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Sondas e Cateterismo: Conceitos e Procedimentos

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SONDAS e
CATETERISMO
Professora Enfermeira Raphaella Soares
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Conceitos importantes...
DÉBITO URINÁRIO 
• Anúria – diurese inferior a 100ml 
• Oligúria – diurese inferior a 400ml 
• Poliúria- diurese superior a 2.500ml 
Polaciúria – vontade excessiva de urinar 
Nictúria – diurese excessiva a noite 
Disúria – dor ao urinar 
Incontinência – eliminação involuntária de urina 
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Cateterização
Consiste na inserção de um tubo (sonda) no interior da bexiga, através da uretra, para drenar a urina ou instilar medicações ou líquidos.
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CATETERISMO VESICAL
Finalidade:
Diagnóstico diferencial entre retenção urinária e anúria;
Alivio da Incontinência urinária;
Em cirurgia de uretra e de estruturas adjacentes, com finalidade de facilitar a cicatrização;
Em grandes cirurgias;
Promover alivio da Retenção urinária;
Para obter uma amostra estéril de urina (casos excepcionais).
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SONDAGEM VESICAL
INDICAÇÕES
Retenção Urinária
Pré - Operatório
Pós - Operatório
Monitorização Do Débito Urinário
Determinação De Urina Residual
Obtenção De Urina Para Exame
Grandes Cirurgias
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SONDAGEM VESICAL
As sondas podem ser introduzidas por um pequeno espaço de tempo e removidas logo em seguida (sondas de nelaton ou de alívio), ou mantidas na bexiga por um período mais prolongado (sondas de foley ou de demora).
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INDICAÇÃO DA SVD
– Como meio de controlar a diurese, nos pacientes comatosos ou em estado grave.
 – Para evitar as lesões da pele, no paciente comatoso incontinente ou seriamente desorientado.
 – Para possibilitar a irrigação contínua ou intermitente da bexiga.
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ROTINA PARA CATETERISMO VESICAL
Procedimento:
Observar a prescrição médica;
Observar as condições do paciente;
Orientar o paciente quanto ao procedimento;
Lavar as mãos;
Preparar o material e levar para próximo do paciente procedendo da seguinte maneira:
Abrir o pacote, observando os princípios de assepsia;
Colocar a sonda dentro do pacote e/ou bandeja;
Abrir o coletor e colocá-lo na pacote ou bandeja;
Colocar a solução anti-séptica na cuba redonda;
Colocar xilocaína-gel nova sobre uma gaze para lubrificar a sonda;
Fechar o pacote.
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PREVENÇÃO DE INFECÇÃO URINÁRIA RELACIONADA A SONDAS
Degermação Das Mãos.
Utilização De Técnicas Assépticas Para Realização Do Procedimento.
Sempre Que Possível Evitar A Sondagem.
Utilizar Sistema Fechado.
Escolher A Sonda De Menor Calibre.
Introduzir A Sonda Sem Traumatizar A Uretra.
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MEDIDAS ANTES DE SONDAR
Observações:
Antes de fazer a sondagem em paciente com retenção urinária, procurar todos os meios para fazê-lo urinar como:
Abrir uma torneira perto do paciente;
Fazer lavagem externa com água aquecida;
Colocar bolsa de água quente na região suprapúbica.
Para paciente com incontinência urinária é preferível usar absorventes e calças plásticas especiais para adulto. Em caso de paciente masculino pode ser adaptado um tubo de borracha (esterno) tipo condon, ligado a um intermediário;
Nunca forçar a introdução da sonda 
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FATORES DE RISCO PARA
 INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO
 - Cateter urinário.
		- Calculo e tumores uretrais e renais.
		- Refluxo uretral.
		- Fimose.
		- Tamanho da uretra (fator anatômico)
		- Variações anatômicas naturais.
		- Consumo inadequado de líquidos
		
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SONDAGEM VESICAL
ALÍVIO
DEMORA
(SISTEMA FECHADO DE DRENAGEM)
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Sonda vesical
de nelaton
Alívio
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SVA
Introdução de um cateter para esvaziamento da bexiga, em pacientes com retenção urinária. Geralmente é utilizado um cateter simples. 
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INDICAÇÕES PARA A SONDAGEM DE ALÍVIO(Finalidade)
1- Para o alívio imediato da distensão da bexiga; No paciente que não consegue urinar por se encontrar sob a ação de sedativos e ou analgésicos.
2–No tratamento prolongado de pacientes com incompetência vesical, nas lesões de medula espinhal, na degeneração neuromuscular progressiva.
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INDICAÇÕES DA SVA
3 – Quando se deseja uma amostra estéril de urina.
4 – Para verificar a presença de urina residual após a micção.
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Sonda vesical
de Folley
 Demora
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SVD
O cateter é introduzido na bexiga com a finalidade de esvaziá-la, porém com a permanência prolongada. Geralmente é utilizado o cateter de Folley, com balonete de retenção na extremidade.
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SONDAS VESICAIS
Duas vias - Folley
balonete
válvula
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SISTEMA DE DRENAGEM VESICAL
FECHADO
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COLETOR SISTEMA ABERTO
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SONDAS DE LATEX (FOLEY)
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Sondagem Vesical
Uretra Feminina
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Sondagem Vesical
FEMININA
Relativamente simples desde que a uretra seja visualizada. 
Afastar os grandes lábios com o indicador e o polegar;
Praticar anti-sepsia do meato uretral e da parte exposta do vestíbulo vaginal;
Após lubrificação do cateter ou sonda de demora, deixá-lo preso entre o polegar e o indicador da outra mão e introduzi-lo delicadamente pela uretra até alcançar a bexiga.
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Sondagem Vesical
MASCULINO
A técnica é semelhante.
No início, manter o pênis perpendicular à parede abdominal. Na medida que existe a progressão e o cateter alcance a uretra perineal.
A fixação deve ser feita ou na coxa ou no abdômen, sem que haja manipulação da mucosa peniana, juntamente ao cateter.
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Sondagem Vesical
Fixação Cateter Vesical
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SONDAGEM VESICAL
COMPLICAÇÕES
“INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO”
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COMPLICAÇÕES DAS SONDAGENS VESICAIS
Por se tratar de um procedimento invasivo a realização do mesmo, poderá levar a ocorrência de certas complicações, tais como:
- INFECÇÃO URINÁRIA – é a complicação mais comum, tendo como principais causas a contaminação na introdução da sonda, contaminação ascendente por frascos coletores e intermediários, elevação da bolsa coletora acima do nível da bexiga sem clampear o intermediário, infecção cruzada.
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ITU - PROBLEMAS
O sistema de drenagem fechado possuir três componentes:
1- Cateter (ou sonda) uretral;
2 – Tubo coletor;
3 – Bolsa coletora.
Sistema vesical aberto praticamente, 100% dos pacientes apresentam infecção já no quarto dia de cateterização.
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VIA INTRALUMINAL (através da luz interna do sistema de drenagem).
Os microorganismos colonizam inicialmente a bolsa coletora antes de alcançar a bexiga.
Outro fator de risco é o próprio cateter, que atua como corpo estranho. Altera a resposta inflamatória vesical, interferindo no processo de eliminação de microorganismos; o balonete do cateter impede o esvaziamento completo da bexiga, mantendo um volume urinário residual que favorece a replicação microbiana e impede a micção natural de defesa local.
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CONTAMINAÇÃO EXTRA-LUMINAL
EXTRA-LUMINAL – ao longo do espaço virtual entre a superfície externa do cateter e a mucosa uretral.
As bactérias aderem a superfície externa do cateter e migram até a bexiga.
Migração de bactérias fecais que colonizam o períneo e a região meato-uretral.
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PREVENÇÃO DE ITU RELACIONADA AO CATETER VESICAL...
Somente pessoas treinadas devem manusear a sonda vesical e o sistema fechado.
Deve haver treinamento periódico das técnicas de inserção e manejo da sonda vesical.
Cuidados assépticos com o sistema de drenagem.
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PREVENÇÃO ITU
A inserção só deve ocorrer quando necessária e retirada o mais breve possível. Não se deve usar a sonda com o objetivo de criar comodidade para quem cuida do paciente.
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AINDA SOBRE AS COMPLICAÇÕES DO CATETERISMO VESICAL
HEMORRAGIA – tem por principais causas a utilização de um calibre inadequado da sonda à uretra, técnica incorreta na passagem da sonda, existência de patologias prévias tais como estenose ou tumor de uretra.
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COMPLICAÇÕES CATETERISMO
FORMAÇÃO DE CÁLCULOS NA BEXIGA- em decorrência de longa permanência da sonda.
BEXIGA NEUROGÊNICA – nos pacientes com permanência prolongada da sonda.
TRAUMA TISSULAR– ocorre mais frequentemente nos homens, por aplicação de força durante uma suposta obstrução na uretra ou ainda devido à utilização de sonda de calibre muito espesso.
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CISTOTOMIA
Conceito: Consiste na abertura da bexiga, via transabdominal, com a finalidade de ter um acesso a bexiga
Finalidade
 Drenar a bexiga quando o paciente precisa ficar drenado por longo tempo e/ou não se consegue o cateterismo uretral. 
Acesso para administração de fluidos intravesical quando não é possível o acesso transuretral. 
Trata-se de um procedimento cirúrgico ou percutâneo com anestesia local ou regional.
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CISTOSTOMIA CIRÚRGICA
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Sonda nasogástrica
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Sonda Nasogástrica
É a introdução de uma sonda através da narina até o estômago.
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Indicações 
Incapacidade De Alimentação Por Via Oral
Obstrução Ou Estreitamento De Esôfago E Garganta
Dificuldade De Deglutir Alimentos Por Via Oral
Pós-operatório De Cirurgias De Grande Porte
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Objetivos da SNG
Drenar O Conteúdo Gástrico
Realizar Lavagem Gástrica
Administrar Medicamentos
Administrar Dietas
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Materiais utilizados
seringa
Esparadrapo
Estetoscópio
xilocaína
SNG
Luvas de procedimentos
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Materiais utilizados 
Copo Com Água
COLETOR SISTEMA ABERTO (Caso A Finalidade Seja Para Drenagem)
Gaze 
Toalha
Algodão Umedecido Com Álcool 70%
Biombo 
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Procedimento 
Higienizar As Mãos
Explicar Ao Paciente E Familiar O Procedimento E Perguntar Se Há Presença De Desvio De Septo Nasal 
Dispor Os Materiais Sobre A Mesa-de-cabeceira
Abrir O Saco Para Lixo
Colocar O Cliente Em Decúbito Dorsal, Com A Cabeceira Elevada
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Procedimento 
Colocar a toalha sobre o tórax do cliente
Calçar as luvas de procedimento
Medir a sonda da ponta do nariz até o lóbulo da orelha, descer até a altura do apêndice xifóide e marcar esta distância com esparadrapo
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Procedimento 
Fletir a cabeça para frente
Introduzir a sonda atraves da narina até o ponto demarcado
Testar a localização da sonda (aspiração do conteúdo gástrico e/ou ausculta)
Fixar a sonda
Recolher o material
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Sonda nasoenteral
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Definição 
É a introdução de uma sonda de poliuretano ou silicone, de pequeno diâmetro, com uma cápsula de peso em sua posição distal, através da narina até o estômago ou duodeno, utilizando-se um fio guia.
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Indicação da SNE
Para alimentação, quando o cliente necessita permanecer por longo tempo com a sonda;
Patologias como neoplasia de cabeça e pescoço
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Objetivo da SNE
Promover uma via para suporte nutricional
Administrar medicamentos
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Procedimentos
O procedimento é o mesmo que o da SNG, exceto por:
Na medição, deve-se acrescentar 10 cm;
O fio guia deve ser retirado após a introdução da sonda;
O paciente deve ficar em decúbito lateral esquerdo após o procedimento.
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Procedimento 
Após 24h deve-se fazer um RX para visualizar a localização da sonda
Os cuidados são os mesmos do SNG
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Sonda retal
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Sonda Retal
Introdução do cateter no ânus para administração de líquido com objetivo de:
Aliviar distensão abdominal, flatulência e constipação;
Retirar material estagnado de fermentação
Preparar o cliente para cirurgias, exames endoscópios, radiografias.
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Material utilizado
Bandeja contendo:
Saco plástico para lixo
Vaselina líquida
Papel higiênico
Sonda retal
Gaze
Luva de procedimento
Biombo
Solução prescrita.
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Procedimento.
Lavar as mãos
Explicar o procedimento ao cliente
Conectar a sonda ao equipo da solução prescrita, preencher com líquido e fechar o clamp
Isolar o leito com biombo
Colocar o cliente em posição de SIMS E com a cama ligeiramente abaixada a cabeceira, solicitar que o mesmo respire pela boca.
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Procedimento.
Calçar luvas de procedimento
Lubrificar a sonda com vaselina líquida e inserir de 10 a 13 cm no ânus.
Colocar a solução prescrita no suporte de soro e soltar o clamp.
Interromper o fluxo e solicitar que o cliente respire profundamente quando der vontade de evacuar.
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Procedimento
Retirar a sonda, apertando a sua extremidade próxima ao ânus
Orientar ao cliente que permaneça na mesma posição por alguns minutos ou o tempo que suportar
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GASTROSTOMIA
É feita por meio de um procedimento cirúrgico simples, onde a sonda é colocada diretamente no estômago do paciente.
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Indicações 
 IMPOSSIBILIDADE DE DIETA ORAL POR MAIS DE 3-4 SEMANAS
Obtenção de uma via de acesso para nutrição enteral prolongada (>3 ou 4 semanas) em condições agudas ou crônicas com desnutrição ou risco nutricional
 Descompressão gastrointestinal paliativa
 Distúrbios motores (atonia gástrica)
 Obstrução benigna (bridas ou obstrução do trato de saída sem condições cirúrgicas) ou maligna (carcinomatose peritoneal e tumores obstrutivos) do TGI
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JEJUNOSTOMIA
A sonda é colocada no intestino delgado. 
 Em caso de descolamento, vazamento ao redor da sonda ou dor no momento de administrar a dieta, deve-se interromper a infusão e avisar o enfermeiro assistente da casa. 
 Os cuidados para evitar obstrução são os mesmos da sonda nasoenteral. 
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O acesso do jejuno por via endoscópica pode ser por duas técnicas:
- Gastrojejunostomia endoscópica percutânea (GJEP)
- Jejunostomia endoscópica percutânea direta (JEPD)
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INDICAÇÕES 
Necessidade de nutrição enteral, porém com limitações a GEP(Gastrostomia endoscópica percutânea)
RGE intenso, gastroparesia não responsiva a procinéticos, PNM repetição, pancreatite aguda grave, estenoses pós cirúrgicas transitórias
Alterações anatômicas ou GTT prévia
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REFERENCIAS
www.medlar.com.br/upload/arquivos/Paicentes__Familiares09082012110858/manual_do_cuidador_finalpdf.pdf. 
CERIBELLI, M.I.P.F. e MALTA, M.A. Inserção da sonda nasogástrica: análise dos pontos de referência. Rev Bras Nutr Clin. SP 2006; 21(1): 54-9. 
COPPINI LZ, WAITZBERG DL. Complicações da nutrição enteral. In: Waitzberg DL, ed. Nutrição enteral e parenteral na prática clínica. São Paulo: Atheneu; 1995. p.198-205.
BARRIAS, S.; LAGO, P.; CAETANO, C.; NOGUEIRA, C.; AREIAS, J. implantação metastática em estoma de gastrostomia endoscópica percutânea. J Port Gastrenterol 2006, 13: 237-242

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