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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE, UNICENTRO SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, SES/G DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA, DEFISIO/G Acadêmica: Bruna do Carmo Molinari Professora: Marinez B. Ruaro ANÁLISE CRÍTICA DO FILME “O JARDINEIRO FIEL” O filme através da ficção, tem o objetivo de mostrar a realidade. Países de primeiro mundo aproveitando-se da situação frágil de outros, considerados mais fracos, para benefícios particulares. Dessa forma, retrata a realidade vivida num dos continentes considerados mais pobres do mundo, fazendo uma ligação crítica importante com a ética. A trama se desenvolve meio a um cenário de intensa pobreza vivida pelo povo da África, onde as indústrias farmacêuticas e o governo unem-se para realizar teste medicamentosos nessa população, mesmo sem o consentimento dessa. Porém, o governo e as autoridades estavam cientes do que estava sendo realizado e, mesmo assim, se omitiram, deixando que pessoas inocentes que procuravam tratamento para HIV, fossem expostos a testes medicamentosos para tratamento da tuberculose. Portanto, um grande conflito entre ética e moral. A justiça é considerada como uma utopia no filme, o ser humano faz do próprio ser humano um animal de laboratório para fins lucrativos. Usar de uma nação carente de tudo, para esse fim, é no mínimo desumano e cruel. Pode-se tratar de uma ficção, mas a partir disso vemos que mesmo em época atual, onde o povo desfrute de saberes tecnológicos e científicos, ainda continua sendo ignorante e egoísta, pois muitas vezes valoriza mais o capitalismo do que a própria vida. Portanto, o filme mostra ferimentos graves aos princípios da bioética - autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. A maior reflexão do filme, é que devemos pensar como cidadãos, pois o bem coletivo está acima de interesses particulares. As decisões que forem tomadas, principalmente pelo governo, devem ser a favor do povo e não de uma corporação. E a população deve exercer seu censo crítico, não aceitando algo que não tem conhecimento sem seu consentimento. Para as pessoas voltadas à área da saúde, principalmente em casos de pesquisa, fica evidenciado que devem seguir os princípios da ética em pesquisa e não expor seres humanos a situações de risco psicológico e físico, sempre respeitando o bem soberano que é a vida. Conclui-se que o filme retrata, de forma geral, uma denúncia associada a um pedido de socorro para àqueles sujeitos desamparados e sem conhecimento e que a lógica de que, quem tem mais dinheiro e poder é quem domina, deve ser quebrada e que a injustiça entre as relações de potências mundiais para com a África, devem ser banidas, mesmo que sejam difíceis ou quase impossíveis.
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