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UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (VII) CONCEITO E (VIII) ESPÉCIES DE PROCEDIMENTO NO NOVO CPC CPC REVOGADO (1973) NOVO CPC (2015) LIVRO IV – DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS PARTE GERAL LIVRO I – DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS LIVRO II – DA FUNÇÃO JURISDICIONAL LIVRO III – DOS SUJEITOS DO PROCESSO LIVRO IV – DOS ATOS PROCESSUAIS LIVRO V – TUTELA PROVISÓRIA LIVRO VI – FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO PARTE ESPECIAL LIVRO I – DO PROCESSO DE CONHECIMENTO E DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA LIVRO II – DO PROCESSO DE EXECUÇÃO LIVRO III – DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS E DOS MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DE DECISÕES JUDICIAS LIVRO COMPLEMENTAR - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS TÍTULO I – DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA TÍTULO II – DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA QUADRO – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA No Novo CPC (2015), os procedimentos especiais se localizam dentro do livro de processo de conhecimento (Livro I, da parte Especial, Título III). - AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (Artigos 539 a 549, NCPC) - AÇÃO DE DEPÓSITO - (Não possui correspondente no NCPC – segue agora procedimento comum – artigos 318 a 512, NCPC – fenômeno da desespecialização). - AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS - (Artigos 550 a 553, NCPC – nova nomenclatura – “Ação de Exigir Contas”). - AÇÕES POSSESSÓRIAS (Artigos 554 a 568, NCPC). - AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA - (Não possui correspondente no NCPC – segue agora procedimento comum – artigos 318 a 512, NCPC). - AÇÃO DE USUCAPIÃO - (Não possui correspondente no NCPC – segue agora procedimento comum – artigos 318 a 512, NCPC – fenômeno da desespecialização). Além disto, o artigo 1.071, NCPC modificou a Lei 6.015/73,trazendo a possibilidade do usucapião extrajudicial. - INVENTÁRIO E DA PARTILHA – (Artigos 610 a 673, NCPC). - EMBARGOS DE TERCEIRO – (Artigos 674 a 681, NCPC). - AÇÃO MONITÓRIA – (Artigos 700 a 702, NCPC). RESUMO – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA Administração Pública de interesses privados X Jurisdição (Há situação conflituosa) SEPARAÇÃO CONSENSUAL (*EC 66/2010, 226, §6º, CF/88) Nova nomenclatura da Seção: “Do divórcio e da Separação Consensuais, da Extinção Consensual de União Estável e da Alteração do Regime de Bens do Matrimônio – artigos 731 a 734, NCPC AÇÃO DE INTERDIÇÃO Artigos 747 a 758, NCPC RESUMO – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 1. ATIVO, PASSIVO OU MISTO 2. INICIAL OU ULTERIOR 3. SIMPLES OU UNITARIO 4.NECESSÁRIO OU FACULTATIVO CONCEITO CLASSIFICAÇÃO: UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil CONCEITO DE LITISCONSÓRCIO: Litisconsórcio, segundo a definição tecida por Fredie Didier Jr, “é uma pluralidade de sujeitos em um polo de uma relação jurídica processual”. Quando se referir à principal relação jurídica do processo, manifestar-se-á quando houver mais de um autor ou mais de um réu, sendo, pois, a cumulação subjetiva de demandas. Rege-se pelo título II do CPC, e sua definição legal está contida no artigo 113: Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: — entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; — entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; — ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil CLASSIFICAÇÕES DE LITISCONSÓRCIO: (1) Ativo, passivo ou misto: Refere-se ao polo da relação processual. Quando há mais de um autor, é ativo. Mais de um réu, é passivo. E é misto quando ambos se manifestam. (2) Inicial ou ulterior: A regra geral, o litisconsórcio será formado no início do processo ou do incidente. Excepcionalmente forma-se após o início do procedimento, chamando-se ulterior. São os casos de intervenção de terceiro, de sucessão processual e de conexão ou continência. (3) Simples ou unitário: No litisconsórcio simples, há autonomia entre as partes que estão no mesmo polo. Tal fato se deve à existência de mais de uma relação jurídica material, possibilitando ao juiz que as decida diferentemente. É exemplo uma obrigação solidária divisível. Já o unitário, como define o art. 116, CPC, é “quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes”. Há, pois, uma única relação jurídica material indivisível sendo discutida. (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (4) Necessário ou facultativo: A classificação em questão merece um pouco mais de atenção. O art. 114, CPC, traz o seguinte: “O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes”. (*) A regra geral introduzida pelo art. 114 dispõe que o litisconsórcio será necessário em dois casos. O primeiro é quando a lei assim o dispor. Já o segundo refere-se à “natureza da relação jurídica controvertida”, em outras palavras, quando for passivo e unitário. Isto se deve ao fato de que, quando há apenas uma relação jurídica em litígio e esta relação produz efeitos a uma pluralidade de litisconsortes, os princípios do contraditório e da ampla defesa imperam pela citação de todos os réus no caso concreto, para que tenham a possibilidade de se manifestar. Contrariamente, a definição de litisconsórcio facultativo recai nas situações em que é facultado à parte litigar com litisconsorte ou não. Vide regra, o litisconsórcio ativo será sempre facultativo, uma vez que o direito de litigar é prerrogativa constitucional, não podendo ser indevidamente cerceado ou vinculado a um terceiro. (*) Nos casos em que houver litisconsórcio passivo necessário e o juiz perceber a falta de citação pelo autor dos demais réus do processo (litisconsortes passivos necessários), o magistrado deverá promover a intervenção iussu iudicis, isto é, de ofício determinará que o autor convoque os possíveis litisconsortes passivos, sob pena de extinção do processo (art. 115, parágrafo único, CPC). (*) Quando o litisconsórcio for multitudinário, ou seja, facultativo e com um número excessivo de partes envolvidas que acaba por prejudicar a defesa, a rápida solução do litígio ou o cumprimento da sentença, o § 1º do art. 113 facultou ao juiz a possibilidade de limitar o número de litisconsortes. (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO E COISA JULGADA: - Relativamente ao litisconsórcio unitário no polo ativo, por definição facultativo, os demais autores podem atuar como terceiros interventores (ex: denunciação à lide) ou optar por não ingressar no processo, seguindo normalmente. Nesses casos, em que os litisconsortes facultativos não agem, havia a discussão no CPC de 1973 se a eles gerava-se coisa julgada. A regra anterior definia que a coisa julgada restringia-se às partes que litigaram, mas parte da doutrina defendia que se formasse coisa julgadaultra partes, a saber, para além das partes do processo, enquanto que outra parcela doutrinária pretendia a formação de coisa julgada a terceiros secundum eventus litis, ou seja, apenas se essa decisão beneficiasse os terceiros. Aparentemente o atual CPC adotou esse último entendimento, como se extrai do artigo 506: “A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros”. - Na previsão anterior, manifestada no art. 472 do CPC/73, o legislador manifestava expressamente que “a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros”. O silêncio indica que os efeitos benéficos passarão a atingir os terceiros, caso do litisconsorte ativo facultativo que não litigou. (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil RESUMO LITISCONSÓRCIO E O NOVO CPC: - Em resumo, o litisconsórcio é a pluralidade de partes numa relação jurídica, segundo suas hipóteses de incidência constantes do artigo 113, CPC. - Pode ser ativo ou passivo, tanto como inicial (regra geral) ou ulterior, ou seja, formado após o início do processo. Além disso, quando houver autonomia entre os litisconsortes, será simples. Do contrário, como rege o art. 116 do CPC, será unitário. Por fim, o litisconsórcio necessário é aquele cuja sentença só será eficaz com a citação de todos os litisconsortes (art. 114, CPC), diferentemente do litisconsórcio facultativo. - O CPC de 2015 parece ter adotado a regra do secundum eventus litis para os litisconsortes facultativos no polo ativo que preferirem não litigar, como sugere a perspectiva comparada do art. 472 do CPC/73 face ao art. 506 do CPC atual. Nesses casos, sugere-se que apenas os efeitos benéficos repercutirão para os litisconsortes não litigantes, mas tal perspectiva só poderá ser concretizada com a análise prática da atuação jurisprudencial na vigência do novo código. (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil CÂNDIDO RANGEL DINAMARCO, BRUNO LOPES: CONCEITO: Intervenção de terceiros é o ingresso de um sujeito em processo pendente entre outros, como parte. Dadas a proximidade entre pessoas que são partes e pessoas que não o são bem como a situação de direito material em discussão no processo, elas podem ficar sujeitas a algum efeito indireto sobre sua esfera de direitos. É o caso do terceiro que queira evitar que o julgamento de uma causa crie um precedente desfavorável no tocante a uma concreta relação jurídica sua com uma das partes, situação em que intervirá como ASSISTENTE. Assim é também quando uma das partes pretende haver uma decisão que a favoreça na hipótese de sair-se vencida na causa pendente: fará então a DENUNCIAÇÃO DA LIDE ou o CHAMAMENTO AO PROCESSO etc. Seja para benefício do terceiro que intervém ou da parte que provocou a intervenção, são esses efeitos indiretos que justificam a intervenção. (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil - Nesse sentido, ressaltamos que a assistência é finalmente (e corretamente) realocada para o referido título, mantendo-se a distinção entre assistência simples e litisconsorcial, com a inovação de se diferenciar as disposições comuns (artigos 119 e 120) das disposições específicas (artigos 121 a 124). - A denunciação da lide (artigos 125 a 129) e o chamamento ao processo (artigos 130 a 132) são mantidos como forma de intervenção de terceiros, com pontuais inovações, algumas delas também já referidas em textos anteriores. - E as grandes novidades são o incidente de desconsideração da personalidade jurídica (artigos 133 a 137) e o amicus curiae (art. 138) como novas modalidades criadas pelo NCPC. - A nomeação à autoria desaparece desse título, mas o seu espírito está presente nos artigos 338 e 339 do Novo Código como hipóteses de correção da ilegitimidade passiva. Nas palavras de Cássio Scarpinella BUENO: “(…) a nova regra substitui, com inegáveis vantagens, a disciplina da ‘nomeação à autoria’ do CPC atual que, incompreensivelmente, depende da concordância do nomeado para justificar a correção do polo passivo do processo, exigência injustificável em se tratando de processo estatal.” (Novo código de processo civil anotado, São Paulo: Saraiva, 2015, p. 255). - A oposição, por sua vez, é levada para o título que trata dos procedimentos especiais (artigos 682 a 686), sem grandes alterações em relação aos dispositivos ainda vigentes: “Fez-se bem em não mais tratar a oposição como modalidade de intervenção, porque é, em verdade, manifestação do exercício do direito de ação. Mas, por outro lado, não há razão para que a oposição esteja entre os procedimentos especiais, uma vez que inexiste peculiaridade procedimental alguma que a particularize.” (Teresa Arruda Alvim WAMBIER, Maria Lúcia Lins CONCEIÇÃO, Leonardo Ferres da Silva RIBEIRO e Rogerio Licastro Torres de MELLO, Primeiros comentários ao novo código de processo civil, São Paulo: RT, 2015, p. 1018). (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ASSISTÊNCIA SIMPLES ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL DENUNCIAÇÃO DA LIDE CHAMAMENTO AO PROCESSO NOVO CPC: UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ASSISTÊNCIA SIMPLES NCPC, Artigos 121/123 ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL NCPC, Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. ASSISTÊNCIA NCPC, Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre. Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar. Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo. UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ASSISTÊNCIA SIMPLES NCPC, Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual. Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transijasobre direitos controvertidos. Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu. UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS DENUNCIAÇÃO DA LIDE É uma demanda dependente da principal proposta por autor ou réu em face de terceiro na qual se postula um direito de regresso. Trata-se de uma faculdade do denunciante e, se não houver a denunciação, será possível exercer o direito de regresso em demanda autônoma. NCPC, Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. § 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. § 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS DENUNCIAÇÃO DA LIDE Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131. Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide. Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado. UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS CHAMAMENTO AO PROCESSO O réu, quando trazido a este como devedor de uma obrigação solidária, pede que outro devedor solidário seja integrado ao polo passivo da relação processual, objetivando que a condenação também o atinja. NCPC, Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses. Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar. UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Uma das grandes novidades do NCPC, tem como objetivo eliminar a extrema insegurança que vigia no sistema anterior em decorrência de desordenados redirecionamentos de execuções e arbitrárias extensões da responsabilidade executiva a sujeitos diferentes do obrigado. Neste ponto, extensões dessa ordem só serão admissíveis quando houver um prévio pronunciamento judicial a respeito. O incidente poderá ser instaurado “em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial (art. 134) e é dispensado quando a desconsideração da personalidade for requerida na inicial (art. 134, §2º) – hipótese em que o pedido será apreciado quando do julgamento da causa. A instauração provoca a suspensão do processo (art. 134, §3º), e após a citação da pessoa que poderá vir a ser atingida pela desconsideração (art. 135) e a realização de eventual instrução probatória o incidente será decidido por decisão interlocutória (art. 136). UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS AMICUS CURIAE A figura do Amicus Curiae ingressou no direito positivo brasileiro através do artigo 7º, §2º, da Lei da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Lei 9.868/99). Neste ponto, tratando-se de matéria relevante o relator poderá admitir, no processo de ações dessa ordem, a manifestação de entidade ou órgão representativo que se proponha a atuar como amicus curiae. Novo CPC: O artigo 138 autoriza de forma genérica o juiz de primeiro grau ou relator, em qualquer tribunal, a convocar por iniciativa própria tais entes representativos a se manifestarem no processo OU deferir eventual pedido de ingresso no feito – sempre considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia. O legislador apresenta então a intenção de ampliar e enriquecer as discussões das causas mediante a participação de entes especializados e representativos suspostamente aptos a auxiliar os juízes na boa compreensão das questões e das pretensões sobre as quais deverá pronunciar-se. UNIDADE VIII – PROCESSO E PROCEDIMENTO Resenha Novo CPC: Livro III, artigos 70 ao 187 do Código de Processo Civil (IX) ESTADO-JUIZ (X) LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS AMICUS CURIAE NCPC, Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitira participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. § 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o. § 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae. § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.