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PROFESSOR WALDEMAR MORENO JUNIOR
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PROCESSO PENAL I
PROFESSOR WALDEMAR MORENO JUNIOR
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O que é Ética e Moral:
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
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UNIDADE I – FUNDAMENTOS DO PROCESSO PENAL
ESTADO E PODER
PODER E PROCESSO PENAL
CONCEITO DE PROCESSO PENAL
TIPOS DE PROCESSO PENAL
HISTÓRICO DO PROCESSO PENAL
FONTES DO PROCESSO PENAL
RELAÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL PENAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO 
SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS 
LIMITES PARA A APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL
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O Processo penal é um campo do direito e da ciência jurídica tão permeado de valores e por questões políticas que acaba se constituindo uma seara especialmente polêmica. Pudera, tratar-se do ramo do direito que disciplina os mecanismos por meio dos quais o Estado pode constranger as liberdades individuais e impor penas aos indivíduos. Não há dúvida de que funciona, naturalmente, como um sistema de controle social. Mas é um sistema contraditório. AO MESMO TEMPO QUE SERVE AO CONTROLE E À REPRESSÃO, O PROCESSO PENAL SERVE TAMBÉM COMO GARANTIA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS. 
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Se, por um lado é um instrumento que pode levar à supressão da liberdade do indivíduo, por outro, pode também garantir a liberdade deste último, assegurando-lhe a efetivação dos direitos individuais básicos.
A bem dizer, mais do que um simples mecanismo de persecução penal, o processo penal é verdadeiro instrumento de garantia: a garantia política de que a pena criminal somente será aplicada por meio de um procedimento formalmente estabelecido, já que toda punição dever ser precedida de um processo e de um julgamento formal. Nos termos do nulla poena sine judicio, assegurados sempre o contraditório e o direito de ampla defesa do acusado.
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O confronto entre o jus puniendi do Estado e o jus libertatis do indivíduo é que faz do processo penal esse campo tenso e polêmico, pois a convivência dos mecanismos de repressão com os institutos que asseguram o direito de liberdade nas democracias é uma convivência naturalmente problemática. E nem poderia ser diferente, considerando-se que o processo configura ameaça concreta à liberdade do indivíduo. Essa ameaça é um fato que dificilmente se harmoniza com os propósitos dos Estados liberais democráticos em que justamente a liberdade individual, sobretudo a liberdade de ir e vir, surge como princípio estruturante, ou seja, princípio básico e fundamental do liberalismo.
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O Processo Penal
Praticado um fato que, aparentemente ao menos, constitui um ilícito penal, surge o conflito de interesses entre o direito de punir do Estado e o direito de liberdade da pessoa acusada de praticá-lo. Esse conflito não pode ser dirimido pela auto-defesa nem tampouco pode se empregar a auto-composição.
Assim, no Estado moderno a solução do conflito de interesses, especialmente no campo penal, se exerce através da função jurisdicional do Estado no que se denomina processo e, em se tratando de uma lide penal, processo penal.
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Conceito
	É o conjunto de atos cronologicamente concatenados (procedimentos), submetido a princípios e regras jurídicas destinadas a compor as lides de caráter penal. Sua finalidade é, assim, a aplicação do direito penal objetivo, com a apuração do delito e a atuação do direito estatal de punir em relação ao réu, bem como a aplicação das medidas de segurança adequadas às pessoas socialmente perigosas e a decisão sobre as ações conexas à penal. 
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Autonomia do Direito Processual Penal
	O Direito Processual constitui, como bem diz Frederico Marques, ciência autônoma no campo da dogmática jurídica, uma vez que tem objeto e princípios que lhe são próprios. 
	O Direito Processual Penal obedece a exigências próprias e a princípios especiais, particulares. 
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Objeto/Finalidade
	Podemos dizer que existe uma finalidade mediata, que se confunde com a própria finalidade do Direito Penal – paz social – e uma finalidade imediata e que outra não é senão a de conseguir a “realizabilidade da pretensão punitiva derivada de um delito, através da utilização da garantia jurisdicional”. Sua finalidade, em suma, é a de tornar realidade o Direito Penal.
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Fontes do Direito Processual Penal
	Já se disse que origem e fonte do Direito são a mesma coisa. Para o nosso estudo, entretanto, reservamos à expressão “fontes” do Direito o sentido de formas de exteriorização do Direito. Fontes do Direito, portanto, nada mais são do que as formas pelas quais as regras jurídicas se exteriorizam, se apresentam. São, enfim, “modos de expressão do Direito”.
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Classificação:
Fontes formais:
1 – Diretas
		a) fontes processuais penais principais (CF e CPP); 
		b) fontes processuais penais extravagantes, que podem ser complementares (Lei de Imprensa) ou modificativas (Lei nº 1.408/51 sobre contagem de prazos); 
		c) fontes orgânicas principais (leis de organização judiciária); e 
		d) fontes orgânicas complementares (Regimentos Internos dos Tribunais). 
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2 – Supletivas
		a) Indiretas (costumes, jurisprudência, princípios gerais do Direito) e
		b) Secundárias (o Direito histórico, o Direito estrangeiro, as construções doutrinárias nacionais ou alienígenas). 
Fontes substanciais: constituem a matéria em que se busca o conteúdo do preceito jurídico. Assim, certos princípios universais como o neminem laedere – ninguém pode prejudicar
outrem (negativo) são fontes substanciais.
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Relação do direito Processual Penal com outros ramos do Direito e ciências auxiliares
	Direito Constitucional. Íntimas relações existem entre o Direito Processual Penal e o Direito Constitucional, porquanto é este que estabelece e enuncia os princípios que servem de base à jurisdição penal. 
	Direito Penal. O Direito Processual Penal dita as normas segundo as quais deve o Direito Penal atuar. Tão íntimas são as suas relações, que por muito tempo estavam as duas disciplinas num só todo. 
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	Direito Civil. O Direito Processual Penal também se liga ao Direito Civil, principalmente naqueles atos cuja prova é limitada pela lei civil (CPP, art. 155); na reparação do dano ex delicto; no que respeita ao instituto da capacidade; nas questões prejudiciais civis etc. 
	
	Direito Administrativo. O CPP, como se infere da leitura do parágrafo único do art. 4º, não exclui a competência de certas autoridades administrativas para a apuração de certas infrações penais e sua autoria. Afina-se com o Direito Administrativo, no que respeita à organização judiciária, às atividades administrativas dos órgãos jurisdicionais e no que tange à Polícia Judiciária. 
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	Direito Processual Civil. Dignas de nota as influências recíprocas das ações e sentenças penais e civis. O art. 63 do CPP proclama a influência que exerce no juízo cível a sentença penal condenatória com trânsito em julgado. 
	Direito Comercial. O Direito Processual Penal entronca-se com o Direito Comercial no campo falencial. 
	Direito internacional. Com relação aos tratados, às convenções, às regras de Direito Internacional, ao instituto das rogatórias, à matéria concernente à extradição, àquelas pertinentes às imunidades diplomáticas, à extraterritorialidade. 
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DO PROCESSO EM GERAL
TÍTULO I
LIVRO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
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Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I – os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II – as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
III – os processos da competência da Justiça Militar;
IV – os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V – os processos por crimes de imprensa.
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
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Princípio da territorialidade:
Significa que se aplica a lei processual penal brasileira a todo delito ocorrido em território nacional, da mesma forma que o mesmo princípio é utilizado em Direito Penal. É regra que assegura a soberania nacional, tendo em vista que não teria sentido aplicar normas procedimentais estrangeiras para apurar e punir um delito ocorrido dentro do território brasileiro. Convém ressaltar no entanto que o art 5º, § 4º, da Constituição Federal (Emenda 45/2004) prevê que “o Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão” 
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Significa, pois, que, apesar de um delito ser cometido no território nacional, havendo interesse do Tribunal Penal Internacional,podemos entregar o agente à jurisdição estrangeria (exceto quando se tratar de brasileiro nato, pois o próprio art 5º, LI a veda, constituindo norma específica em relação ao § 4º.
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Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.
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Aplicação da lei processual penal
A regra é que seja ela aplicada tão logo entre em vigor e, usualmente, quando é editada. 
Passa, assim, a valer imediatamente (tempus regit actum), colhendo processos em pleno desenvolvimento, embora não afete atos já realizados sob a vigência de lei anterior, 
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Normas processuais penais materiais: são aquelas que apesar de estarem no contexto do processo penal, regendo atos praticados pelas partes durante a investigação policial ou durante o tramite processual, têm forte conteúdo de Direito Penal. Tal como ocorre na perempção, o perdão, a renúncia, a decadência, entre outros. Uma vez que as regras sejam modificadas, quanto a um deles,podem existir reflexos incontestes no campo do Direito Penal.Ex Nova regra que cria causa de perempção. Deve ela ser retroativa para o fim de extinguir a punibilidade do acusado.
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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL
-Interpretação é a atividade que consiste em extrair da norma seu exato alcance e real significado.Deve buscar a vontade da lei, não importando a vontade de quem a fez:
Espécies 
Autêntica ou Legislativa
Doutrinaria ou cientifica
Judicial 
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Quanto aos meios empregados:
-Gramatical, literal ou sintático;
-Lógica ou teleológica
Quanto ao resultado:
-Declarativa
-Restritiva
-Extensiva
A lei processual admite interpretação extensiva. Por não conter dispositivos versando sobre o direito de punir...
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Interpretação extensiva, interpretação analógica e analogia.
Interpretação é o processo lógico para estabelecer o sentido e a vontade da lei. A interpretação extensiva e a aplicação do conteúdo da lei, efetivada pelo aplicador do direito, quando a norma disse menos do que devia. Tem por fim dar-lhe sentido razoável. 
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A interpretação analógica é um processo de interpretação,usando a semelhança indicada pela própria lei. 
Conforme art 254 CPP cuidando das razões de suspeição do juiz ao usar na lei a expressão “se estiver respondendo a processo por fato analogo.
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Analogia por sua vez, é um processo de integração do direito utilizado para suprir lacunas. Aplica-se uma norma existente para uma determinada situação a um caso concreto semelhante, para o qual não há qualquer previsão legal.
Conforme Maximiliano, analogia no sentido primitivo, tradicional oriundo da matemática, É uma semelhança entre as relações.
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