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1 Dermatoviroses – Clínica Médica 
Nicolle Nunes 
Agente etiológico: Herpesvirus hominis (Existem dois 
tipos; o tipo 1 causa herpes no corpo, e o tipo 2 causa 
herpes nas regiões genitais). 
Transmissão: Contato pessoal (beijo, copo, talher, 
sexo, batom). 
 
Primoinfecção herpética 
A maioria das pessoas (cerca de 96% da população) 
tem o vírus e não sabe. Tanto é que algumas grávidas 
só descobrem durante o pré-natal quando vão fazer 
IgG e IgM para Herpes; descobrem IgG positivo sendo 
que nunca tiveram uma crise de Herpes na vida. Ou 
seja, isso indica que em algum momento ela foi 
contaminada e a infecção se deu de maneira 
subclínica, não teve lesão. 
 
A primoinfecção herpética é a primeira vez que a 
pessoa tem contato com o vírus. Esse contato pode se 
dar de maneira subclínica, sem o paciente nem saber 
que se infectou, ou pode se manifestar como uma 
infecção feia, grande, intensa. 
 
O indivíduo que tem primo-infecção herpética é 
aquele que nunca teve contato com o vírus e que não 
tem proteção imunológica. Normalmente é subclínica, 
despercebida, o indivíduo nem sabe que teve (embora 
também possa se manifestar de forma grave). 
 
Uma vez tendo sido contaminado o vírus fica em 
latência, fica adormecido. Por isso é comum que se 
escute que a pessoa tem herpes labial e que nunca 
cura. Porque quando a pessoa tem a crise ela vai lá 
trata, o vírus volta para a latência, mas não tem uma 
cura pra ele. 
 
Características 
A herpes simples é mais comum na região labial 
(Gengivo-estomatite herpética), mas pode dar em 
qualquer parte do corpo (herpes na pele glabra). 
Pele Glabra: Pele do corpo. 
 
A herpes pode ser precedida de prurido e ardor local. 
(Quem tem herpes normalmente já sabe quando a 
ferida vai aparecer por causa desses sintomas). 
 
Mantra da Herpes: SÃO VESÍCULAS AGRUPADAS 
SOBRE UMA BASE ERITEMATOSA (VERMELHA). 
 
Atenção aos detalhes! As vesículas devem estar 
juntas, agrupadas. Se são vesículas dispersas, não é 
herpes. 
O que pode acontecer é a vesícula se romper e 
vermos a região “ulceradinha”, mas aí nesse caso o 
paciente vai contar na história clínica que começou 
com uma bolinha. 
Pode acontecer também da herpes infeccionar, aí ao 
invés de ficar translúcida vai ficar com pus. Nesse 
caso, teremos uma infecção secundária em cima do 
herpes. (Será preciso tratar o herpes, e a infecção 
secundária). 
 
 
Imagem 1: Herpes simples. Vesículas agrupadas sobre 
uma base eritematosa. 
 
Dúvida de aluno: Algumas pessoas dizem que a herpes 
simples só da de um lado do corpo, isso é verdade? 
Não! A herpes pode acontecer de qualquer lado do 
corpo. O que acontece é que quando o paciente tem 
herpes de repetição ela tende a ser sempre no mesmo 
lugar. Por exemplo, vamos supor que você tem um 
foco de herpes labial do lado direito, toda vez que 
você tiver herpes ela tende a ser nesse mesmo local. 
Mas é importante saber que ela pode dar em 
qualquer parte do corpo, não apenas nessa região. 
Outra coisa importante é saber diferenciar a herpes 
simples da herpes zoster. A herpes zoster só acontece 
de um lado do corpo, mas veremos mais ao longo da 
aula. 
Dúvida de aluno: O lado emocional pode interferir 
nisso? Sim! O lado emocional faz com que a 
imunidade caia, e baixando a imunidade isso favorece 
a herpes. Além do emocional, outros fatores como 
praia, sol, semana de provas (estresse), e 
menstruação podem desencadear a herpes. 
 
Nem sempre as vesículas estaram “bonitinhas”, em 
alguns casos elas podem se juntar e formar vesículas 
um pouco maiores. 
 
 
2 Dermatoviroses – Clínica Médica 
Nicolle Nunes 
 
Imagem 2: Herpes simples no lábio. Nesse caso, a 
vesícula rompeu e vemos a área ulcerada, também 
vemos uma região amarelada, então usaríamos ATB. 
 
Imagem 3: Infecção intensa por Herpes vírus. A primo-
infecção pode se manifestar assim, de forma grave, ou 
a doença pode se manifestar assim em pacientes 
imunodeprimidos (HIV +). Nessa imagem a crosta está 
amarela, e se a crosta está amarela isso indica 
infecção bacteriana secundária, ou seja, precisamos 
tratar com ATB também. 
 
Herpes de repetição 
Existe um esquema para herpes genital que fazemos 
mesmo quando a herpes não é genital, mas quando a 
pessoa tem mais de 3 crises de herpes ao ano. Nesses 
casos, fazemos altas doses de aciclovir por 6 meses 
(diminuindo essa dose a cada 45 dias). Além disso, 
fazemos um aminoácido (L-lisina) para estimular a 
imunidade. Nesses 6 meses vamos aumentando a L-
lisina, e diminuindo o aciclovir tentando fazer com 
que o paciente não tenha crises repetidas. 
 
Se o paciente tiver crises como a da imagem 3, sem 
ser primoinfecção, é fundamental procurar por 
alterações imunológicas. 
 
Herpes Genital 
Vesículas agrupadas sobre região eritematosa, na 
região genital. 
 
Imagem 4: Herpes genital. Atenção para as vesículas 
que não estão tão “separadinhas”, elas se juntaram. 
Mas, ainda assim são vesículas agrupadas sobre uma 
base eritematosa. 
Panarício Herpético 
Acomete médicos, dentistas, e auxiliares da área da 
saúde por inoculação acidental nos dedos da mão, 
pela presença de vírus na saliva. 
Exemplo: Paciente com herpes labial e o dentista fura 
a ponta do dedo com a agulha que estava usando no 
paciente. 
 
Herpes simples neonatal (Importante) 
Crianças contaminadas no canal do parto devido a 
infecção da mãe com herpes genital ativa. 50% das 
crianças que sobrevivem podem ter sequelas 
neurológicas e oculares. Ou seja, se a mãe tem herpes 
genital e está parindo leva ela pra cesárea porque o 
parto vaginal é contraindicado. Isso é gravíssimo! 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico é essencialmente clínico. 
- Citodiagnóstico de Tzank: Colhemos a secreção da 
vesícula e examinamos para ver células 
multinucleares. Esse exame só serve pra afirmar se é 
ou não vírus, mas não diz qual o vírus. 
 
Tratamento 
 Aciclovir 200 mg de 4/4h omitindo a dose noturna 
por 5-7 dias (Quando falamos omitindo a dose 
noturna queremos dizer que vamos dividir isso ao 
longo do dia para que não seja necessário acordar a 
noite para tomar) 
 Fanciclovir 250 mg 2 vezes ao dia por 5 dias (Tem o 
mesmo efeito do aciclovir; tem a vantagem de ser 
apenas 2 vezes por dia, mas acaba sendo pouco usado 
porque é muito caro) 
 Em casos graves, aciclovir IV. 
Uso tópico: Pouco efetivo. Pode ser usado o aciclovir 
creme. Alivia os sintomas, acalma. Mas o ideal é o 
aciclovir oral no início dos sintomas. 
 
 
3 Dermatoviroses – Clínica Médica 
Nicolle Nunes 
Agente etiológico: Varicela Zoster Vírus (VZV) 
Transmissão: Aérea 
Características: Possui várias lesões diferentes; lesões 
em diferentes estágios de evolução (POLIMORFISMO 
LESIONAL) – Tem vesículas, crostas, máculas. 
 
A infecção no primeiro trimestre de gravidez pode ter 
alteração fetal com microftalmia, catarata, atrofia 
ótica, e do sistema nervoso central. Quando o 
contágio é poucos dias antes do parto é 
frequentemente fatal. Atenção quanto a isso! Se 
temos uma criança com Varicela e a mãe dessa 
criança está gestante precisamos obrigatoriamente 
afastar as duas porque se a mãe for contaminada 
pode ser grave para o feto. Médicas gestantes podem 
se recusar a atender crianças com varicela. 
 
Diagnóstico: 
Essencialmente clínico. Pode ser feito também o 
diagnóstico citológico de Tzank, ou histologia (mas 
ambos vão apenas informar que se as células são ou 
não virais, não identificam o vírus). 
 
Tratamento: 
Repouso 
Paracetamol 
Permanganato de potássio (Atenção! Deve ser feita 
uma água com permanganato num tom rosa bem 
claro, e jogar na criança com um copinho. Se ficar com 
a cor muito forte vai queimar a pele da criança!)- É 
muito bom porque é calmante, é antisséptico, ajuda 
na coceira, e ajuda a cicatrizar.Anti-histamínico: Em alguns casos, apenas quando 
coçar. Em adultos coça mais. 
Antibiótico: ATB não é tratamento de varicela. Só 
usamos antibiótico se houver infecção bacteriana 
secundária. Se não houver, não usamos. 
 
 
Imagem 5- Lesões em vários estágios diferentes. 
 
Observação: Conforme a doença evolui se formam 
mais crostas, e isso é sinal de que a doença está indo 
embora. 
Agente etiológico: Varicela Zoster Vírus (Apesar de ser 
chamado de herpes, ele não tem o mesmo vírus que a 
herpes. É o mesmo vírus que a varicela! Ele só recebe 
esse nome de herpes zoster devido à sua clínica). 
 
É comum escutarmos que quando a pessoa tem 
varicela uma vez ela não vai ter nunca mais, isso 
porque normalmente quando há um segundo contato 
com o vírus ele gera a herpes zoster e não mais a 
varicela. Contudo, a medicina não é matemática, 
então ainda assim é possível ter zoster mesmo sem 
nunca ter tido varicela. 
 
Normalmente a varicela acomete crianças, e zoster 
acomete os adultos. Mas, novamente lembrando, a 
medicina não é matemática, podemos encontrar essas 
doenças em qualquer faixa etária. 
 
Existe um tipo de Zoster que é o mais difícil de 
diagnósticar; nesse tipo a pessoa tem a dor mas não 
tem a lesão. Se não tem lesão não temos como fazer o 
diagnóstico. É muito raro. Esses pacientes 
normalmente tem um alívio muito grande quando 
conseguem o diagnóstico porque eles costumam ter 
uma dor muito grande antes da lesão herpética 
aparecer; então eles ficam muito tempo passando por 
vários médicos sem diagnóstico. O que fecha o 
diagnóstico clínico é a vesícula. 
 
Características: Vesículas agrupadas sobre uma base 
eritematosa seguindo o trajeto do nervo, não 
ultrapassando o dermátomo. (Não é comum que 
ultrapasse o dermátomo, embora possa acontecer. Se 
ultrapassar o dermátomo procurar baixa de 
imunidade porque não é comum, normalmente 
acontece em pacientes HIV +). 
 
Imagem 6- Herpes Zoster. 
 
 
4 Dermatoviroses – Clínica Médica 
Nicolle Nunes 
 
Imagem 7- Herpes Zoster. 
 
Imagem 8- Paciente com herpes zoster facial. Próximo 
a raiz do cabelo conseguimos ver placas que indicam a 
presença de bactérias. PRECISAMOS ENCOSTAR NO 
PACIENTE! Se não levantássemos esse cabelo não 
veríamos a placa bacteriana; e o paciente poderia 
evoluir com meningite. 
 
Herpes Zoster Facial 
A herpes Zoster facial é GRAVE porque pode levar à 
Síndrome de Ramsay-Hunt. 
 
SÍNDROME DE RAMSAY-HUNT 
 (Principal Complicação) 
Comprometimento do Nervo Facial e Auricular. Pode 
cursar com paralisia facial, dor auricular, surdez e 
vertigem. Se não tratada de maneira adequada pode 
levar à surdez. Nem sempre é reversível. 
 
DEVIDO AO ALTO RISCO SEMPRE INTERNAR 
PACIENTES COM HERPES ZOSTER FACIAL! 
 
Nevralgia pós-herpética 
É uma outra complicação da herpes zoster que pode 
acontecer independente de ser facial ou não! 
A nevralgia pós-herpética acontece quando a infecção 
já acabou, mas o paciente continua sentindo dor de 
maneira intensa. A dor é tão intensa que precisamos 
fazer medicação controlada, carbamazepina. Isso 
acontece devido à tamanha inflamação neural, haja 
vista que o vírus atinge o Nervo. Pra que a gente 
previna a nevralgia herpética quanto antes começar o 
tratamento melhor! 
Acontece mais em idosos. 
 
Tratamento hespes zoster 
Corticóide: Indicação absoluta em idosos com 
herpes zoster para diminuir a inflamação no nervo, e 
prevenir a nevralgia pós-herpética. 0,5mg/kg/dia 
(dosagem anti-inflamatória e não dose 
imunossupressora. NÃO USAR DOSE 
IMUNOSSUPRESSORA). 
Em pacientes não idosos isso depende da 
necessidade, usar quando necessário. Segundo a 
professora ela tem costume de usar em todos os 
pacientes, mas esse é um costume dela. 
Aciclovir (EM ALTAS DOSES)- 800 mg (5 vezes ao dia 
por 7 dias). O paciente tem difícil adesão por achar 
que vai fazer mal ao estômago, ou que o remédio é 
muito forte. Precisamos assustar o paciente “ a dose é 
alta mesmo, e a senhora PRECISA tomar porque se 
não a senhora vai sentir a dor pro resto da vida”. 
Observação: Existe um aciclovir em comprimido de 
400mg, da Medley, é mais fácil de tomar porque são 
apenas 2 comprimidos de 4 em 4 horas. 
PRECISAMOS CONSCIENTIZAR O PACIENTE SOBRE SUA 
NECESSIDADE DE TOMAR. 
Fanciclovir: 250 mg (3 vezes ao dia por 7 dias). Se o 
paciente puder pagar, esse é melhor pela menor 
quantidade de vezes no dia. 
 Analgésico: Quando o paciente tiver dor intensa. 
Deocil ou Toragesic. 
Cuidado local: Limpar adequadamente para evitar 
infecções secundárias. 
 HERPES FACIAL  INTERNA! (Internação, aciclovir 
IV, e ATB IV se tiver sinal de infecção) 
 
Observação: Vesículas na ponta do nariz indicam uma 
Herpes facial GRAVÍSSIMA porque indicam 
acometimento do Nervo facial. 
 
Possui vários subtipos (os oncogênicos, e os não 
oncogênicos). 
É mais comum em crianças e adolescentes, mas pode 
ocorrer em qualquer faixa etária. 
Transmissão: Contato direto (autoinoculação: teve 
em um dedo, encostou no outro e passou) ou contato 
 
 
5 Dermatoviroses – Clínica Médica 
Nicolle Nunes 
indireto (ex: leva um objetivo infectado a um local não 
infectado). 
 
Clínica 
Verruga vulgar: É a mais comum. Pápulas verrucosas 
com pontos escuros na superfície que correspondem 
as alças de capilares trombosados. São exofíticas 
(crescem para fora), com isso o vaso que estava 
embaixo (na derme) sobe junto com a verruga, então 
os pontos escuros que vemos nas vesículas são os 
capilares que subiram junto com a vesícula e 
trombosaram. 
Verruga Filiforme: É fininha, parece um filetinho. 
Verruga Plantar: Ela cresce na planta do pé, então 
quando a gente pisa ela vai entrando, o peso 
comprime os nervos e gera muita dor. É de difícil 
retirada porque é profunda (tem que fazer “ um 
buracão”). 
 Verruga Plana: Mais difícil Diagnóstico. 
 
 
Imagem 9- Verrugas planas. De difícil remoção. Nesses 
casos, devido à grande quantidade de verrugas a 
melhor coisa é associar técnicas. 
 
Tratamento: 
 Ácido Acetilsalicílico, Ácido Lático (Verrux, Salix) 
São esses cremes que se aplicam em casa. 
Imiquimod: É um creme que queima muito. 
 Cauterização Química (TCA- ácido tricloracético)- 
São ácidos pesados. 
Eletrocauterização: É sempre a melhor técnica 
porque você vai anestesiar e queimar com o bisturi 
elétrico (você vê que queimou tudo). Tem menor 
chance de recidiva. 
Psicoterapia (?): Algumas psicoterapias funcionam 
porque o paciente acredita, então melhora o lado 
emocional dele, dando força para o sistema imune 
combater a verruga. 
 
Imagem 10 – Verruga clássica, crescimento exofítico, 
fácil retirada. 
 
Imagem 11 – Observem o pontinho preto na verruga. 
É um capilar trombosado. 
Observação: Quando são muitas verrugas, como na 
imagem 9, podemos encaminhar ao cirurgião para 
que ele anestesie o local e retire as verrugas. 
Esse é o HPV que pode sim ter fator oncogênico. 
Transmissão: Sexual. ATENÇÃO! Se for uma criança 
com Condiloma acuminado devemos investigar abuso 
sexual! 
Características: Massas vegetantes na região genital 
com aspecto de couve-flor. Como a região genital é 
uma região mais úmida e lesão não é seca como as 
verrugas, ela é mais úmida ( tem um aspecto mais 
vegetante). 
Condiloma acuminado gigante = Buschke- 
Loewenstein 
Na mulher, a gravidez estimula o crescimento da 
verruga e do condiloma. 
Fatores oncogênicos: 16, 18, 31, 33, 35. 
 
 
 
6 Dermatoviroses – Clínica Médica 
Nicolle Nunes 
No homem o condiloma não tem grande importância 
por não ter potencial oncogênico. Contudo, o homem 
é um transmissor, ele mesmo assintomático pode 
estar transmitindo para sua parceira. E na mulher, 
quando na parteinterna, o vírus tem potencial 
oncogênico. Por isso, devemos orientar muito bem os 
pacientes com essa patologia a se tratar para não 
infectar as parceiras. 
 
 
Imagem 12- Condiloma Acuminado. É fundamental 
retirar todas as lesões porque se ficar uma ela vai se 
proliferar, e vai continuar a infecção. 
 
Imagem 13- Região anal com condiloma- Se 
atendermos uma criança com o ânus assim devemos 
investigar abuso sexual. 
 
 
Imagem 14- Condiloma na parte externa da vulva- se 
tem aqui muito provavelmente tem lá dentro 
também. Investigar! 
 
Imagem 15- Condiloma Acuminado 
 
Tratamento 
Eletrocauterização- É a melhor técnica! 
 (Dói bastante, e não tem como anestesiar, então 
dependendo da condição podemos associar técnicas; 
fazemos as principais com eletrocauterização e as 
demais com ácido – por exemplo). 
Podofilina (ácido) 
Imiquimod- Creme 5% (3 vezes na semana)- Ele ativa 
a resposta imune, mas causa muita queimação e as 
vezes o paciente não tolera. 
 
Agente etiológico: Parapoxvírus 
Transmissão: Contato individual (mais comum em 
crianças). Quando for em adultos pensar também em 
transmissão sexual, embora não seja uma DST. 
Clínica: 
Pápulas umbilicadas (tem um furinho no meio que 
lembra um umbiguinho) da cor da pele, e 
assintomática. 
Quando estão vermelhas provavelmente a criança 
coçou/mexeu e inflamou, mas o normal é que sejam 
da cor da pele. 
 
Observação: O vírus fica dentro dessas pápulas 
umbilicadas (bolinhas), então se removermos essas 
bolinhas removemos os vírus. Então, se tiver uma/ 
duas já tira logo o quanto antes! Quando exprememos 
sai uma “massinha” de dentro dessas pápulas. 
 
Tratamento: 
Curetagem da lesão: Com o auxílio de uma cureta 
(aparelho semelhante a uma colher) vamos retirando 
essas pápulas. É rápido. Passamos um anestésico na 
lesão e deixamos agir por um tempo na sala de espera 
(ou a criança já vem com o anestésico de casa). Essa é 
a melhor técnica. 
Segundo a professora, ela não gosta dessa técnica. Ela 
 
 
7 Dermatoviroses – Clínica Médica 
Nicolle Nunes 
prefere furar essas pápulas com o auxílio de uma 
agulha e espremer (porque vai gerar uma dor 
semelhante a de um cravo), então dói menos. 
É fundamental também ensinar a mãe como fazer 
essa retirada em casa (e mãe não tem a cureta), então 
a ensinamos e orientamos que se surgir mais alguma 
lesão dessa é só retirar em casa (porque se não tirar 
vai se proliferar de novo). 
 
 Crioterapia com nitrogênio líquido. Problema: dói, 
vai queimar, e vai ter que esperar cair a casquinha. 
Segundo a professora, ela não gosta. 
Solução com hidróxido de potássio 5% (manipulação) 
– aplica com cotonete nas lesões. Boa para lesões 
pequenas. Não dói, mas não funciona muito em 
grandes lesões. 
 
Segundo a professora, ela não gosta de usar ácido 
para retirar porque acaba manchando um pouco a 
pele. 
 
 
Imagem 16- Abdome com molusco contagioso. 
 
Imagem 17- Pápulas umbilicadas.