Buscar

Aula 1 Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 1
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO:
Conjunto de ações do Estado para obtenção da receita e a realização dos gastos para o atendimento das necessidades públicas.
ELEMENTO DA ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO:
Presença Indispensável de uma pessoa jurídica de direito público
A vontade estatal deve vir manifestada na lei. Assim é que somente se submete às regras do Direito Financeiro, em toda a sua essência, a pessoa jurídica de direito público, pois ela não possui liberdades econômicas diante da vontade da lei. Mas, indiretamente, estão sujeitos a essa lei aqueles que recebam recursos públicos, aqueles que o administrem, aqueles que agem em nome do Estado
Atividade de conteúdo econômico
São aquelas que dizem respeito a obtenção de recursos e realização de gastos. 
O Direito Financeiro se preocupa mais com a questão de efetuar o pagamento a pessoa certa para o fim de não ter de realizar uma despesa maior.
Atividade de conteúdo instrumental
O lucro do Estado é humano. O Estado não almeja concluir seu exercício financeiro, seu ano de atividade, com mais recurso em caixa.
A Constituição expõe de forma clara em seu artigo 3º os objetivos do Estado, isso significa dizer que não há qualquer propósito em obter lucro ou ter um resultado positivo no final do exercício financeiro.
PODE FINANCEIRO
Diante da previsão de receitas, créditos e despesas, há uma imposição da vontade estatal diante da vontade e dos interesses privados. Identificamos o poder de legislar, elaborando as normas gerais, mas principalmente as leis orçamentarias que define o programa e o planejamento para cada exercício, impondo limites e determinações.
O pode der executar/administrar é aquele que faz cumprir essa lei, executando as despesas, percebendo as receitas e os créditos públicos.
O poder de julgar, ou a função jurisdicional, não possui nenhuma peculiaridade aqui. No Brasil, há um consenso de que a jurisdição é uma. Assim sendo, não há um poder judiciário especial para dirimir conflitos.
CONSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Parcela material de normas jurídicas integrantes do texto constitucional, composta pelos princípios fundamentais, competências e os valores que regem a atividade financeira do Estado.
Artigos 70 a 75 da CF/88 que tratam do Tribunal de Contas e artigos 163 a 169 que tratam das finanças públicas.
NORMAS GERAIS DO DIREITO FINANCEIRO
São as leis que estabelecem um padrão de comportamento a ser seguido por todos, inclusive por todos os entes federativos. Essas regras são reservadas pela Constituição, nos termos dos artigos 165, §9º, a lei complementar. São leis nacionais, pois, apesar de elaboradas no Congresso Nacional, obrigam não somente a União Federal, mas também todos os entes federativos.
Lei 4.320/64 e a Lei Complementar 101/00.
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
São aquelas que, de forma concreta, determinam como será a atividade financeira para um determinado período. São leis ordinárias de iniciativa do chefe do poder executivo. Cada ente federativo deve elaborar as suas conforme a periodicidade. O orçamento federal é orientado pelas três leis constantes no artigo 165, I, II e III, da CF/88.
A primeira dessas leis é o PLANO PLURIANUAL (PPA), que estabelece o programa e as grandes obras a serem realizadas num período de 4 anos, o qual não coincide com o mandato do poder executivo, para permitir que aquele que executará o plano tenha o maior tempo de seu mandato com a própria lei em vigor: “É planejamento conjuntural para a promoção do desenvolvimento econômico do equilíbrio entre as diversas regiões do País e da estabilidade econômica”.
A segunda dessas leis é a LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO), que estabelece o as diretrizes e prioridades para cada exercício financeiro. Ela também estabelece como serão votadas e elaboradas leis orçamentárias.
A terceira e mais concreta delas é a LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA), que traz o orçamento anual com todas as previsões de despesas e de ingressos para o exercício.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
CONSTITUCIONAIS
a) Legalidade
Considerado um dos vetores do Sistema Constitucional Financeiro, o princípio da legalidade significa, sob o prisma do artigo 5º, inciso II c/c artigo 165, ambos da Constituição Federal de 1988, que apenas a lei pode criar direitos e deveres, incluindo os orçamentários.
No âmbito do Sistema Financeiro, a legalidade é tida como estrita, pois a lei, além de criar um direito ou dever, deve fazê-lo de modo exaustivo e pormenorizado, emitindo conceitos determinados, que estabelecem objetivamente a faixa de atuação da Administração Pública, de modo a evitar atos administrativos discricionários.
b) Anualidade
A anualidade pode ser analisada sob dois aspectos: o lapso temporal de vigência da lei orçamentária, bem como no que tange ao pré-requisito que autoriza a cobrança dos tributos num dado exercício, na medida que estejam eles incluídos no orçamento.
Pode-se dizer que a anualidade é manifestação de segurança jurídica, uma vez que constitui um limite ao poder interventivo do Estado Democrático de Direito, pois a cada ano os mandatários do povo votam e aprovam o respectivo orçamento.
O Brasil adota o regime de competência, vantajoso por traduzir com exatidão os resultados do exercício, em oposição ao regime de caixa, que não mostra toda a extensão das contas públicas, bem como do patrimônio público, ocultando, em suas limitações, variáveis que podem infirmar por completo um resultado meramente superficial que o seu frágil conteúdo pode revelar.
Por fim, a periodicidade orçamentária brasileira, descrita como “anualidade” no art. 2º da Lei 4.320/64, coincide com o ano calendário; todavia, não é regra geral para todos os países.
c) Unidade
A Constituição Federal de 1988 deixou de fazer alusão expressa à unicidade, o que não significa a sua desparição, mas a sua nova configuração, uma vez que o art. 2º da Lei 4.230/64 c/c o artigo 165, § 5º da Constituição Federal preveem que o orçamento deve ser uno, ou seja, existe um orçamento básico, em torno do qual se agregam orçamentos miniaturais, que se incorporam e se integralizam ao orçamento base, compondo um todo indivisível.
São evidências do cumprimento deste princípio, o fato de que apenas um único orçamento é examinado, aprovado e homologado.
d) Universalidade
O princípio da universalidade, pregado fortemente pela doutrina francesa, compreende a obrigatoriedade de registro de todas as receitas e despesas, bem como a não afetação das receitas públicas como um aspecto mais profundo a presidir o orçamento público (a doutrina brasileira costuma tratar isoladamente da não afetação das receitas dos impostos como princípio orçamentário autônomo).
A universalidade, prevista no artigo 2º da Lei 4.230/64, permite maior rigor técnico e moralidade administrativa, uma vez que enfatiza a transparência e o controle do orçamento.
e) Exclusividade em matéria orçamentária
A lei orçamentaria deverá conter apenas matéria orçamentária ou financeira, de forma que devem ser excluídas disposições estranhas a receitas e a despesas.
Ademais, não se inclui a proibição e autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. (artigo 165, §8º da CF/88).
f) Proibição de estorno
Previsto no artigo 167, inciso VI da Constituição Federal de 1988, o princípio da proibição de estorno veda a transposição de recursos de uma dotação orçamentária para outra, sem prévia autorização do Legislativo.
Portanto, o primado deste princípio é reproduzir a real função administrativa, em outras palavras, limitar-se a cumprir a lei.
g) Especialização
O princípio da especialização compreende a obrigatoriedade de pormenorização de todas as receitas e despesas públicas. Ou seja, a lei orçamentária deve especificar e identificar cada receita e despesa, restando clara a sua origem e a sua destinação.
h) Publicidade
Previsto no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, a publicidade, princípio de índole genérico, exerce, basicamente,duas funções: dar conhecimento do ato administrativo ao público em geral, bem como serve de meio de transparência da Administração Pública, de modo a permitir o controle social dos atos administrativos.
O conteúdo orçamentário deve ser divulgado e publicado nos veículos de comunicação para conhecimento público e para eficácia de sua validade, pois somente com a publicação é que a lei se torna obrigatória.
DOUTRINÁRIOS

Outros materiais