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Salto Vertical O salto vertical se faz necessário ao ser humano uma vez que se qualifica como habilidade motora, tornando-o importante na locomoção cotidiana e ferramenta indispensável em algumas modalidades desportivas (NOGUEIRA, 2010). No campo desportivo, o salto torna-se, indiretamente, um método de avaliação dos membros inferiores ao se adotar algumas variações na forma como este irá proceder-se, podendo ser, saltos únicos e intermitentes. (NOGUEIRA, 2010). Sabe-se que durante seu processo de execução, o salto passa por algumas fases. Dessa forma, o presente estudo pretende apresentar tais fases e quais variáveis estão envolvidas na realização deste movimento. Fases do salto De acordo com Durward, Baer e Rowe (2001) apud Cruz (2003), p.34-35, há sete fases no salto, sendo estas: Primeira fase, o corpo não está sendo sustentado, dessa forma a aceleração para baixo começa a aumentar, e no fim dessa fase a velocidade para baixo será máxima. Segunda fase, o corpo irá sofrer a desaceleração do movimento no sentido anterior, para baixo, e começará a fixar-se em um ponto mais baixo antes da ação de saltar, propriamente dito. Terceira fase, o corpo começa a acelerar verticalmente para cima, representando assim a ação propulsora do salto. Quarta fase, não há a presença de força contra o solo, e o corpo não se encontra mais no mesmo, caracterizando a fase de vôo. Sendo que na primeira metade dessa fase, a velocidade para cima permanece, e na segunda metade, começa a desacelerar e a velocidade para baixo retorna. Quinta fase, o corpo chega ao solo causando um impacto ao aterrissar, devido a rápida desaceleração por causa da velocidade em que os membros inferiores e o resto do corpo chegam e tocam o solo. Sexta fase, ao aterrissar há uma flexão nos joelhos, para ajudar a aliviar o impacto, dessa forma, para voltar a altura normal, o corpo aplica uma força e continua a acelerar para cima. Sétima fase, a última fase, também chamada de fase de recuperação, o corpo tem como objetivo voltar para a fase zero , retornando a sua posição original, com o peso corporal dividido entre ambos os pés. Dessa forma, os autores do estudo utilizado afirmam que essas fases são presentes em qualquer tipo de salto. Portanto, sabe-se, entretanto, que não há apenas um tipo de salto. Pensando nisso, delimita-se, para o presente estudo, os saltos: Salto com Contramovimento (Countermovement Jump) e Salto Agachado (Squat Jump), que são saltos presentes em vários estudos existentes. Execução dos Saltos Adotados O Salto com Contramovimento, é de simples execução, sendo realizado por meio de ação extrínseca, seguida por uma ação concêntrica. O indivíduo apresenta-se em pé, realiza uma ação descendente devido a flexão dos joelhos, quadril e tornozelo, e em seguida, de forma imediata, estende-os realizando o salto sobre o solo (LINTHORNE, 2001). O Salto com Agachamento, diferentemente do anterior, começa com o indivíduo semi-agachado, uma vez que não é permitida a realização da ação descendente inicial. Assim, posicionado no semi-agachamento, o saltador deve, de forma intensa, estender joelhos e quadris, saltando verticalmente sobre o solo (LINTHORNE, 2001). É importante ressaltar que fatores como, força da gravidade, peso corporal, postura corporal e fatores neuronais influem no desempenho e, consequentemente, nos resultados. Referencial Teórico Buscando resultados, encontrou-se um estudo de Harman et al, onde este verificou a influencia do balanço dos braços, presente em nos saltos da maioria dos esportes. Para isso utilizou 18 participantes do sexo masculino, que realizaram saltos com e sem balanço e, com e sem contramovimento. Foram realizados 12 saltos na plataforma de força, tendo como um dos resultados uma melhora significativa na altura, ao realizar o balanço dos braços (HARMAN et al 1990 apud MARTINS, 2009) Em seu estudo Rodrigues e Marins (2011) afirmam que um dos erros que pode invalidar a altura durante a execução de um salto é o grau de flexão dos joelhos, “então o teste pode ser invalidado se o avaliado não flexionar os joelhos em cerca de 90 graus, exigidos em cada execução.” No estudo de Pupo, Detanico e Santos (2012), ao submeter 24 atletas, sendo 12 destes velocistas e 12 voleibolistas com idade, aproximadamente, 21 anos e massa corporal de 70 kg, a testes de squat jump e countmovement jump, com o intuito de comparar a força e a velocidade, obteve-se como resultado uma superação dos velocistas em relação aos voleibolistas no quesito altura (PUPO, DETANICO, SANTOS, 2012). REFERÊNCIAS PUPO, Juliano Dal; DETANICO, Daniele; SANTOS, Saray Giovana dos. Parâmetros Cinéticos Determinantes do Desempenho nos Saltos Verticais. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v.14, n.1, p.41-48, 2012. RODRIGUES, Mayra E; MARINS, João C. B. Counter Movement e Squat Jump: Análise Metodológica e Dados Normativos em Atletas. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.19, n.4, p. 108-119, 2011. LINTHORNE, Nicholas P. Analysis of standing vertical jumps using a force platform. American Association of Physics Teachers, v. 69, n.11, p.1198-1204, 2001. MARTINS, Roberta Colen. Análise das Variáveis Dinâmicas dos Saltos Verticais. 2009. 26f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação). Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2009. CRUZ, Emerson Miguel da. ESTUDO DO SALTO VERTICAL: Uma análise da relação de forças aplicadas. 2003. 142f. Dissertaçâo de Mestrado. Faculdade de Educaçâo Física da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2003. Imagem do salto com contramovimento (Acesso em: 21/11/2018 às 07:35) http://treinamentoemesportes.blogspot.com/2014/04/dicas-para-melhorar-salto-vertical.html Imagem do salto com agachamento LINTHORNE, Nicholas P. Analysis of standing vertical jumps using a force platform. American Association of Physics Teachers, v. 69, n.11, p.1198-1204, 2001.