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* Hipertensão Arterial Sistêmica * “É uma doença crônica, não transmissível, de natureza multifatorial, assintomática (na grande maioria dos casos) que compromete fundamentalmente o equilíbrio dos mecanismos vasodilatadores e vasoconstritores, levando a um aumento da tensão sanguínea nos vasos, capaz de comprometer a irrigação tecidual e provocar danos aos órgãos por eles irrigados.” * American Heart Association A PA aumenta progressivamente com a idade (OMS Idoso > 160/90 mmHg). Doença multifatorial, caracterizada por níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos * EPIDEMIOLOGIA Estima-se que seja responsável por 13% da mortalidade global , causando: 62% dos AVC 49% dos infartos Atinge quase 40% de todos os adultos negros e mais da metade de toda a população com mais de 60 anos É o distúrbio cardiovascular mais prevalente * Importante problema de saúde pública Apresenta prevalência Mundo: 15 – 37% da população adulta (33%USA) 37,8% homens 32,1% mulheres Brasil: 22 – 44% da população 50% dos indivíduos com 60-69 anos 75% dos indivíduos com >70 anos * Taxas de morbidade e mortalidade Doenças cérebro-vasculares Doença arterial coronariana Doença arterial periférica Insuficiência cardíaca Insuficiência renal crônica terminal * A elevação transitória depende de fatores emocionais e situações de estresse, podendo ocorrer durante exercício físico * * Na maior parte das vezes assintomática. Pode ser evidenciada cefaléia, tonteira, dor precordial, cansaço. Em casos graves: + oligúria e dormência. Sintomas * COMPONENTES DE ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM HA Fatores de Risco Doenças cardíacas Hipertrofia VE Angina / IM prévio Revascularização coronária prévia Insuficiência cardíaca Episódio isquêmico ou AVC Nefropatia Doença vascular arterial periférica Retinopatia hipertensiva Fumo Dislipidemia Diabetes Mellitus Idade acima de 60 anos Sexo masculino e mulheres após a menopausa História familiar de DCV Lesões de órgãos-alvo * CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE PRESSÃO ARTERIAL (PA) * CLASSIFICAÇÃO NÍVEIS DE PRESSÃO ARTERIAL * Decisão terapêutica da HAS de acordo com o risco DCV * * * * * HIPERTENSÃO ARTERIAL PRIMÁRIA OU ESSENCIAL É a hipertensão arterial de causa desconhecida Representa cerca de 90-95% dos casos de hipertensão arterial sistêmica (HAS) * FATORES IMPLICADOS NA GÊNESE DA HIPERTENSÃO ESSENCIAL Genético x Etnia Atividade do SN simpático Ingestão crônica de sódio (sódio sensíveis x resistentes) Ingestão inadequada de K+ e Ca++ ou secreção inapropriada de renina Anormalidades congênitas dos vasos de resistência * FATORES IMPLICADOS NA GÊNESE DA HIPERTENSÃO ESSENCIAL Deficiência de vasodilatadores Diabetes Resistência à insulina Obesidade Atividade de fatores de crescimento vascular * FATORES IMPLICADOS NA GÊNESE DA HIPERTENSÃO ESSENCIAL Quais desse fatores normalmente estão envolvidos: A hereditariedade, junto com mais 3 fatores : Sódio Estresse Obesidade * HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA É a hipertensão arterial de causa conhecida, sendo potencialmente tratável. Algumas vezes os pacientes podem ser curados através de cirurgia ou podem ser controlados com > facilidade através de tratamento clínico específico. * HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA Prevalência 5% dos casos de HAS Depende da natureza da população estudada e da extensão da avaliação 6% homens acima 50 anos Centros de referência pode chegar a 35% * HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA Renais Renovascular Parenquimatosa renal Endócrinas Hipertensão adrenal DHEG Coarctação da aorta Distúrbios neurológicos Pós-operatório Fármacos e agentes químicos Envelhecimento com rigidez aórtica associada Etiologia * COMO A RESISTÊNCIA À INSULINA LEVA A HIPERTENSÃO Reabsorção de Na+ no néfron distal Atividade do SN Simpático Alteração da atividade Na+K+ATPase * * Prevenção primária - modificação dos fatores de risco de uma população sem doença estabelecida (baixo, médio e alto risco) PREVENÇÃO Prevenção secundária - medidas aplicadas a uma população com a doença estabelecida * “O excesso de Na+ dietético está intimamente envolvido na patogênese da hipertensão arterial primária, desempenhando um papel necessário, porém não suficiente.” Ingestão de sódio vs PA * Tendência para a Pressão Arterial cair durante a restrição de sal e aumentar durante a suplementação de sal. Sensibilidade ao sal * O mecanismo preciso ligando o consumo excessivo de sódio com a elevação da PA não é completamente conhecido Mecanismo de ação * Ingestão de Sal Conc. Plasm. Na+ Ingestão água Volume extracelular Débito Cardíaco Pressão Arterial Resistência vascular Periférica * INICIALMENTE Na PA Volemia DC POSTERIORMENTE Mecanismos de auto-regulação Resistência vascular periférica Presssão arterial INGESTÃO DE SÓDIO EXCESSIVA TAMBÉM ATIVA Mecanismos pressores Vasoconstrição renal Reatividade vascular aos agentes vasoconstritores Inibidores Na/ K e ATPase O EXCESSO DE SÓDIO * MECANISMOS DE AÇÃO DO NA+ SOBRE A PA Catecolaminas plasmáticas Responsividade pressora as catecolaminas Piora da resistência à insulina Atividade Na,K-ATPase Na+ e Ca++ intracelulares Resistência vascular periférica * Consumo excessivo de Na+ Excesso de Na+ corporal Contração vascular Retenção renal de Na+ ↑ Na+ celular + Falta de adaptação renal e outros defeitos na excreção de Na+ ↑ Vol fluido extracelular Na+/K+ ATPase RVP PA * Dieta DASH Dietary Approaches to Stop Hypertension Padrão alimentar Frutas, hortaliças, produtos de cereais integrais, produtos lácteos com baixo teor de gordura , peixe, frango e carnes magras AGS e colesterol Moderadamente rica em proteínas K+, Ca++, Mg e fibras * Dieta DASH Exemplo dieta ± 2000 Kcal/dia Cereais integrais e derivados 7 – 8 porções/dia Verduras e Legumes 4 – 5 porções/dia Frutas 4 – 5 porções/dia Laticínios desnatados 2 – 3 porções/dia Nozes, sementes e leguminosas 4 – 5 porções/semana Carnes magras, peixe e frango < 2 porções (180g)/dia Gorduras e óleos 2 – 3 porções/dia Doces < 5 porções/semana * Adoção da dieta DASH Recomendações Práticas: Pequenas modificações cumulativas na dieta aumentam as chances de sucesso: Ingestão de vegetais em 2 porções/dia Ingestão de frutas em pelo menos 1 a 2 porções/dia Consumo de laticínios desnatados em pelo menos 1 porção/dia Consumo de carnes gordurosas * Conclusões Evidências consistentes suportam o conceito de que múltiplos fatores dietéticos afetam a PA. Modificações dietéticas que efetivamente reduzem a PA são perda ponderal, ↓ ingestão de Na+, ↑ ingestão de K+, moderar a ingestão de álcool (naqueles que bebem), e o consumo de um padrão alimentar saudável (dieta DASH). Outros fatores dietéticos também provavelmente podem afetar a PA, porém seus efeitos são pequenos e/ou as evidências são incertas. * Sódio e HAS Sal (NaCl) 1 g: 390 mg Na+ Sal Light (NaCl + KCl) 1 g: 196 mg Na+ 1 g: 242 mg K+ Proibido: Hipercalemia * Ingestão Habitual sódio Países mais industrializadas 4000 a 6000 mg Na+/dia 10 a 15 g sal/dia * Hipertensos 2.400 mg Na+/dia Ou 100 mmol Na+/dia Ou 6 g sal/dial PAS – 2 a 8 mmHg (7th JNC) Recomendações Dietéticas * População em geral < 5 g sal/dia Ou < 2000 mg Na+/dia Ou 86 mmol/dia 1500 mg Na+/dia Ou 4 g sal/dia Ou 65 mmol/dia Organização Mundial de Saúde Dietary Guidelines for Americans Recomendações Dietéticas * Populaçãoem geral 1500 mg Na+/dia 1300 mg Na+/dia 1200 mg Na+/dia Dietary Reference Intakes (DRIs), 9 a 50 anos Dietary Reference Intakes (DRIs), 51 a 70 anos Dietary Reference Intakes (DRIs) > 70 anos Recomendações Dietéticas * * PESO CORPORAL O risco de desenvolver hipertensão é 2 a 6 vezes maior em sobrepesos/ obesos 60% dos hipertensos apresentam + 20% de sobrepeso 75% dos homens e 65% das mulheres apresentam hipertensão atribuível ao sobrepeso ou obesidade Framingham : 10% PC 7 mmHg PA Intersalt : associação positiva entre PC e PA * MECANISMO DE AÇÃO DA PERDA PONDERAL SOBRE A PA Ingestão calórica reduzida induz natriurese maciça Atividade do sistema nervoso simpático Insulina plasmática < retenção de Na+ < ativação sistema nervoso simpático Renina e aldosterona plasmáticas Débito cardíaco * RECOMENDAÇÕES Hipertensos com excesso de peso devem ser incluídos em programas para perda ponderal Objetivo: IMC < 25 kg/m2 A redução de 5% a 10% do PC já é capaz de PA * POTÁSSIO Pode ser importante na gênese da hipertensão Evidências epidemiológicas suportam uma relação inversa entre ingestão de K+ e PA Relação Na+:K+ deve ser avaliada O efeito da ingestão K+ é mais pronunciado em negros e hipertensos Estudos com suplementos – resultados contraditórios * MECANISMOS DE AÇÃO DO K+ SOBRE A PA Natriurese Liberação de renina e norepinefrina RVP por promover vasodilatação direta Produção de tromboxano Atividade da Na,K-ATPase * RECOMENDAÇÕES Relação Na/K : < 1 4.700 mg/dia (DRI) Substituir alimentos processados por alimentos naturais Frutas e feijões são as melhores fontes Suplementos benéficos apenas na hipocalemia (orientação médica) * CÁLCIO O impacto parece ser maior: Pessoas ingestão habitual de cálcio Hipertensos ou em grupos com maior risco de hipertensão (negros, pessoas sensíveis ao sal e mulheres grávidas) Pessoas com ingestão de sal Quando a suplementação é feita com fontes alimentares Estudos epidemiológicos Ingestão de Ca++ > risco de desenvolvimento de Hipertensão * MAGNÉSIO Efeito vasodilatador direto Estudos não têm demonstrado de forma convincente uma relação inversa com a PA A suplementação de magnésio apresenta na melhor das hipóteses pequeno efeito sobre a PA * “Os baixos níveis de Mg reduzem a produção de prostaciclina e aumentam a liberação de tromboxane, o que explicaria seu papel na HA” A maioria dos pacientes HA - níveis séricos normais Mg HA com hipomagnesemia, quando em uso de dieta rica Mg - PA MAGNÉSIO * Ômega 3 síntese de prostaglandinas vasodilatadoras Atenua a responsividade vascular a angiotensina e a norepinefrina Interferência no controle via bomba de sódio-potássio * Efeitos transitórios sobre a PA Efeito pressor devido a elevação da RVP A quantidade de cafeína presente em 2 xícaras de café irá PA em ± 5 mmHg em utilizadores não frequentes, porém não irá PA em consumidores habituais indicando tolerância. Tem sido visto pouco ou nenhum efeito quando hipertensos param de ingerir cafeína. Alguns estudos não comprovam associação linear entre consumo de cafeína e incidência e hipertensão CAFEÍNA * A ingestão moderada tem sido associada com uma eventos cardiovasculares Pessoas que não bebem não devem ser encorajadas a iniciar o consumo regular de álcool Ingestão moderada pode PAS em 2-4 mmHg** ÁLCOOL * ÁLCOOL Ingestão moderada (1 a 2 drinques/dia) Não apresenta efeitos deletérios. Ingestão elevada (> 3 a 5 drinques/dia) PA Responsável por 5 a 7% da prevalência de hipertensão arterial Deve-se limitar o consumo diário em torno de 30 ml de etanol 60 ml bebida destilada 720 ml cerveja 240 ml vinho * TABAGISMO Deve ser agressivamente combatido PA Mortalidade cardiovascular O risco é proporcional ao nº cigarros fumados e à profundidade da inalação Abandono risco DCV e esse declínio se inicia em meses * Efeito pressor Dura apenas 15 a 30 minutos após o fumo de cada cigarro Parece ser pelo menos em parte responsável pela maior incidência de AVC e IAM entre os fumantes TABAGISMO * Modificações no Estilo de Vida * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * . * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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