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PILATES NO PUBLICO IDOSO

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A INFLUÊNCIA DO MÉTODO PILATES NO PÚBLICO IDOSO: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Ana Paula Della Torre1; Henrique Herruso Pereira Gerevini2; Ysmi Caroline Bispo da Silva3; Bruna
Mello Chamma4; Laila Moussa5
RESUMO
INTRODUÇÂO: A expectativa de vida no Brasil tem aumentado, logo, espera-se dos profissionais da área da saúde uma atenção
maior para oferecer ao público idoso uma qualidade de vida melhor e retardar déficits comuns advindos do processo de
envelhecimento. A qualidade de vida de cada indivíduo está relacionada com o estilo de vida adotado pelo idoso, por isso a
importância de compreender os fatores biológicos, psicossociais, socioeconômicos e fisiológicos. Diante da senescência, que
envolve uma série de modificações degenerativas como instabilidade, disfunções, diminuição da força muscular e flexibilidade
são importantes à prática de exercícios físicos visando à manutenção de forças e funcionalidades e prevenção de patologias e
disfunções relacionadas ao envelhecimento. Dentre os diversos tipos de exercícios físicos destaca-se o método Pilates,
apresentando-se como um método completo, que engloba exercícios associados à respiração e fortalecimento de músculos
profundos. OBJETIVO: Revisar a literatura sobre a aplicação do método Pilates em idosos. MÉTODOS: As bases de dados
eletrônicas utilizadas foram Scielo, PubMed, Lilacs, período de 2010 a 2016, livros utilizados de 1977 a 2013. RESULTADOS:
Foi observado nos idosos praticantes de pilates o aumento da resistência muscular, aumento do volume respiratório e sincronia na
respiração diafragmática, redução da frequência respiratória e melhora da musculatura respiratória. Os idosos também
apresentaram aumento da dissociação de cinturas, equilíbrio e melhora nas habilidades motoras, controle de tronco e diminuição
do grau de cifose. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Idosos praticantes de atividades físicas, em especial o método Pilates,
apresentam melhor qualidade de vida e independência na prática de suas AVD’s e AIVD’s. Palavras-chave: Idosos, Pilates,
Fisioterapia.
ABSTRACT
INTRODUCTION: As life expectancy in Brazil has increased, health professionals are expected to be more attentive on
providing elderly people with a better life quality and to delay common deficits arising from the aging process. The life quality of
each individual is directly related to their own lifestyle. Therefore, it is crucial tho understand the biological, psychosocial,
socioeconomic and physiological factors involved. When facing senescence, which involves a series of degenerative
modifications such as instability, dysfunctions, muscle strength and flexibility decrese physical exercise it is important to maintain
the elderly strength and functionalities and to prevent pathologies and dysfunctions related to aging. Among the various types of
physical exercises, the Pilates method stands out, presenting itself as a complete method, which includes exercises associated with
breathing and strengthening of deep muscles. OBJECTIVE: To review the literature on the application of the pilates method in
the elderly population. METHODS: Electronic databases used were Scielo, PubMed, Lilacs, from 2010 to 2016, used books from
1977 to 2013. RESULTS: It was observed in elderly people practicing pilates the increase in muscular endurance, increase in
respiratory volume and synchronizantion in diaphragmatic breathing, reduction of respiratory rate and improvement of respiratory
muscles. They also presented increased dissociation of waists, balance and improvement in motor skills, upper body control and
decrease in the degree of kyphosis. FINAL CONSIDERATIONS: Elderly practitioners of physical activities, especially the
Pilates method, present better quality of life and independence in the practice of their ADLs and IADLs. Key words: Elderly,
Pilates, Physical therapy.
1. INTRODUÇÃO
Compreender o envelhecimento é um processo sociovital de conscientização a um
fenômeno irreversível, mas que seja visto não como um fim e sim como um ciclo de vida com
cuidados específicos que podem e devem ser desfrutados com qualidade. O comportamento de
hoje, seja ele o prolongamento da expectativa de vida, nos determina uma diminuição de
mortalidade, mas também de natalidade, ocasionando uma necessidade de atenção a saúde.1,2,3,4
1 Graduando em Fisioterapia pela Universidade Braz Cubas. Email: dellatorre.anapaula@gmail.com
2 Graduando em Fisioterapia pela Universidade Braz Cubas. Email: gerebolico@gmail.com
3 Graduando em Fisioterapia pela Universidade Braz Cubas. Email: ysmicarolinebispo@gmail.com
4 Mestrando, Orientadora de Conteúdo
5 Mestre, Orientadora Metodológica
 Pesquisa e Ação V3 N2: Dezembro de 2017 ISSN 2447-0627
59
As alterações anatômicas são notáveis com a chegada da velhice, a pele resseca, os
cabelos embranquecem e caem com mais facilidade. Devido à desmineralização óssea e o
enfraquecimento muscular, as mudanças posturais também se tornam visíveis, assim como a
acentuação das curvaturas fisiológicas da coluna, como na rigidez das articulações, que limitam a
amplitude de movimento, envolvendo uma série de doenças como a osteoartrose.5
Fisiologicamente, as alterações neuronais e das sinapses comprometem o raciocínio e
rapidez para desenvolver atividades. Devido às mudanças nos sistemas visual, vestibular e
somatossensorial, pode-se observar dificuldades e limitações relacionadas às noções de espaço e
do indivíduo. Ambos os sistemas, quando estão comprometidos por lesões ou por idade, podem
estar totalmente responsáveis pela diminuição do equilíbrio e alterações na marcha.6
 Okuma (1998, p. 13) diz que:
“Um processo biológico cujas alterações determinam mudanças estruturais no
corpo e, em decorrência, modificam suas funções. Porém, se envelhecer é
inerente a todo ser vivo no caso do homem esse processo assume dimensões que
ultrapassam o “simples” ciclo biológico, pois pode acarretar, também,
consequências sociais e psicológicas”. 7
 
Pesquisas estimam que até 2025, no Brasil, haverá 30 milhões ou mais de idosos, com
doenças crônicas e/ou com boa qualidade de vida. No Brasil, de 1950 a 2025 existirá um aumento
de 15 vezes da população idosa, sendo que a população comum, no mesmo período, somente
crescerá 5 vezes. A OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que a qualidade de vida proposta
se baseia em percepção, posição na vida, cultura, expectativas, padrões e preocupações.2
O aumento da expectativa de vida se deve a fatores ambientais, socioeconômicos,
tecnológicos, conquistas no campo da medicina, avanço da indústria farmacêutica e melhores
condições de moradia e saneamento.8
Com isso, a preocupação direcionada a políticas públicas tornou-se evidente, uma vez que
a sociedade tem um número importante de indivíduos com doenças degenerativas, déficits e etc.
Muito se tem estudado e refletido sobre o viver e o envelhecer, que tem a visão predominante a
doenças, perdas e até mesmo a própria morte, como se fossem marcas exclusivas dos idosos.
Apenas na década de sessenta, novos conceitos foram introduzidos em relação à terceira idade,
que por muitas vezes na história foi desconsiderada pela sociedade.9,7
Biologicamente, envelhecer está associado à diminuição da funcionalidade de cada
indivíduo. O fator psicológico também tem sua importância pela vivência, cultura, hábitos, idade
60
determinada e sociedade, pessoas se caracterizam idosas sem mesmo sentir as alterações
biológicas de maneira dominante.9
Considerando as diferenças entre as capacidades de um idoso em relação a um indivíduo
jovem, qualquer atividadeproposta, sendo ela física ou cognitiva, apresentará reação menos
eficaz. A prática de exercícios está ligada intimamente entre a prevenção e manutenção da saúde
do idoso, podendo retardar os efeitos do envelhecimento. As atividades físicas generalizadas,
como dança, ginástica, esporte adaptado, e as atividades lúdicas, melhoram a qualidade de
vida.10,1,7
Todos os déficits significativos, em conjunto, podem provocar a dependência e redução da
autonomia. Além das modificações do processo de envelhecimento, conflitos também surgem
sobre o papel e utilidade na sociedade. O aparecimento de sinais e sintomas clássicos associados
ao processo de envelhecimento prejudicam a autoestima e o suposto empenho familiar e
profissional. Nestas condições, a importância do trabalho de saúde mental, função física e social é
essencial. Diante disto, nota-se a importância do exercício e condicionamento físico, para que
possa preservar a funcionalidade dos sistemas.11
Atualmente é consenso, entre os profissionais da área da saúde, que idosos que adotam o
estilo de vida ativo, têm maiores chances de passar pelo envelhecimento de forma saudável e bem
sucedido, além de garantir uma qualidade de vida melhor e menor chances de adquirir doenças
psicossomáticas. É importante destacar a heterogeneidade existente entre idosos, pois, o sucesso
nesse período da vida está relacionado com as condições psicossociais, econômicas e culturais,
logo, um indivíduo com condições mínimas, dificilmente obterá uma percepção favorável sobre
essa fase importante e marcante da vida.11
O público idoso é mais suscetível ao sedentarismo, os exercícios físicos para treino de
equilíbrio, propriocepção e força muscular melhoram o desempenho físico, mental e funcional.
Além de diminuírem as quedas, previnem distúrbios na marcha, incrementam a funcionalidade
cotidiana e o convívio social.11
A Fisioterapia está envolvida na área da saúde como uma das principais auxiliares no bem
estar do desenvolvimento ao idoso, atuando na área de prevenção, promovendo a melhora da
capacidade funcional, orientações posturais, exercícios globais específicos, diminuindo a
prescrição de medicamentos, o desequilíbrio e a insegurança, trazendo independência e
satisfação.3,4
61
Através de técnicas aplicadas de cinesioterapia, o fisioterapeuta é capaz de trabalhar
diretamente sobre as mudanças do organismo relacionadas ao envelhecimento. Dentre tais
técnicas, uma que possui destaque é o método Pilates, que trabalha de maneira fluída importantes
músculos estabilizadores associados com movimentos coordenados e respiração controlada,
sendo considerado importante ferramenta na prevenção de perdas funcionais e posturais após a
marca dos 60 anos.12
1.1 O MÉTODO PILATES
Com o passar dos anos e o aumento da preocupação em relação á saúde e bem estar, o
método Pilates tornou-se muito popular, devido a sua enorme adaptabilidade e capacidade de
trabalhar o corpo e a mente como um todo. Criado por Joseph Pilates há quase um século, foi
inicialmente chamado “contrologia” sendo um método que consiste em uma série de movimentos
fluídos e controlados, realizados com a utilização da força do power house combinada com a
respiração, que apresenta um sistema de condicionamento físico e mental que pode melhorar a
força física, a flexibilidade e a coordenação através de movimentos adaptáveis ao praticante,
sendo assim um sistema para qualquer um e para todos. Existem diversas abordagens ao pilates,
diferenciando-se principalmente pelos objetivos adotados, como por exemplo, apenas a força
física, ou apenas a relação corpo e mente. No método original, observa-se a integração total de
corpo, mente e espírito.12,13
Joseph Pilates acreditava que uma pessoa saudável buscava uma mente forte e através
disso controle de todo o corpo. Para isso, desenvolveu mais de quinhentos exercícios, que podem
ser caracterizados por alongar e fortalecer toda a musculatura do corpo ao mesmo tempo, sendo
realizados no solo, onde a resistência do movimento é o próprio corpo, ou em aparelhos criados
pelo próprio Joseph Pilates, que apresentam molas e polias para resistência ou assistência na
prática dos exercícios.14
Não é um método a ser praticado em qualquer ambiente de qualquer maneira; todo o
sistema de pilates baseia-se na concentração e na respiração fluída, com movimentos executados
de maneira controlada e consciente, com um número pequeno de repetições, sempre mantendo
conectados corpo e mente. Porém, ao praticar pilates, não espera-se um resultado rápido, sendo
necessária a dedicação e o conhecimento dos exercícios realizados para a efetiva conquista de
62
objetivos. Mas torna-se explícito o bem estar e a auto-confiança de todos seus praticantes,
demonstrando assim a eficiência da integração corpo e mente.13
O método baseia-se no controle de todo o corpo, e principalmente na utilização do power
house (ou centro de força), que é um conjunto de músculos encontrados na região do tronco que
possuem a função de estabilizar segmentos e permitir um movimento fluído e controlado no
corpo todo. Através desse centro de força, obtém-se consciência corporal e controle de
movimento e respiração, fundamentais para a prática dos exercícios de pilates. O power house é
descrito como o “motor” do corpo, sendo alimentado pela respiração; desta maneira, nota-se a
importância do centro de força para o método.12
O método de Joseph Pilates integra o corpo em todos os seus movimentos e, por esse
motivo diferencia-se de uma série comum de exercícios pelo fato desses últimos trabalharem os
músculos de forma isolada. 14
Apesar de Pilates não ter, de primeiro momento, descrito princípios para seu método,
certos princípios podem ser identificados em suas obras e materiais, especialmente em seu livro
“Retorno à vida através da contrologia”. Dependendo da escola de Pilates, os princípios podem
variar, mas sempre mantendo uma conexão com sua base, que é composta de seis pilares
fundamentais: respiração, concentração, centro, controle, precisão e fluidez. Todos esses
princípios podem e devem ser aplicados durante a prática de pilates, independente do objetivo a
ser alcançado. Com prática e dedicação ao método, pode-se alcançar o equilíbrio entre corpo e
mente descrito por Joseph Pilates em suas obras.12
Por ser um método tão abrangente e adaptável, o pilates é amplamente utilizado como
método de tratamento às diversas lesões, como por exemplo, hérnias de disco ou bursites, através
do fortalecimento e alongamento de grupos musculares específicos relacionados à lesão, e através
de consciência corporal e controle do power house e dos movimentos do corpo.13
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
- Revisar a literatura sobre a aplicação do método Pilates em idosos.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Comparar, na literatura, a melhora do equilíbrio e da conscientização corporal.
63
- Pesquisar, na literatura sobre a concentração, respiração, auto-confiança e bem-estar
associados ao método Pilates.
- Verificar, na literatura, o ganho de condicionamento físico e mental que auxilia a força
física, a flexibilidade e a coordenação dos idosos praticantes do método Pilates.
3 METODOLOGIA
Estudo teórico, com revisão da literatura.
As bases de dados eletrônicas utilizadas foram Scientific Electronic Library online
(Scielo), Public Medline or Publisher Medline (PubMed), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), usando os descritores: envelhecimento, idoso, pilates,
fisioterapia, qualidade de vida, exercícios físicos. Os artigos utilizados estão nos idiomas
português, inglêse espanhol, no período de 2010 a 2016. Os livros utilizados compreendem o
período de 1977 a 2013.
Para compor o trabalho acadêmico foram inseridos materiais sobre envelhecimento,
idosos como público protagonista e qualidade de vida. 
Os critérios de inclusão foram: estudos clínicos com idosos com idade igual ou acima de
60 anos, tratados com exercícios do método Pilates. Os critérios de exclusão foram: revisão de
literatura, indivíduos com idade inferior a 60 anos.
Os principais assuntos que se relacionam e organizam o trabalho estão intimamente
interligados com a flexibilidade, equilíbrio, quedas, respiração, funções cognitivas, postura e
aspectos funcionais.
4 RESULTADOS
Foram pré selecionados 24 artigos, porém, apenas nove se enquadraram nos critérios de
inclusão.
Realizando buscas na base de dados científicos, foram obtidos 12 artigos em português,
oito artigos em inglês e quatro em espanhol, sendo que destes foram excluídos sete em português,
três da literatura inglesa e quatro em espanhol, por serem revisão de literatura, e enquanto nos
estudos clínicos, os participantes da pesquisa não se encaixavam na faixa etária. Por fim, pode-se
incluir quatro artigos em português e cinco em inglês que mais se adequaram aos critérios de
64
inclusão, se relacionando com a atuação da fisioterapia em idosos com os exercícios do método
Pilates.
A Tabela 1 apresenta os nove artigos segundo os autores e respectivos anos de publicação,
tipo de estudo, fonte e os objetivos.
Tabela 1 – Seleção de artigos por objetivos
AUTOR /
ANO FONTE TÍTULO DO ESTUDO OBJETIVOS
Rodrigues BGS
et al.15, 2010 Fisioterapia e Pesquisa
Autonomia funcional de idosas
praticantes de pilates
Analisar o efeito do método Pilates em idosas
como prevenção e tratamento de desordens
geriátricas, melhorando a flexibilidade e o
condicionamento aeróbico, dando uma
autonomia funcional e saudável.
Marinda F et
al.16, 2013
Pakistan Journal of
Medical Sciences
Efeitos de um programa do
método Pilates de
parâmetros cardiometabólicos
em mulheres idosas
Avaliar os parâmetros cardiometabólicos que
os exercícios de solo do método Pilates
exercem em uma mulher idosa, onde existe a
melhora do estresse cardíaco auxiliando nas
reduções das complicações graves.
Cancelliero-
Gaiad KM et
al.17, 2014
Brazilian Journal of
Physical Therapy
Padrão respiratório da respiração
diafragmática e respiração de
pilates em pacientes com DPOC
Avaliar e comparar duas técnicas respiratórias
diferentes, respiração método Pilates e a
respiração diafragmática em pacientes
saudáveis e com DPOC.
Guimarães
ACA et al.18,
2014
Fisioterapia Movimento Efeito do método Pilates na
flexibilidade de idosos
Verificar o efeito do método Pilates na cintura
escapular e o nível de flexibilidade em idosos
pela falta de uso muscular, dando uma
autonomia funcional.
Lopes EDS,
Ruas G, Patrizzi
LJ19, 2014
Revista Brasileira
Geriatria e Gerontologia
Efeitos de exercícios do método
Pilates na força muscular
respiratória de idosas: um ensaio
clínico
Avaliar os efeitos de exercícios do método
Pilates na força muscular respiratória de
idosas.
Pinheiro KRG
et al.20, 2014
Revista Brasileira de
Cineantropometria e
Desempenho Humano
Influência de exercícios de
pilates no solo nos músculos
estabilizadores lombares em
idosas
Analisar a conduta de eletroestimulação dos
músculos paravertebrais e transverso
abdominal nos exercícios do método Pilates
solo, para uma maior estabilidade e
flexibilidade corporal nas AVD’s de idosas.
AUTOR /
ANO FONTE
TÍTULO DO ESTUDO OBJETIVOS
Junges S et
al.21, 2016 Fisioterapia Brasil
Efeito de 30 semanas do método
Pilates na composição corporal
de mulheres adultas com cifose
Comparar os efeitos dos exercícios básicos do
método Pilates em mulheres com cifose e
alterações na composição corporal,
demonstrando o gasto energético.
Navega MT et
al.22, 2016
Revista Brasileira
Geriatria e Gerontologia
Efeitos do método Pilates solo
no equilíbrio e na hipercifose
torácica em idosas: ensaio
clínico controlado randomizado
Avaliar o método Pilates solo em idosos, na
hipercifose torácica e equilíbrio por
envelhecimento.
Pestana MDS et
al.23, 2016 Edições Desafio Singular
Pilates versus exercício resistido
nos níveis séricos da PCR-as, na
circunferência abdominal e IMC
em idosos
Analisar se o método Pilates no solo reduz os
níveis séricos de proteína C reativa,
circunferência abdominal e índice de massa
corporal nos idosos de forma mais efetiva do
que exercícios de resistência.
Legenda: IMC - índice de massa corporal, DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica, AVD’s – atividades de vida diária,
PCR-as - proteína C reativa
65
A Tabela 2 apresenta os 09 artigos pela extração de dados segundo os autores e
respectivos anos de publicação, tipo do estudo, metodologia e os resultados.
Tabela 2 – Extração de dados quanto a Metodologia e Resultados
AUTOR /
ANO
TIPO DO
ESTUDO
METODOLOGIA RESULTADOS
Rodrigues
BGS et
al.15, 2010
Estudo
Clínico
Participantes: 52 idosos, entre 60 e 78 anos.
25 grupo Controle (GC)
27 grupo pilates (GP)
Inclusão: Sedentárias por pelo menos seis
meses.
Exclusão: presença de patologias que pudes-
sem causar limitações.
Avaliação: protocolo do GDLAM.
Protocolo: 8 semanas consecutivas, 2 vezes
por semana, 1 hora cada sessão.
Programa: alongamento global inicial (cadeia
posterior e dos músculos laterais), fase de
condicionamento (dez repetições, controlado
pelo uso das molas do método), relaxamento.
Houve melhora dos scores inicial para o final,
pelo protocolo GDLAM, do grupo GP em
comparação ao grupo GC. Os exercícios do
método Pilates promovem a melhora da
resistência, flexibilidade, estabilidade
postural e desempenho motor.
Marinda F
et al.16,
2013
Experimenta
l Controlado
Participantes: 50 mulheres, 60 anos ou mais.
25 grupo atividades de pilates (IG)
25 grupo Controle – nenhum tipo de atividade
(CG)
Inclusão: mulheres sedentárias, aparentemente
saudáveis.
Exclusão: não apresenta critério de exclusão.
Avaliação: Peso e IMC, Testes
cardiometabólicos, Frequência cardíaca, foi
realizada com o paciente sentado, Glicemia no
jejum, Colesterol Total, Triglicerídes Foram
realizados todos os testes antes e depois de 8
semanas, em todos os participantes.
Protocolo: 8 semanas, 3x por semana
-intercalados, 60 minutos, com intensidade
crescente .
Programa: Todas as sessões começaram com
respiratória, seguido por um sistema: de pé,
sentado, deitado, terminando com a posição de
repouso. 
No grupo IG, a única variável
cardiometabólica que apresentou melhora foi
sistólica, importante para a regulação da
hipertensão. Provável redução sistólica deu-se
por diminuição do IMC, a maior diferença
encontrada foi na circunferência da cintura,
pode-se acrescentar que o relaxamento e a
calma acometida aos pacientes tratados pelos
exercícios de pilates auxiliaram nessa
diminuição da PA.
Cancelliero
-Gaiad KM
et al.17,
2014
Prospectivo,
randomizado
e cruzado
Tentativas
Participantes: 30 idosos, menor ou igual á 80
anos.
15 com DPOC
15 saudáveis
Inclusão: pacientes com DPOC de tratamentos
com drogas, fumantes e ex-fumantes e nenhum
com características fisiológicas ou clínicas de
asma.
Exclusão: pacientes com DPOC acima de 80
anos, obesos, histórico de agravamento recente,
hipertensão arterial e oxigênio domiciliar para
terapia.
Houve aumento de volume respiratório, e
aumento da saturação em ambas as técnicas
respiratórias. Em ambos os grupos houve
sincronia da respiração diafragmática. Na
técnica de respiração diafragmática há oaumento da taxa respiratória o que promoveu
redução da frequência respiratória. A técnica
de respiração pilates não houve maiores
benefícios imediatos ao grupo de DPOC por
terem uma rigidez torácica.
66
Avaliação: IMC, peso, altura, Pimáx e Pemáx
com o aparelho manômetro de vácuo
analógico, Espirometria com um espirômetro
portátil, VIF1 medições realizadas com a
respiração natural, paciente não foi induzido a
frequência respiratória, avaliado por
Pletismografia Indutiva usando LifeShirt
System, Saturação – oxímetro, para ajuste
volumétrico foi utilizado um saco plástico de
800 ml, com um clipe nasal, respirou 7 vezes
dentro e fora do saco com o auxílio de um
bocal.
Protocolo: realizado em 2 dias, 1 de avaliação,
e 1 para os teste.
Programa: 2 técnicas respiratórias, respiração
diafragmática e respiração pilates.
Guimarães
ACA et
al.18, 2014
Experimenta
l Controlado,
não
randomizado
Participantes: 60 idosos, com média de 68
anos.
30 grupo controle - GC
30 grupo intervenção – GI
Inclusão: não ter feito nenhuma atividade
física por 6 meses anteriores a data de seleção
Exclusão: não descrito.
Avaliação: testes de flexibilidade de quadril e
cintura escapular.
Protocolo: 12 semanas, 2 vezes por semana, 60
minutos.
Programa: grupo GC não efetuar nenhuma
atividade física durante o procedimento, grupo
GI nunca ter praticado pilates, foram utilizados
de 10 a 12 repetições cada exercício, no limite
de ADM dos idosos, exercícios com os
acessórios de pilates, Cadillac, Over Ball,
Magic circle, Toning Bola, rolo, bola suíça e
também sem acessórios.
No GC houve uma diminuição da
flexibilidade escapular em alguns idosos, no
GI com a prática de pilates houve um
aumento na flexibilidade da cintura escapular,
do quadril e tronco superior, força muscular,
equilíbrio dinâmico e melhora nas habilidades
motoras, com isso entende-se que o
envelhecimento necessita de atividade física
para a prevenção de limitações e quedas.
Lopes EDS,
Ruas G,
Patrizzi
LJ19, 2014
Ensaio
Clínico
Participantes: 7 mulheres de 60 anos ou mais.
Inclusão: mulheres idosas, não praticante de
atividade física, disponibilidade de horário,
cognitivo preservado.
Exclusão: doenças que afetassem diretamente a
postura, doenças cardiovasculares, respiratórias
e neurológicas, 3 faltas consecutivas.
Avaliação: Idade, sexo, peso, estatura, IMC,
Pimáx, Pemáx (espirômetro e
manovacuômetro.
Protocolo: exercícios do método Pilates por 11
semanas, 2 vezes por semana, com 5 exercícios
de pilates por aula com duração de 40 minutos
Programa:
1ª a 4ª semanas - os exercícios de gato,
mesinha, single leg circle, movimentos
pélvicos, contração dos glúteos, encerrando
com alongamento, exercícios realizados
durante a expiração.
5ª a 8ª semanas - os exercícios de ponte,
mesinha, ponte hip roll com leg extension,
abdominal – half hollup, oblíquos e, ao final,
Houve aumento no Pemáx, melhorando a
musculatura respiratória, recrutamento dos
músculos estabilizadores profundos da coluna
na sustentação pélvica, e um relaxamento nos
músculos inspiratórios e cervicais.
67
alongamento – série de Willian’s, exercícios
realizados durante a expiração.
9ª a 11ª semanas - os exercícios de beaststroke,
apoio calcanhar, ponte – hip roll com leg
extension, hundred e agachamento com bastão
na parede, exercícios realizados durante a
expiração.
Pinheiro
KRG et
al.20, 2014
Quantitativo,
descritivo
comparativo
Participantes: 13 mulheres de 60 a 80 anos.
Inclusão: mulheres idosas que tinham
disponibilidade para horários de exercícios
Exclusão:restrição para as atividades físicas
propostas, déficit de compreensão, e mais de 2
faltas no programa.
Avaliação: Dados pessoais, IMC, Massa
corporal, músculos paravertebrais, pelo sistema
de eletromiografia, com a técnica de Kendall
ao protocolo de SENIAM, indivíduo sentado,
músculo transverso abdominal, pelo
Biofeedback, indivíduo em decúbito ventral.
Protocolo: 12 sessões, 3 vezes por semana , 50
minutos.
Programa: Alongamentos, exercícios de
MMSS, tronco e MMII, com repetições e
aumento de força ao longo das semanas,
acessórios utilizados como Bola-suiça, Thera-
band, Anel-flex.
O método Pilates mostra um aumento de
fibras musculares ativadas, aumento da
contração muscular, com isso um aumento da
força muscular em paravertebrais, transverso
abdominal, diminuiu a fadiga e dores
musculares, auxiliando no relaxamento
corporal, obtendo ganho na estabilização
postural de tronco.
Junges S et
al.21, 2016
Ensaio
clínico
controlado
randomizado
Participantes: 41 mulheres de 45 a 78 anos.
22 mulheres no grupo experimental – G1
19 mulheres no grupo controle – G2
Inclusão: cifose igual ou maior de 45º e
hipercifose.
Exclusão: fumantes, obesas e que
apresentavam alguma patologia na coluna
vertebral.
Avaliação: IMC, percentual de gordura
corporal (plicômetro), indice cintura/quadril,
medidas perimétricas (fita métrica flexível),
postura (fotometria) nos quatro planos.
Protocolo: 30 semanas, 2x na semana, 60
minutos por sessão.
Programa:exercícios aplicados foram de nível
básico do Método Pilates, com e sem
aparelhos, exercícios de solo e alongamentos.
Houve diferença entre os grupos em relação à
estatura e a diminuição do grau da cifose,
houve pouca diferença entre o peso corporal
dos dois grupos, que pode estar relacionada
ao ganho de massa magra, portanto com a
diminuição do percentual de gordura, redução
na perimetria de quadril e cintura. A
intervenção do método Pilates é eficaz na
melhora da postura e aumento da resistência
muscular.
Navega MT
et al.22,
2016
Ensaio
clínico
controlado
randomizado
Participantes: 31 mulheres de 60 a 75 anos.
14 idosas no GP
17 idosas no GC
Inclusão: ângulo maior que 40 graus na
curvatura da coluna vertebral em nível torácico
no plano sagital.
Exclusão: apresentar déficit de compreensão,
sequelas neurológicas e motoras, e patologias
associadas.
Avaliação: ficha com dados pessoais e
informações gerais, estatura, massa corporal,
No GP houve diminuição da hipercifose
torácica e conciência corporal, do
alinhamento postural, houve fortalecimento
muscular, a coordenação, diminuindo os ricos
de quedas.
68
IMC, testes específicos de equilíbrio (teste
unipodal) – Romberg, mensuração do ângulo
de cifose torácica (por câmera).
Protocolo: grupo GP - 8 semanas, 2 vezes por
semana, 16 sessões 1 hora cada, grupo GC - 8
semanas, 4 palestras de 45 minutos cada.
Programa: método Pilates solo utilizados em
fortalecimento de quadril, estabilização de
tronco, equilíbrio e alongamento dos músculos
do quadril e tronco.
Pestana
MDS et
al.23, 2016
 Ensaio
clínico
randomizado
Participantes: 45 idosos entre 60 a 85 anos.
23 idosos grupo pilates (GP)
22 idosos grupo exercício resistido (GR)
Inclusão: não se exercitavam regularmente,
recebiam cuidados médicos regulares,
autorização médica para exercícios moderados,
funções cognitivas intactas.
Exclusão: dependentes de insulina, doença
cardíaca descompensada.
Avaliação: questionário sociodemográfico,
mini exame do estado mental, análise de
nefrelometria (níveis séricos), circunferência da
cintura (CC), IMC, avaliação antopométrica,
FCmáx, esforço máximo.
Protocolo: 20 semanas, 2x por semana, 60
minutos.
Programa: treino GR – contrações rápidas, 8-
15 repetições máximas, 2-3 minutos de
repouso, treino GP em solo com e sem o tensor
elástico.
Os exercícios do GP em comparação do GR,
foram mais eficazes na redução de CC e IMC,
não houve uma grandediferença entre os
métodos sobre a proteica C, mas o GP tem
uma tendência á redução dos níveis séricos de
proteína C reativa. No GP houve um aumento
da massa magra, que foram associados os
níveis séricos. Sendo assim os exercícios são
eficazes para a melhora de neuromusculares e
cardiorrespiratórios.
LEGENDA: GC - grupo controle, GP - grupo pilates, GDLAM - grupo latino-americano de desenvolvimento para maturidade, GI
– grupo intervenção, CG – grupo controle, IMC – índice de massa corpórea, PA – pressão arterial, DPOC – doença pulmonar
obstrutiva crônica, Pimáx - pressão inspiratória máxima, Pemáx – pressão expiratória máxima, VIF1 - volume expiratório
forçado, ADM – amplitude de movimento, MMSS – membros superiores, MMII – membros inferiores, G1 – grupo experimental,
G2 – grupo controle, GR - grupos exercícios resistido, CC – circunferência da cintura, FCmáx – frequência cardíaca máxima, FC
– frequência cardíaca
5 DISCUSSÃO
Os principais efeitos do método Pilates, observados nos grupos dos estudos, foram:
melhora do equilíbrio, conscientização corporal e postura, descritos por Junges et al.21 e Navega
et al.22; melhora em padrões e volumes respiratórios, observados por Cancelliero-Gaiad et al.17,
Lopes et al.19, Marinda et al.16, Rodrigues et al.15; melhora de força muscular, flexibilidade,
coordenação e autonomia funcional, mencionados por Pestana et al.23, Guimarães et al.18, Pinheiro
et al.20, Rodrigues et al.15, nos idosos praticantes do método Pilates. Foi observado uma
predominância de mulheres nos estudos, contando com um número baixo de participantes do
sexo masculino.
69
Os estudos de Junges et al.21 e Navega et al.22 foram responsáveis pela aplicação do
método Pilates em pacientes com cifose e hipercifose e demonstraram diminuição no grau da
cifose das mulheres participantes, além do aumento de massa magra, decorrente da prática dos
exercícios. Através da diminuição da hipercifose e da consequente melhora no equilíbrio estático,
os estudos sugerem uma melhora no alinhamento postural e na coordenação de maneira geral, na
melhora da má postura e na redução de medidas, por fim relevando o aumento da resistência
muscular.
O estudo de Cancelliero-Gaiad et al.17 compara o padrão respiratório diafragmático e o
padrão respiratório do método Pilates, além de demonstrar seus efeitos em pacientes com doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); enquanto o estudo de Lopes et al.19 apresenta pesquisa
relacionando força muscular respiratória e pilates. Por sua vez, o estudo de Marinda et al.16
quantifica parâmetros cardiometabólicos, além de sugerir uma melhora no estresse cardíaco e
redução de complicações em idosos praticantes de pilates. Por fim, o estudo de Rodrigues et al.16
menciona, dentre outras coisas, o condicionamento aeróbico, ressaltando assim a aplicabilidade
do método em idosos com déficits cardiorrespiratórios.
Como resultado do estudo de Cancelliero-Gaiad et al.17, foram definidos maiores volumes
respiratórios e de saturação, redução de frequência respiratória, apesar de não ser possível a
observação de melhora no quadro de pacientes com DPOC. Observou-se também, no estudo de
Lopes et al.19, um aumento na pressão expiratória máxima (Pemáx), na melhora da musculatura
respiratória, e um possível aumento no recrutamento de músculos estabilizadores profundos da
coluna e assoalho pélvico e a promoção do relaxamento de músculos inspiratórios e cervicais.
Já no estudo de Lopes et al.19 houve uma melhora sistólica, importante fator em quadros
de hipertensão arterial, e diminuição do Índice de corporal (IMC), decorrente da diferença na
circunferência de cintura. Além disso, o relaxamento proporcionado pela prática dos exercícios
reduziu o quadro de pressão arterial (PA) dos pacientes. Por fim, o estudo de Rodrigues et al.15
relata melhora nos scores grupo latino-americano de desenvolvimento para maturidade
(GDLAM), demonstrando ganhos em resistência, flexibilidade, estabilidade postural e
desempenho motor. 
O estudo de Pestana et al.23 ressalta a importância dos níveis séricos de proteína C reativa
(PCR) no corpo humano, além de quantificar a circunferência abdominal e o IMC do idoso, e a
eficácia de exercícios resistidos aplicados. O estudo de Guimarães et al.18 viabiliza a comparação
70
de dados de flexibilidade e autonomia funcional dos idosos praticantes do método. Já o estudo de
Pinheiro et al.20 é mais específico ao propor ganho de força muscular em grupos estabilizadores,
como região lombar, paravertebrais e transverso, além de avaliar a estabilidade e flexibilidade
durante a realização de atividades de vida diária (AVD’s). Por fim, o estudo de Rodrigues et al.15
também avalia a autonomia funcional e a prevenção e tratamento de desordens geriátricas, além
da flexibilidade dos idosos.
O estudo de Pestana et al.23 apresenta redução das medidas de circunferência de cintura e
redução do IMC dos participantes, além de certa tendência a redução dos níveis séricos da PCR,
relacionada ao aumento de massa magra e a diminuição de massa gorda. Enquanto isso, o estudo
de Guimarães et al.18 observou diminuição na flexibilidade escapular nos idosos participantes do
grupo controle (GC), ao mesmo tempo em que os idosos participantes do grupo pilates (GP)
melhoraram a flexibilidade de ambas as cinturas, além de aumento na força muscular global, no
equilíbrio e nas habilidades motoras dos indivíduos. Determinou-se que o envelhecimento é
responsável pela diminuição natural de fatores como flexibilidade, força e equilíbrio. Ao mesmo
tempo, o estudo de Pinheiro et al.20 apresenta aumento na força do músculo transverso,
diminuição na fadiga de músculos estabilizadores de tronco e dores nas costas, além de promover
melhora no controle de tronco e estabilizar a coluna lombar, por fim ressaltando que o
relaxamento corporal é parte importante dos exercícios. Por último, o estudo de Rodrigues et al.15
novamente observa melhora nos scores de GDLAM, demonstrando assim melhora na resistência
muscular, flexibilidade, além de promover aumento na qualidade da estabilidade postural e no
desempenho motor.
No geral, os estudos foram eficazes em apresentar melhora em diversos aspectos
importantes no decorrer do envelhecimento como força muscular, equilíbrio e flexibilidade. 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos praticantes do método Pilates destacam-se como principais sinalizadores positivos a
melhora do equilíbrio, a conscientização corporal e a postura, sendo um método praticado
principalmente por mulheres com mais de 60 anos.
71
O padrão respiratório do método Pilates tem influência na redução de complicações
cardiorrespiratórias, fortalecendo a musculatura respiratória, além de promover relaxamento de
músculos acessórios.
Portanto, concluiu-se que idosos praticantes de atividade física, em especial aqueles que
dedicam-se a prática de pilates, preservam por mais tempo e com maior qualidade sua
independência e autoestima, principalmente por apresentarem maior força muscular de maneira
global, reduzindo assim os efeitos do envelhecer.
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