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PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA Profa. Dra. Nancy Capretz Batista da Silva Estádios/estágios de desenvolvimento Sensório-motor (0 – 2 anos); Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos); Operatório-concreto ( 7/8 – 11 anos); Operatório-formal ou das operações abstratas (a partir da adolescência, 12 anos em diante). Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos) Instalação da função simbólica, especialmente pela linguagem Contato maior com mundo exterior Linguagem modifica conduta nos aspectos afetivo e intelectual A criança torna-se capaz de reconstituir suas ações passadas sob a forma de narrativas e de antecipar suas ações futuras pela fala. Início da socialização da ação: desenvolvimento mental passa a possibilitar a troca entre os indivíduos Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos) Socialização da ação: forma de pensamento que tem como base a linguagem interior e o sistema de signos -> interiorização da palavra E interiorização da ação: forma de reconstituição das imagens e experiências mentais no plano intuitivo, ou seja, não mais baseada apenas nas percepções e movimentos. Afetividade: aparecem sentimentos interindividuais, como simpatia, antipatia, respeito, etc. e uma afetividade interior. Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos) Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos) Capacidade de representar -> formar esquemas simbólicos; Continua bastante egocêntrica e presa às ações; - Visão da realidade parte do próprio eu, atribui a objetos e pessoas seus próprios pensamentos, sentimentos. Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos) Ausência de esquemas conceituais -> depende da percepção imediata: Ausência da noção de conservação ou invariância – premissas básicas para a realização das operações mentais. Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos) Egocentrismo social: Brinca paralelamente; está junta com outras crianças mas sem interação efetiva; extensão de si mesma para os demais. Linguagem socializada e egocêntrica coexistem. Fala enquanto age: treino dos esquemas verbais e passagem para pensamento interiorizado. Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos) Fase dos porquês. Permanece pré-lógica e suplementa a lógica pelo mecanismo da intuição. É uma simples interiorização das percepções e dos movimentos sob a forma de imagens representativas e de experiências mentais que prolongam, assim, os esquemas senso-motores sem coordenação racional. Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos) Afeto: valores e gostos em comum. Adultos: respeito – afeição e temor (relação desigual). Animismo: dar características humanas a seres inanimados. Realismo: a realidade é construída pela criança. Finalismo: a criança tenta explicar o que vê, diz que se as coisas existem têm de ter uma finalidade. Artificialismo: a explicação de fenômenos naturais como se fossem produzidos pelos seres humanos para lhes servir como todos os outros objetos. DESENHO O desenho é uma das manifestações semióticas, isto é, uma das formas através das quais a função de atribuição da significação se expressa e se constrói. Desenvolve-se concomitantemente às outras manifestações, entre as quais o brinquedo e a linguagem verbal (PIAGET, 1973). (Função semiótica ou simbólica consiste na representação de um “significado” qualquer para o mundo que o rodeia) DESENHO O desenho, manifestação semiótica que surge no período simbólico, evolui em conjunto com o desenvolvimento da cognição. Compartilha mais intimamente, por um lado, as fases da evolução da percepção e da imagem mental, subordinando-se às leis da conceituação e da percepção. Por outro lado, compartilha a plasticidade do brincar, constituindo-se em meio de expressão particular, isto é, “...um sistema de significantes construído por ela e dóceis às suas vontades” (PIAGET, 1973, p. 52). A passagem da atividade motora para a simbolização ocorre quando a criança, pela primeira vez, produz uma forma que ela interpreta como semelhante a algum objeto do seu meio (na maioria dos casos, a primeira forma simbólica é a figura humana). À medida que tais marcas se tornam simbólicas, a criança começa a construir círculos, retângulos, triângulos, etc. e a combiná-los em padrões mais complexos, estabelecendo um vocabulário de linhas e formas que são as bases da construção da linguagem gráfica. (PILLAR, 1996, p. 52 apud PILLOTTO, SILVA, MOGNOL, 2004, p. 4). A partir de então, a criança cria esquemas, padrões fixos, para objetos e constrói estratégias gráficas para explorar as possibilidades espaciais oferecidas pelo papel. Entre 5 e 7 anos, as crianças desenham com notável expressividade, organização e prazer. Há uma necessidade afetiva de expressar-se num domínio simbólico, buscando entender o mundo e elaborar sentimentos em relação a temas que lhe são caros. (PILLAR, 1996, p. 52 apud PILLOTTO, SILVA, MOGNOL, 2004, p. 4). DESENHO Fases: Luquet Realismo fortuito – garatuja Realismo gorado/falhado – fase de incapacidade sintética Realismo intelectual Realismo visual DESENHO Fases de Lowenfeld Estágio das garatujas Estágio pré-esquemático Estágio esquemático Estágio do realismo LUQUET – REALISMO FORTUITO 2– 3 anos Desenho involuntário: desenha linhas, sem consciência que o conjunto representa objetos e não atribui significados; faz pelo prazer em repetir os gestos em função da atividade motora adquirida. Desenho voluntário: desenha sem intenção, mas percebe semelhanças entre seus traçados e um objeto real. Surge a intenção, o desejo de desenhar alguma coisa. LUQUET – REALISMO FORTUITO LUQUET – REALISMO FALHADO 3-4 anos A criança se preocupa em representar cada objeto de forma diferenciada, não integra o que desenha num conjunto coerente e exagera ou omite partes, considerando apenas seu ponto de vista. Nessa etapa de vida, “a criança não tem a simultaneidade das ações em pensamento, ela as considera como independentes umas das outras, sem estarem coordenadas num todo que as reúna.” (PILLAR, 1996, p. 46). Elementos apresentados justapostos ao invés de coordenados. LUQUET – REALISMO FALHADO LUQUET – REALISMO INTELECTUAL 4-8 anos Representação dos objetos pelo conhecimento intelectual. De forma deliberada e consciente procura reproduzir o objeto e torna transparentes partes que estariam encobertas (bebê na barriga, móveis dentro da casa). Uso de legendas para nomear os objetos. Projeção dos objetos no espaço: noção de diferentes planos e de profundidade. Coordena objetos considerando posições, distâncias, proporções. LUQUET – REALISMO INTELECTUAL LUQUET – REALISMO INTELECTUAL LUQUET – REALISMO VISUAL 9-12 anos Representa os elementos visíveis, abandonando a transparência. Há um aprimoramento do sistema do desenho construído no realismo intelectual. LUQUET – REALISMO VISUAL LUQUET LOWENFELD LOWENFELD – Estágio das garatujas 2-4 anos Rabiscos desordenados, ao acaso Organização e controle do traçado percebidos aos poucos LOWENFELD – Estágio das garatujas Desordenadas (rabiscos que não respeitam o limite do papel, saem da folha, a criança risca a base onde está a folha); Controladas (os riscos não saem mais da folha, a criança respeita os limites do papel); Nomeadas (a criança começa a tirar o lápis do papel, dando nome aos riscos que faz na folha); Diagramadas (traços e linhas se interligam, formando uma espécie de mosaico ou mandala). LOWENFELD – Estágio pré-esquemático 4-7 anos Primeiras tentativas de representação do real Desenvolve a consciência da forma, embora as figuras e os objetos apareçam ainda de forma desordenada LOWENFELD – Estágio esquemático 7-9 anos Desenvolve o conceito de forma e os desenhos simbolizam o que pertence ao seu meio [...] é neste período que aparece uma interessante característica dos desenhos infantis: a criança dispõe os objetos que está retratando numa linha reta, em toda a largura da margem inferior da folha de papel. Assim, por exemplo, a casa é seguida de uma árvore, à qual se segue uma flor que fica ao lado da pessoa que poderá ficar antes de um cão, que é a figura final do desenho. (LOWENFELD,1977, p. 55). LOWENFELD – Estágio esquemático LOWENFELD – Estágio do realismo 9-12 anos Maior consciência da simbolização Autocrítica 14 anos Para a próxima aula: GOULART, Íris Barbosa. Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor. 25ª. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. Parte II. PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Trad. Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva. 25ª. Ed. - Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012. (Capítulo 1)
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