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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA SISTEMAS TÉRMICOS Prof. Luís Antônio Bortolaia Unidade 2 Motores de Combustão Interna 1. INTRODUÇÃO - Máquina Térmica: todo transformador de energia que troca com o meio externo as formas de energia trabalho e calor, e o fluido de trabalho retorna às condições iniciais após realizar o ciclo. - Máquina Térmica Motora: recebe uma forma disponível de energia e a converte em trabalho mecânico.energia e a converte em trabalho mecânico. -Motores de Combustão interna: são Máquinas Térmicas Motoras nas quais a energia química de um combustível é transformada em trabalho mecânico. Unidade 2 Motores de Combustão Interna • A energia é liberada pela queima (ou oxidação) do combustível dentro do motor. • A mistura ar – combustível antes da queima e os produtos da combustão são os fluidos de trabalho. • A transformação da energia da combustão em energia mecânica ocorre diretamente entre os fluidos de trabalho e os componentes mecânicos do motor.mecânicos do motor. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Vantagens e desvantagens dos MCI Vantagens: - arranque rápido - trabalho em rotações relativamente baixas - pequeno tamanho - fácil manutenção Desvantagens: - limitação de potência - não utilização de combustíveis sólidos - peso elevado para potência - elevado número de peças - baixa eficiência Unidade 2 Motores de Combustão Interna 2. HISTÓRICO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA (MCI)¹ � Etienne Lenoir (1822-1900) No século XIX começam as ser exploradas as propriedades explosivas da mistura gás (de carvão) e ar. A combustão era realizada no interior de um motor a vaporA combustão era realizada no interior de um motor a vapor (tecnologia conhecida e dominante na época). Em 1859, o francês Etienne Lenoir realizou a conversão de um motor a vapor. Era um motor de dupla ação, isto é, as forças da combustão atuavam de um lado e de outro do pistão, alternadamente. 1. Síntese do material do Prof. Jorge Nhambiu, Motores Térmicos, Universidade de Moçambique. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Etienne LenoirEtienne Lenoir (1822-1900) • característica singular deste motor: a combustão acontecia dos dois lados do pistão. O controle de entrada e saída dos gases acontecia por meio de válvulas de admissão e escape. Unidade 2 Motores de Combustão Interna • princípio de funcionamento do motor: gás e ar eram introduzidos no pistão durante a primeira metade do deslocamento do mesmo. A carga era então queimada mediante uma faísca, a pressão aumentava e então os gases queimados empurravam o pistão até o fim do curso do mesmo. Na segunda batida do pistão, os gases de exaustão eram expelidos, enquanto uma nova combustão acontecia do outro lado do pistão. O ciclo era completado com uma segunda batida do pistão, de exaustão.uma segunda batida do pistão, de exaustão. • 5000 desses motores foram construídos entre 1860 e 1865, com uma potência de até 6 HP. O melhor valor da eficiência obtido foi em torno de 5%. Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Alphonse Beau de Rochas (1815-1893) França, 1862. Beau de Rochas listou as condições sob as quais, um melhor desempenho do motor poderia ser obtido: •menor relação superfície/volume para o cilindro do pistão (cilindro com um diâmetro da mesma ordem de grandeza que seu comprimento); • processo de expansão o mais rápido possível; •máxima expansão possível;•máxima expansão possível; •máxima pressão possível dos gases dentro do cilindro no começo do processo de expansão. As duas primeiras condições visavam reduzir as perdas de calor a um mínimo. A terceira e quarta visavam obter o máximo de potência possível. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Beau de Rochas também indicou o método de operação desejável num motor de combustão interna: 1. Admissão durante o deslocamento do pistão “para fora” . 2. Compressão durante o movimento do pistão “para dentro”. 3. Ignição da carga de combustível e ar no ponto morto superior do pistão, seguida por expansão durante o deslocamento seguinte do pistão, para fora.pistão, para fora. 4. Exaustão durante a corrida seguinte do pistão, para dentro. Este processo é o que é utilizado até hoje. Beau de Rochas patenteou o principio do motor de 4 tempos, em 1862, mas não o desenvolveu comercialmente. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Beau de Rochas (1815-1893) Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Otto (1832 -1891) e Langen (1833-1895) Uma das realizações bem sucedidas nos motores a gás foi a de Nicolaus Otto e Eugen Langen, construída em 1867. O motor estava ligado ao eixo motriz não por uma alavanca, mas por meio de uma cremalheira e roda livre. A carga de gás era admitida na base do cilindro, e, quando explodia, empurrava o pistão para cima. Quando o pistão descia, por gravidade, empurrava acima. Quando o pistão descia, por gravidade, empurrava a cremalheira e esta fazia o volante girar. Havia um dispositivo especial para manter a ignição com duas chamas, pois a primeira era apagada quando da explosão, e então uma segunda a reacendia para a próxima explosão. Apesar destes complicados mecanismos, este motor era altamente confiável, e muito popular nesse tempo. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Nicolaus Otto (1832 -1891) Eugen Langen (1833-1895) Unidade 2 Motores de Combustão Interna • Este motor foi apresentado na Exposição Industrial de Paris, em 1867. • O conceito do motor era o de “pistão livre”, sendo este pistão impulsionado pela explosão dos gases no cilindro, o pistão estava ligado a um volante através de uma cremalheira e uma engrenagem. No retorno do pistão era produzido trabalho mecânico. O movimento do volante produzia por sua vez a abertura e fecho de uma válvula de admissão e a ignição.abertura e fecho de uma válvula de admissão e a ignição. • Também neste caso não havia compressão dos gases antes da combustão. • Uns 10000 motores deste tipo foram construídos, e dominaram o mercado até a introdução do motor Otto de quatro tempos. A eficiência era de 11%. Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Siegfried Marcus (1831-1898) Siegfried Marcus foi um grande engenheiro e construtor. Nascido em 1831, viveu a maior parte de sua vida em Viena. Segundo algumas fontes, teria sido ele o criador do primeiro automóvel, equipado com um motor de dois tempos, em 1864. Era um dispositivo tosco, basicamente um motor sobre umaum dispositivo tosco, basicamente um motor sobre uma plataforma. O seu segundo automóvel, de 1875, já era um modelo evoluído, que se assemelhava muito aos outros projetos de então ou que vieram após. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Siegfried Marcus (1831-1898) 1864 1875 Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Nicolaus Otto Apesar da ideia do motor de 4 tempos ter sido originalmente concebida e patenteada por Alphonse Beau de Rochas, em 1862, a primeira realização prática foi de autoria do alemão Nicolaus Otto. Ele pôde obter uma patente em 1863 através da influência de seuEle pôde obter uma patente em 1863 através da influência de seu sócio, Eugen Langen, que o financiou. Em 1867, seu motor de dois tempos ganhou uma medalha de ouro na Feira Mundial de Paris. Durante suas pesquisas descobriu o princípio do motor de quatro tempos, com a compressão da mistura admitida. O ciclo de quatro tempos passou, desde então, a ser conhecido como ciclo Otto. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Conseguiu então produzir o primeiro motor de quatro tempos bem- sucedido em 1876, chamando-o de motor silencioso, em contraste com o seu motor anterior, barulhento. Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach O motor de combustão interna de alta velocidade do alemão GottliebDaimler revolucionou a indústria automotiva. Ele havia trabalhado na fábrica de Otto junto com um colega, Wilhelm Maybach, mas os dois decidiram fundar o seu próprio estabelecimento, e deixaram Otto. O motor deles, monocilíndrico de quatro tempos, criado em 1883,O motor deles, monocilíndrico de quatro tempos, criado em 1883, atingia uma velocidade várias vezes superior a qualquer outro motor existente, e desta forma produzia muitas vezes mais potência que os outros com o mesmo peso. Enquanto o motor de Otto atingia 130 rotações por minuto (rpm), o de Daimler e Maybach chegava a 600 rpm. Este motor usava a ignição a tubo quente. Unidade 2 Motores de Combustão Interna WilhelmMaybach (1846-1929) Gottlieb Daimler (1834 –1900) Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Karl Friedrich Benz (1844 –1929) A construção do primeiro automóvel do mundo é atribuída a Karl Benz. Resultado de longo trabalho, ele teve a patente deste veículo concedida em 29 de Janeiro de 1886 e em 3 de Julho desse mesmo ano surpreendeu o mundo com a aparição de seu veículo, um pequeno triciclo, na qual utilizou elementos de bicicletas. Possuía um motor a quatro tempos refrigerado a água, colocado sob aum motor a quatro tempos refrigerado a água, colocado sob a carroceria e ligado por uma correia à transmissão e ao diferencial. Sua potência mal chegava a 1/2 kW (3/4 de cv), mas, entretanto, percorria as ruas de Mannheim a uma velocidade de 15 km/h. Foi a partir deste modesto veículo, e da associação de Benz com outro pioneiro, Gottlieb Daimler, que surgiu a poderosa marca Mercedes - Benz, uma das mais importantes até os dias de hoje. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Karl Friedrich Benz (1844 –1929) Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Rudolf Christian Karl Diesel (1858-1913) Outro tipo de motor que se consagrou no século XIX, foi o concebido por Rudolf Diesel, em 1892. Este dispositivo, senhor absoluto hoje em dia nos transportes públicos, de carga e marítimos, permitiu atingir um rendimento nunca antes obtido em motores de combustão interna. Ele funciona com o princípio da auto-ignição, onde a compressão do ar se eleva a tal ponto que o combustível admitido se inflama por sí. O grande mérito de Diesel, engenheiro formado, foi demonstrar termodinamicamente que este tipo de motor tinha um rendimento superior. Ele desenvolveu previamente o conhecimento desta ciência, demonstrando o desempenho de sua máquina antes da sua construção. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Rudolf Diesel Rudolf Diesel (1858-1913) Unidade 2 Motores de Combustão Interna • Em 1898, Diesel demonstrou sua invenção na Feira Mundial em Paris, usando óleo de amendoim como combustível. A sua intenção foi a de oferecer um meio a pequenas indústrias, agricultores e pessoas comuns de competirem com o monopólio das grandes indústrias, que controlavam toda a geração de energia naquela época! Sua ideia era o uso de fontes naturais de combustível, como biomassa. • Como resultado do trabalho e visão de Diesel, motores de ignição por compressão foram alimentados com óleos combustíveis até 1920. Unidade 2 Motores de Combustão Interna • O petróleo foi descoberto na Pensilvânia em 1859, tendo sido utilizado principalmente para a produção de querosene de iluminação. Porém, já na década de 1920, os fabricantes do motor diesel fizeram alterações de modo a utilizar os resíduos baratos e de baixa viscosidade do petróleo ao invés de biocombustíveis. A indústria do petróleo estava crescendo e se estabelecendo no mercado.mercado. Unidade 2 Motores de Combustão Interna 3. CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Os motores de combustão interna podem ser classificados de várias maneiras: � Quanto a propriedade do gás na fase de admissão: - ar (Diesel)- ar (Diesel) - mistura ar-combustível (Otto) � Quanto a maneira de se produzir a ignição (sistema de ignição) - por centelha (Otto) - por compressão (Diesel) Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Quanto ao movimento do pistão - alternativo (Otto, Diesel) - rotativo (Wankel) alternativo rotativo Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Quanto ao ciclo de trabalho - 2 tempos - 4 tempos � Quanto ao número de cilindros - monocilíndricos- monocilíndricos - policilíndricos Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Quanto à disposição dos cilindros - em linha - em V - em estrela (radial) - opostos Motor em linha Motor em VMotor em linha Motor em V Cilindros opostos em estrela Unidade 2 Motores de Combustão Interna �Quanto à utilização - automóveis - caminhões - marítimos - locomotivas - aeronaves leves- aeronaves leves - geração elétrica (centrais termelétricas) - geradores portáteis Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Combustível - gasolina - álcool - gás natural - GLP - diesel - bicombustível (flex)- bicombustível (flex) � Preparação da mistura - carburação - injeção - injeção direta Unidade 2 Motores de Combustão Interna 4. PRINCIPAIS ÓRGÃOS COMPONENTES DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA O motor de combustão interna é um conjunto de mecanismos que transforma energia térmica emtransforma energia térmica em energia mecânica. Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Bloco do motor - é o motor propriamente dito. No bloco são usinados os cilindros ou os furos para colocação destes. - passagens (canais) para a água de resfriamento são colocadas na fundição do bloco. - são normalmente construídos de ferro fundido ou alumínio.ferro fundido ou alumínio. - os cilindros estão inseridos dentro do bloco. - motores ‘carga pesada’ freqüentemente usam camisas no cilindro (pressionadas dentro do bloco e que podem ser trocadas quando desgastadas). Unidade 2 Motores de Combustão Interna - no interior do bloco são montados o virabrequim e os pistões. Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Cabeçote - é a parte superior do motor (fecha a parte superior do bloco de cilindros). - é a parte superior da câmara de combustão. Nele se localizam as velas de ignição (nos motores ICE) ou os bicos injetores (nos motores ICO).motores ICO). - abrigam também as válvulas de admissão e de escape, bem como o mecanismo de funcionamento dessas válvulas. - geralmente fabricado de ferro fundido ou alumínio. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Cárter - é a parte inferior do motor. - local onde o lubrificante fica acumulado. - função: manter um nível de óleo para garantir a lubrificação do motor.lubrificação do motor. Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Cilindro - é um furo no bloco aberto nas duas extremidades. - são geralmente de ferro fundido, uma vez que a fundição fácil permite obter as mais variadas formas para o bloco do motor, para as câmaras de água, para a sede das válvulas e para os canais de admissão e escape. Algumas fundições atuais contêm uma pequena proporção de cromo, para aumentar a resistência dos cilindros ao desgaste. A presença de níquel e de magnésio modificacilindros ao desgaste. A presença de níquel e de magnésio modifica a estrutura molecular da grafita na fundição e favorece a durabilidade do motor. - revestindo os cilindros de alguns motores existem as camisas, que podem ser classificadas em secas e úmidas (ou molhadas). Esta camisa é o revestimento do cilindro no bloco para que o pistão não o desgaste durante a realização de trabalho. Unidade 2 Motores de Combustão Interna • as camisas denominam-se secas quando sua superfície exterior não está em contato com a câmara de arrefecimento. Devem ser bem ajustadas ao bloco para facilitar a condutibilidade térmica. • as camisas denominadas úmidas são• as camisas denominadas úmidas são aquelas queformam a parede interna da câmara de água. Neste caso, devem possuir uma perfeita vedação afim de evitar infiltração de água para o cárter do motor. Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Pistão • localiza-se no interior do cilindro, onde movimenta-se retilineamente em dois sentidos (‘ para cima e para baixo’). • é a parte móvel da câmara de combustão, recebe a força de expansão dos gases queimados, transmitindo-a à biela, por intermédio de um pino de aço (pino do pistão). É em geralintermédio de um pino de aço (pino do pistão). É em geral fabricado em liga de alumínio (motores menores) ou ferro fundido (nos motores maiores e mais lentos). • o pistão é fechado na parte superior e aberto na inferior. Apresenta ranhuras na parte superior para fixação dos anéis de segmento. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna • a folga entre a lateral do pistão e a parede do cilindro é “fechada” pelos anéis de segmento inseridos em reentrâncias laterais na cabeça do pistão. • estes anéis servem para evitar a fuga de gases e controlar o óleo de lubrificação.lubrificação. • os anéis superiores são chamados anéis de compressão e os inferiores anéis raspadores do excesso de óleo das paredes do cilindro, removendo-o para o cárter. Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Biela • braço de ligação entre o pistão e o eixo de manivelas (virabrequim); • recebe o impulso do pistão, transmitindo-o ao eixo de manivelas. • é importante salientar que o conjunto biela-virabrequim• é importante salientar que o conjunto biela-virabrequim transforma o movimento retilíneo do pistão em movimento rotativo do virabrequim. • a biela, normalmente de aço liga forjado, é acoplada na sua parte superior ao pistão, por meio de um pino de aço. O pino é vazado para redução de peso. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Árvore de manivelas (eixo de manivelas, virabrequim) • eixo motor propriamente dito, o qual, na maioria das vezes, é instalado na parte inferior do bloco, recebendo ainda as bielas que lhe imprimem movimento. • o virabrequim é normalmente fabricado de aço forjado. Ele é suportado por mancais fixos. O número máximo de mancais fixos é um a mais que o número de cilindros.é um a mais que o número de cilindros. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Válvulas • Existem dois tipos: a de admissão e a de escape. É um dispositivo que visa permitir ou bloquear a entrada ou a saída de gases dos cilindros do motor. • A válvula de admissão abre-se para permitir a entrada da mistura combustível/ar (ou somente ar, conforme o tipo de motor). • A válvula de escape (ou descarga) abre para dar saída aos gases• A válvula de escape (ou descarga) abre para dar saída aos gases de combustão (gases queimados). • A válvula é constituída por uma cabeça em forma de disco, fixa a uma haste cilíndrica. A haste desliza dentro de uma guia constituída por metal que provoque reduzida fricção ( por. ex. ferro fundido ou bronze). Unidade 2 Motores de Combustão Interna • O topo da haste está em contato mecânico com um impulsor que, acionado pelo excêntrico da árvore de cames, provoca a sua abertura e a conseqüente entrada ou saída dos gases do motor. • As válvulas são feitas de aço liga forjado. Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Conjunto de acionamento das válvulas • Compreende o tucho e uma haste, que o interliga ao balancim, apoiando-se diretamente sobre a válvula. No momento em que o eixo comando de válvulas gira, o ressalto deste aciona o tucho, que por sua vez move a haste, fazendo com que o balancim transmita o movimento à válvula, abrindo-a. Há um conjunto destes (tucho, haste, balancim) para cada ressalto, i. e., um paradestes (tucho, haste, balancim) para cada ressalto, i. e., um para cada válvula, tanto de admissão quanto de escape. Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna � Câmara de combustão Unidade 2 Motores de Combustão Interna Unidade 2 Motores de Combustão Interna 5. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA ALTERNATIVO 5.1 PRINCÍPIO GERAL DE FUNCIONAMENTO: comum aos motores alternativos Unidade 2 Motores de Combustão Interna No motor de combustão interna existe uma série de operações contínuas, denominada de ciclo mecânico, que é o mesmo em qualquer motor alternativo. Ciclo mecânico: 1. Introdução do ‘combustível’ no cilindro; 2. Compressão do ‘combustível’ (consumindo trabalho); 3. Queima do combustível (combustão); 4. Expansão dos gases resultantes da combustão (gerando trabalho); 5. Expulsão dos gases . Unidade 2 Motores de Combustão Interna Nos motores alternativos de combustão interna, este ciclo pode completar-se de duas maneiras: - ciclo de trabalho de dois tempos; - ciclo de trabalho de quatro tempos.
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