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Vitor Marinho da Costa 1 Vitor Marinho da Costa Terça-feira 22/05/2018 1. TIPOS DE AÇÃO DAS DROGAS: • As drogas não criam novas funções no organismo, apenas modificam as funções preexistentes (terapia gênica, excreção) • AÇÃO DA DROGA: • Combinação da droga com o seu receptor. • Alteração conformacional do receptor (agonista) • Impedimento da alteração conformacional (antagonista). • EFEITO DA DROGA: • Alteração final da função biológica. • O efeito de uma droga pode ser entendido pelo que essa droga provoca no corpo, logo, é o seu objetivo, o que ela irá desenvolver. A ação da droga, por sua vez é COMO ELA CHEGARÁ até o seu efeito. • Se tratando da ação de uma droga, levamos em consideração a sua ligação com um dado receptor e seu comportamento, de forma agonista ou antagonista. A partir dessa ação a droga produz o efeito farmacológico. • EFEITO FARMACOLOGICO – É o que o fármaco faz. Vitor Marinho da Costa 2 Vitor Marinho da Costa 2. TIPOS DE AÇÃO DAS DROGAS: • Estimulação – As drogas aumentam a atividade das células especializadas. • Ex: Adrenalina estimula a secreção das glândulas salivares. • Depressão – Redução seletiva de atividade de células especializadas. • Ex: Barbitúricos deprimem o sistema nervoso central. • Irritação – Efeito não seletivo, que pode ser lesivo • Irritação moderada – Estimulação da secreção salivar e gástrica por medicamentos amargos. • Irritação forte – Inflamação, corrosão, necrose e lesão morfológica. • Reposição – Utilizam-se metabólitos naturais, hormônios. • Ex: Insulina no diabetes, ferro na anemia. • Ação citotóxica – Ação seletiva em parasitas invasores ou células canceroras. • Ex: Penicilina em bactérias • Estimulação é um tipo de ação da droga, no qual essa provoca algum tipo de estímulo. • Depressão é o oposto da estimulação, onde o fármaco de alguma forma deprime ou suprime uma via ou sinalização. • Irritação é um tipo de efeito da droga, que causa alguma lesão em um tecido saudável. A irritação pode se apresentar de forma moderada (quando não acontece nenhuma lesão ou prejuízo). Uma irritação forte (a lesão tecidual acontecerá). • Reposição é um tipo de efeito de uma droga que visa repor alguma substancia no organismo, como cátions, íons, hormônios e etc. • A ação citotóxica de uma droga é aquela desempenhada por um grupo de fármacos que tende destruir ou matar microrganismos ou parasitas. Interessantemente, entram nesse grupo os quimioterápicos, uma vez que procurar causar a morde de células neoplásicas ou cancerosas. • O que é anemia? A anemia é um distúrbio relacionado a redução de hemoglobina circulante. Vitor Marinho da Costa 3 Vitor Marinho da Costa 3. POTÊNCIA E EFICÁCIA DAS DROGAS: • Potência – Quantidade da droga para produzir determinado efeito. • 10 mg de morfina = 100 mg de petidina – morfina é 10x mais potente do que a petidina. • Eficácia – Resposta máxima que pode ser provocada pela droga. • A morfina produz um grau de analgesia que não se obtém com nenhuma dose de aspirina. • Potencia de uma droga pode ser entendida como a quantidade, que se usa para chegar a um determinado efeito. Quanto eu preciso de uma droga, para alcançar o efeito que ela é capaz de causar. A potência permite que sejam feitas comparações entre um fármaco e outro, sejam eles de uma mesma classe. • Diferentemente da potência, a eficácia de uma droga pode ser entendida como o efeito máximo de uma droga, isto é, o quanto de ação farmacológica será possível se obter. 4. POTÊNCIA E EFICÁCIA DAS DROGAS: • Para esse gráfico considere que a RESPOSTA esteja relacionada como o efeito e que a DOSE esteja relacionada com a POTÊNCIA. Vitor Marinho da Costa 4 Vitor Marinho da Costa 5. POTENCIA E EFICÁCIA DAS DROGAS: • Ter uma eficácia maior, significar ser uma droga melhor? Não, ter uma eficácia maior, significa dizer que uma dada droga apresenta um efeito farmacológico mais intenso. E em alguns casos, perigoso, visto que o aumento de pequenas doses da droga causa um aumento muito rápido do efeito desta droga. • Drogas que apresentam uma eficácia muito grande e que aumentam seu efeito de forma rápida com o aumento das doses, devem ser prescritas de forma mais cautelosa, levando em consideração características individuais de cada paciente, como o peso. Uma mesma dose não deve ser prescrita para toda a população, sendo então necessária uma DOSE INDIVIDUALIZADA. • Em gráficos com curvas achatadas, observamos um cenário mais tranquilo, onde percebemos a presença da DOSE PADRÃO, que pode ser ajustada entre um paciente e outro, mas que é uma dose padrão e é comum a maioria da população. 6. DOSE: • Quantidade adequada de uma droga que é necessária para produzir certo grau de resposta em determinado paciente. • A dose de uma droga deve ser determinada em função da resposta escolhida. • ASPIRINA: • Dose analgésica – 0,3 a 0,6 gramas • Dose anti-inflamatória – 3 a 6 gramas. Vitor Marinho da Costa 5 Vitor Marinho da Costa • IMPORTANTE: Dependendo da dose, um fármaco pode mudar de classe, porém isso não é tão comum de acontecer, como o que acontece na aspirina. 7. TIPOS DE DOSE: • Dose terapêutica. • Dose profilática – Dose que tem por finalidade evitar que uma doença ou sintoma apareça, como o que acontece quando uma gestante recebe sulfato ferroso durante a gravidez, na tentativa de evitar que ela desenvolva um quadro de anemia, visto que é isso é comum de acontecer. • Dose tóxica. • Dose padrão: • Apropriada para a maioria dos pacientes. • Variações individuais mínimas ou droga com elevada margem de segurança. • Não precisa de calculo para se chegar nela. 8. TIPOS DE DOSE: • Dose regulada: • A droga modifica uma função corpórea que é estritamente controlada e que pode ser facilmente medida • Dose ao nível de tecido-alvo: • Aplicada quanto a resposta não é facilmente medida. • Aplica-se uma dose empírica e faz-se ajustes por monitorização. • Dose regulada é aquela, que se é possível quantificar seus efeitos, como o que acontece no caso dos hipertensivos, uma vez que é possível saber seu efeito observando a mudança na pressão arterial do paciente. Os hipoglicemiantes funcionam da mesma forma, sendo que também é possível observar alterações no índice glicêmico dos pacientes. • A dose ao nível do tecido alvo, apresenta uma interpretação mais subjetiva. 9. TIPOS DE DOSE: • Dose eficaz individual: • Provoca uma resposta cuja natureza e magnitude são exatamente especificadas • Dose mediana eficaz (DE50): • Dose necessária para produzir determinada intensidade em 50% dos indivíduos Vitor Marinho da Costa 6 Vitor Marinho da Costa • Dose de ataque: • Dose única suficiente para elevar rapidamente a quantidade de droga no corpo até a concentração terapêutica • Dose de manutenção: • Mantém as concentrações tissulares e sanguíneas no nível terapêutico. • A dose eficaz e a dose mediana são mais usadas em experimentos. A dose mediana serve para avaliarmos a ação de uma droga em 50% da população que está sendo usada no experimento. • A dose de ataque é aquela usada para antecipar o efeito farmacológico de uma droga. Existe um calculo para se chegar a dose de ataque ideal, porem no chute dobra-se a dose. 10. TIPOS DE DOSE: • Dose mínima eficaz: • Menor dose necessária para se provocaruma resposta específica. • Dose mínima tolerada: • Aplicada, por exemplo, no tratamento crônico com corticoides para alívio sintomático (incompleto) sem provocar efeitos adversos graves. • Dose máxima tolerada: • Quando o efeito terapêutico ideal não pode ser atingido por causa da ocorrência de efeitos indesejados. • Dose letal: • Quando o efeito observado é a morte de animais experimentais. • DL50: Significa que morrem 50% dos animais com a dose empregada. • Entende-se por dose mínima tolerada, aquela quantidade baixa administrada, que causará algum efeito, não sendo esse necessariamente a cura. É também a dose mínima de uma droga, sem que aconteçam efeitos colaterais, não sendo esse o MELHOR efeito, mas é o único possível dentro da situação, como em doenças crônicas. • A dose máxima é aquela acontece quando um fármaco em excesso causaria um efeito adverso, logo o efeito ideal não pode ser alcançado. Na quimioterapia, por exemplo, se as drogas tiverem suas doses aumentadas de forma exacerbadas inúmeros efeitos adversos poderão surgir, mesmo que as células mutantes sejam mortas com maior eficácia. • Na dose máxima, existe um mundo ideal, porém ele não pode ser alcançado devido aos danos causados aos pacientes. Vitor Marinho da Costa 7 Vitor Marinho da Costa • Dose letal é aquela que provoca a morte. Quanto mais próximo um fármaco estiver da dose letal, mais perigoso ele se torna. É feito em estudos para liberação do fármaco no mercado 11. EFEITOS DOS FÁRMACOS: • Classificam-se em: • Benéficos ou terapêuticos. • Adversos, colaterais, tóxicos. • Fracos e ausentes. • Combinados das drogas. 12. EFEITOS ADVERSOS DOS FÁRMACOS: • Efeitos colaterais: • Terapeuticamente indesejáveis. • Mais frequentes. • Podem ocorrer após doses normais dos fármacos • Inevitáveis: Ações farmacológicas das drogas. • Efeitos colaterais são aqueles causados pelo fármaco, que visam auxiliar na ação final desde mesmo fármaco, como a sonolência após o uso de um antialérgico. Esses efeitos são impossíveis de serem prevenidos. • EFEITO COLATERAL X EFEITO ADVERSO – O efeito adverso é um efeito indesejado ou ruim, provocado pelo uso de um dado medicamento. O efeito colateral pode ser um lado bom, diferentemente do adverso que sempre será RUIM. 13. EFEITOS ADVSERSOS DOS FÁRMACOS: • Toxicidade por superdose: • Uso de uma dose excessiva. • Acúmulo da droga decorrente de alguma anormalidade no metabolismo e na excreção da droga. • A toxicidade por superdose pode acontecer em duas diferentes situações, seja pela administração de doses excessivas ou ainda pelo acumulo da droga nos organismos, por alguma anormalidade na excreção dessa droga. Vitor Marinho da Costa 8 Vitor Marinho da Costa 14. EFEITOS ADVSERSOS DOS FÁRMACOS: • Esses efeitos são consequências da ação farmacológica primária do fármaco. • Aparecimento de outra doença que ocorre naturalmente e que não está associada diretamente à administração do fármaco. • O efeito secundário é um efeito indireto ao efeito primário. Como o que acontece no uso de antibióticos e o desenvolvimento de colite (quadro inflamatório intestinal), visto que as antibióticos removem a população bacteriana intestinal. 15. EFEITOS ADVERSOS DOS FÁRMACOS: • Intolerância: • Efeito farmacológico de uma droga que é quantitativamente aumentado e produzido por uma pequena dose. • Pode ser geneticamente determinada. • Intolerância é alguma condição causada pelo medicamento, que impeça que o paciente siga com o tratamento, como o surgimento de acne. 16. EFEITOS ADVERSOS DOS FÁRMACOS: • Reações alérgicas: • Resposta imunológica a determinada droga. • Ocorre em pequeno número de indivíduos. • Exposição prévia – resposta de anticorpos e/ou linfócitos T. • Reações idiossincráticas: • Resposta anormal e inesperada a determinada droga. • Não ocorre mecanismo alérgico. • Defeito enzimático genético. • A reação alérgica se caracteriza pela resposta imune, diferentemente da intolerância que não apresenta uma causa clara. Em casos de alergia é necessário que aconteça uma exposição prévia ao agente agressor. Sem título