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Web aula I e 2

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Web aula I
Unidade I - princípios da nutrição
1. Nutrição
Definimos nutrição como como o estudo dos alimentos em relação às necessidades dos organismos vivos e, igualmente o conjunto de processos que vão desde a ingestão do alimento até a sua assimilação pelas células. Inclui, portanto, todo o conjunto de atividades que envolvem desde a retirada da matéria prima do ambiente onde ela se encontra até todos os processos necessários para a disponibilização dos nutrientes para a sua utilização dentro das células.
Porém, a nutrição compreende-se em algumas  fases, que vão desde a alimentação; digestão, absorção e metabolismo e a última fase, a excreção. Na alimentação, o indivíduo faz a escolha do alimento, prepara e consome. A fase da digestão, absorção e metabolismo é compreendida como uma fase involuntária, pois se inicia com a ingestão dos alimentos, e o organismo utiliza os nutrientes contidos no alimento para a manutenção e/ou preservação da saúde. Já na fase da excreção, ocorre a eliminação de parte dos componentes alimentares utilizados e dos não utilizados. Todas estas etapas nos permite compreender que a nutrição influencia a nossa saúde, bem estar a qualidade de vida.
Para que vocês entendam o que são e para que servem os nutrientes, devemos compreender o que são alimentos. Os alimentos compreendem toda substância, dotada de qualidades sensoriais, como sabor, aroma, consistência, que quando ingerida por um ser vivo, o alimenta ou o nutre, mantendo sua vida e o crescimento, fornecendo energia e construindo tecidos. E pensando que o alimento nos fornece energia, promove o crescimento e constrói os tecidos, os nutrientes estão presentes nos alimentos sendo responsáveis por determinadas funções no organismo.
 2. Nutrientes
Os nutrientes existentes nos alimentos são: carboidratos, lipídios, proteínas, minerais, vitaminas e água.
Classificamos os nutrientes em três tipos:
Alimentos construtores;
Alimentos reguladores;
Alimentos energéticos.
Os nutrientes construtores, como o próprio nome diz, tem a finalidade de construir e reparar os tecidos do corpo. Os alimentos que possuem essa característica são as carnes em geral, ovos, leites e derivados. Já os nutrientes reguladores tem como objetivo proteger o corpo contra as doenças. Os alimentos que fazem parte dessa classificação são as frutas e verduras em geral, pois contém vitaminas, minerais, fibras e água. E por último temos os nutrientes que fornecem energia, denominados de nutrientes energéticos. Os alimentos que fazem parte desse grupo são os pães, macarrão, pizza, arroz, batata, mandioca, milho.
Prosseguindo nosso estudo, todos estes nutrientes estão divididos em dois grandes grupos: os macronutrientes (aqueles que o nosso organismo necessita em maior quantidade (gramas) porque são aqueles que nos fornecem energia, principal motivo pelo qual nos alimentamos. São eles os carboidratos, proteínas e lipídios. E temos também os micronutrientes (aqueles nutrientes que também são importantes, mas que o nosso organismo necessita em quantidades menores (miligramas ou microgramas) e que desempenham funções muito específicas no nosso corpo). São eles as vitaminas e os minerais.
O primeiro macronutriente que veremos serão os carboidratos. Estes são denominados de energéticos, pois sua principal função é fornecer energia para o organismo contribuindo com um percentual de 50 a 65% das calorias totais do dia. Os carboidratos fornecem continuamente um combustível para o funcionamento apropriado do sistema nervoso central: a glicose. A glicose é a única fonte de energia para o cérebro que não tem reservas significativas de energia.
Imaginem uma pessoa que está há horas sem se alimentar. Inicialmente ela começa a sentir fome e posteriormente, fraqueza, suor frio, tontura, dor de cabeça, mãos e pés gelados, tremores, falta de concentração, irritação, ansiedade todos esses sintomas indicam a diminuição de glicose no sangue, o que chamamos de hipoglicemia.
Continuando ainda no grupo dos carboidratos, podemos classifica-los em carboidratos simples e carboidratos complexos.
Os carboidratos simples são absorvidos rapidamente pelo organismo. Exemplo: açúcar branco, açúcar mascavo, doces em geral, refrigerantes, chocolates, cereais refinados (trigo e arroz). Os carboidratos complexos precisam ser trabalhados, quebrados em unidades mais simples para que possam ser absorvidos, sendo então, absorvidos mais lentamente pelo organismo. Exemplo: cereais integrais: arroz, milho, trigo, cevada, centeio, macarrão, raízes: batata, mandioca, cará, inhame.
Outro macronutriente importante que veremos a seguir, são as proteínas, cuja função é promover o crescimento e a reparação dos tecidos, formação de enzimas, hormônios e anticorpos; equilíbrio hidroeletrolítico; equilíbrio ácido-básico; coagulação sanguínea; transporte de substâncias além de serem precursoras de vitaminas, por isso, são chamadas de construtoras. Atuam na formação de músculos, pele, cabelo e unhas e são constituintes básicos de órgãos como coração, pulmão, rins e sangue. Cada grama de proteína fornece 4 kcal.
No entanto, existem dois tipos de proteína, a de origem animal e origem vegetal. As proteínas de origem animal estão presentes nas carnes em geral, ovos, leite e derivados, enquanto as de origem vegetal estão presentes em cereais, legumes e hortaliças em geral.
Continuando com o nosso estudo, vamos para o último macronutriente, que são os lipídios. Os lipídios são o que chamamos de gorduras.
Porém não devemos pensar que as gorduras serão sempre maléficas no nosso organismo! Embora as gorduras forneçam 9 Kcal por grama do alimento, elas desempenham importantes funções como estocar e fornecer energia, são transportadores da vitamina A, vitamina D, vitamina E e vitamina K, denominadas vitaminas lipossolúveis; atuam no sistema imunológico; formação de hormônios e na transmissão dos impulsos nervosos; conferem sabor à alimentação, proteção mecânica dos órgãos vitais;  é um importante isolante térmico, ou seja, controla a temperatura corporal; retardam o tempo de esvaziamento gástrico o que resulta em grande poder de saciedade; transportam o colesterol que é importante para a formação dos ácidos biliares, hormônios e o ergosterol que é o precursor da vitamina D.
Vocês já devem ter ouvido falar em gorduras saturadas, insaturadas e trans, não é?! Como saber a diferença entre elas?
As gorduras saturadas apresentam-se na forma sólida a temperatura ambiente e estão presentes em maior quantidade em alimentos de origem animal (manteiga, nata, creme de leite, banha, toucinho, bacon, carnes em geral).
Para que vocês consigam entender melhor este tipo de gordura, é aquela gordura da carne (tipo costela) quando quente, apresenta-se na forma líquida, porém quando você deixa essa gordura em temperatura ambiente, ela se solidifica. Este é o mesmo processo que ocorre no nosso corpo quando ingerimos muito esse tipo de gordura. Ela se solidifica na parede das artérias levando ao entupimento dos vasos sanguíneos, formando as placas de ateroma.
As gorduras insaturadas apresentam-se líquida em temperatura ambiente, podendo ser mais encontrada em alimentos de origem vegetal. A gordura insaturada divide-se em monoinsaturada (W9) e as poliinsaturadas (W3 e W6). Como os óleos de soja, girassol, milho, canola, nozes e demais oleaginosas, gergelim, azeite de oliva, abacate, semente de linhaça e soja, além dos óleos de peixes. Já as gorduras trans são gorduras obtidas pela adição de hidrogênio aos óleos vegetais pela indústria de alimentos, com a finalidade de tornar semi-sólidos e mais estáveis, podendo ser designadas como gorduras hidrogenadas. Quando se altera sua estrutura química, altera também sua função, tornando-se uma gordura prejudicial ao organismo, como as margarinas, gordura vegetal hidrogenada, frituras comercializadas, produtos de panificação.
Vejam abaixo a figura que apresenta alguns produtos ricos em gorduras trans, (biscoitos recheados, batatas fritas industrializadas, sorvetes).
A indústria alimentíciaconta com a produção de gorduras hidrogenadas. Este artifício, além de melhorar sabor e aparência dos alimentos industrializados evita o sabor de ranço. Um subproduto da hidrogenação são as gorduras trans, que estão associadas a muitos efeitos indesejáveis como redução do HDL-C (colesterol bom) e aumento de LDL-C (colesterol ruim).
	Para que vocês entendam como é o processo de digestão e absorção destes macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios), leiam o itens Digestão e absorção dos carboidratos, Digestão e absorção das proteínas e Digestão e absorção dos lipídios do livro Bases da Nutrição.
 
Chegamos ao fim da nossa web aula onde vocês puderam compreender alguns conceitos aplicados à nutrição além de entender sobre os macronutrientes e a importância que eles exercem no organismo.
Fim!
Web aula I
Unidade II- Uma visão geral das vitaminas e minerais 
na saúde e estética
 
1.Vitaminas
As pessoas muitas vezes se enganam achando que a beleza da pele, unhas e cabelos dependem somente de cremes, porém, de uma certa forma eles são muito importantes! Mas não adianta nutrirmos por fora e esquecermos da alimentação. Uma alimentação em proporções corretas de vitaminas e minerais é fundamental para que se tenha a aparência saudável. Quando falamos em beleza, devemos pensar que para que ela aconteça a alimentação desempenha um importante papel. Para isso os nutrientes, como vimos na web1, desempenham importantes funções. Nesta web aula veremos a importância das vitaminas e minerais. Primeiramente vamos entender o que são as vitaminas. As vitaminas são compostos orgânicos necessários para a manutenção da saúde normal e a integridade metabólica dos indivíduos. são essenciais nas reações que ocorrem no interior da célula. Podem se oxidar e serem degradadas no processamento dos alimentos, devem ser supridas na dieta, pois o organismo consegue aproveitar algumas e em quantidades abaixo do necessário. São sintetizadas no organismo através de microrganismos do trato intestinal, fornecimento de precursores como a vitamina A, colina e niacina e sintetizadas na pele mediante exposição ao sol, como a vitamina D. São indispensáveis por terem funções específicas como crescimento normal de tecidos e ossos e aumento da massa corpórea e manutenção da saúde. Regulam o metabolismo dos macronutrientes, ajudam nos processos de multiplicação celular. São nutrientes que não fornecem energia, mas ajudam nos processos energéticos. Podem ser classificadas em hidrossolúveis e lipossolúveis. As vitaminas lipossolúveis são: A (retinol), D (calciferol), E (tocoferol) e K. São encontradas em alimentos associadas aos lipídeos. Podem ser armazenadas no organismo, podendo ser obtidas pela alimentação ou suplementação em menor frequência. São armazenadas predominantemente no fígado (vitamina A), nos tecidos adiposo e muscular (vitaminas D e E), já a vitamina K não é armazenada, pois requer fornecimento regular. Apresenta discreta excreção via urinária e em altas doses causam toxicidade ao organismo. Já as vitaminas hidrossolúveis são aquelas solúveis em água e têm como função serem coenzimas das diversas rotas metabólicas do nosso organismo. Essas vitaminas requerem ingestão diária e não são armazenadas no organismo, sendo eliminadas diariamente pelas vias de excreção, principalmente a urinária. Fazem parte desse grupo a vitamina C e as vitaminas do complexo B.
Vamos iniciar nosso estudo primeiramente com a vitamina A. Uma das principais funções ligadas à estética, é que ela atua como antioxidante, neutralizando os radicais livres (subprodutos do metabolismo normal das células), prevenindo, portanto o envelhecimento precoce. Em excesso no organismo pode tornar-se tóxica causando pele seca, unhas quebradiças, perda de cabelo entre outros.
Certamente você já ouviu alguém dizer: “coma cenoura pois faz bem para a pele... tem betacaroteno!” O betacaroteno se transforma em vitamina A dentro do corpo, que favorece a formação de melanina, que é o pigmento produzido pela pele na presença dos raios ultravioleta do sol. O betacaroteno é um antioxidante natural e contribui para dar elasticidade à pele, além de aumentar o brilho nos cabelos e beneficiar no bronzeado. Porém, acho que muitos de vocês já devem ter presenciado algumas pessoas que apresentam a palma da mão ou sola dos pés com coloração alaranjada. Isso chamamos de hipercarotenemia, que pode ser provocada pelo consumo excessivo de alimentos amarelo alaranjados como mamão, abóbora, laranja...
A vitamina D normalmente é produzida em quantidades adequadas nos seres humanos, porém se faz necessária a exposição solar regular, pois a luz ultravioleta (UV) é importante para sua ativação. Os fatores que interferem na formação dessa vitamina, sob a ação da luz solar, são tempo da exposição, estação do ano, situação geográfica, poluição atmosférica, hábitos culturais como uso de excesso de roupas ou roupas escuras e pigmentação da pele. A vitamina E possui ação antioxidante, é importante para integridade dos músculos e na produção de energia, tem efeito protetor contra doenças cardiovasculares e neurológicas e auxilia também na imunidade. Pode ser útil na prevenção de certos cânceres. Os tocoferóis inibem a ação dos radicais livres e em função disso sugere-se que a vitamina E seja importante na prevenção de alguns tipos de câncer. Auxilia a atividade da vitamina A e a vitamina C por evitar a oxidação das mesmas. A vitamina K é importante na coagulação sanguínea e de várias proteínas relacionadas com a coagulação sanguínea e na captação do cálcio para formação óssea. Sua deficiência aumenta o tempo da coagulação sanguínea, promovendo as hemorragias, além de possuir propriedades antioxidantes.  A vitamina C é um poderoso antioxidante, pois tem capacidade de captar o oxigênio livre do metabolismo celular impedindo que ele se ligue a radicais livres. É um importante constituinte na formação do colágeno, este é um dos papéis mais importantes desta vitamina. O colágeno é a substância que une as células (tecido conjuntivo), e auxilia na absorção de ferro, pois aumenta a absorção de ferro, principalmente o ferro não heme (forma férrica), pois reduz esta forma até a forma ferrosa que é mais facilmente absorvida. Além de aumentar as defesas orgânicas contra infecções. É essencial para o crescimento e é importante para formação de ossos e dentes. Mantém a integridade capilar, promove a cicatrização de ferimentos e fraturas e reduz as tendências às infecções. E por últimos temos as vitaminas do complexo B que têm funções metabólicas importantes, participam da manutenção da saúde emocional e mental do ser humano, sendo uteis nos casos de depressão e ansiedade. A característica em comum é que são hidrossolúveis e que suas fontes habituais são representadas por carnes, cereais, sementes, entre outros. Ajudam a manter a saúde da pele, olhos, cabelos, fígado e do tônus muscular do aparelho gastrintestinal. A biotina é importante para a saúde dos cabelos, unhas e pele, e pode também evitar a queda de cabelos em alguns homens. É geralmente conhecida como a vitamina que produz cabelos saudáveis e ajuda na prevenção do aparecimento de cabelos brancos.
Finalizando o estudo sobre as vitaminas, vamos conhecer um pouco mais sobre os minerais na saúde e beleza. 
2. Minerais
Vocês devem estar se perguntando o que significa esse termo e qual a função que os minerais podem auxiliar na beleza e saúde? Muito bem, os minerais são substancias que não são produzidas no nosso corpo, por isso devem vir pela alimentação. São usados em tratamentos estéticos e de saúde para ajudar a resolver problemas como: queda de cabelo, unhas frágeis, acne, antienvelhecimento da pele, entre outros.
O primeiro mineral que iremos abordar será o ferro. O ferro contribui para o sistema imune, auxilia na destoxificação hepática e exerce função na síntese de colágeno e elastina. Porém devemos estar atentos para sua deficiência no organismo que incluem sinais e sintomas como anemia, fraqueza, pele pálida, dores de cabeça,perda de cabelo, unhas frágeis, aumento da suscetibilidade à infecções, dificuldade de deglutição e diminuição do apetite, intestino preso, taquicardia e inchaço dos membros inferiores.  O cálcio representa cerca de 1,5 a 2% do peso corporal. Quase 99% é encontrado nos ossos e dentes. É fundamental ao crescimento, pois faz parte dos constituintes de ossos, dentes e inúmeras reações orgânicas, entre elas, liberação de energia para contração muscular e coagulação sanguínea. os sinais e sintomas da deficiência de cálcio são irritabilidade/agitação, nervosismo, insônia, diminuição da memória, cãibra, adormecimento/formigamento, contrações contínuas, pele seca com descamação e rachaduras, eczema, queda de cabelos, unhas frágeis,  cãibras, palpitações cardíacas, pressão arterial elevada, queda de dentes, dores nas costas e pernas, insônia. A osteoporose e a osteomalácia são duas principais condições decorrentes da deficiência de cálcio e podem causar deformidades ósseas e fraturas. O zinco atua no sistema imune, é antioxidante, facilita a cicatrização de feridas, especialmente em queimaduras e cicatrizes cirúrgicas, possui atividades antivirais, atua na função sexual na maturação do esperma, para a ovulação e fertilização; na percepção sensorial envolvendo a percepção sensorial do tato, cheiro e visão. Sua deficiência pode causar pele com coloração amarelada, acne, eczema e psoríase, demora na cicatrização de feridas e úlceras de decúbito, unhas fracas e quebradiças com manchas, cabelos secos e quebradiços, aumento da queda de cabelo, e até mesmo a calvície, gripes, estrias durante a gravidez, falta de apetite, atraso no crescimento e dermatites. O cobre é um mineral antioxidante, além de ajudar e participar na síntese de neurotransmissores e de melanina. Sua deficiência está ligada deficiência a perda da cor do cabelo e pele (devido a menor síntese de melatonina); fadiga; baixa temperatura corporal; vários problemas cardiovasculares, desordens no sistema nervoso central e diminuição da resistência à infecção. O selênio é um mineral com importante ação antioxidante. Protege contra as doenças em que o excesso de radicais livres pode estar envolvido, incluindo as doenças crônicas, câncer e cardiopatias, além de proteger a pele contra os raios ultravioleta. Em conjunto com a vitamina E, combate o estresse oxidativo.
Provavelmente muitos de vocês já notaram algumas manchas brancas (leuconíquia) que aparecem nas unhas,  e que algumas pessoas relacionam a sinal de sorte, mas isso é um indicativo que o organismo está com déficit de selênio!
Para finalizar gostaria que pensassem na importância desse conteúdo para a sua prática profissional futura. Como essas deficiências de nutrientes podem interferir na atuação de vocês? Reflitam e levem esses questionamentos para o fórum da nossa disciplina, tenha a certeza que irá acrescentar para a abordagem de todos vocês!
Questões
1) Diga quais são os macronutrientes e agrupe-os de acordo com suas funções.
2) Quais as principais funções da vitamina C, biotina e minerais como zinco e selênio para a estética?
FIM!
Web aula II
Unidade I - Doenças Crônicas
O assunto dessa web frequentemente está sendo discutido na mídia. Diariamente temas associados à obesidade aparecem em revistas e jornais e propostas para a redução do peso, surgem a cada dia através dietas milagrosas!
Mas não devemos esquecer que a obesidade é uma doença e hoje é considerada como um problema de saúde pública! Além da obesidade, outras doenças crônicas como diabetes, hipertensão e aumento do colesterol podem surgir com a obesidade instalada no organismo da pessoa.
Antes de iniciarmos mais esse tópico gostaria de sugerir a leitura da Seção 1 e 2 da Unidade 3 do livro Bases da nutrição.
Vamos iniciar o estudo primeiramente com a obesidade.
A definição de obesidade consiste como uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura a um nível que a saúde esteja comprometida.  Pode ser causada por vários fatores, nos quais estão envolvidos a genética, contribuindo com 30% de influência para o desenvolvimento da obesidade e 70% de fatores ambientais, como excesso de ingestão alimentar, diminuição no gasto energético e deficiência de importantes micronutrientes envolvidos na regulação de processos metabólicos e hormonais, além de desequilíbrios nutricionais, psicosociais e culturais. É uma doença de difícil tratamento, mas que pode ser controlada com intervenções apropriadas. Todo o sistema de vida inadequado provavelmente favorece a obesidade: sedentarismo, hábitos familiares inadequados, alimentação insatisfatória, excesso de carboidratos na dieta, velocidade da refeição, lanches desequilibrados.  Além do problema estético, é o fisiológico; o obeso está sujeito a graves distúrbios orgânicos, tais como diabetes, arteriosclerose, transtornos cardiocirculatórios. Pessoas obesas podem desencadear distúrbios alimentares como a bulimia e anorexia que discutiremos na nossa próxima web aula.
A obesidade exógena corresponde a 95% dos casos e  corresponde o aumento na ingestão de alimentos. Já a obesidade endógena corresponde a 5% dos obesos e está relacionado a causas hormonais (provocada por alguma disfunção de alguma glândula endócrina, como as tireóides, por exemplo). Atualmente inúmeros tratamentos são disponibilizados para perda de peso desses pacientes, entretanto, a escolha do mais adequado depende da história de cada um em relação ao ganho/perda de peso. Podemos citar o tratamento farmacológico, o cirúrgico,o tratamento psicológico e a mudança no estilo de vida como a realização de atividade física e reeducação alimentar.
Para classificar o estado nutricional de um indivíduo é utilizamos o IMC, que significa Índice de Massa Corporal.
Muitos de vocês já devem ter visto a seguinte fórmula, que é determinada pelo resultado da divisão do peso pela altura elevada ao quadrado, conforme vocês podem ver abaixo:
IMC= Peso
Altura)2
O quadro 1, mostra a classificação de acordo com o IMC:
Para que vocês entendam como é utilizado o IMC, faça você mesmo a classificação do seu estado nutricional, dividindo o seu peso pela altura elevada ao quadrado e o resultado obtido, compare com o quadro acima.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) são recomendadas algumas normas para se obter uma alimentação adequada, visando contemplar equilíbrio, harmonia e variedade da alimentação.
- Nas três principais refeições diárias como no café da manhã, almoço e jantar consumir diversos tipos de alimentos;
- Consumir frutas e verduras da época.
- Ter como base das refeições o uso de alimentos locais como arroz, feijão, pão, leite e farinhas.
- Diminuir o consumo de gorduras de origem animal e utilizar o óleo vegetal no preparo da comida.
- Ingerir alta quantidade de água diariamente.
- Consumir carnes, sal e açúcar em quantidades moderadas.
-Realizar exercícios físicos, manter o peso e controlar a ingestão de alimentos.
 
Independente das estratégias utilizadas é de extrema importância a adoção de uma dieta que tenha o valor energético inferior ao gasto energético total, porém superior ao gasto energético basal (GEB), pois pessoas que fazem dietas com conteúdo energético muito baixo recuperam o peso perdido, exceto se tiverem incorporado mudanças permanentes no estilo de vida. As modificações devem ser gradativas e individualizadas, sendo recomendado o fracionamento da dieta em 5 a 7 refeições diárias, ingestão de quantidades adequadas de todos os grupos de alimentos e ênfase na redução da quantidade de gordura da dieta e aumento da ingestão de fibras alimentares. Porém, durante o tratamento, geralmente em algum momento, o paciente para de perder peso, mesmo que continue seguindo todas as orientações dietéticas. Esse mecanismo, conhecido como efeito platô, está associado a um efeito metabólico do organismo de adaptação a diminuição de calorias. Neste momento, há um equilíbrio entre o gasto e a ingestão. O organismo identifica essa modificação calórica como um riscoe acaba diminuindo a taxa metabólica basal como uma forma de defesa para uma possível privação. 
É muito importante frisar que, embora restrições alimentares absurdas possam provocar queda de peso, tal fenômeno não é persistente e não servirá para a fase de manutenção de peso. O paciente deve ser esclarecido que as refeições deverão ser consumidas de maneira disciplinada e, sempre que possível dentro de um mesmo horário. 
2. Diabetes
Outra doença crônica muito discutida é o Diabetes.
Muitos de vocês devem conhecer alguém que tenha esse tipo de patologia. O diabetes pode ser classificado em tipo 1 e tipo 2. Vocês saberiam reconhecer a diferença entre cada um?
O diabetes mellitus tipo 1, também chamado de insulino dependente, resulta na destruição das células do pâncreas, que produzem insulina. Surge de forma abrupta em crianças, adolescentes, adultos e jovens. Já o tipo 2, também chamado de insulino não dependente é mais comum. Nesse caso, o pâncreas diminui a produção de insulina e/ou a insulina que é produzida não é bem usada pelo organismo. O início dos sintomas é lento, dificultando seu diagnóstico e tratamento. Seu tratamento na maioria das vezes consiste no uso de comprimidos, embora também possa ser tratado com insulina.  Os fatores responsáveis pela ocorrência dessa doença podemos citar o aumento da expectativa de vida da população, urbanização, industrialização, ocidentalização do estilo de vida, desenvolvimento econômico com consequente aumento do sedentarismo e excesso de peso dos indivíduos. Esta doença é caracterizada pela insuficiência total ou parcial de um hormônio produzido pelo pâncreas: insulina. A glicose não consegue ser aproveitada adequadamente pelas células provocando o aumento no sangue, ultrapassando as taxas normais que é de 70 a 99 mg/dL. Para entendermos melhor, a glicose é quem gera energia para nosso organismo funcionar, mas isso só ocorre se houver insulina. A insulina tem a função de garantir a entrada de glicose nas células para produzir energia. Para garantir o funcionamento do organismo, a glicose é absorvida no intestino, entra na corrente sanguínea e com a ajuda da insulina, entra nas células para produção de energia.
Essa doença quando não diagnosticada precocemente e não tratada adequadamente, passa a ser um sério problema de saúde pública devido as suas complicações. As complicações crônicas do Diabetes Mellitus (DM) são as principais responsáveis pela morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos. Com o decorrer do tempo, a alta concentração de glicose lesa os vasos sanguíneos, os nervos e outras estruturas internas. Algumas substâncias complexas derivadas do açúcar acumulam-se nas paredes dos pequenos vasos sanguíneos, provocando espessamento e ruptura dos mesmos. Ao espessarem, esses vasos transportam cada vez menos sangue, especialmente para a pele e os nervos. O mau controle dos níveis glicêmicos tende a produzir aumento da concentração de substâncias gordurosas (lipídeos), acarretando uma aterosclerose (formação de placas nos vasos sanguíneos). A lesão de vasos sanguíneos do olho pode causar perda da visão (retinopatia diabética). Além dessas complicações mencionadas, o diabetes quando mal controlado, pode comprometer ainda a função dos rins e também à formação de úlceras e feridas que cicatrizam lentamente, devido ao mau suprimento sanguíneo para a pele que, em alguns casos pode ser necessária a amputação de uma parte do membro inferior.
Continuando com o estudo sobre diabetes, os sintomas comuns para identificar essa patologia consiste em urinar excessivamente, inclusive acordar várias vezes a noite para urinar, sede excessiva, aumento do apetite, perda de peso (em pessoas obesas, a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva), cansaço, visão embaçada ou turva.
O diabético deve seguir uma alimentação equilibrada, que forneça nutrientes suficientes para proporcionar o bom funcionamento do organismo, mantendo o peso corporal adequado e a glicose sanguínea o mais próximo do normal. Caso o peso do diabético esteja acima do adequado, a perda de peso é fundamental, favorecendo assim, o melhor controle da doença.
 3.  Hipertensão Arterial 
Bom pessoal, agora vamos entender a hipertensão arterial, que é uma doença causada pelo aumento na pressão com que o sangue circula nas paredes das artérias do corpo. Esse movimento acaba sobrecarregando vários órgãos, como coração, rins e cérebro. Caso não haja tratamento, o risco de doenças cardiovasculares torna-se acentuado, com presença de doenças coronarianas, Acidente Vascular Encefálico (AVE), insuficiência cardíaca, aneurisma de aorta e doença arterial periférica. É considerada hipertensa a pessoa que apresenta níveis pressóricos maior ou igual a 14 por 9 mmHg.
Esta doença é assintomática causada por vários fatores incluindo o estilo de vida do indivíduo, herança genética, raça, sexo, idade que tem como principais causas o alto consumo de sal inserido nos alimentos processados, sedentarismo e tabagismo. O consumo de sódio tem sido considerado um importante fator no desenvolvimento e na intensidade da hipertensão arterial. Os alimentos processados como os enlatados, embutidos, conservas, molhos prontos, caldos de carne, temperos prontos, defumados, bebidas isotônicas devem ser evitados e as refeições preparadas devem conter pouco sal. Para melhor aceitabilidade da exclusão do sal, o ideal é consumir molhos a base de frutas, ervas aromáticas e vinagrete no preparo dos alimentos.
4. Displipidemia
Finalizando o nosso estudo, a última doença crônica que iremos abordar nesta web aula será a dislipidemia. Porém muitos de vocês devem estar se perguntando o que é dislipidemia?
Definimos as dislipidemias como o aumento dos lipídios (gordura) no sangue, principalmente do colesterol e dos triglicerídeos.
Quando o colesterol está em grande quantidade no organismo, acumula-se nas paredes das artérias e é responsável pela aterosclerose. As placas de gordura atraem o cálcio presente na circulação e acabam endurecendo, colocando em risco o funcionamento do sistema circulatório e podendo levar ao infarto do miocárdio. 
Como vimos anteriormente na web aula 1  da unidade I, dentre os diversos fatores dietéticos que favorecem a elevação do colesterol estão a gordura saturada e a gordura trans.
Pensando no colesterol, muitas pessoas acabam confundindo as diferenças entre o colesterol HDL e o LDL, pois bem, o colesterol que participa da formação das placas de gordura que enrijecem as artérias é o LDL, também conhecido como “colesterol ruim”. E o HDL, que é o “colesterol bom”. Este não participa do processo de obstrução das artérias e ainda as protege, por retirar o excesso de colesterol dos tecidos e encaminhá-lo para o fígado, onde ele pode ser sintetizado e eliminado ou reaproveitado. Ou seja, quanto mais elevado estiver o HDL, menores serão os riscos de desenvolvimento de aterosclerose.
Para complementar o estudo de vocês, sugiro que leiam os itens “Fatores que aumentam colesterol” e “Fatores que reduzem o colesterol” do item dislipidemia da seção 2 da unidade 3 do livro Bases da Nutrição.
FIM!
WEB AULA II
UNIDADE II - DISTÚRBIOS ALIMENTARES
Iniciaremos agora a última web da disciplina de Bases da Nutrição.
Continuando com o nosso estudo, a preocupação com o peso e a forma corporal podem desencadear alguns transtornos alimentares, conhecidos como anorexia e bulimia nervosa. Recusar-se a comer ou comer em excesso pode indicar algum problema alimentar. Conferir o peso a toda hora, olhar-se demais no espelho e evitar eventos sociais também são indícios fortes, assim como interrupção da menstruação e falta de libido. É importante ficar atento, pois quem tem anorexia ou bulimia dificilmente supera a doença por conta própria, assim como não vai procurar tratamento, pois é o tipo de doença que envolve a negação. Logo, quem está por perto dessas pessoas tem que cuidar delas, não apenas no aspecto físico, mas também no emocional.
 Quadro 1- Critérios para anorexia nervosae bulimia nervosa segundo DSM-IV e CID-10
	Critérios diagnósticos
	DSM-IV
	CID-10
	Anorexia Nervosa
	Perda de peso e recusa em manter o peso dentro da faixa normal
	Perda de peso e manutenção abaixo do normal (IMC ≤ 17,5 Kg/m2).
	Medo mórbido de engordar mesmo estando abaixo do peso.
	Perda de peso auto induzida por evitar alimentos que engordam.
	Perturbação na forma de vivenciar o baixo peso, influência indevida do peso, da auto avaliação e negação do baixo peso.
	Medo de engordar e percepção de estar muito gorda (o).
	Amenorreia por 3 ciclos consecutivos
	Distúrbio endócrino envolvendo o eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal (amenorreia) e atraso do desenvolvimento puberal.
	
Subtipos:
1: restritivo (dieta e exercícios apenas)
2: compulsão periódica/purgativo (presença de episódios de compulsão e/ou purgação além da dieta e exercícios)
	Vômitos auto induzidos, purgação e uso de inibidores do apetite e/ou diuréticos podem estar presentes.
	Bulimia Nervosa
	Episódios recorrentes de compulsão alimentar (excesso alimentar + perda de controle).
	Episódios recorrentes de hiperfagia (2 vezes/semana por 3 meses), preocupação persistente com o ato de comer e desejo irresistível de comida.
	Métodos compensatórios para prevenção de ganho de peso: indução de vômitos uso de laxantes, diuréticos, enemas, jejum, exercícios excessivos e outros.
	Uso de métodos compensatórios para neutralizar ingestão calórica: vômitos, abuso de laxantes, jejuns ou uso de drogas (anorexígenos, hormônios tireoidianos ou diuréticos).
	Frequência dos episódios compulsivos e compensatórios: em média pelo menos 2 vezes/semana por 3 meses.
	Medo de engordar que leva à busca de um peso abaixo do limiar ótimo ou saudável.
	Influência indevida do peso/forma corporal sobre a auto avaliação
	Diabéticos podem negligenciar o tratamento insulínico (evitando a absorção da glicose sanguínea).
	
Diagnóstico de anorexia nervosa ausente.
Subtipos:
1: Purgativo – vômitos induzidos, abuso de laxantes, diuréticos ou enemas;
2: Não purgativo – apenas jejum e exercícios para compensar a ingestão calórica.
	
 
A pessoa que sofre de anorexia nervosa emagrece rapidamente por submeter-se a grandes períodos de jejum. O paciente não consegue enxergar que está magro e tem medo excessivo de engordar, uma vez que a imagem que vem no espelho não corresponde à realidade. A pessoa continua querendo emagrecer mesmo estando muito abaixo do peso corporal mínimo. A anorexia acaba privando o organismo de alimento da mesma maneira de quem sofre de inanição. A falta de nutrientes prejudica todo o funcionamento do organismo e, com o peso, elimina-se também a saúde. A lista de danos à saúde, que explicam a razão do alto índice de mortalidade entre os portadores de anorexia é grande: diminuição da disposição, dores de cabeça e tonturas, problemas de pele, arritmias, hipotermia, anemia, lesão nos rins e fígado, desequilíbrio eletrolítico, infertilidade, depressão, insuficiência de potássio, diminuição da libido e, nas mulheres, interrupção da menstruação e nascimento de pelos e demais prejuízos. As alterações clínicas observadas na anorexia nervosa e a relação com possíveis deficiências na dieta em relação à pele e cabelo é a pessoa pode apresentar pele seca, cabelos finos e quebradiços, perda de cabelo e normalmente está associado à deficiência de proteína e zinco na dieta. 
Provavelmente vocês já devem ter ouvido falar em bulimia nervosa, não é? Pois então, este é outro distúrbio alimentar em que  a pessoa come exageradamente e depois induz o vômito. No entanto, a variação de peso de quem sofre esse distúrbio alimentar não é tão perceptível e os métodos usados para eliminar a comida em excesso são mantidos em segredo, dificultando a identificação no paciente. O consumo alimentar durante as compulsões consiste basicamente de alimentos calóricos e aqueles que o paciente exclui de sua dieta habitual por medo do ganho de peso ou por se sentir culpado em consumi-los. A quantidade de alimento de calorias nestes episódios é extremamente variável; descrevem-se consumos que variam de 600 Kcal a 15.000 Kcal em um único episódio bulímico. As alterações clínicas e físicas observadas na bulimia nervosa e relação com possíveis deficiências na dieta estão apresentadas conforme o quadro abaixo: 
Quadro 2- Alterações clínicas e físicas observadas na bulimia nervosa e relação com possíveis deficiências na dieta
	Sistema
	Possíveis alterações clínicas
	Possíveis deficiências na dieta ou comportamentos compensatórios
	Pele e dentes
	Calosidade no dorso da mão, erosão do esmalte dentário e cárie
	Decorrentes de ferimentos com os dentes e do contato com o suco gástrico devido ao vômito auto induzido
	Sistema reprodutivo
	Irregularidade menstrual
	Aporte calórico insuficiente
	Sistema metabólico
	Hipocalemia, hiponatremia, hipoglicemia, desidratação
	Desequilíbrio hidroeletrolítico (sódio e potássio), aporte calórico insuficiente, baixa ingestão hídrica.
	Outras alterações
	Hipertrofia das glândulas parótidas decorrentes dos vômitos, podendo ocorrer aumento de amilase produzida no local.
	Decorrente dos vômitos auto induzidos
 
Além dos prejuízos à saúde já mencionados a bulimia também pode acarretar gastrite, esofagite, gengivite, desgaste do esmalte dos dentes, cólon catártico (devido ao uso excessivo de laxantes), desequilíbrio eletrolítico, insuficiência de potássio e arritmia cardíaca. Todas essas agressões, aliadas à culpa e vergonha, fortalecem muito o quadro de depressão e podem levar à morte. Por mais que sejam doenças diferentes, pacientes bulímicos podem vir a desenvolver anorexia ou vice-versa se não receberem tratamento adequado. Pessoas com transtornos alimentares devem incluir na dieta alimentos ricos em potássio, como frutas secas, bananas, vegetais e frutas secas, pois esses alimentos conseguem restaurar a quantidade necessária do mineral que muitas vezes é perdido através dos vômitos e do uso abuso de laxantes. E em bulímicos que abusam de laxantes, o ideal é consumir cereais e pães integrais, massas frutas e vegetais frescos e líquidos para ajudar a restaurar o funcionamento normal do intestino.
As consequências da bulimia no organismo são:
- Cérebro à depressão, medo de ganhar peso, ansiedade, tontura, vergonha, baixa autoestima;
- Boca à cáries e corrosão dos dentes, sensibilidade a alimentos quentes ou frios;
- Garganta e esôfago à inflamação, irritação;
- Estômago à úlceras, dor;
- Músculos à fadiga;
- Pele à escoriações no dedo, pele seca;
- Hormônios à ciclos menstruais irregulares ou ausentes;
- Intestino à diarreia ou obstipação, movimentos peristálticos irregulares, cólicas abdominais;
-Coração à batimentos cardíacos irregulares, enfraquecimento do músculo cardíaco, parada cardíaca e baixa pressão sanguínea.
- Fluídos corporais à desidratação, diminuição de sódio, potássio e magnésio no organismo.
- Sangue à Anemia.
	Questões:
a) Qual a diferença entre anorexia e bulimia?
b) Diferencie a obesidade endógena e a obesidade exógena.
FIM!

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