1.2. Contribuição sindical dos 
empregados 
Antes do advento da Lei 13.467/2017, a 
contribuição sindical dos empregados era 
devida por todos aqueles que participassem 
de uma determinada categoria econômica 
ou profissional, ou de uma profissão libe-
ral, em favor do sindicato representativo da 
profissão ou categoria, ou caso inexista, da 
federação correspondente. Dessa forma, 
tratava-se de desconto obrigatório na folha 
de pagamento dos empregados.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento16/228
Com a vigência da Lei 13.467/2017, o artigo 579 da CLT passou a disciplinar que:
Nesse sentido, conforme disposição do artigo 545 da CLT: “Os empregadores ficam obrigados a 
descontar da folha de pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autori-
zados, as contribuições devidas ao sindicato, quando por este notificados” (BRASIL, 2017, [s.p.]).
Assim, a contribuição sindical que antes era obrigatória passou a ser facultativa, dependendo, 
portanto, de autorização expressa do empregado. 
O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e ex-
pressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou pro-
fissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da 
mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto 
no art. 591 desta Consolidação. 
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento17/228
Nesse sentido, o artigo 578 da CLT expressa que: 
Uma vez autorizada, a contribuição sindical deverá ser recolhida pelo empregador, anualmente, 
de uma vez só, mediante desconto na folha de pagamento do empregado, no mês de março, em 
valor correspondente a um dia da remuneração deste, conforme artigos 580 e 582 da CLT.
Destarte, o recolhimento da contribuição referente a empregados e trabalhadores avulsos 
ocorrerá no mês de abril de cada ano, e o relativo aos agentes ou trabalhadores autônomos e 
profissionais liberais no mês de fevereiro, sempre ressalvada a exigência de autorização prévia e 
expressa, nos moldes do artigo 579 da CLT.
As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias eco-
nômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas 
entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas 
e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressa-
mente autorizadas. (BRASIL, 2017, [s.p.]) 
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento18/228
A contribuição será recolhida à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil S.A. ou aosesta-
belecimentos bancários nacionais integrantes do sistema de arrecadação dos tributos federais, 
que por sua vez repassarão à Caixa Econômica Federal as importâncias arrecadadas (artigo 586 
da CLT).
A contribuição sindical tem natureza jurídica de tributo e o recolhimento será efetuado através 
da Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical Urbana (GRCSU), normalmente fornecida pe-
los Sindicatos, mas que também se encontra disponível para emissão no site da Caixa Econômica 
Federal. O recolhimento será feito em apenas uma guia por empresa, nela computada a soma 
das contribuições sindicais dos respectivos empregados.
Note-se que o artigo 580 da CLT, ao se referir ao valor da contribuição, não se utiliza do termo 
salário, mas da remuneração do empregado. O artigo 457, caput e § 1º, por sua vez, estabelecem 
que: 
Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, 
além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contrapres-
tação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário a importância 
fixa estipulada, as gratificações legais e de função e as comissões pagas pelo em-
pregador.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento19/228
Considera-se como um dia de trabalho, 
para determinação da importância devida 
(artigo 582 da CLT):
• uma jornada normal de trabalho, se 
o pagamento do empregado for feito 
por unidade de tempo;
• 1/30 (um trinta avos) da quantia per-
cebida no mês anterior, se a remune-
ração for paga por tarefa, empreitada 
ou comissão.
 Assim, podem ser citados os seguintes 
exemplos:
a) Empregado que exerce jornada de 06 
horas diárias, com salário no valor de R$ 
10,00 por hora. Para esse empregado, a 
contribuição sindical será equivalente 
a uma jornada de trabalho, portanto, 
06hs x R$10,00. Ou seja, a contribuição 
sindical será no valor de R$ 60,00.
b) Empregado admitido com salário base 
de R$ 1.000,00, que percebe adicional 
de insalubridade no valor de R$ 300,00 
terá como base de cálculo para a con-
tribuição sindical a remuneração de R$ 
1.300,00. O valor da contribuição sindi-
cal será auferido dividindo-se o valor de 
R$ 1.300,00 por 30 dias de trabalho o 
que resultará no valor de R$ 43,33.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento20/228
2. Abono PIS-PASEP
Segundo o artigo 239 da Constituição Federal:
 
Assim, determina o § 3º do mesmo artigo que, para os empregados que percebam de empre-
gadores que contribuem para o PIS ou para o Programa de Formação do PASEP até dois salá-
rios mínimos de remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, 
computado nesse valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participa-
vam dos referidos programas, até a data da promulgação da Constituição Federal de 1988.
A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração So-
cial, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Pro-
grama de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Comple-
mentar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta 
Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-
-desemprego e o abono de que trata o § 3º deste artigo. (BRASIL, 1988, [s.p.])
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento21/228
Nesse sentido, o artigo 9º, I da Lei 7.998/90, 
com redação dada pela Lei 13.134/15, pre-
vê que é assegurado o recebimento de abo-
no salarial anual, no valor máximo de um 
salário mínimo vigente na data do respec-
tivo pagamento, aos empregados que: I - 
tenham percebido, de empregadores que 
contribuem para o Programa de Integração 
Social (PIS) ou para o Programa de Forma-
ção do Patrimônio do Servidor Público (Pa-
sep), até 2 (dois) salários mínimos médios 
de remuneração mensal no período traba-
lhado e que tenham exercido atividade re-
munerada pelo menos durante 30 (trinta) 
dias no ano-base; II - estejam cadastrados 
há pelo menos 5 (cinco) anos no Fundo de 
Participação PIS-Pasep ou no Cadastro Na-
cional do Trabalhador.
O valor do abono será calculado na propor-
ção de 1/12 (um doze avos) do salário mí-
nimo vigente na data do respectivo paga-
mento, multiplicado pelo número de meses 
trabalhados no ano correspondente, consi-
derando como mês integral a fração igual 
ou superior a 15 dias (artigo, 9º, § 2º e § 3º). 
Assim, considerando o salário mínimo de 
R$ 937,00, uma pessoa que tenha laborado 
de 30 a 44 dias, perceberá o abono no valor 
de R$ 79,00. Caso tenha laborado entre 45 
e 74 dias, o valor de R$ 157,00.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento22/228
3. Programa de Alimentação do 
Trabalhador
O Programa de Alimentação do Trabalhador 
foi instituído pela Lei 6.321/76 e tem como 
prioridade o auxílio ao trabalhador de baixa 
renda, assim considerado aquele que per-
cebe remuneração de até 05 (cinco) salários 
mínimos. O empregador que aderir ao pro-
grama terá benefícios de natureza tributá-
ria.
Em que pese a onerosidade suportada pela 
empresa na concessão do benefício, este 
não possui natureza salarial para nenhum 
fim.
Nesse sentido, tem-se a Orientação Juris-
prudencial nº 133 SDI-1 do TST “A ajuda 
alimentação fornecida por empresa par-
Link
Informações sobre datas de pagamento e tabela 
com valores e informações sobre o abono salarial 
- MP 797/2017 - encontram-se disponíveis no 
site da Caixa Econômica Federal. Disponível em: 
<http://www.caixa.gov.br/beneficios-traba-
lhador/pis/Paginas/default.aspx>. Acesso em: 
20 dez. 2017.
Para saber mais
A Medida Provisória 813/2017 alterou a redação 
do artigo 4º da Lei Complementar nº 26 de 1975 
e estabeleceu que as contas creditadas nas con-
tas individuais dos participantes do PIS-PASEP 
ficariam disponíveis aos titulares, para saque do 
saldo, nas hipóteses previstas nos incisos I a IV do 
§ 1º do mesmo artigo. A leitura se faz necessária.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento23/228
ticipante do programa de alimentação do 
trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/76, 
não tem caráter salarial. Portanto, não inte-
gra o salário para nenhum efeito legal”. 
No mesmo sentido, preconiza o artigo 3º da 
Lei 6.321/76, ao salientar que “não se inclui 
como salário de contribuição a parcela paga 
in natura, pela empresa, nos programas de 
alimentação aprovados pelo Ministério do 
Trabalho”.
4. Vale Transporte
O vale transporte foi instituído pela Lei 
7.418/85, posteriormente regulamentada 
pelo Decreto 95.247/87, com objetivo de 
facilitar o deslocamento do trabalhador ao 
emprego.
Assim, o empregador antecipa ao emprega-
do o benefício do vale transporte para uti-
lização efetiva com despesas de desloca-
mento entre a residência e o trabalho, atra-
vés de sistema de transporte coletivo públi-
co, urbano ou intermunicipal e/ou interes-
tadual com características semelhantes aos 
urbanos, geridos diretamente ou mediante 
concessão ou permissão de linhas regulares 
e com tarifas fixadas pela autoridade com-
petente, excluídos os serviços seletivos e os 
Link
Mais informações sobre formas de adesão encon-
tram-se disponíveis no site do Ministério do Tra-
balho. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/
pat>. Acesso em: 20 dez. 2017.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento24/228
especiais (artigo 1º Lei 7.418/85).
O valor do vale transporte será rateado en-
tre empregado e empregador, sendo que o 
primeiro arcará com o valor máximo de 6% 
do seu salário base e o segundo o que exce-
der esse valor.
Assim, se o trabalhador ganha o valor de R$ 
1.000,00 como salário base e seu vale trans-
porte custará o equivalente a R$ 300,00 por 
mês, ele arcará com somente R$ 60,00 e o 
empregador com os outros R$ 240,00.
Cumpre esclarecer que os valores relativos 
ao vale transporte não integram os ganhosdo trabalhador, não servindo de base de cál-
culo para INSS, FGTS e IRRF. 
5. Registro na Carteira de Traba-
lho (CTPS)
A Carteira de Trabalho e Previdência 
Social (CTPS) é documento obrigatório do 
trabalhador que exerce suas atividades 
mediante vínculo de emprego.
A Carteira de Trabalho será apresentada, 
mediante contra-recibo, pelo obreiro ao 
empregador quando da sua admissão, o 
qual terá o prazo de quarenta e oito horas 
para fazer as anotações referentes à data 
de admissão, à remuneração e às condições 
especiais, se houver, podendo utilizar-se 
de sistema manual, mecânico ou eletrôni-
co, conforme instruções a serem expedi-
das pelo Ministério do Trabalho (artigo 29, 
caput, CLT).
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento25/228
Devem constar as anotações concernentes à 
remuneração, com especificação de salário 
e sua composição (artigo 29, § 1º da CLT).
Trata-se de obrigação do empregador, cuja 
inobservância acarretará a lavratura de auto 
de infração pela Fiscalização do Trabalho, 
(artigo 29, § 3º da CLT) além de multa.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento26/228
Glossário
PASEP: Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
PIS: Programa de Integração Social
SDI-1: Subseção I Especializada em Dissídios Individuais - SBDI
Questão
reflexão
?
para
27/228
Os descontos na folha de pagamento constituem uma 
obrigação do empregador. Essa obrigação teria como 
objetivo trazer benefícios ao empregado? Seria razoável 
que as partes do contrato pudessem transigir sobre es-
sas obrigações?
28/228
Considerações Finais
• A elaboração folha de pagamento constitui obrigação do empregador, a 
quem incumbe efetuar alguns descontos obrigatórios;
• O empregador que aderir ao Programa de Alimentação do Trabalhador terá 
benefícios de natureza tributária;
• A lei estabelece a forma de rateio do vale transporte;
• O registro em CTPS do empregado não constitui mera faculdade, não ha-
vendo em que se falar em transação sobre o tema.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento29/228
Referências
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 7. ed. São Paulo: Editora LTR, 2011.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 20 dez. 2017.
_____. Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Tra-
balho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso 
em: 20 dez. 2017.
_____. Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976. Dispõe sobre a dedução, do lucro tributável para fins 
de imposto sobre a renda das pessoas jurídicas, do dobro das despesas realizadas em progra-
mas de alimentação do trabalhador. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L6321.htm>. Acesso em: 20 dez. 2017.
_____. Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985. Institui o Vale-Transporte e dá outras providên-
cias. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7418.htm>. Acesso em: 20 dez. 
2017.
_____. Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990. Regula o Programa do Seguro-Desemprego, o 
Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras providências. Dispo-
nível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7998.htm>. Acesso em: 20 dez. 2017.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento30/228
_____. Decreto nº 3.048, de 06 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social, 
e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.
htm>. Acesso em: 20 dez. 2017.
_____. Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Portaria MF nº 08, de 13 de janeiro de 2017. 
Dispõe sobre o reajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS 
e dos demais valores constantes do Regulamento da Previdência Social - RPS. Disponível em: 
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=79662>. 
Acesso em: 20 dez. 2017.
_____. Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, 
institui Plano de Custeio, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L8212cons.htm>. Acesso em: 20 dez. 2017.
_____. Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000. Dispõe sobre a participação dos trabalhado-
res nos lucros ou resultados da empresa e dá outras providências. Disponível em: <http://www.
guiatrabalhista.com.br/legislacao/lei10101.htm>. Acesso em: 20 dez. 2017.
_____. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis nos 6.019, de 3 de janeiro 
de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a le-
gislação às novas relações de trabalho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2015-2018/2017/lei/L13467.htm>. Acesso em: 20 dez. 2017.
Unidade 1 • Cálculos de Folha de Pagamento31/228
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 24. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 
2011.
ROCHA, Gisele Mariano da. Cálculos Trabalhistas: para rotinas, liquidação de sentença e atuali-
zação de débitos judiciais. São Paulo: Livraria do Advogado, 2014.
SILVA, Homero Batista Mateus da. Comentários à Reforma Trabalhista. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2017.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. Orientações Jurisprudenciais. Disponível em http://www.
tst.jus.br/ojs . Acesso em 09 jan 2018.
32/228
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Cálculos de Folha de Pagamento. 
Bloco I
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/6e1f887f10e6bffe29bfa04c261470a6>.
Aula 1 - Tema: Cálculos de Folha de Pagamento. 
Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/2ac6c4ca4759316bcfdcf29585383870>.
33/228
1. A folha de pagamento, obrigatoriamente elaborada pelo empregador, 
conterá todos os proventos do trabalhador. Assim, configuram proventos 
do trabalhador, EXCETO:
a) Adicional de Insalubridade.
b) Décimo terceiro salário.
c) Contribuição Sindical.
d) Salário.
e) Horas Extras.
Questão 1
34/228
2. “A contribuição do empregado terá alíquota __________, a depender 
da faixa de enquadramento do seu salário de contribuição.” Assinale a al-
ternativa que completa corretamente a assertiva acima:
a) Correspondente a um dia de trabalho do empregado.
b) De 8%, 9% ou 11%.
c) De 7,5%, 15%, 22,5% ou 27,5%.
d) De 9%, 10% e 11%.
e) De 10%, 11% ou 12%.
Questão 2
35/228
3. Conforme dicção do artigo 583 da CLT, o recolhimento da contribuição 
sindical referente a empregados e trabalhadores avulsos ocorrerá em qual 
mês?
a) Fevereiro.
b) Maio.
c) Abril.
d) Junho.
e) Agosto.
Questão 3
36/228
4. NÃO incidirão Imposto de Renda Retido na Fonte e INSS sobre a seguin-
te verba:
a) Vale transporte.
b) Adicional de insalubridade.
c) Adicional de periculosidade.
d) Adicional noturno.
e) Décimo terceiro salário.
Questão 4
37/228
5. Conforme dicção do artigo 29 da Consolidação das Leis Trabalhistas, a 
Carteira de Trabalho será apresentada, mediante contra-recibo, pelo obrei-
ro ao empregador, quando da sua admissão, o qual:
a) Terá o prazo de vinte e quatro horas para fazer as respectivas anotações.
b) Terá o prazo de quarenta e oito horas para fazer as respectivas anotações.
c) Em comum acordo com o empregado, definirá o melhor prazo para efetuar as anotações.
d) Somente fará as anotações depois de decorrido o período de experiência.
e) Terá o prazo de setenta e duas horas para fazer as respectivasanotações.
Questão 5
38/228
Gabarito
1. Resposta: C.
A contribuição sindical configura descon-
to referente a um dia de trabalho, efetuado 
anualmente na folha de pagamento do em-
pregado, desde que devidamente autoriza-
do por ele.
2. Resposta: B.
Conforme dicção do artigo 20 da Lei 
8.212/91.
3. Resposta: C.
Nos moldes do artigo 583 da CLT. A con-
tribuição sindical descontada no mês de 
março e recolhida no mês de abril mediante 
Guia de Recolhimento de Contribuição Sin-
dical Urbana – GRCSU.
4. Resposta: A.
Conforme disposição da Lei 7.418/85.
5. Resposta: B.
Conforme artigo 29 da CLT.
39/228
Unidade 2
Rescisão Trabalhista
Objetivos
1. Exposição das formas de extinção do 
contrato de trabalho;
2. Distinção entre rescisão com justa 
causa, sem justa causa, despedida 
indireta;
3. Conceito e rescisão dos contratos por 
prazo determinado.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista40/228
Introdução
Em regra, os contratos de trabalho vigoram 
por prazo indeterminado. Destarte, podem 
ser rescindidos de três formas: com justa 
causa do empregado, com justa causa do 
empregador e sem justa causa. Algumas re-
gras inerentes a essas dispensas se aplicam 
também na rescisão dos contratos com pra-
zo determinado, que, por sua vez, possuem 
diretrizes próprias de extinção. 
1. Conceito
A rescisão trabalhista pode ser conceitua-
da como o término do liame empregatício, 
que por sua vez extingue o vínculo existente 
entre empregado e empregador, bem como 
as obrigações decorrentes do contrato de 
trabalho.
2. Tipos de Rescisões Trabalhis-
tas
Em que pese a norma consolidada se utilizar 
do termo “rescisão” para qualquer forma de 
terminação do contrato de trabalho, a dou-
trina diverge sobre essa nomenclatura.
Para fins didáticos, aos ensinamentos de 
Renato Saraiva (2012, p.263), serão utiliza-
das “as seguintes nomenclaturas para indi-
car as formas de terminação do contrato de 
emprego: resilição, resolução, rescisão, for-
mas atípicas de extinção normal do contra-
to de trabalho”.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista41/228
Entende-se por resilição o rompimento do 
vínculo de emprego, por uma ou ambas as 
partes, de forma imotivada ou sem justo 
motivo. Nessa hipótese, estão compreendi-
das três situações: pedido de demissão do 
obreiro; dispensa sem justa causa do em-
pregado; distrato. Entendemos que, com 
o advento da Lei 13.467/2017, a hipótese 
de rescisão por acordo entre empregado e 
empregador também passa a se enquadrar 
como hipótese de resilição.
Já a resolução ocorre em virtude de ato fal-
toso, praticado por um ou por ambos os su-
jeitos do contrato. Essa situação, que tam-
bém pode ocorrer tanto nos contratos por 
prazo determinado quanto por prazo inde-
terminado, materializa-se em três hipóte-
ses: demissão por justa causa; rescisão ou 
despedida indireta; culpa recíproca.
A rescisão, por sua vez, configura hipóte-
se de término do contrato em decorrência 
de nulidade. É o que ordinariamente ocorre 
quando a administração pública, direta ou 
indireta, efetua contratações em desacordo 
com o mandamento constitucional que exi-
ge a realização de concurso público.
Para saber mais
A classificação mencionada encontra-se disponí-
vel em “Direito do Trabalho”, de Renato Saraiva. 
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista42/228
Como formas atípicas de extinção do contrato 
de trabalho podem-se destacar: extinção da 
empresa ou estabelecimento; morte do em-
pregador pessoa física; morte do emprega-
do; falência da empresa; força maior; fato 
do príncipe; aposentadoria espontânea; 
desempenho de obrigações legais incom-
patíveis.
Por fim, a extinção normal do contrato de 
trabalho se dá quando há cumprimento in-
tegral do objeto pactuado no contrato por 
prazo determinado.
Cumpre frisar, mais uma vez, que não há 
unanimidade na doutrina sobre a classifica-
ção da extinção dos contratos de trabalho.
Ademais, a Lei 13.467/2017 acrescentou o 
artigo 484-A à CLT, trazendo mais uma for-
ma de extinção do liame empregatício, de-
nominada rescisão por acordo entre empre-
gado e empregador.
Todas as formas acima mencionadas têm 
em comum o fato de colocarem fim no pac-
to laboral, e diferem-se, principalmente, no 
que tange ao pagamento das verbas resci-
sórias, conforme será demonstrado no mo-
mento oportuno.
Passamos a analisar algumas das formas 
mais usuais de extinção dos contratos de 
trabalho.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista43/228
2.1. Dispensa sem justa causa
A dispensa sem justa causa ocorre quando o 
empregador promove a ruptura do contrato 
de trabalho, independentemente da von-
tade do empregado, de forma imotivada e 
unilateral.
Em princípio, o empregador possui direito 
potestativo de promover a dispensa imo-
tivada do empregado, encontrando limites 
em algumas situações determinadas, como 
os empregados que gozam das estabilida-
des previstas em lei.
Isso porque o Brasil denunciou em 
20/11/1996 a Convenção número 158 da 
Organização Internacional do Trabalho, so-
bre o Término da Relação de Trabalho por Ini-
ciativa do Empregador, que regulamentaria 
a dispensa imotivada, prevendo a necessi-
dade de uma causa justificada, relacionada 
com a capacidade, comportamento ou ba-
seada nas necessidades de funcionamento 
da empresa, estabelecimento ou serviço.
Importante salientar que a dispensa imoti-
vada não se confunde com dispensa pau-
tada em critérios discriminatórios, que por 
sua vez fere o princípio constitucional da 
isonomia, previsto no artigo 5º da Consti-
tuição Federal de 1988.
Link
A Convenção 158 encontra-se disponível no site 
da OIT Brasil. Disponível em:
<http://www.ilo.org/brasilia/convencoes/
WCMS_236164/lang--pt/index.htm>. Acesso 
em: 22 dez. 2017.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista44/228
Mesmo se tratando de um direito do em-
pregador, é certo que o legislador tenta de-
sestimular tal forma de ruptura, prevendo o 
pagamento de verbas de natureza indeniza-
tória, não devidas, por exemplo, na dispensa 
por justa causa.
Assim, quando da dispensa sem justa causa, 
conforme veremos no momento oportuno, 
o trabalhador fará jus, dentre outras verbas, 
de indenização compensatória no valor de 
40% dos depósitos fundiários, guias de se-
guro-desemprego, aviso prévio trabalhado 
e indenizado.
2.2. Dispensa com justa causa
Entende-se por justa causa o ato faltoso 
cometido pelo empregado, cuja gravidade 
culmina na quebra da confiança e boa-fé 
presentes no contrato de trabalho e, como 
consequência, acarreta seu fim.
A dispensa por justa causa é considerada a 
maior penalidade que pode ser aplicada ao 
obreiro. Isso porque essa forma de dispen-
sa retira do empregado, em regra, qualquer 
direito a verbas de natureza indenizatória, 
percebendo apenas saldo de salário e férias 
vencidas acrescidas do terço constitucional. 
Assim, dada sua gravidade, a dispensa por 
justa causa prescinde da comprovação de 
alguns requisitos: gravidade da falta; pro-
porcionalidade da pena; non bis in idem; 
imediaticidade; inalteração da punição; 
vinculação entre a infração e a pena; con-
duta dolosa ou culposa do obreiro.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista45/228
O artigo 482 da Consolidação das Leis Trabalhistas estabelece as hipóteses fáticas aptas a con-
figurarem a justa causa do empregador, a saber:
Para saber mais
Como sugestão, faça a leitura do “Curso de Direito do Trabalho”, de Alice Monteiro de Barros, Editora LTR. 
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do emprega-
dor, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o 
empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso nãotenha ha-
vido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista46/228
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pes-
soa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, 
própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o em-
pregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou 
de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício 
da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. (BRASIL, 1943, 
[s.p.])
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista47/228
O parágrafo único, por sua vez, determina 
que constitui igualmente justa causa para 
dispensa de empregado, a prática, devida-
mente comprovada em inquérito adminis-
trativo, de atos atentatórios à segurança 
nacional.
Além do artigo 482 da CLT, algumas outras 
situações aptas a ensejar a dispensa por 
justa causa são trazidas pela própria norma 
e também por outros diplomas legais. Cita-
mos como exemplo o artigo 240 da CLT e o 
artigo 7º, § 3º do Decreto 95.247/87.
Nesse sentido, discute-se se o artigo 482 da 
CLT seria taxativo ou exemplificativo. Em-
bora a lei determine outras hipóteses que 
ensejem a dispensa com justa causa, todas 
elas podem ser englobadas nos tipos des-
critos no artigo 482 da norma consolida-
da, prevalecendo, portanto, que a lista nele 
contida é taxativa.
2.3. Despedida Indireta
A despedida indireta, também denominada 
por rescisão indireta, ocorre quando a falta 
grave apta a ensejar a ruptura do liame con-
tratual é cometida pelo empregador.
Link
Acesse o site “Consultor Jurídico” a respeito da de-
missão sem justa causa. Disponível em: <http://
www.conjur.com.br/2015-jul-06/alcoola-
tra-demitido-justa-causa-reintegrado-in-
denizado>. Acesso em: 20 dez. 2017.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista48/228
Ocorre que, para que o trabalhador comprove a justa causa do empregador, faz-se necessário o 
ajuizamento de reclamação trabalhista pleiteando a respectiva indenização. Nesse caso, confor-
me veremos em tópico próprio, reconhecida a justa causa do empregador, o trabalhador fará jus 
às mesmas verbas rescisórias a que teria direito se fosse dispensado sem justa causa.
Assim, o artigo 483 da CLT preconiza que:
o empregado poderá considerar rescindido o contrato de trabalho e pleitear a 
devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários 
aos bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor ex-
cessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, 
ato lesivo da honra e boa fama;
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista49/228
2.4. Rescisão por acordo entre empregado e empregador
Segundo o artigo 484-A da Norma consolidada, acrescentado pela Lei 13.467/2017, o contrato 
de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador.
Essa hipótese oficializou uma prática muito comum encontrada no mercado de trabalho, até 
então ignorada pelo legislador, em que a intenção de colocar fim ao liame laboral partia do em-
pregado, mas este negociava com o empregador para que fosse “mandado embora”. 
Nesse caso, conforme será analisado no momento oportuno, o artigo 484-A da CLT prevê que al-
gumas verbas, tais como aviso prévio indenizado e indenização sobre o FGTS serão devidas pela 
metade e as demais, na integralidade.
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de 
legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a 
afetar sensivelmente a importância dos salários. (BRASIL, 1943, [s.p.])
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista50/228
2.5. Contrato por Prazo Deter-
minado
Em virtude do princípio da continuidade da 
relação de emprego, tem-se como regra que 
todos os contratos sejam pactuados por 
prazo indeterminado, constituindo exceção 
os contratos por prazo determinado ou a 
termo.
O contrato por prazo determinado ou a ter-
mo somente poderá ser fixado nos casos 
permitidos em lei, podendo ser destacadas 
as seguintes modalidades:
I. Contrato por prazo determinado na 
Consolidação das Leis Trabalhistas – 
artigo 443 da CLT;
II. Contrato por prazo determinado – Lei 
9.601/1998;
III. Contrato de trabalho temporário – Lei 
6.019/1974;
IV. Contrato de obra certa.
Para saber mais
O contrato de trabalho intermitente, inovação 
trazida pela Lei 13.467/2017, também possibilita 
a rescisão por justa causa, nos moldes do artigo 
482 e 483 da CLT, conforme disposição do caput 
do artigo 452-E da CLT, cuja leitura recomenda-
-se.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista51/228
2.5.1. Contrato por prazo deter-
minado na CLT
Segundo o artigo 443 da Consolidação das 
Leis Trabalhistas, os contratos de trabalho 
poderão ser acordados verbalmente ou por 
escrito, por prazo determinado ou indeter-
minado, ou para prestação de trabalho in-
termitente.
O § 1º do mesmo artigo considera como 
prazo determinado o contrato cuja vigência 
dependa de termo prefixado ou da execução 
de serviços especificados, ou ainda da reali-
zação de certo acontecimento suscetível de 
previsão aproximada.
O § 2º, por sua vez, considera válido o con-
trato por prazo determinado somente em se 
tratando:
a) de serviço cuja natureza ou transito-
riedade justifique a predeterminação do 
prazo. Nesse caso, leva-se em consideração 
a natureza ou a periodicidade do trabalho 
a ser desenvolvido. Assim, podem ser cita-
dos como exemplos o aumento de produ-
ção pontual ou a realização de montagem 
de determinado equipamento.
b) atividades empresariais de caráter 
transitório. O caráter transitório, tempo-
rário e provisório diz respeito à atividade 
da empresa, e não ao trabalho desenvolvi-
do pelo empregado. Tem-se como exemplo 
empresas que funcionam em épocas deter-
minadas, como para comercializar artigos 
de Natal. Essa modalidade contratual, bem 
como a anterior, tem prazo máximo de 02 
anos (artigo 445 da CLT), podendo ser pror-
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista52/228
rogado uma única vez, sem contudo ultra-
passar esse prazo (artigo 451 da CLT).
c) contrato de experiência. O contrato de 
experiência constitui espécie de contrato 
por prazo determinado em que ambas as 
partes têm a oportunidade de verificar se 
têm interesse em estabelecer um vínculo 
por prazo indeterminado.
Mencionado contrato tem prazo máximo de 
90 dias, podendo ser prorrogado uma única 
vez sem, contudo, ultrapassar esse período, 
nos moldes do artigo 445, parágrafo único 
e 451 da CLT.
Assim, é possível que se faça um contrato 
de 30 dias e depois o prorrogue por mais 60 
dias. A prorrogação deve ocorrer de forma 
expressa, sendo que, se feita de forma táci-
ta, o contrato passará a viger por prazo in-
determinado.
2.5.1.1. Da Rescisão antecipada 
do contrato por prazo determi-
nado
Em regra, os contratos por prazo determi-
nado ou a termo extinguem-se na data pre-
vista.
As regras relativas ao término com justa 
causa também se aplicam a esses contra-
tos, prevalecendo as mesmas regras com 
relação às verbas rescisórias.
Contudo, caso o empregador, sem justa 
causa, dispense o empregado, será obriga-
do a pagar-lhe, a título de indenização, e 
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista53/228
por metade,a remuneração a que teria di-
reito até o término do contrato, nos moldes 
do artigo 479 da CLT. Igual direito detém o 
empregador.
Assim, o empregado também não pode-
rá desligar-se do contrato, sob pena de ser 
obrigado a indenizar o empregador dos pre-
juízos que desse fato resultarem em valor 
não excedente à que teria direito o empre-
gado nas mesmas condições (artigo 480 da 
CLT). 
2.5.2. Contrato por prazo deter-
minado da Lei 9.601/1998
A Lei 9.601/1998 trouxe a possibilidade da 
contratação por prazo determinado, inde-
pendentemente das condições estabeleci-
das no § 2º do artigo 443 da CLT. Ou seja, 
poderiam ser contratados trabalhadores 
por prazo determinado para quaisquer ati-
vidades.
Tais contratações também não estariam 
adstritas à regra contida no artigo 451 da 
CLT. 
Ocorre que o próprio diploma legal restrin-
giu essa espécie de contratação à previsão 
em acordos ou convenções coletivas.
Em virtude das inúmeras flexibilizações aos 
direitos trabalhistas trazidas pela norma em 
tela, esta ainda encontra grande resistência 
dos sindicatos obreiros, o que tem acarre-
tado pouca aplicação prática.
Caso haja rescisão antecipada desse con-
trato, não se aplica a disposição dos artigos 
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista54/228
479 e 480 da CLT, mas sim o que for determinado em Acordo ou Convenção coletiva, acrescido 
da multa de 40% sobre o FGTS.
2.5.3. Contrato por prazo determinado da Lei 6.019/1974
Segundo o artigo 2º da Lei 6.019/74, com redação dada pela Lei 13.429/2017, trabalho tempo-
rário 
Mencionada espécie contratual somente poderá ser utilizada no meio urbano, sendo vedada no 
meio rural, também sendo vedada em caso de greve, salvo, nesta última hipótese, nos casos pre-
vistos em lei.
(...) é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de traba-
lho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, 
para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente 
ou à demanda complementar de serviços.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista55/228
Sua aplicação e utilização podem ser verifi-
cadas, por exemplo, nos finais de ano, pelos 
hotéis, restaurantes, quando da necessida-
de de suprir o excesso de serviço em deter-
minados períodos.
Diferentemente dos contratos ordinários, 
nessa espécie contratual podem ser identi-
ficados três sujeitos: a empresa de trabalho 
temporário, que funciona como interme-
diadora de mão de obra e deve ser registra-
da no Ministério do Trabalho, o trabalhador 
temporário e o tomador de serviços.
Segundo o caput do artigo 10º da Lei 
6.019/74, qualquer que seja o ramo da em-
presa tomadora de serviços, não há víncu-
lo de emprego entre ela e os trabalhadores 
contratados pelas empresas de trabalho 
temporário.  
Com relação ao prazo, os §§ 1º e 2º do ar-
tigo 10 da Lei 6.019/74 prevê que contra-
to de trabalho temporário, com relação ao 
mesmo empregador, não poderá exceder o 
prazo de 180 dias, consecutivos ou não. Tal 
prazo poderá ser prorrogado por até noven-
ta dias, consecutivos ou não, além do prazo 
estabelecido no § 1o  do artigo 10, quando 
comprovada a manutenção das condições 
que o ensejaram.
2.5.4. Contrato de obra certa
O contrato por obra certa foi instituído pela 
Lei 2.959/1956, contudo, trata-se de con-
trato por prazo determinado, justificado 
pela natureza ou transitoriedade do contra-
to, nos mesmos moldes daqueles discipli-
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista56/228
nados no § 2º, artigo 443 da CLT.
O contrato por obra certa acaba com o final da obra ou do serviço contratado.
Na hipótese de ocorrer rompimento antecipado do contrato, sem justo motivo pelo empregador, 
o obreiro terá direito à multa prevista no artigo 479 da CLT, bem como à multa de 40% sobre o 
FGTS.
Ademais, nos moldes do artigo 2º da Lei 2.959/1956:
Prevalece o entendimento de que, finda a obra, o obreiro fará jus ao levantamento do saldo exis-
tente no FGTS, não havendo em que se falar na indenização prevista no artigo 2º.
(...) rescindido o contrato de trabalho em face do término da obra ou serviço, ten-
do o empregado mais de 12 (doze) meses de serviço, ficar-lhe-á assegurada a 
indenização por tempo de trabalho na forma do artigo 478 da Consolidação das 
Leis do Trabalho, com 30% (trinta por cento) de redução.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista57/228
Glossário
OIT: Organização Internacional do Trabalho.
Questão
reflexão
?
para
58/228
Sabe-se que a justa causa é a punição mais severa que 
pode ser aplicada ao empregado, uma vez que acarre-
ta uma drástica redução na composição de suas ver-
bas rescisórias. Nesse sentido, seria razoável considerar 
meramente exemplificativo o rol do artigo 482 da CLT? 
A aplicação de penalidade por hipótese não prevista no 
artigo seria considerada justa?
59/228
Considerações Finais 
• Nos contratos por prazo indeterminado, a forma de extinção implicará ne-
cessariamente na aferição das verbas rescisórias;
• Os contratos por prazo determinado somente poderão ser celebrados nas 
hipóteses previstas em lei, e em regra extinguem-se pelo fim do seu termo;
• Algumas das regras aplicadas na extinção dos contratos por prazo indeter-
minado também se aplicam aos contratos por prazo determinado quando 
do seu término antecipado, contudo, suas verbas rescisórias serão calcula-
das de forma própria.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista60/228
Referências 
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 7. ed. São Paulo: Editora LTR, 2011.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 20 dez. 2017.
_____. Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Tra-
balho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso 
em: 20 dez. 2017.
_____. Lei nº 2.959, de 17 de novembro de 1956. Altera o Del nº 5.452, de 01/05/32 (CLT), e 
dispõe sobre os contratos por obra o serviço certo. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L2959.htm>. Acesso em: 21 dez. 2017.
_____. Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974. Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas Empresas 
Urbanas, e dá outras Providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L6019.htm>. Acesso em: 21 dez. 2017.
_____. Lei nº 9.601, de 21 de janeiro de 1998. Dispõe sobre o contrato de trabalho por prazo de-
terminado e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9601.htm>. Acesso em: 21 dez. 2017.
Unidade 2 • Rescisão Trabalhista61/228
_____. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis nos 6.019, de 3 de janeiro 
de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a le-
gislação às novas relações de trabalho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2015-2018/2017/lei/L13467.htm>. Acesso em: 20 dez. 2017.
_____. Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987. Regulamenta a Lei n° 7.418, de 16 de 
dezembro de 1985, que institui o Vale-Transporte, com a alteração da Lei n° 7.619, de 30 de 
setembro de 1987. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d95247.htm>. 
Acesso em: 21 dez. 2017.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO – OIT. Convenção nº 158. Término da Relação 
de Trabalho por Iniciativa do Empregador. Disponível em: <http://www.oitbrasil.org.br/content/
t%C3%A9rmino-da-rela%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-por-iniciativa-do-empregador>. Acesso 
em: 21 dez. 2017.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 24. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 
2011.
SARAIVA, Renato. Direito do Trabalho.15. ed. São Paulo: Método, 2013.
SILVA, Homero Batista Mateus da. Comentários à Reforma Trabalhista. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2017.
62/228
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: Rescisão Trabalhista. Bloco I
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
cee299affe98e05147a4c1a76c99bea2>.
Aula 2 - Tema: Rescisão Trabalhista. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
cee299affe98e05147a4c1a76c99bea2>.
63/228
1. NÃO configura hipótese de rescisão do contrato de trabalho com justa cau-
sa:
a) Ato de improbidade.
b) Desídia no desempenho das respectivas funções.
c) Falta injustificada por 02 dias consecutivos.
d) Ato de indisciplina ou de insubordinação.
e) Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço, contra qualquer pessoa, ou ofensas 
físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa.
Questão 1
64/228
2. Segundo o artigo 483 da CLT, “o empregado poderá considerar rescindido 
o contrato de trabalho e pleitear a devida indenização” quando:
Questão 2
a) Não correr perigo manifesto de mal considerável.
b) Receber de seus superiores hierárquicos ordens com relação ao bom andamento do traba-
lho.
c) Cumprir corretamente o empregador com as obrigações do contrato.
d) Praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da 
honra e da boa fama.
e) O empregador exigir o uso de uniformes.
65/228
3. O contrato de experiência terá prazo máximo de:
Questão 3
a) 180 dias.
b) 30 dias.
c) 45 dias.
d) 60 dias.
e) 90 dias.
66/228
4. Nos contratos por prazo determinado, caso o empregador, sem justa causa, 
dispense o empregado, será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização:
Questão 4
a) Um salário mínimo.
b) Metade da remuneração a que teria direito até o fim do contrato.
c) Dois salários contratuais.
d) Um salário contratual.
e) O empregado não terá direito a nenhuma indenização, pois a rescisão decorre do seu direito 
potestativo.
67/228
5. Sobre o trabalho temporário previsto na Lei 6.019/1974, assinale a alter-
nativa CORRETA:
Questão 5
a) Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério 
do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas 
temporariamente.
b) A empresa tomadora contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhado-
res, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços.  
c) É permitida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em 
greve, em qualquer hipótese.
d) A empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério 
do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas 
temporariamente.
e) Empresa prestadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que cele-
bra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4o da Lei 
6.019/74.
68/228
Gabarito
1. Resposta: C.
Todas as alternativas estão descritas no ar-
tigo 482 da CLT, exceto a prevista no item C.
2. Resposta: D.
A hipótese trazida no item D encontra-se 
prevista no artigo 483 “e” da CLT.
3. Resposta: E.
Conforme disposição do artigo 451 da CLT.
4. Resposta: B.
Conforme expressa disposição do artigo 
480 da CLT.
5. Resposta: A.
A alternativa corresponde à disposição lite-
ral do artigo 4º da Lei 6.019/74. A alterna-
tiva B está incorreta pois quem contrata e 
assalaria é a empresa prestadora de servi-
ços, nos moldes do artigo 4-A, § 1º da Lei 
6.019/74. A alternativa C está incorreta 
porque expressa afronta ao artigo 2º, § 1º 
da Lei 6.019/74. A alternativa D está incor-
reta pois a descrição corresponde à empre-
sa prestadora de serviços e não tomadora. 
A alternativa E está incorreta pois o con-
ceito trazido refere-se à empresa tomado-
ra, conforme disposição do artigo 5º da Lei 
6.019/74.
69/228
Unidade 3
Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias
Objetivos
1. Exposição e formas de cálculos do 13º 
salário e férias, bem como contagem do 
aviso prévio;
2. Incidência ou não incidência das verbas 
expostas nas verbas rescisórias;
3. Distinção entre as verbas rescisórias de-
vidas nas diversas hipóteses de termina-
ção do contrato de trabalho.
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias70/228
Introdução
O pagamento do 13º salário e férias é um 
direito do empregado, considerado um 
grande avanço na esfera trabalhista. Da 
mesma forma, o aviso prévio tem como ob-
jetivo trazer maior segurança às partes con-
tratantes, para que não vejam o vínculo es-
tabelecido entre elas extinguir-se de forma 
abrupta. Ademais, a compreensão dessas 
verbas é imprescindível para a verificação 
de sua incidência no pagamento das verbas 
rescisórias devidas nas diferentes formas 
de extinção do contrato de trabalho.
1. 13º Salário
O 13º salário, também conhecido como 
gratificação natalina, integra o rol de direi-
tos sociais previsto no artigo 7º da CF/88, 
apesar de sua previsão datar de 1962, com 
a Lei 4.090/62.
Assim, a gratificação corresponderá a 1/12 
(um doze avos) da remuneração devida em 
dezembro, por mês de serviço do ano cor-
respondente, considerando como mês inte-
gral a fração igual ou superior a 15 dias.
Destarte, segundo a Lei 4.749/1965, a 
gratificação será paga até o dia 20 de de-
zembro de cada ano, em duas parcelas: a) 
a primeira, considerada adiantamento da 
gratificação, entre os meses de fevereiro e 
novembro de cada ano, no valor da meta-
de do salário percebido pelo obreiro no mês 
anterior; b) a segunda parcela, paga pelo 
empregador até o dia 20 de dezembro, utili-
zando-se como base a remuneração do mês 
de dezembro, compensada a importância a 
título de adiantamento. 
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias71/228
A base de cálculo utilizada para o paga-
mento da gratificação será a remuneração 
do empregado, que compreende todas as 
verbas percebidas pelo empregado com ha-
bitualidade ou por força de contrato.
Cumpre esclarecer que os valores relativos 
ao FGTS deverão ser recolhidos nas duas 
parcelas, enquanto o INSS e IRPF somente 
no pagamento da segunda parcela. Para os 
exemplos abaixo, serão utilizadas as alíquo-
tas disponíveis no Módulo 01, portanto, nos 
dois exemplos não haverá o pagamento de 
IRPF.
Assim, para o pagamento, utilizaremos o 
seguinte cálculo:
Para saber mais
Sobre o pagamento da gratificação para os tra-
balhadores com remuneração variável, verifi-
que em Renato Saraiva, “Direito do Trabalho”, 
série Concursos Públicos, bem como o Decreto 
57.155/1965.
Link
Sobre a base de cálculo da gratificação natalina, 
veja as Súmulas 45 e 60 do TST, disponíveis em: 
<http://www.tst.jus.br/sumulas>. Acesso em: 
21 dez. 2017.
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias72/228
Exemplo 1:
Mensalista admitido antes, ou até 17/01. 
Considerando a fração igual ou superior a 15 
dias, este trabalhador, em regra, terá direi-
to a 12/12 da gratificação. Assim, conside-
rando o trabalhador admitido no dia 05/01, 
com salário contratual de R$ 1.800,00, te-
mos:
• Primeira parcela – paga entre feve-
reiro e novembro: R$ 1.800,00/ 2 = 
R$900,00.
• Segunda parcela – paga até 20 de de-
zembro: R$ 900,00. Contudo, haverá 
o desconto de 9% referente ao INSS. 
Assim, 9% x R$ 1.800,00 = R$162,00. 
Portanto, o valor da segunda, com 
as respectivas deduções, será de R$ 
900,00 – R$ 162,00 = R$ 738,00.
Exemplo 2:
Trabalhador admitido em 01/02. Este terá 
direito a 11/12 da gratificação,uma vez que 
não terá direito à fração referente ao mês 
de janeiro. Considerando o salário mensal 
de R$ 1.800,00, temos:
• Primeira parcela: R$ 1.800,00 x 11/12 
= R$ 1.650,00/ 2 = R$ 825,00
• Segunda parcela: R$ 825,00 – (R$ 
1.650,00 x 8%) = R$ 825,00 – R$ 
132,00 = R$ 693,00. 
2. Férias
Da mesma forma que direito ao 13º salário, 
o direito às férias encontra-se constitucio-
nalmente previsto. Assim, o artigo 7º, XVII, 
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias73/228
garante o gozo de férias anuais remunera-
das com, pelo menos, um terço a mais do 
que o salário normal.
A aquisição das férias ocorrerá nos moldes 
do artigo 134 da CLT, contando-se 1/12 por 
mês de trabalho, desde a admissão, sendo 
que, ao final de 12 meses de labor, o obreiro 
terá completado o chamado período aqui-
sitivo. O período de 12 meses subsequente 
à aquisição é chamado de período conces-
sivo, dentro do qual o trabalhador deverá 
gozar suas férias.
Dessa forma, o trabalhador terá direito, em 
regra, a 30 dias de férias, diminuídos de 
acordo com suas faltas, nos termos do arti-
go 130, I da CLT.
Cumpre esclarecer que abordaremos o pa-
gamento das férias para os trabalhadores 
mensalistas que já completaram o período 
aquisitivo de um ano.
Link
A Lei 13.467/2017 trouxe a possibilidade de frui-
ção das férias em até três períodos, desde que 
haja concordância do empregado e respeitados 
os requisitos trazidos pelo artigo 134, § 1º da CLT, 
disponível em <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso 
em: 21 dez. 2017.
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias74/228
A base de cálculo a ser utilizada será a re-
muneração do empregado na época da 
concessão das férias.
E ainda, é facultado ao empregado a con-
versão de 1/3 do período de suas férias em 
abono pecuniário, no valor da remuneração 
que lhe seria devida nos dias corresponden-
tes.
O pagamento das férias deverá ser feito até 
dois dias antes do início do período de gozo, 
momento que o empregado dará quitação 
do pagamento em recibo, no qual consta-
rão as datas de início e fim do período.
Conforme já exposto, sobre as férias incidi-
rão o recolhimento de INSS, FGTS e IRPF.
Do mesmo modo que nos cálculos relativos 
à gratificação natalina, utilizaremos as ta-
belas disponibilizadas no material do Mó-
dulo 01. 
Exemplo 1: 
Trabalhador admitido em 01/06/2016 com 
salário base de R$ 2.000,00. Durante seu 
período aquisitivo, percebe habitualmen-
te a média mensal de R$ 200,00, referente 
às horas extras realizadas. Gozará férias de 
01/10/2017 a 30/10/2017. Assim, teremos:
Para saber mais
Sobre os demais regimes de concessão de fé-
rias, consulte o “Curso de Direito do Trabalho”, de 
Amauri Mascaro do Nascimento, e o “Curso de Di-
reito do Trabalho”, de Alice Monteiro de Barros.
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias75/228
Tabela 1 | Férias
Evento – Férias Ref. Proventos Descontos
Valor Férias (remuneração) R$ 2.200,00
1/3 Férias R$ 733,33
INSS 11% R$ 322,67
IRPF 7,5% R$ 53,00
Totais R$ 2.933,33 R$ 375,67 
TOTAL LÍQUIDO R$ 2.557,66
Exemplo 2: 
Considerando as mesmas datas e valores do exemplo anterior, nesse caso o trabalhador reque-
reu o pagamento do abono pecuniário de 1/3 de suas férias. Importante esclarecer que no abono 
pecuniário não incidirão os descontos referentes ao INSS, IRPF ou recolhimento de FGTS, e seu 
valor não incidirá como base de cálculo para essas verbas. Dessa forma, temos:
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias76/228
Tabela 2 | Férias e abono pecuniário
Evento – Férias Ref. Proventos Descontos
Valor Férias (remuneração) R$ 1.466,67
1/3 Férias R$ 488,89
Abono pecuniário 10 dias R$ 733,33
1/3 abono pecuniário R$ 244,44
INSS 9% R$ 176,00
IRPF 0,0%
Totais R$ 2.933,33 R$ 176,00
TOTAL LÍQUIDO R$ 2.757,33
3. Aviso Prévio
O aviso prévio consiste na comunicação antecipada da parte que deseja colocar fim ao vínculo 
de empregado. 
O artigo 7º, XXI da CF/88 fixou o prazo mínimo de 30 dias, o que posteriormente foi regulamen-
tado pela Lei 12.506/2011.
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias77/228
Assim, o aviso prévio será concedido na pro-
porção de 30 dias para os empregados que 
têm até um ano de empresa e, para os que 
ultrapassarem este prazo, serão acrescidos 
3 (três) dias por ano de serviço prestado na 
mesma empresa, até o máximo de 60 (ses-
senta) dias, totalizando, assim, um total de 
90 (noventa) dias.
O aviso prévio poderá ser trabalhado (no 
qual incidirão normalmente as contribui-
ções e recolhimentos relativos ao INSS, FGTS 
e IRPF) ou indenizado (sobre o qual não in-
cidirá o IRPF) e integrará o tempo de serviço 
para todos os fins.
Durante o curso do aviso prévio, o horário 
normal de trabalho do empregado será re-
duzido em 2 (duas) horas diárias, sem preju-
ízo do salário integral, nos moldes do artigo 
488 da CLT.
O prévio aviso incumbe a ambas as partes 
do contrato de trabalho e será indenizado 
quando uma delas optar pelo seu rompi-
mento abrupto. Sendo por iniciativa do em-
pregador, deverá indenizar o obreiro com o 
valor da remuneração correspondente ao 
período do aviso prévio. Sendo a iniciativa 
do empregado, este valor deverá ser des-
contado na ocasião da quitação das verbas 
rescisórias.
Para saber mais
Vide súmula 441 do TST. Disponível em: <http://
www.tst.jus.br/sumulas>. Acesso em: 21 dez. 
2017.
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias78/228
Insta ressaltar que, ainda quando indeniza-
do, o aviso prévio projeta-se no tempo. Des-
ta forma, quando pago em pecúnia, os avos 
relativos ao aviso deverão ser computados 
para fins de cálculo de férias e décimo ter-
ceiro salário.
Por fim, cumpre esclarecer que o empregado 
fará jus ao prévio aviso nas seguintes hipó-
teses: despedida sem justa causa, rescisão 
indireta, falência ou concordata, extinção 
da empresa sem força maior e, ainda, nos 
contratos por prazo determinado que con-
tenham cláusula assecuratória do direito 
recíproco de rescisão.
4. Verbas Rescisórias 
Verbas rescisórias são aquelas devidas em 
razão do término do contrato de trabalho. 
Segundo o artigo 477, da CLT, havendo ex-
tinção do contrato de trabalho, o emprega-
dor deverá proceder à anotação na CTPS, 
comunicar a dispensa aos órgãos compe-
tentes e realizar o pagamento das verbas 
rescisórias, observados o prazo e forma es-
tabelecidos no mesmo artigo.
Quanto à forma, estabelece o § 4º do arti-
go 477 que o pagamento a que fizer jus o 
empregado deverá ser efetuado: “I - em di-
nheiro, depósito bancário ou cheque visado, 
conforme acordem as partes; ou; II - em di-
nheiro ou depósito bancário quando o em-
pregado for analfabeto.”
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias79/228
No que tange ao prazo, o pagamento dos 
valores constantes no instrumento de resci-
são ou recibo de quitação deverá ser efetu-
ado até dez dias contados a partir do tér-
mino do contrato. No mesmo prazo, deverá 
proceder o empregador a entrega ao em-
pregado de documentos que comprovem 
a comunicação da extinção contratual aos 
órgãos competentes, conforme determina 
o artigo 477, § 6º da CLT.
Por fim, é importante frisar que a anotação 
da extinção do contrato na CTPS é docu-
mento hábil para requerer o benefício do 
seguro-desemprego e a movimentação da 
conta vinculada do FGTS nas hipóteses le-
gais, desde que a comunicação prevista no 
caput do artigo 477 tenha sido realizada 
(BRASIL, 1943).
Passamos, então, a analisar as verbas res-
cisórias incidentes nas principais hipóteses 
de rescisão do contrato de trabalho.
4.1. Verbas devidas na dispensa 
por justa causa
Para melhor distinção dasverbas nos con-
tratos com mais de um ano e menos de um 
ano, elaboramos a seguinte tabela compa-
rativa. Os exemplos utilizados nas rescisões 
dos contratos sem determinação de prazo 
serão dados com base nos contratos supe-
riores a um ano, de empregados sem de-
pendentes, utilizando para os respectivos 
descontos os valores das tabelas referentes 
no Módulo 01. 
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias80/228
Tabela 3 | Verbas devidas na dispensa por justa causa
Menos de 01 ano de contrato Mais de 01 ano de contrato
Saldo de salário Saldo de salário
FGTS do mês da rescisão FGTS do mês da rescisão
Férias vencidas
1/3 sobre férias vencidas
Fonte: elaborada pela autora 
Exemplo:
João, contratado em 30/09/2016, foi dispensado por justa causa em 05/10/2017. Percebia como 
salário o valor de R$ 1.200,00. Ele terá direito às seguintes verbas rescisórias:
Discriminação Referência Proventos Descontos
Saldo de Salário 05 dias R$ 200,00
INSS 8% R$16,00
IRPF - -
Férias vencidas R$ 1.200,00
1/3 sobre férias R$ 400,00
R$ 1.800,00 R$ 16,00
TOTAL R$ 1.784,00
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias81/228
4.2. Verbas devidas na dispensa sem justa causa
Tabela 4 | Verbas devidas na dispensa sem justa causa
Menos de um ano de contrato Mais de um ano de contrato
Aviso prévio Aviso prévio
Saldo de salário Saldo de salário
Salário Família Salário família
13º salário proporcional 13º salário proporcional
Férias proporcionais Férias proporcionais
1/3 sobre férias Férias vencidas
FGTS mês de rescisão 1/3 sobre férias
Multa 40% sobre depósito do 
FGTS
FGTS do mês de rescisão
Multa de 40% sobre o FGTS
Fonte: elaborada pela autora 
Exemplo: 
José, contratado em 01/10/2016, foi dispensado sem justa causa em 05/11/2017. Percebia como 
salário o valor de R$ 1.200,00. O aviso prévio foi trabalhado. Ele terá direito às seguintes verbas 
rescisórias:
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias82/228
Discriminação Referência Proventos Descontos
Saldo de Salário 05 dias R$ 200,00
INSS 8% R$ 16,00
13º salário 
proporcional
10/12 R$ 1.000,00
INSS 8% R$ 80,00
Férias vencidas - R$ 1.200,00
1/3 sobre férias 
vendidas
- R$ 400,00
F é r i a s 
p r o p o r c i o n a i s 
(1/12)
- R$ 100,00
1/3 sobre férias 
proporcionais
R$ 33,33
R$ 2.933,33 R$ 96,00
TOTAL R$ 2.837,33
Além disso, o empregador deverá depositar na conta vinculada do empregado a multa de 40% 
sobre o montante de todos os depósitos realizados durante a vigência do contrato de trabalho. 
Na hipótese em tela, considerando a quantia depositada de R$1.344,00, o empregador deverá 
depositar a multa no valor de R$ 537,60.
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias83/228
Por se tratar de dispensa sem justa causa, o empregado ainda terá direito ao saque do valor de-
positado a título de FGTS, inclusive da multa já mencionada, além da percepção do seguro-de-
semprego, caso preencha os requisitos necessários para a habilitação.
4.3. Verbas rescisórias devidas no pedido de demissão por parte do empre-
gado
Neste caso, o empregado deverá dar o aviso prévio ao empregador e, caso não o faça, terá o valor 
descontado em suas verbas rescisórias.
Tabela 5 | Verbas devidas no pedido de demissão por parte do empregado.
Menos de 01 ano de contrato Mais de 01 ano de contrato
Saldo de salário Saldo de salário
Salário família Salário Família
13º salário proporcional 13º salário proporcional
Férias proporcionais Férias vencidas
1/3 sobre férias proporcionais Férias proporcionais
FGTS do mês da rescisão 1/3 sobre férias 
FGTS do mês da rescisão
Fonte: elaborada pela autora
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias84/228
4.4. Verbas rescisórias na rescisão indireta
Conforme já exposto, trata-se da justa causa do empregador. Dessa forma, o empregado terá 
direito às mesmas verbas rescisórias devidas caso a dispensa ocorresse sem justa causa, a saber:
Tabela 6 | Verbas devidas na rescisão indireta
Menos de um ano de contrato Mais de um ano de contrato
Aviso prévio Aviso prévio
Saldo de salário Saldo de salário
Salário Família Salário família
13º salário proporcional 13º salário proporcional
Férias proporcionais Férias proporcionais
1/3 sobre férias Férias vencidas
FGTS mês de rescisão 1/3 sobre férias
Multa 40% sobre depósito do 
FGTS
FGTS do mês de rescisão
Multa de 40% sobre o FGTS
Fonte: elaborada pela autora
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias85/228
4.5. Verbas devidas na extinção do contrato por acordo entre empregado e 
empregador
Na hipótese de extinção do contrato por acordo entre empregado e empregador, inovação tra-
zida pela Lei 13.467/2017, artigo 484-A da CLT, prevê que serão devidas as seguintes verbas 
trabalhistas:
Tabela 7 | Verbas devidas na extinção do contrato por acordo entre empregado e empregador
Menos de um ano de contrato Mais de um ano de contrato
Metade do Aviso prévio, se indenizado Metade do Aviso prévio, se indenizado
Saldo de salário Saldo de salário
Salário Família Salário família
13º salário proporcional 13º salário proporcional
Férias proporcionais Férias proporcionais
1/3 sobre férias Férias vencidas
FGTS mês de rescisão 1/3 sobre férias
Pela metade a Multa 40% sobre depósito 
do FGTS
FGTS do mês de rescisão
Pela metade a Multa 40% sobre depósito 
do FGTS
Fonte: elaborada pela autora 
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias86/228
Ademais, na extinção por acordo entre em-
pregado e empregador, será permitido ao 
empregado a movimentação da conta vin-
culada no Fundo de Garantia por Tempo de 
Serviço, limitada a 80% dos valores deposi-
tados.
Importante ainda ressaltar que a extinção 
do contrato nesses moldes não autoriza o 
ingresso no Programa do Seguro-Desem-
prego. 
Para saber mais
As mesmas verbas devidas na rescisão por co-
mum acordo entre empregado e empregador en-
contram-se previstas no artigo 452-E da CLT, que 
trata da rescisão do contrato de trabalho inter-
mitente, novidade trazida pela Lei 13.467/2017. 
Importante e imprescindível a leitura dos artigos 
452-A; 452-B; 452-C; 452-D; 452-E; 452-F; 452-
G; 452-H.
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias87/228
4.6. Verbas devidas na extinção do contrato por prazo determinado
Tabela 8 | Verbas devidas na extinção do contrato por prazo determinado
Menos de um ano de contrato Mais de um ano de contrato
Saldo de salário Saldo de salário
Salário Família Salário família
13º salário proporcional 13º salário proporcional
Férias proporcionais Férias proporcionais
1/3 sobre férias Férias vencidas
FGTS mês de rescisão 1/3 sobre férias
FGTS do mês de rescisão
Fonte: elaborada pela autora 
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias88/228
4.7. Verbas devidas na extinção antecipada do contrato por prazo determi-
nado
Tabela 9 | Verbas devidas na extinção antecipada do contrato por prazo determinado
Por iniciativa do empregador – artigo 479 
da CLT
Por iniciativa do empregado – artigo 480 da 
CLT
Aviso prévio (quando sem justa causa) 13º salário proporcional
Indenização de 50% do salário que seria 
devido até o fim do contrato
Saldo de salário
Salário família FGTS do mês de rescisão
13º salário proporcional
Férias proporcionais
1/3 sobre férias proporcionais
FGTS do mês de rescisão
Multa de 40% sobre o FGTS
Fonte: elaborada pela Autora 
Unidade 3 • Salário. Férias. Aviso prévio. Verbas rescisórias89/228
Cumpre esclarecer que, conforme preconi-
za o artigo 480 da CLT, poderá o empregado 
ficar sujeito a indenizar o empregador por 
prejuízos eventualmente comprovados, no 
limite do valor a que teria direito a receber 
durante o contrato.

Continue navegando