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AULA 2 (P1) SAÚDE DA CRIANÇA II

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1 
 
AULA 2 (P1) – SAÚDE DA CRIANÇA II 
MARIA ESTER VIEIRA CURTY BERNARDO 
10/02/2020 
 
INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS 
SUPERIORES 
 
INTRODUÇÃO 
 É um assunto muito importante e comum na 
pediatria, porque ele representa nas 
emergências e nos ambulatórios 40 a 70% das 
consultas. Então aqui vocês vão ver como a aula 
de hoje é importante, e vocês aprendendo o 
básico de hoje vão resolver 50% dos problemas 
que vão pegar nas portas de onde atenderão. 
 Doenças Trato Respiratório são a 2ª causa de 
morte em menores de 5 anos. Elas representam 
a segunda causa de mortalidade infantil do país. 
Sendo que 80 a 90% dos óbitos são causados por 
Pneumonia, e normalmente a pneumonia são 
evoluções de infecções de vias aeres superiores 
(IVAS), ou seja, são secundárias a IVAS. 
FATORES AGRAVANTES: 
 Baixas condições sócio econômicas; 
 Desmame precoce; 
 Aglomeração de pessoas; 
 Baixa cobertura vacinal; 
 Início precoce em creches; 
 Desnutrição 
 Tabagismo domiciliar; 
 Uso de chupetas; 
 Atopias; 
 Deficiências imunológicas; 
 Dificuldade de acesso aos serviços de 
saúde. 
 Então as crianças vão muito cedo para as 
creches e a situação socioeconômica desses 
locais não são boas. As vezes por falta de creche 
é muito comum as mães pagarem uma pessoa, 
ou vós e tias ficarem com as crianças, daí junta 
um monte de criança da comunidade e uma 
pessoa tomando conta, ficando várias crianças 
em um ambiente que não é favorável e 
pequeno. 
 Em alguns lugares a gente ainda tem essa baixa 
cobertura vacinal 
 As atopias são mais comuns em uma situação 
socioeconômica melhor, então a criança de pior 
condição socioeconômica tem menos atopia que 
uma criança que tem melhor condição. Isso 
provavelmente por conta do contato mais cedo 
com alguns antígenos e aí já vai adquirindo uma 
certa resistência. 
 A dificuldade ao acesso de saúde hoje em dia ele 
vem diminuindo nas unidades básicas de saúde, 
nos programas de saúde da família, mas ainda 
existem algumas áreas de difícil acesso. 
 Então tudo isso faz com que a gente tenha uma 
incidência muito alta dessas infecções 
INFECÇÕES VIRAIS DO TRATO RESPIRATÓRIO 
SUPERIOR: GRIPES X RESFRIADOS 
 Resfriado comum é aquela gripe mais leve, com 
sintomas mais de VAS, sem comprometimento 
do estado geral 
 A gripe é um resfriando mais forte, que já 
começa com uma febre mais alta, com um 
quadro mais intenso e comprometimento do 
estado geral. Doença sistêmica causada pelo 
vírus influenza, com manifestações de milagia, 
prostração, febre mais alta) ; 
 É a doença infectocontagiosa viral que mais 
acomete o ser humano; 
 Incidem principalmente do início do outono ao 
início da primavera. Então começam no outono, 
pega o inverno todo e vai até o início da 
primavera. É uma doença sazonal 
 O resfriado é mais comum que a gripe, e na 
criança é muito corriqueiro evoluir para otite, 
faringoamigdalite, laringite e pneumonia, ou 
seja, para todas as infecções primarias 
bacterianas de vias aéreas superuiores e 
inferiores 
 Doença de curso benigno e autolimitado; 
 É uma doença universal, não tem idade e não 
tem sexo. 
 A extensão da infecção viral pode ser de um 
quadro leve, moderado a grave. 
 O que determina a gravidade dessa infecção? A 
idade, sendo mais comum associada aos 
extremos de idade, como a criança de menor e o 
idoso. Ela vai depender também das condições 
de imunidade do paciente, se este tem alguma 
comorbidade. 
 A importância dela também no fator 
socioeconômico, porque ela leva muito a 
ausência em escolas e trabalhos, tanto no adulto 
gripado, quanto na criança, isso porque a creche 
não aceita a criança, não pode ir na escola 
 
2 
 
AULA 2 (P1) – SAÚDE DA CRIANÇA II 
MARIA ESTER VIEIRA CURTY BERNARDO 
10/02/2020 
 quando está com sintoma mais intenso e por 
isso o pai e mãe tem que faltar o trabalho para 
tomar conta da criança, gerando um impacto 
social muito grande. 
ETIOLOGIA 
RESFRIADOS 
 Os agentes mais importantes são: Rinovírus e 
coronavírus. O corona vírus é um agente muito 
comum (não é o novo corona vírus que estamos 
ouvindo falar) 
 Outros: parainfluenza, sincicial respiratório 
(VSR), vírus da influenza e o adenovírus, os quais 
causam uma doença respiratória mais séria nas 
crianças. 
GRIPE 
 Vírus influenza. É o que causa a sintomatologia 
mais intensa. 
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS: 
 É uma doença universal 
 Crianças de 3 a 5 anos tem e média 3 a 5 
episódios por ano. Então se é comum do incio do 
outono até o final da primavera pega mais ou 
menos metade do ano. Então em 6 meses se a 
criança vai ter de 3 a 5 episódios ela pode ter 
praticemente um por mês, que é uma média 
normal. Por isso é importante a gente saber 
disso, pois o que vemos muito hoje em dia é a 
mãe falar que a criança está com imunidade 
baixa ‘’Ah, essa criança ta gripando muito’’. 
Criança que tem imunidade baixa é criança 
doente, são aquelas que tem infecções graves de 
repetição, internações de repetições, mas 
criança que gripe, inflama garganta, que está 
bem em casa e o Dr. Fala que ta com imunidade 
baixa está com charlatanismo, está inventando 
doença criança pra criança. A criança 
imunodeficiente tem doença de imunudeficiente 
e não gripe 4-5x no ano. 
 Como ela é uma doença sazonal nas áreas frias a 
incidência é maior, não só por conta da 
replicação viral maior, mas por conta da 
aglomeração de pessoas, em que um ambiente 
mais frio as pessoas ficam em ambientes 
fechados. Em contratempo nas regiões muito 
quentes também ficamos aglomerados devido 
ao ar condicionado. Em regiões mais amenas a 
indicencia é menor, pois a gente não tem aquele 
frio intenso nem calor intenso, ficando numa 
área mais ventilada. 
 Mais frequente em pré-escolares. 
 Rinovírus - outono e primavera 
 Coronavírus - inverno. 
 Excreção viral – em torno de 5 dias, com pico 3º 
ao 5º dia. 
 Contágio – principalmente mãos infectadas 
(objetos ou mãos de outras pessoas). 
 Aerossóis. São menos porque o vírus ele vive 
menos em contato com o ar, só se tiver o 
contato muito próximo ela vai ficar depositado 
em uma superfície e contaminar. Sendo 
importante a higiene com as mãos 
ACHADOS CLÍNICOS: DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico é clínico baseado nos sinais e 
sintomas 
 
 NA SÍNDROME DO RESFRIADO COMUM A GENTE 
VAI TER: 
 coriza, que 2-3 dias pode evoluir com tosse, mal-
estar, dor de garganta cefaleia, sendo um 
quadro mais leve. 
 Diferente da gripe que já começa tudo junto, 
febre, tosse, mal-estar e dor no corpo, sendo um 
quadro mais intenso. 
 Os sintomas podem durar 3-5 dias até 1-2 
semanas, podendo chegar até 3 semanas. Sendo 
que no caso da gripe é mais extenso do que no 
resfriado. 
 
 NA SÍNDROME DA GRIPE: 
 Tipicamente o início dos sintomas é súbito, a 
associação da febre com a tosse no início é bem 
característico (diferente do resfriado, que 
começa com aquele mal-estar), sendo que na 
gripe já começa tudo junto e mais intenso. 
 Na gripe os sintomas de vias aéreas (IVAS) 
podem persistir por mais tempo, sendo mais 
intensos na criança pequena que vive para fora 
de casa, ou seja, em creches e outros ambientes, 
essa criança normalmente costuma ter um 
contato maior com vírus têm maior 
probabilidade de evoluírem com sintomas mais 
intensos e maior prostração. 
 
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 Outros sintomas que podem acompanhar o 
quadro de IVAS são hiposmia, anosmia, pressão 
facial e rinorréia posterior. 
 Diferentemente da crença popular, a alteração 
de cor da secreção nasal, cor amarelada não é 
um sinal específico de infecção bacteriana. A 
gente pode ter tanto no resfriado quando na 
gripe uma rinorreia amarelada, em que essa 
secreção mucopurulenta pode ocorrer pela 
degradação neutrofílica e a gente tem também 
degradaçãoneutrofílica no quadro viral. 
 A presença de secreção amarelada não é 
preditivo para entra com antibiótico. 
 Nos quadros virais a febre dura em média de 3-5 
dias. 
 QUADRO DE DIFERENCIAL GERAL DOS SINTOMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico é clínico, baseado nos sinais e 
sintomas 
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 
 Exames de imagem não fazem parte da rotina 
diagnóstica das IVAS. 
 Faremos imagem quando: 
 suspeitarmos de pnemonia 
 Quadro de síndrome da angustia respiratória 
com suspeita de pnm viral ou bacteriana como 
infecção secundaria 
 Um quadro mais arrastado com mais de 10 dias 
de evolução com suspeita de uma sinusite. O 
diagnóstico de sinusite também é clínico, mas se 
esta em duvida devido a alguma situação pode 
fazer um raio x da face, mas não é rotina. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
 O diangnóstico laboatorial também não é 
preditivo para gripe. 
 Faremos quando: tiver uma situação igual 
estamos tendo do corona vírus, que a gente 
precisa fazer um isolamento viral por rotina de 
rastreamento de epidemia. Lembrar que 
faremos o isolamento viral normalmente 
quando temos algum tipo de complicação igual 
no caso da bronquiolite para tentar isolar o 
vírus, ver qual é prevalente ali e fazer o 
diagnóstico. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Se está tendo resfriados constantes (> 3 a 5 
episódios/ano) ou sintomas nasais persistentes 
a gente tem que investigar alergia respiratória. 
Normalmente ele está tendo quadros constantes 
que tem todos esses sintomas de resfriados, 
principalmente quando não tem febre associada 
e a mãe fala ‘’ah, ele está gripado o ano inteiro. 
 Corpo estranho – normalmente a queixa é de 
rinorréia fétida, unilateral e, às vezes, com 
sangue, porque criança enfia tudo no nariz e 
ouvido. 
 Certas doenças iniciam como resfriado comum – 
como sarampo, coqueluche. A coqueluche é 
raro, normalmente menor de 2 meses que ainda 
não foi vacinado, e o sarampo que está tendo 
um retorno, estava erradicado, mas voltou. 
 Sinusite. 
 Conjutivite, normalmente a viral. 
Características clínicas das gripes e 
resfriados 
 Resfriados Gripes 
Início dos 
sintomas 
Gradual Súbito 
Severidade 
dos 
sintomas 
Discreto Intenso 
Sintomas 
principais 
Cefaléia 
Espirros 
Dor na 
garganta 
Calafrios 
Coriza 
Febre 
alta, tosse 
Cefaléia 
intensa, 
dor na 
garganta, 
Mialgia, 
congestão 
nasal, 
cansaço, 
fraqueza 
e falta de 
apetite. 
 
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MARIA ESTER VIEIRA CURTY BERNARDO 
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 TRATAMENTO 
 Sintomático! 
 Medicamentos anti-gripais (anti-histamínicos, 
descongestionantes e antitussígenos) SÃO 
CONTRA-INDICADOS!!!!!!!!!! Em pediatria não 
usamos nada disso 
 Se a criança tem uma alergia, uma ritine, lógico 
que ela vai ter esse quadro intensificado se ela 
estiver gripada, aí pode dar um anti-histamínico. 
Mas o quadro de gripe e resfriado não tem 
indicação de fazer. 
 Medidas simples para aliviar a obstrução nasal é 
lavar com soro fisiológico ou solução salina 
hipertônica; 
 Controle da febre com analgésicos 
 (dipirona/paracetamol/ibuprofeno); 
 Alimentação normal, aumento na oferta de 
líquidos; lembrando que o liquido é o melhor 
expectorante que tem, e para fluidificar a 
secreção e não deixa-la acumular deve-se 
hidratar. 
 Xaropes caseiros; LEMBRAR QUE O MEL SÓ 
PODE USAR EM MAIORES DE 2 ANOS. A gente 
deve respeitar a condição cultural da omunidade 
que a gente trabalha, e eiste a composição 
química que é expectorante realmente. O 
abacaxi tem a bromelina, que edera, em que 
vários xaropes tem a composição baseadas em 
abacaxi; O alho é o produto mais rico que nós 
temos em acetilcisteina. Então os xaropes 
caseiros tem fundamento sim. E ele acaba 
hidratando porque costuma dar água junto, 
então não vai fazer mal. 
 Orientações quanto aos sinais de piora e retorno 
para reavaliação. ISSO É MUITO IMPORTANTE. É 
importante falarmos os sinais e sintomas de 
piora e qual a necessidade de voltar em 24, 48, 
72h. Se houver: 
o Prostração 
o Respiração rápida/dificuldade de 
respirar 
o Presença de vômito 
o Febre alta persistente (que não 
abaixa com medicamento) 
o Se abaixar a febre e a criança 
ficar prostrada (indica uma 
infecção mais grave) 
 Em casos de situações acima devemos orientar 
ao serviço de saúde e dar pra mãe uma 
referencia, se for no horário de funcionamento 
da UBS voltar na UBS, se não for, procurar o 
serviço de emergência. 
 Obs.: descongestionantes tópicos pode fazer 
PCR na criança. CONTRAINDICADOS. 
 AINE e anti-inflamatório hormonal ao usamos 
em crianças também. 
 O AINE que pode usar com <12 anos é o 
cetoprofeno (profenid gotas 1g/kg), o único que 
pode. 
 O Ibuprofeno a dose que a gente usa dele 
antitérmica é uma dose pequena, que quase não 
tem ação anti-inflamatória. 
PROFILAXIA 
 Higiene ambiental 
 Diminuir exposição aos contactantes 
 Vacina antigripal 
 Lavagem das mãos (quanto mais prevenção mais 
proteção) 
 Vacina anti gripal 
INDIVÍDUOS DE RISCO PARA A INFECÇÃO PELO 
INFLUENZA: 
 A vacina da influenza é disponibilizada para 
criança, idosos (Maiores de 65 anos), DPOC, 
algumas doenças cardiovasculares, gestantes 
Maiores de 65 anos 
 Algumas empresas disponibilizam a vacina para 
alguns funcionários, pois o conselho de medicina 
que trabalha junto com a empresa viu que o 
custo beneficio compensa. 
 Também é disponibilizada a vacina para os 
proficionais da área de saúde. 
 Moradores de instituição 
 Portadores de imunodeficiência 
 OBS.: Tem a cultura que as pessoas falam que 
não vão vacinar porque vão passar mal, ou ficar 
gripada. Toda vacina pode dar um tipo de 
reação, mas falar que tomou e ficou gripada isso 
aí daí no começo da vacinação, nos pirmeiros 
anos que teve a vacina, a gente tinha dois tipos 
de vacina, a com vírus atenuado e a vacina de 
antígeno de superfície do vírus. Então, 
relamente os que tomavam vacina de vírus 
atenuado algumas pessoas podiam ter 
manifestações mais intensas da influenza. Mas 
 
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MARIA ESTER VIEIRA CURTY BERNARDO 
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 hoje essa vacina não é usada mais, todas as 
vacinas da rede pública são com antígenos de 
superfície, então não tem vírus vivo, não tem 
como a vacina fazer mal; Claro que pode dar um 
choque anafilático, mas como qualquer outra 
substancia estranha que você coloca no seu 
corpo. Então é uma vacina com sintomatologia 
que qualquer vacina pode dar, ou seja, uma 
febrícula, um mal-estar, mas nada demais. O 
custo beneficio compensa 
TRATAMENTO DO VIRUS H1N1 
 É o Oseltamivir (Tamiflu) 
 A gente tem hoje uma incidência e mortalidade 
bem menor, tendo um tratamento e dignóstico 
mais eficaz e precoce. E uma quantidade de vírus 
menor, ou seja, mesmo que você não tenha uma 
população toda vacina, tenha partes da 
população só vacinada, você diminui a 
quantidade de vírus circulante. Então a 
população não vacinada está de certa forma 
parcialmente protegida, menos exposta ao vírus. 
MANEJO QUANTO AO CORONA VIRUS 
 Agora para esse invernos temos o novo corona 
vírus chegando. 
 É uma cepa nova 
 Vírus mutante 
 O corona vírus sempre existiu, é comum em 
criança como já foi falado, conhecido desde a 
década de 60. 
 Até 2019 tínhamos 6 sorotipos que causavam 
doenças no ser humano. Desses 6 sorotipos 2 
desses já tinham causado 2 epidemias no 
mundo. A primeira em 2002 na índia. 
 Ele acomete principalmente criança ( como 
resfriado comum), e na criança menor como 
bronqueolite e pneumonia (ele não é o principal 
causador de bronquiolite, mas também causa). 
 A origem desse vírus é infecção animal 
 E quando ele chega no ser humano, no primeiro 
contato, ele passa a ser seu hospedeiro e ainda 
não ter nenhuma imunidadepode causar 
doenças potencialmente graves igual está 
acontecendo agora e nas outras duas epidemias 
 A primeira epidemia foi em 2002 que durou um 
ano, começou na china, que foi a síndrome 
respiratória aguda grave, siimular a influenza 
grave, e ela teve um grau de letalidade de 10%. 
Ela terminou em 2003. 
 Em 2002 foi o corona vírus faz e 2012 o mens 
 Em 2012 tivemos outro caso, a síndrome 
respiratória do oriente médio. Essa já foi na 
penisula arábica e chegou até a África e Ásia. O 
vírus veio do morcego, só que tinha o 
hospedeiro intermediário que era o dromedário. 
Então ela durou pouco tempo, porque ela não 
era transmitida de pessoa a pessoa, ela tinha o 
dromedário que era o hospedeiro intermediário. 
O homem pegava com o contato com o animal e 
mal suja 
 Agora em 2020, a gente teve no final de 
dezembro, o medico falou do vírus novo, ele até 
faleceu agora. E no dia 7 de janeiro foi 
identificado com uma sequencia de RNA de um 
vírus novo que não era de nenhum vírus já 
conhecido. Até agora ele está sendo chamado de 
novo corona vírus. Os estudos monstram que 
provavelmente a sua origem é o morcego, só 
que pela forma como ele vem se disseminando 
ele não tem um hospedeiro intermediário, o que 
faz com que essa epidemia seja pior do que as 
outras, em que com um mês ele já chegou em 24 
países, o que presume que el vai chegar no 
mundo todo. 
 As características desse primeiro mês que 
aparecimento do vírus que deu para pontuar 
são: 
o 70% dos casos foram no sexo masculino 
o Não há casos nenhum de 
pneumonia(pnm) relatados até hoje em 
menor de 15 anos. Normalmente os 
extremos de idade são os mais 
acometidos em infecções mais graves e 
complicações. Mas ainda não teve na 
baixa idade pnm. 
o Até o presente momento todos os casos 
tiveram relação com quem esteve na 
china ou teve contato com alguém de lá, 
ou seja, não existe outra probabilidade 
desse vírus ter vindo de outro lugar, a 
não ser a china. 
o As manifestações clínicas são muito 
semelhantes as das epidemias 
anteriores que são: TOSSE, FEBRE, 
MIALGIA, FADIGA. Parte dos casos 
 
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MARIA ESTER VIEIRA CURTY BERNARDO 
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 evoluíam com pnm e insuficiência 
respiratória. 
o Lembrando que a maioria dos casos 
graves e óbitos são em pacientes acima 
dos 60 anos, relacionado com paciente 
idosos. 
o Em casos leves e assintomáticos tem 
histórico também com os demais vírus. 
Por isso é importante sempre quando a 
gente tiver suspeita que uma gripa 
comum pode ter associação com o 
corona vírus a gente precisa infestigar. 
o Então como a gente vai saber? Foi feito 
um protocolo para casos suspeitos, para 
que tenhamos como investigar. Então, a 
OMS e o CDC preconizaram o tempo de 
exposição do vírus e o inicio da doença , 
que ainda é incerto, mas acreditamos 
que seja entre 2 a 14 dias ou 2 a 10 dias, 
dessa forma estamos usado o período 
maior (2-14d), como a gente não tem 
certeza. 
o O período de transmissão pode 
acontecer antes do inicio dos sintomas. 
Quanto tempo antes? A gente não sabe 
o Não sabemos se esse vírus pode infectar 
a mesma pessoa mais de uma vez, ou 
seja, não sabemos o grau de mutação 
desse vírus, pois foi conhecido agora. 
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO CORONA 
VÍRUS ? 
 São feitas coletas de duas amostras de material. 
 Cole o material e o envia para o laboratório de 
saúde publica. Vai ser avaliado pelo centro 
nacional de influenza e uma analise do genoma, 
biologia molecular... E importante quando a 
gente pede também fazer a pesquisa do novo 
corona vírus e a pesquisa do influenza e dos 
vírus do sistema respiratório, que são os outros 
dois virus, o influenza que também causa 
síndrome respiratória grave e os do sist. 
respiratório que causa síndrome respiratória 
grave principalmente em criança. 
DE QUEM A GENTE VAI COLHER O EXAME? 
 Foi preconizado pelo ministério da saúde a 
situação de caso suspeito. Então, com virtude 
da região de risco pessoas vindo de colalidades 
de risco vindas nos últimos 14 dias, que 
apresentam febre, sinais e sintomas 
respiratórios são considerados casos suspeitos. 
 Se você apresenta quadro de febre e pelo menos 
um sintoma respiratório e histórico de viagem 
para área com transmissão local, de acordo com 
OMS nos últimos 14 dias, anteriores aos sinais e 
sintomas ou febre e pelo menos um sintoma 
respiratório e histórico de contato próximo com 
caso suspeito de corona vírus nos últimos 14 
dias ou febre e pelo menos um sinal e sintoma e 
contato próximo de caso confirmado. Uma 
dessas três situações consideramos casos 
suspeitos. 
 É preciso investigar, colocar em isolamento até 
receber o resultado. 
 Saiu o resultado e veio negativo, independente 
dos sinais e sintomas (FICOU FALTANDO A FALA 
DA PROFESSORA NO FINAL DA FRASE) 
 
TRÊS SITUAÇÕES QUE CONSIDERAMOS CASOS 
SUSPEITOS DE CORONA VIRUS 
1) Febre, pelo menos um sintoma respiratório e 
histórico de viagem para área com transmissão 
local, de acordo com OMS nos últimos 14 dias 
anteriores aos sinais e sintomas. 
2) Febre, pelo menos um sintoma respiratório e 
histórico de contato próximo com caso suspeito 
de corona vírus nos últimos 14 dias. 
3) Febre, pelo menos um sinal e sintoma e contato 
próximo de caso confirmado. 
 
TRATAMENTO CORONA VIRUS 
 O Tratamento é sintomático e vai depender da 
gravidade dos sinais e sintomas, porque não tem 
tratamento especifico. Nas outras epidemias 
foram usados antirretrovirais interferon, sem 
mudança do quadro clínico, por isso nesta 
epidemia não tem usado. 
 Tratamento são medidas de suporte, 
sintomáticos, hidratação, oxigenação, suporte 
ventilatório se necessário (à depender da 
gravidade) e repouso. 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO CORONA VÍRUS 
 Evitar o contato com as pessoas 
 Lenço descartável 
 Evitar espirrar sem lenço 
 Não usar lenço de tecido 
 
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AULA 2 (P1) – SAÚDE DA CRIANÇA II 
MARIA ESTER VIEIRA CURTY BERNARDO 
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 Lavar as mãos. 
 Importante lembrar: Nós como profissionais de 
saúde estamos mais expostos , e sempre que a 
gente for fazer procedimento usar mascara de 
proteção, e quanto estiver no trabalho usar a 
mascara N95. 
IMPORTANTE: todos os casos suspeitos de corona 
vírus devem ser notificados imediatamente. 
 Vamos mudar o foco agora da aula e falaremos 
das amidalites 
FARINGOAMIGDALITES AGUDAS 
FARINGOAMIGDALITE 
ESTREPTOCÓCICA AGUDA 
 A mais comum na criança é a faringoamigdalite 
estreptocócica aguda 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA: 
 Mais comum entre 5 e 10 anos de idade. 
 Nas Crianças < 3 anos é incomum, rara, porque 
na criança menor que 3 anos a etiologia é 
praticamente viral 
 O vírus mais comum é adenovírus. Lembrando 
que o adenovírus pode fazer na criança menor 
de 3 anos, podendo ter exsudato branco que 
pode simular uma faringoamigdalite 
estreptocócica. Então a sintomatologia, a idade 
é que vão fazer o diagnóstico diferencial. 
 Sintomas: dor faríngea, mau estado geral, 
disfagia, dor abdominal. 
 Por que apresenta dor abdominal? Porque faz 
muita adenite mesentérica, a resposta 
imunológica é muito grande, fazendo com que 
os gânglios peritoneais aumentem, e quando a 
gente tem resposta aguda o gânglio fica 
infartado e doloroso gerando a dor abdominal, a 
qual é muito frequente. 
 Sinais: hiperemia de faringe, odinofagia, 
adenopatia cervical dolorosa, febre maior que 
38,3º C, exsudato faríngeo, petéquias no palato 
 PETÉQUIAS NO PALATO É PATOGNOMÔNICO DE 
AMIGDALITE ESTREPTOCÓCICA . Então se tiver 
esse sinal, com ou sem placa purulenta na 
amígdala é amigdalite estreptocócica. 
 
 As vezes as petéquias aparecem antes do 
exsudato. As vezes chega com febre alta e só 
tem as petéquias e se tiver igual a foto acima 
pode-se dizer que é amigdalite estreptocócica. 
DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico é clínico 
 Se dúvidaem caso de uma criança de 3 anos, 
com febre alta, placas (que eu não sei se é 
devido ao adenovírus ou bacteriana), se tiver 
dúvida em fazer antibiótico ou não pede-se um 
Hemograma completo. 
 Na amigdalite estreptocócica o hemograma 
apresentará: leucocitose com desvio à esquerda. 
A resposta imunológica é muito intensa, então 
dá muita leucocitose, podendo ter 30.000-
35.000 leucócitos, que no adulto você fala ‘’está 
séptico, vai morrer’’, mas na criança depois de 
começar o tratamento pede outro hemograma 
depois de 48h e já vem normal. 
 Proteína C reativa (PCR), que é um marcador 
inflamatório, mas que na criança é um preditivo 
importante nas infeccções estará muito 
aumentado. O PCR que é um quatidativo, 
normal até 6 pode estar maior que 100 na 
amigdalite estreptocócica (AE). 
 Então assim se for pedir o exame de sangue tem 
que ter em mente que se for uma AE vai vir um 
exame feio, muito alterado. Isso para você fazer 
um diagnóstico de amigdalite bacteriana, e não 
colocar a mãe doida achando que a criança está 
séptica. 
 Cultura faríngea (swab) – padrão ouro para 
diagnóstico (desvantagem o tempo prolongado 
(18 a 48 horas) para obtenção do resultado do 
exame e com isso a espera para a introdução da 
medicação adequada). 
 Anticorpos: ASLO, Anti-DPNase (anti-
nicotinamida adenilnucleotidase), Anti-DNAase 
(anti-desoxirribonuclease). Os anticorpos 
também não saem com resultado na hora 
TRATAMENTO 
 
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AULA 2 (P1) – SAÚDE DA CRIANÇA II 
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 1ª ESCOLHA DE TRATAMENTO: 
o Penicilina G benzatina (benzetacil): 
 . 25 Kg – 600.000 U, IM, dose única. 
 . 25 Kg – 1.200.000 U, IM, dose única. 
o Penicilina V oral (Pen-ve-oral®) – 50.000 
U/Kg/dia de 6/6 ou 8/8 h, 10 dias. O Pen-ve-
oral a gente normalmente não dá porque a 
mãe dá os primeiros 2 dias acriança melhora 
e ela para de dar o medicamento. 
OUTRAS OPÇÕES: 
 Amoxicilina - 40 a 50 mg/Kg/dia de 8/ 8 h 
 Normalmente o que mais usamos. 
 Já temos a opção de 12/12h , que facilita 
a administração. 
 Ampicilina - 50 a 100 mg/Kg/dia de 6/ 6 h 
 Pouco usada porque é de 6/6h, por isso 
quando for passar remédio de 6/6h 
coloca na receita para tomar 
6h/12h/18h/23h, adiantando uma hora 
pra poder dormir, porque do contrario a 
mãe coloca um horário que ela acaba 
tendo que acordar de madrugada, e 
quando a criança já ta sem febre e 
melhorando ela para de dar para não 
acordar. 
 E como você vai dar ampicilina 
6h/12h/18h/23h se esses são os 
horários de alimentação e o alimento 
interfere na absorção. Por isso, 
ampicilina indicação é mais endovenosa. 
 Azitromicina - 10 mg/Kg/dia de 24/24 h 
 As prediletas das mães 
 É pratico, cômodo. 
 Os médicos não gostam muito, pois alem 
de não ter resultado muito bom na 
prática com estreptococo ela é 
hepatotóxica, não sendo um remedico 
pra ficar usando em criança a revelia. 
 Eritromicina – 30 a 50 mg/Kg/dia de 6/6 ou 8/8 h 
 Ela é reservada para os casos de alergia a 
penicilina, poque também tem muita 
reção, enjoo, náusea e dor abdominal. 
 Cefalexina – 25 a 60 mg/Kg/dia de 6/6 h ou 8/8 h 
Por um período de 10 dias também 
 Também é um medicamento usado de 
6/6h, tendo esse ponto negativo. 
Obs : AINH NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!! OS ANTI-
INFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS SÃO 
CONTRAINDICADOS 
COMPLICAÇÕES: 
AGUDAS: 
 Abscessos peritonsilares e retrofaríngoes 
 Grandes ulcerações amigdalianas 
 Escarlatina: decorrente da ação de endotoxinas, 
apresenta-se com rash cutaneopapular e 
eritematoso, deixando a pele áspera, 
linfonodomegalias importantes, vômitos, febre e 
eritema de orofaringe. Pode manifestar os sinais 
de Filatov (palidez perioral) e Pastia (presença de 
petéquias e hiperpigmentação em linhas de 
flexão. 
 Glomerulonefrite 
 Síndrome do choque tóxico estreptocócico 
(muito raro, o importante é saber que existe). 
TARDIAS: 
 Glomerulonefrite Difusa Aguda Pós 
Estreptocócica. 
 Febre reumática. 
FARINGOAMIGDALITES NÃO 
ESTREPTOCÓCICAS 
 
 Menores de 3 anos 
 Etiologia é geralmente viral: adenovírus 
 Febre, falta de resposta clínica à penicilina, 
cultura negativa para estreptococo e congestão 
e secreção nasal, voz anasalada, porque faz uma 
reação inflamatória tendo edema de mucosa. 
 Por que ausência de resposta a penicilina? 
Porque normalmente a infecção viral, quando 
ela faz uma reação inflamatória muito intensa a 
febre dura de 3-5 dias. E na amigdalite 
estreptocócica começa com antibiótico a febre 
pode durar de 48-72h, mas nunca chega até 72h, 
normalmente até 48 já cedeu, pois o estrepto 
mata fácil. Na viral não tem resposta 
continuando com febre. 
 
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 A febre pode ser mais alta e persistente. 
AGENTES ETIOLÓGICOS: 
 Adenovírus (é o principal) 
 Coxsackie tipo A 
 Coxsackie tipo B 
 Herpes simples 
 Influenza 
 ECHO vírus 
 Mycoplasma hominis 
 Epstein-Barr 
TRATAMENTO 
 É sintomático 
 Não administramos nem antibiótico nem anti-
inflamatório não hormonal. 
 O tratamento sintomático é: antitérmico e 
hidratação, porque a criança fica enjoadinha e 
não vai querer comer direito. 
 E SEMPRE em pediatria acalmar a mão, porque a 
criança realmente não vai querer comer direito, 
vai ficar sem apetite. Quando a criança voltar a 
melhorar o apetite melhora, então é só a mãe 
oferecer alimento mais vezes. 
Amigdalite estreptocócica X Amigdalite não 
estreptocócica (viral) 
o Hemograma 
apresentando 
leucocitose com desvio 
para esquerda. 
o PCR positivo muito 
alto 
 
o Hemograma com 
leucócitos normais ou 
leucopenia e 
predomínio de 
linfócitos. 
o PCR normal ou positivo 
baixo. 
 
OTITE MÉDIA AGUDA 
DEFINIÇÃO 
 A otite média é definida como um processo de 
natureza inflamatória, infecciosa ou não que 
ocupa focal ou generalizadamente a fenda 
auditiva. O osso temporal apresenta espaços 
pneumatizados contíguos e, portanto, a 
inflamação da orelha média pode envolver 
também a mastóide, o ápice petroso e as células 
perilabirínticas. 
INCIDÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA: 
 Comum ente 6 e 36 meses, com um pico menor 
entre 4 e 7 anos. 
FISIOPATOLOGIA E PATOGÊNESE: 
 Infecção (viral ou bacteriana) - Alguas fatores 
influenciam na incidencia da otite, um deles é a 
infecção de vias aéreas superior, seja ela viral ou 
bacteriana tende a evoluir com otite como 
complicação ou infecção secundária 
 Fatores imunológicos. Se a criança tem algum 
problema imunologia ela terá a facilidade de 
fazer algumas infecções e a otite é uma delas 
 Funções da tuba auditiva: 
o Proteção (contra secreção e gradiente 
de pressão da nasofaringe); 
o 2. Drenagem (de secreção da orelha 
média para a nasofaringe); 
o 3. Ventilação (equalizar pressão da 
orelha média com a pressão 
atmosférica). 
 Características anatômicas da tuba auditiva na 
criança: 
o Tuba auditiva Horizontalizada 
o Menor extensão de sua porção ístmica 
(mais propícia ao refluxo nasal) 
o Tem em média 18 mm (no adulto possui 
de 31 a 38 mm) 
o Forma um ângulo com o plano 
horizontal de 10º (no adulto, o ângulo é 
de 45º) 
o Então toda secreção da narina ela vai 
direto pro ouvido; criança deitou, tendo 
um ângulo de 10º, que é praticamente 
reto entre a cavidade nasal e tuba 
auditiva 
 Principais fatores envolvidos na fisiopatalogia 
das OMAs: 
o Disfunção da tuba auditiva (obstrutiva 
ou patência anormal) 
o Fatores imunológicos (deficiências 
imunes ou hiper-reatividade) 
o Alergias (leite de vaca, alérgenos 
respiratórios) 
o Alterações nasossinusais obstrutivas 
(IVAS, rinites, poliposes, desvios septais) 
o Intubação nasotraqueal ou sondagem 
nasogástrica prolongadas 
o Fissura palatina 
o Anomalias craniofaciais 
o Disfunções ciliares 
 
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 o Então tudo isso vai favorecer mais ainda 
a presença da otite. 
o Se a criança não tiver nenhuma 
comorbidade associada o fator 
anatômico é o principal responsável pela 
otite. E por conta desse fator anatômico 
ser o principal, a maior causa de a 
criança ter otite de repetição é associada 
a fator anatômico e mamar deitada. 
Porque se a criança mama deitada, 
principalmente peito, o leite escorre 
pela parte posterior da narina e vai pra 
dentro do conducto auditivo interno, e o 
leite é um meio de cultura ideal para 
bactéria. 
o Conclui que um fator causal de otite 
média de repetição na criança é mamar 
deitado, por isso deve-se questionar a 
mãe e ensinar o correto. 
ALERGIA 
FATORES DO HOSPEDEIRO: 
 Idade: 80% casos em < 3 anos 
 Predisposição familiar (está associada à 
anatomia, forma craniofacial, alergia). 
 Tempo e posição de amamentação 
 Sexo – meninos > meninas 
 Raça – branca 
FATORES AMBIENTAIS: 
 Creches e berçários (são mais expostos) 
 Fumante passivo – fumo causa dano à função 
mucociliar e altera a competência imunológica. 
 Estação do ano (mais no inverno - final do 
outono até o início da primavera) 
 Hipertrofia e infecções das adenóides 
 RGE (o refluxo por causa do conteúdo que 
retorna do esôfago pode ir conteúdo para a tuba 
auditiva por conta dessa anatomia. 
 Chupetas (porque a chupeta é um meio de 
contaminação constante) 
MICROBIOLOGIA 
 
 Germes mais freguentes: Streptococcus 
pneumoniae (40%), Haemophillus influenzae 
(25%) e a Moraxella catarrhalis (12%). 
 Outros: Streptococcus do grupo A, 
Staphylococcus aureus, anaeróbios, vírus e etc. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 Vamos colher anamnese para fatores de risco, 
 Exame da cabeça e pescoço para avaliar se a 
criança tem alguma comorbidade que possa 
desencadear otite (fenda palatina, úvula bífida, 
Síndrome de Down, desvio de septo, etc) 
 Principais sintomas: Febre, irritabilidade, 
cefaléia,e sintomas gerais como anorexia, 
vômitos e diarréia. 
 Otalgia é o sintoma mais comum. A criança 
maior saber referenciar a dor falando, a menor 
vai referir isso com uma irritabilidade e cheiro 
intenso. 
 Otorréia ocorre em otite média supurada. 
 A otite serosa é assintomática, “silenciosa”, e em 
crianças maiores uma sensação de “orelha 
entupida”, e a gente tem que tratar porque ela 
pode levar a perda auditiva. 
EXAMES COMPLEMENTARES E DIAGNÓSTICO: 
 Otoscopia: abaulamento da MT(membrana 
timpânica) 
 Exames audiométricos e impedanciometria: para 
avaliar mobilidade e complacência timpânica. 
 Timpanocentese com cultura: casos refratários, 
complicações supurativas e inumodeficientes. 
POSIÇÃO PARA EXAMINAR 
 A criança maior vai colocar os braços para trás, e 
pedir ao cuidador que segure para imobilizar, 
coloca a cabeça lateralizada fazendo uma 
anteriorização da orelha, com esse movimento 
você vai retificar o conducto para introduzir o 
otoscopio. 
 
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TRATAMENTO 
 Analgesia e febre: dipirona, paracetamol e 
ibuprofeno. 
 Antibioticoterapia: 
 1ª escolha: Amoxicilina – 10 dias ou 
Amoxicilina+clavulanato – 10 dias ou 
Cefitriaxone – 3 dias. 
Escolher Amoxicilina ou Amoxicilina+clavulanato? 
o Se for criança que não fica em creche 
institucionalizada o primeiro tto é 
amoxicilina pura. Se for criança que fica em 
creche ou a amoxicilina não resolveu passar 
amoxicilina+clavulanato. 
 Alérgicos à penicilina: Cefalosporina de 2ª e 3ª 
geração(normalmente a cefalexina ou 
ceftriaxon), eritromicina ou macrolídeos 
(normalmente a claritromicina). 
 Miringotomia/timpanocentese: que é a 
perfuração da membrana timpânica. 
 As indicações da timpanocentese são:otalgia 
severa com resposta insatisfatória ao 
tratamento antimicrobiano ou toxemia severa. 
 Cirurgia com inserção de tubo de timpanostomia 
(carretel) deve ser feito nas complicações da 
OMA com toxicidade, OMA com complicação 
supurativa, OMA no neonato e imunodeficiente, 
ou quando não tem resposta insatisfatória ao 
antibiótico, infecções de repetição. 
COMPLICAÇÕES 
 Perfuração timpânica 
 Otite média secretora (efusão persistente) 
 Otite média crônica 
 Mastoidite (é a mais comum, mas também é 
rara, pois tratando não vemos essas 
complicações) 
 Infecção do SNC (meningite, trombose venosa 
de seio, osteomielite de crânio). 
OBS.: Em crianças não usamos gotas otológicas. O 
que se pode fazer é tratar a dor com analgésico e 
compressa com calor local. 
RINITE ALÉRGICA 
 DEFINIÇÃO: A rinite alérgica é uma inflamação 
eosinofílica da mucosa do nariz e dos seios 
paranasais, de caráter crônico, resultante de 
uma reação mediada por IgE (reação do tipo 1 
segundo a classificação de Gell e Coombs). 
CLASSIFICAÇÃO DA RINITE ALÉRGICA 
Intermitente: Sintomas presentes por: 
o Menos de 4 vezes na semana 
o E menos de 4 semanas 
Persistente: Sintomas presentes por: 
o Mais de 4 vezes na semana 
o Ou mais de 4 semanas 
Leve: A rinite pode ser leve quando Não há: 
o Distúrbio do sono 
o Alterações das atividades diárias 
o Impedimento para escola ou trabalho 
o Os sintomas não incomodam 
Moderada-severa: Ocorre uma ou mais das 
alterações: 
o Distúrbio do sono 
o Alterações das atividades diárias 
o Impedimento para escola ou trabalho 
o Os sintomas incomodam 
FISIOPATOLOGIA DA RINITE ALÉRGICA 
 Então a gente te uma reação mediada por IgE 
que começa a se manifestar a partir do 6 meses, 
quando começa a produção efetiva de IgE. 
 Como funciona: a pessoa tem o contato com o 
antígeno, tem a fase de sensibilização, presença 
de IgE que vai estimular os mediadores 
inflamatórios que vai culminar na produção de 
histamina, bradicinina, leucotrienos. Aí vai ter a 
 
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 fase imediata da liberação dessas substancias 
gerando os sintomas agudos da rinite. São eles: 
prurido, espirro, coriza ou disfunção nasal. 
 Depois tem aumento da histamina, aumento dos 
eosinófilos e ativação dos linfócitos T. 
Posteriormente uma inatividade do SNA. Aí 
começa a fase tardia que você vai ter aqueles 
sintomas ditos até você bloquear aquele 
processo alérgico que começou. 
 Pode ter um quadro agudo que pode demorar 1 
ou 2 dias, que ao tirar o antígeno contactante 
para. Ou se continuar tendo exposição vai 
fazendo um quadro crônico. 
DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO: 
 Presença de sintomas típicos 
 Características ambientais 
 Presença de sintomas alérgicos associados 
 História familiar 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 IN VIVO: 
o Teste cutâneo intracutâneo 
o Teste cutâneo epicutâneo 
 OUTROS: 
o RAST (Radio Allergo Sorbent Test). É um 
exame feito com testes alérgicos no sangue 
o RAST (Radio Allergo Sorbent Test) 
o Teste de provocação nasal 
o Citológico nasal 
o Dosagem de imunoglobulinas (IgA, IgE, IgM, 
IgG) 
o Hemograma. Vai ser visto vários níveis de 
eosinofilos. 
o Os exames de imagem, em geral, não são 
necessários. 
Obs.: A professora disse que não vai cobrar como é 
feito esses testes, que é só pra saber que existe. 
TRATAMENTO 
 O tratamento primordial é a Prevenção do 
alérgeno. Se tem uma rinite alérgica tem que se 
tirar o alérgeno. 
 É importante os cuidados de higiene ambiental. 
 No Brasil o principal alergeno é o ácaro. Ele vive 
em tapetes, brinquedos... 
 Não adianta dar os remédios e manter o ácaro. 
FARMACOTERAPIA 
 A medicação é administrada conforme o tempo 
e severidade dos sintomas 
 Anti-histamínicos e descongestionantes. Os 
descongestionantes a gente pega no guideline o 
protocolo. 
 Falando como pediatra, e não alergista, o 
pediatra trata rinite aguda e neste caso a gente 
não usa descongestionante,usamos anti-
histamínicos, dos quais nos mais intensos 
usamos corticóide ou sistêmico ou inalatorio. 
Mas não prescrevemso descongestionante. 
 
 
 Diagnóstica, faz a higiene ambienta. 
 Nos sintomas intermitentes: Anti-histaminico H1 
oral e nasal e/ou descongestionante. 
 Sintomas persistente: usa corticóide intranasal, 
podendo chegar até no anti-histamínico e 
corticóide oral. 
 Então a gente faz o esquema apresentado acima 
desconsiderando o descongestionante. Só nas 
crianças >12 anos que usamos 
descongestionante. 
PRINCIPAIS MEDICAÇÕES USADAS TESTADAS 
 
 
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 Imunoterapia 
 Cirurgia: quando paciente tem mantém queixa 
de obstrução nasal apesar do tratamento clínico, 
ou no uso crônico dependente da medicação. Ex: 
desvio de septo, adenóide que precise de 
alguma correção. 
RINOSSINUSITE AGUDA 
INTRODUÇÃO 
 A rinossinusite na criança é praticamente uma 
repetição da otite, só que com outro sítio. Então 
assim, os germes vão ser praticamente os menos 
e o tratamento também. 
 Inflamação da mucosa dos seios paranasais. 
Estima-se que 0,5% a 5% das IRA se compliquem 
com sinusite. 
 A gente precisar saber anatomia, em que tempo 
nos temos pneumatização dos seios. 
 Então baseado na anatomia a gente Sabe com 
qual idade a criança var ter sinusite. Por isso, se 
antes da pneumatização dos seios (vão estar 
fechadinhos) não tendo buraco para entrada de 
ar, e se não entrou ar não vai entrar nada ali 
ainda, então NÃO HÁ SINUSITE ANTES DA 
PNEUMATIZAÇÃO DOS SEIOS. 
ANATOMOPATOLOGIA: 
Pneumatização dos seios: 
 Seios etmoidais: estão pouco depois do 
nascimento. 
 Seios maxilares: aos 4 anos. 
 Seios esfenoidais: aos 5 anos de idade. 
 Seios frontais: dos 7-8 anos até adolescência. 
AGUDA 
 Aguda: Duração menor que 4 semanas. 
 Subaguda: Duração de 4 semanas a 3 meses. 
 Crônica Sintomas por mais de 3 meses, com 
ocorrência de sintomas persistentes residuais 
como tosse, rinorréia e obstrução nasal. 
 Aguda recorrente: São infecções que duram 
menos de 30 dias cada, com remissão completa 
nos intervalos por, no mínimo, 10 dias. 
Caracterizada por 3 episódios em 6 meses ou 4 
episódios em 12 meses. 
 Crônica agudizada: Os pacientes têm sintomas 
respiratórios residuais e sofrem agudizações, 
havendo remissão dos sintomas de agudização e 
permanência dos sintomas residuais após 
tratamento antimicrobiano. 
ETIOLOGIA 
FATORES PREDISPONENTES 
 FATORES LOCO-REGIONAIS: 
 1. Obstrução mecânica do Complexo 
Ostiomeatal (C.O.M) 
 2. Acometimento da função ciliar 
 3. Atresia coanal 
 4. Infecção dentária ( principalmente no seio 
maxilar) 
 
 FATORES SISTÊMICOS: 
 1. Condições debilitantes como desnutrição, uso 
prolongado de esteróides, diabetes mellitus 
descompensado, quimioterapia, transplantados 
com imunossupressão 
 2. Imunodeficiências: deficiência de IgG ou IgA, 
Aids 
 3. Alteração das secreções exócrinas 
(mucoviscidose) e doença dos cílios imóveis 
 4. Vasculites (raras na faixa pediátrica) 
BACTERIOLOGIA: 
 A bacteriologia é a mesma da otite. 
 Streptococcus pneumoniae (30-40%) 
 H. influenzae e M. catarrhalis (20% ambas) 
 Sinusite crônica principalmente anaeróbios 
 como os bacteróides, cocos Gram + anaeróbios e 
fusobactérias e aeróbios como S. viridans, H. 
influenzae e S. aureus. 
QUADRO CLÍNICO: 
 Resfriado comum persistente com secreção 
nasal e tosse por mais de 10 dias. 
 A secreção nasal pode ser anterior e/ou 
posterior, espessa, clara, mucóide ou purulenta; 
 Tosse, seca ou úmida, durante o dia e piora à 
noite (piora a noite porque quando a criança 
deita drena a secreção que cai pra via aérea 
inferior e acentua a tosse) 
 Halitose, anosmia, dor facial, febre; 
 Sinusite sub-aguda e crônica - rinorréia 
purulenta com ou sem secreção retronasal, 
tosse e episódios de sibilância, porque a 
secreção vai fazendo uma reação inflamatória 
crônica e a criança vai fazendo edema de 
 
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AULA 2 (P1) – SAÚDE DA CRIANÇA II 
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 mucosa, com quadro sintomático inflamatório 
de via aérea inferior 
 A halitose pode ser o único sinal de sinusite 
crônica, pois febre e cefaléia são manifestações 
mais raras. 
 
DIAGNÓSTICO 
 Clínico - tosse>10 dias, rinorreia. Então não 
precisa fazer raio x, a não ser em casos de 
dúvida. 
 Quando o Raio X simples de seios da face 
está indicado? Quais situações? 
Resposta: quando a gente precisa fazer a gente 
vê as incidências. São elas incidências de Waters 
(mento-naso – seios maxilares), Caldwell (fronto-
naso – seios etmoidais e frontais), 
submentovertical (ou axial de Hirtz – seios 
maxilares) e lateral ( para ver o esfenoidal). 
 Não são indicados RAIO X DE SEIOS DA FACE em 
crianças menores de 5 anos, pois o seio não 
está pneumatizado, estando opaco. 
 Não diferenciam inflamação de origem viral ou 
bacteriana. 
 Quais as comprovações radiográficas 
que mais sugerem sinusite bacteriana 
são: 
 Opacificação completa dos seios 
 Níveis hidroaéreos 
 Espessamento  4 mm. 
 Obs.: se ficar em duvida se é um quadro alérgico, 
agudo ou bacteriano faz raio x. 
 Quando pedimos TC? 
Quando há: 
 Sintomatologia persistente ou severa, apesar 
do tratamento adequado 
 História clínica sugestiva de doença crônica 
 Suspeita de complicações 
 Avaliação pré-operatória (suspeita de abscesso 
de seios da face, por exemplo). 
 OBS.: No slide possui algumas imagens 
radiológicas apresentando velamento dos seios 
nasais, níveis hidroaéreos, e outros achados. 
 
 Acima uma TC com seio maxilar normal e um 
quase totalmente velado. 
DRENAGEM DO SEIO DEVE SER REALIZADA NAS 
SEGUINTES SITUAÇÕES: 
 Crianças severamente doentes 
 Falta de resposta ao tratamento clínico 
 Complicações supurativas 
 Pacientes imunocomprometidos 
 Sintomas importantes de cefaléia ou dor facial 
que não respondem ao tratamento 
Outros exames que podem ser feitos dependendo 
da gravidade e do que se quer avaliar: RNM, 
Transiluminação, Ultrassonografia. 
TRATAMENTO: 
 Antitérmicos 
 Solução salina nasal 
 Antibióticos 
 Eliminação de fatores fisiopatogênicos (avaliar 
se tem hipertrofia de adenoide, desvio de septo, 
ou seja, eliminar fatores anatômicos) 
 Antihistamínicos: reservado para casos de rinite 
alérgica associada. (O que é comum) 
 Corticóide nasal: pacientes atópicos e na sinusite 
crônica, para prevenir agudização do quadro. 
ANTIBIÓTICO 
 
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AULA 2 (P1) – SAÚDE DA CRIANÇA II 
MARIA ESTER VIEIRA CURTY BERNARDO 
10/02/2020 
 
 
 Rinossinusite aguda 1ª opção: Amoxicilina 
 Rinossinusite aguda 2ª opção: 
Amoxicilina+clavulanato. Considerar 
primeira opção em paciente já hospitalizado. 
 Rinossinusite aguda paciente alérgico a 
penicilina e/ou cefalosporina: Claritromicina 
; clindamicina 
 Rinossinusite crônica: 
Amoxicilina+clavulanato ; cefuroxima ; 
clindamicina mais na criança maior. 
COMPLICAÇÕES 
 Celulite e abscesso periorbitário é o mais 
comum. Caracteriza-se com quadro: Início 
súbito, queda do estado geral, febre alta (> 39ºc) 
e secreção nasal purulenta e copiosa, dor facial e 
edema periorbitário (celulite periorbitária). 
 Trombose de seio cavernoso 
 Osteomielite de ossos cranianos 
 Meningite 
 Abscesso epidural 
 Obs.: a celulite periorbitaria não é tão rara, o seu 
tratamento é hospitalar com antibiótico 
ceftriaxona venoso, ou seja, em hipótese 
nenhuma tto domiciliar, porque pode evoluir pra 
sepse, meningite, trombose de seio cavernoso. 
 
 Acima bebê com celulite 
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA ALTA 
CONCEITO: 
 VAS= espaço entre as fossas nasais e porção 
extratorácica da traquéia, dividida em: 
o Supraglótico: área laringe,acima das 
cordas vocais, incluindo a glote; 
o Infraglótico:das cordas vocais até 
cartilagem cricóide. 
 POR QUE É IMPORTANTE? Obstrução VAS 
requer tratamento imediato, pois gera risco 
de vida, PODENDO LEVAR A MORTE OU 
SEGUELAS IMPORTANTES POR HIPOXIA 
CEREBAL! 
ETIOLOGIA 
 Infecciosa, viral ou bacteriana 
 Laringotraqueobronquite viral aguda 
 Crupe espasmódico 
 Epiglotite 
 Traqueíte bacteriana 
 Abscesso retrofaríngeo 
 Laringite diftérica 
 Inflamação laríngea causada por queimadura 
 Obstrução por corpo estranho 
 Tumores 
QUADRO CLÍNICO E TRATAMENTO 
 
 
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MARIA ESTER VIEIRA CURTY BERNARDO 
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 SINAIS CLÍNICOS DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO 
DA OBSTRUÇÃO: 
 A gente vai ter o Estridor: 
o O estridor inspiratório é quando a 
obstução é supraglótica; ele é bifásico 
na infraglótica e é expiratório quando na 
porção intratorácica da traquéia. 
o Então quando voce tem uma obstrução 
supraglótica o estridor vai ser quando o 
ar está entrando, no inicio da 
respiração. 
o Quando obstrução infraglótica vai ser 
tanto na entrada e na saída. 
o E quando tiver abaixo da traqueia var 
estar quando o ar sair 
 Voz: abafada nas obstruções supraglóticas. 
Porque vai estar abaixo da corda vocal. 
 Dor: presente nas obstruções supraglóticas 
devido a rica inervação da região. 
QUADRO CLÍNICO E TRATAMENTO 
 Posição preferencial para tentar aumentar o 
calibre da via aérea: abertura da cavidade oral, 
protusão da região mentoniana e hiperextensão 
cervical, para manter a via aeréa pérvia 
 Retração supra-esternal, supraclavicular, 
intercostal e até esternal: obstrução alta = 
diminuição do volume corrente = aumento do 
esforço respiratório. 
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DE 
OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA ALTA NA CRIANÇA? 
 
PRIMEIRA CAUSA DE OVA 
1ª) A é a Laringotraqueobronquite viral aguda 
(LTB Viral) 
 Causa mais comum de obstrução VAS em 
pediatria 
 6 meses a 6 anos de idade 
 Etiologia mais comum: parainfluenza, VSR (vírus 
sincicial respiratório), adenovírus e echovírus . 
são os virus mais comuns de causar resfriado. 
 Febre, coriza e tosse antecedem o quadro 
obstrutivo. 
 Normalmente começa com uma gripe, criança 
com tosse rouca, dificuldade pra respirar. 
 O Rx de região cervical: diminuição do calibre da 
laringe abaixo da glote = imagem em “ponta de 
lápis”. 
 Normalmente a gente nem pede esse raio x, o 
que manda é o quadro clínico. 
 TRATAMENTO: 
o Nebulização com adrenalina : 1 ml SF + 2 ml 
adrenalina 1:1000 
o Umidificação do ar 
o Corticóide: oral, venoso e inalatório 
 Paciente chegou no consultorio com tosse, 
febre, coriza e respiração ruidosa você vai fazer 
na hora que chegar: corticoide venoso e 
inalatório. Se for muito intense faz adrenalina. 
Melhorou, da alta pra casa e manda com 
corticoide inalatório e se necessario um 
corticóide oral 
SEGUNDA CAUSA DE OVA 
2ª) Crupe Espasmódico ou Laringite Estridulosa 
 QUADRO CLÍNICO é de Início súbito de tosse 
metálica, estridor inspiratório e dificuldade 
respiratória. 
 Essa doença é aqueel que começa de início 
súbito, com estridor respiratório, de madrugada 
e ‘’do nada’’, a criança ta dormindo e acorda 
com dificuldade pra respirar, os pais ficam 
desesperados. 
 1 a 3 anos de idade 
 Normalmente as criança melhoram rápido, só de 
ir até o hospital já melhora. 
 Benigna, remissão espontânea 
 TRATAMENTO: Umidificação do ar e 
Nebulização com adrenalina 
 Quando a crinaça teve uma vez ela pode repetir 
outras vezes, mas é benigna. 
TERCEIRA CAUSA DE OVA 
3ª) Epiglotite 
 Rara, não se vê mais. 
 É uma infecção bacteriana grave, cauada pelo 
HAEMOPHILUS INFLUENZA. Agora que temos a 
vacina não vemos mais 
 Normalmente não conseguia intubar, tinha que 
fazer traqueostomia. 
 (a professora disse que iria pular essa doença). 
 
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 QUARTA CAUSA DE OVA 
4ª) Laringotraqueobronquite bacteriana aguda 
(LTB) 
 Obstrução de VAS por secreção mucopurulenta 
 Os agentes mais comuns são: S. aureus, H. 
influenza, pneumococo, M. catarralis 
 Sintomas semelhantes ao da LTB viral, porém 
com febre alta e toxemia. São os mesmos 
sintomas da LTB, mas a febre é mais alta, a 
crinaça vai estar mais abatida e toxemica com 
sintomas de infecção bacteriana. 
 RX tórax: em 50% casos vai ter condensação ou 
atelectasias, por conta de obstrução e toca 
gasosa. 
 Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda 
 Hemocultura quase sempre negativa 
 Cultura da secreção aspirada da cânula traqueal 
 TRATAMENTO: 
 Corticóide e NBZ com Adrenalina: não apresenta 
resultado, porque é uma obstrução mecânica, e 
as outras são obstruções por edemas, então nos 
edemas a gente faz adrenalina aumenta a 
vascularização, aqui a obstrução é por secreção 
mucopurulenta. Então o que tem que ser feito é 
a retirada da secreção e suporte ventilatório. 
 Então o tratamento vai ser: ASPIRAÇÃO (pra tirar 
a secreção) e SUPORTE VENTILATÓRIO COM O2 
INALATÓRIO, VENTILAÇÃO NÃO INVASICA, QUE 
PODE EVOLUIR ATÉ COM VM (em que voce deve 
dar pressao). 
QUINTA CAUSA 
5ª) Abscesso retrofaríngeo 
 O Abscesso retrofaringeo como complicação 
da amigdalite, você deve drenar e hidratar 
SEXTA CAUSA 
6ª) Laringite diftérica 
 Não temos essa doença mais, devido a 
presença da vacina. 
 (professora disse pra pular essa também) 
SÉTIMA CAUSA DE OVA 
7ª) Obstrução de VA por Corpo Estranho 
 Óbito por aspiração de corpo estranho 90% 
casos são menores de 5 anos. 65% das vítimas 
são Lactentes, ou seja, crianças menores de 2 
anos 
 Corpo estranho em região supraglótica: Início 
súbito de desconforto respiratório, estridor até 
obstrução completa da VA. Então, o ideal é você 
saber fazer a manobra de desobstrução. 
 TRATAMENTO: se via aérea permeável : 
broncoscopia ou endoscopia pra tirar o 
corpo estranho. 
 
 A manobra é deixa o bebê de cabeça pra baixo, e 
você vai fazer o movimento nas costas, ou 
colocar de barriga pra cima e fazer compressão 
na região do tórax para você tentar botar o 
corpo estranho pra fora 
 No paciente maior faz compressão abaixo do 
diafragma e se ele estiver inconsciente vai ser 
deitado 
 OBSTRUÇÃO GRAVE = Manobra dos 
golpes dorsais para lactentes menores 
de 1 ano = Manobra de Heimlich: 
paciente consciente 
 Corpo estranho em região infraglótica: 
 Contra-indicado manobras anteriores 
 Obstrução total VAS = cricotereotomia 
 Obstrução parcial = endoscopia 
 
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INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 DEFINIÇÃO: incapacidade do sistema 
respiratório realizar de forma adequada as 
trocas gasosas entre alvéolos e sangue. 
 Manifestações: taquipnéia, cianose, alteração do 
nível de consciência e alterações gasométricas 
(PaO2 < 50% e paCO2 > 50 mmHg. 
 TRATAMENTO: A primeira coisa a se fazer é 
tirar a causa. 
o Se for obstrução de VA deve-se tirar o 
fator obstrutivo 
o Se Pneumotórax = drenagem 
o Asma brônquica = broncodilatadores 
 E também precisamos das medidas imediatas 
que são 
 MEDIDAS IMEDIATAS : 
 Oxigenoterapia: restaurar ventilação e 
oxigenação tecidual. LEMBRANDO DA 
TOXICIDADE do O2 deve sempre ser lembrada e 
é diretamente proporcional à concentração e 
tempo de uso. 
 MEDIDAS ADJUNTAS: 
 monitorização, posicionamento do paciente, 
manutenção da temperatura corporal, 
fisioterapia resp, manejo hidroletrolítico, 
suporte nutricional. A gente tem que tratar o 
paciente como um todo, porque o conjunto é 
que vai fazer que você tenha um bom resultado 
e menor número de sequelas possíveis.

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