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LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DO PORTUGUÊS Segunda Chamada 2018.2

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GRADUAÇÃO EAD 
SEGUNDA CHAMADA 2018.2A 
 20/10/2018 
QUESTÃO 1. 
As contribuições da Linguística, aliadas às teorias pedagógicas recentes, modificaram a forma de conceber a 
linguagem e também de ensiná-la. Atualmente, deve-se conceber a linguagem como: 
 
R: Forma ou processo de interação ou “inter-ação”, em que sujeitos sociais realizam ações, agem sobre o interlocutor. 
Segundo essa concepção de língua, deve-se priorizar, no ensino, a gramática do texto/discurso,abordando o texto de 
acordo com seu contexto, seu uso, como atividade sociocomunicativa. 
 
QUESTÃO 2. 
Nos excertos I e II a seguir, encontram-se algumas atividades propostas em livros didáticos de língua 
portuguesa. 
 
Excerto I 
Atividade com trecho do poema O operário em construção, de Vinícius de Moraes. 
Proposta: 
(...) 
2. Aponte todos os substantivos presentes no texto. 
3. Aponte um substantivo abstrato presente no texto. 
4. Aponte um substantivo concreto presente no texto. 
5. Qual é o único substantivo presente no texto que admite uma forma para o masculino e outra para o 
feminino? 
6. Há, no texto, algum substantivo próprio? Em caso afirmativo, aponte-o. 
 
Excerto II 
Atividade com o poema Os dias Felizes, de Cecília Meireles. 
Proposta: 
1. Reescreva os versos substituindo as palavras destacadas por suas formas plurais. 
a. “A doçura maior da vida/flui na luz do sol” 
b. “formigas ávidas devoram/ a albumina do pássaro frustrado.” 
AZEVEDO, D. G. Palavra e criação: língua portuguesa. São Paulo: FTD, 1996. v.8, p. 102 (com adaptações). 
 
As atividades em I e II: 
 
R: usam os poemas como recurso e pretexto para trabalhar com os alunos tópicos de gramática, ignorando aspectos 
mais relevantes. 
 
QUESTÃO 3. 
Muito se tem falado sobre o ensino linguístico-discursivo da Língua Portuguesa desde a publicação dos PCN-
LP(BRASIL, 1998). Essa visão é extremamente adequada às novas concepções de ensino de línguas no mundo, 
que precisa, cada vez mais, de um ser humano apto a atuar socialmente em termos de linguagem. Essa forma 
de ver também se afina aos novos estudos do letramento, que enfatizam a necessidade de trazer, para dentro 
da escola ,as demais práticas sociais. 
Essa perspectiva é: 
 
R: complementar aos ensinamentos vygotskyanos, que revelam evidências de que a língua é uma atividade social, 
global e cooperativa. 
 
 
 
 
LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DO PORTUGUÊS 
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QUESTÃO 4. 
Brasileiro não gosta de ler? 
Sempre fui de muito ler, não por virtude, mas porque, em nossa casa, livro era um objeto cotidiano, como o pão 
e o leite. Lembro de minhas avós de livro na mão quando não estavam lidando na casa. Minha cama de menina 
e mocinha era embutida em prateleiras. Criança insone, meu conforto nas noites intermináveis era acender o 
abajur, estender a mão, e ali estavam os meus amigos. Algumas vezes acordei minha mãe esquecendo a hora e 
dando risadas com a boneca Emília, de Monteiro Lobato, meu ídolo em criança: fazia mil artes e todo mundo 
achava graça. 
Como ler é um hábito raro entre nós, e a meninadachega ao colégio achando livro uma coisa quase esquisita, e 
leitura uma chatice, talvez ela precise ser seduzida: percebendo que ler pode ser divertido, interessante, pode 
entusiasmar, distrair, dar prazer. Eu sugiro crônicas, pois temos grandes cronistas no Brasil, a começar por 
Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, além dos vivos como Veríssimo e outros tantos. 
Além disso, cada um deve descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora. Não é preciso que 
todos amem os clássicos nem apreciem romance ou poesia. Há quem goste de ler sobre esportes, explorações, 
viagens, astronáutica ou astronomia, história, artes, computação, seja o que for. 
LUFT, L. Brasileiro não gosta de ler? Veja. São Paulo: Abril. Ed. 2125. 12 ago. 2009. 
Nesse texto, Lya Luft questiona a ideia preconcebida de que brasileiro não gosta de ler e suscita práticas de 
leitura capazes de seduzir a “meninada”. Entre as propostas que seguem, qual atende o que é sugerido pela 
autora? 
 
R: Enfatizar, nos processos de leitura, as três competências: identificação e recuperação de informações; integração e 
interpretação; reflexão e avaliação, a exemplo do que estabeleceu, em 2009, o Programa Internacional de Avaliação de 
Alunos (PISA). 
 
QUESTÃO 5. 
No que tange ao tratamento dos gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa, é CORRETO afirmar: 
 
R: A existência de várias formas de letramento justifica a adoção, em sala de aula, dos gêneros como práticas situadas. 
 
QUESTÃO 6. 
6. Ao dizer que “no topo estão as pessoas letradas e cultas”, o Texto I autoriza o entendimento de que: 
 
R: O acesso à escrita alfabética, com todos os seus estágios intermediários, é um requisito para alcançar o 
conhecimento. 
 
QUESTÃO 7. 
“O leitor constrói, e não apenas recebe, um significado global para o texto; ele procura pistas formais, antecipa 
essas pistas, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões. Contudo, não há reciprocidade com a 
ação do autor, que busca, essencialmente, a adesão do leitor, apresentando para isso, da melhor maneira 
possível, os melhores argumentos, a evidência mais convincente da forma mais clara possível, organizando e 
deixando no texto pistas formais a fim de facilitar a consecução de seu objetivo”. 
KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. São Paulo: Pontes, 2011, p. 65. 
A perspectiva de leitura evidenciada no fragmento acima é condizente com a seguinte ideia: 
 
R: A qualidade e a validade dos argumentos utilizados influenciam a adesão do leitor ao significado global pretendido 
pelo autor do texto. 
 
QUESTÃO 8. 
O linguista brasileiro e professor da UNB, Marcos Bagno, utiliza um termo para nomear a tradição gramatical 
composta por um conjunto fechado de princípios e regras que devem ser transmitidos intactos de uma geração 
à outra e obedecido de modo dogmático. 
Estamos falando do termo: 
 
R: Doutrina. 
 
 
 
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QUESTÃO 9. 
Considere a imagem a seguir para responder à questão: 
 
A imagem acima retrata um exemplo de variação linguística com um elemento tão comum no dia-a-dia da 
maioria dos brasileiros, o pão. Podemos ver três variações para o mesmo tipo: em Pernambuco, pão francês; 
na Paraíba, pão aguado; e em Sergipe, Jacó. 
 
Sobre a variação linguística e o ensino da língua portuguesa, analise atentamente as afirmativas abaixo: 
 
I. A variação linguística é extremamente relevante no ensino da língua para mostrar que, tanto língua, 
quanto sociedade, variam e que existem várias maneiras de falar a mesma coisa. 
II. Uma educação linguística voltada para a construção da cidadania numa sociedade verdadeiramente 
democrática não pode desconsiderar que os modos de falar dos diferentes grupos sociais constituem 
elementos fundamentais da identidade cultural da comunidade e dos indivíduos particulares. 
III. A diversidade linguística é uma importante característica das línguas e deve, sem dúvida, ser tratada como 
elemento central no ensino de línguas maternas. 
 
Está(ão) correta(s): 
 
R: I, II e III. 
 
QUESTÃO 10. 
O linguista Macos Bagno utiliza o termo “doutrina” para nomear a tradição gramatical. Sobre essa tradição 
gramatical e suas características, podemos citar: 
 
I. Valorização das normas lusitanas em detrimento às brasileiras. 
II. Emprego de uma taxionomia gramatical fixa. 
III. Comprometimento ideológico explícito com as camadas dominantes da sociedade. 
 
São características de uma gramática normativa: 
 
R: I, II e III.

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