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Classificação dos custos do projeto - Saiba quais são e como utilizá las

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Classificação dos custos do 
projeto: Saiba quais são e 
como utilizá-las 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
Classificação dos custos do projeto: Saiba quais são e como utilizá-las ....................................... 1 
1. Introdução ................................................................................................................................................. 3 
2. Classificação dos custos ............................................................................................................................. 3 
2.1. Custos diretos ......................................................................................................................................... 4 
2.2. Custos indiretos ...................................................................................................................................... 5 
2.2.1. Mão-de-obra ........................................................................................................................ 6 
2.2.3. Outros tipos ...................................................................................................................... 6 
3. Custos fixos ................................................................................................................................................ 6 
4. Custos variáveis ......................................................................................................................................... 7 
5. Custos recorrentes..................................................................................................................................... 8 
6. Custos não recorrentes ............................................................................................................................. 8 
7. Custo afundado ......................................................................................................................................... 8 
8. Custo da qualidade .................................................................................................................................... 9 
8.1 Prevenção .................................................................................................................................. 10 
8.2 Avaliação .................................................................................................................................. 11 
8.3 Falhas Internas .................................................................................................................... 11 
8.4 Falhas Externas .................................................................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Introdução 
 
A classificação dos custos do projeto no Gerenciamento de Projetos permite que o 
GP execute as ações necessárias para que o projeto seja executado e concluído 
dentro do orçamento aprovado, sendo o mesmo executado sob um orçamento 
aprovado e limitado. 
Se a classificação dos custos deve ser feita na etapa de Planejamento do Projeto, 
será na fase de execução que o Gerente de Projetos deverá monitorar o fluxo de 
saída dos recursos financeiros e também controlar o avanço do projeto através 
de Técnicas de Gerenciamento do Valor Agregado. 
Porém, para ter sucesso no plano de gerenciamento dos custos do projeto o 
primeiro passo é saber identificar e classificar os tipos de custos existentes dentro 
do projeto. 
2. Classificação dos custos 
Vários são os custos que devem ser estimados em um projeto. Para simplificar, a 
classificação dos custos envolvidos dentro de todos os esforços necessários para 
terminar o projeto podem ser identificados como: 
 Esforços de qualidade; 
 Tempo do gerente do projeto; 
 Atividades de gerenciamento de projetos; 
 Associados diretamente ao projeto, incluindo mão de obra, materiais, 
treinamento para o projeto, computadores, etc; 
 Despesas com espaços físicos de escritórios usados diretamente para o 
projeto; 
 
 
 
 
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 Lucro, quando aplicável; 
 Despesas administrativas, como salários da administração e despesas 
gerais de escritório. 
Várias são as opções possíveis de classificação dos custos dentro de um projeto. 
Vamos ver a partir de agora cada uma delas um pouco mais detalhadamente. 
2.1. Custos diretos 
 
Todos os elementos de custo individualizáveis com respeito ao produto ou serviço 
que se identificam imediatamente com a produção dos mesmos, mantendo uma 
correspondência proporcional. 
Ou seja, custo direto são todos os custos diretamente atribuíveis ao trabalho do 
projeto de fácil mensuração. 
Para conhecer o consumo de materiais, basta a empresa manter um sistema de 
requisições, de modo a saber sempre para qual produto foi utilizado o material 
retirado do Almoxarifado. 
Para conhecer o consumo de mão-de-obra direta, é preciso, a empresa mantenha 
um sistema de apontamentos, por meio do qual se verifica quais os operários que 
trabalham em cada produto (ou serviço) no período (dia, semana, mês) e por 
quanto tempo (minutos, horas). 
Nas empresas de serviços, normalmente se faz o acompanhamento da ordem de 
serviço, anotando os custos alocados diretamente (mão de obra, materiais 
aplicados e serviços subcontratados). 
Exemplos 
 Valor dos materiais direto; 
 Valor da mão-de-obra direta; 
 
 
 
 
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 Horas de trabalho direta; 
 Uso de máquinas; 
 Espaço ocupado; 
 Número de funcionários. 
2.2. Custos indiretos 
 
São itens de despesas administrativas ou custos incorridos para benefício de mais 
de um projeto não sendo diretamente identificáveis aos benefícios do 
projeto. Exemplos incluem impostos, benefícios indiretos e serviços de 
limpeza. 
É um tipo de custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou 
função de custo no momento de sua ocorrência. 
Os custos indiretos são apropriados aos portadores finais mediante o emprego de 
critérios pré-determinados e vinculados a causas correlatas, como mão-de-obra 
indireta, rateada por horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, 
com base em horas/máquinas utilizadas, etc. 
Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de critérios 
de rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa 
separar a parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. 
Ou ainda, pode ser entendido, como aquele custo que não pode ser atribuído (ou 
identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou 
departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para 
atribuição ao objeto custeado. 
Exemplos 
 Custo de engenharia; 
 Reservas de contingências; 
 
 
 
 
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 Custo de empreitada; 
 Juros durante a construção; 
 Benefícios adicionais; 
 Despesas gerais indiretas de fabricação; 
 Despesas gerais indiretas; 
 Despesas gerais e administrativas. 
Podem opcionalmente ser categorizados em: 
2.2.1. Mão-de-obra 
Representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas indústrias ou 
prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou 
serviço executado, como a mão de obra de supervisores, controle de qualidade, 
etc. 
2.2.2. Materiais 
Empregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com o 
produto é irrelevante. São eles: graxas e lubrificantes, lixas etc. 
2.2.3. Outros tipos 
São os custos que dizem respeito à existência do setorfabril ou de prestação de 
serviços, como depreciação, seguros, manutenção de equipamentos, etc. 
3. Custos fixos 
 
Dentro da classificação dos custos do projeto corresponde àqueles custos que não 
sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção, ou 
seja, permanecem constantes independentemente do volume de trabalho. 
 
 
 
 
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Independem, portanto, do nível de atividade, conhecidos também como custo de 
estrutura. 
Exemplos 
 Depreciações; 
 Aluguéis de equipamentos e instalações; 
 Salários da administração; 
 Segurança e vigilância. 
4. Custos variáveis 
 
Este tipo de classificação dos custos do projeto corresponde àqueles custos que 
variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus 
valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas 
efetivado num determinado período. 
No sistema de custo variável o custo final do produto (ou serviço) será a soma do 
custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos 
considerados diretamente no resultado do exercício. 
Neste sistema a geração de riqueza está na venda e não na produção. Este 
sistema de custos não é permitido pela legislação fiscal servindo apenas para fins 
gerenciais. 
Exemplos 
 Aluguel; 
 Matérias-primas; 
 Comissões de vendas; 
 Insumos produtivos (água, energia, outros…). 
 
 
 
 
 
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5. Custos recorrentes 
 
São os custos que ocorrem em uma programação regular devendo ser 
considerados ao se iniciar um negócio de qualquer espécie, por exemplo. 
A operação de qualquer tipo de negócio criará custos recorrentes. 
Os pagamentos mensais para o aluguel ou as compras para a construção são 
custos recorrentes. Todos os serviços de utilidade cairão na área de custos 
recorrentes corporativos. 
Exemplo 
 Os salários e os ordenados são custos recorrentes; 
 Os pagamentos para os equipamentos alugados para a operação do 
negócio, computadores, registros de ponto de venda, máquinas 
copiadoras e sistemas de informação. 
6. Custos não recorrentes 
 
Também conhecidos como Custos de Inicialização são custos isolados onde o 
desembolso é realizado apenas uma vez. 
7. Custo afundado 
 
Também chamado de Sunk Costs este tipo de classificação dos custos do projeto 
designa custos que não podem mais ser recuperados (ex, se comprar um pacote 
de pipocas dificilmente conseguirá voltar a vendê-lo), exceto em casos limite. 
Este conceito é muito importante nas nossas decisões, pois como os Sunk Costs 
representam custos que não vamos conseguir recuperar, termos incorrido nos 
mesmos não deve afetar as nossas decisões futuras. 
 
 
 
 
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Exemplo 
Imagine que acabamos de comprar um sapato por $100,00, mas ao fim de algum 
tempo percebe-se que o mesmo está apertado, não sendo possível continuar a 
usá-lo. Como os $ 100,00 dos sapatos não são recuperáveis, esse valor é 
considerado um Custo Afundado. 
O conceito dos Sunk Costs é realmente interessante e pode ser aplicado a 
inúmeros casos e, se pensar nisso, pode ajudar a tomada de decisões. 
A ideia é ignorar estes custos, pois não devem ser contemplados na análise da 
decisão a tomar. Alguns casos em que esta abordagem pode ser útil: 
 Vendeu umas ações. Quando pensar o que vai fazer com o dinheiro deve 
ignorar o facto de ter ganho ou perdido dinheiro na venda das mesmas, 
mas apenas com a sua situação atual; 
 Estragou-se um eletrodoméstico. Quando pensar se manda arranjar ou se 
compra um novo, deve apenas ter em conta o custo que vai ter em cada 
opção, não quanto lhe custou originalmente o eletrodoméstico avariado; 
 Tem um bilhete para um espetáculo ao ar livre e está a chover. Deve 
pensar qual seria a sua decisão se tivesse sido oferecido e agir dessa 
forma. 
8. Custo da qualidade 
 
Este tipo de classificação dos custos do projeto corresponde a soma dos valores 
envolvidos no processo para se atingir os padrões de qualidade pré-estabelecidos 
no projeto do produto ou serviço. 
 
 
 
 
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É um sistema utilizado para identificação destes custos a fim de quantificar os 
componentes envolvidos na produção de produtos de alta ou baixa qualidade, na 
tentativa de reduzir ao mínimo o custo total da produção. 
Por um longo tempo, a administração associava a melhoria da qualidade ao 
aumento de custos, porém alguns cientistas da administração defendiam que 
com o aumento da qualidade aumentava-se também a produtividade, seria 
possível a redução de custos pela melhoria dos processos. 
Hoje percebemos que os custos reais advêm da falta de qualidade do produto ou 
serviço. 
Podem ser classificados em: 
8.1 Prevenção 
São os gastos incorridos para evitar que falhas aconteçam. Tais custos têm como 
objetivo controlar a qualidade dos produtos, de forma que evite gastos 
provenientes de erros no sistema produtivo. 
Exemplo 
 Programa de melhoria de qualidade; 
 Revisão de novos produtos; 
 Treinamento; 
 Controle de processo; 
 Análise e aquisição de dados; 
 Relatórios de qualidade; 
 Planejamento e administração dos sistemas de qualidade; 
 Controle do projeto; 
 Obtenção das medidas de qualidade e controle dos equipamentos; 
 Suporte aos recursos humanos; 
 Manutenção do sistema de qualidade; 
 
 
 
 
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 Custos administrativos da qualidade; 
 Gerenciamento da qualidade; 
 Estudos de processos; 
 Informação da qualidade; 
8.2 Avaliação 
São os gastos com atividades desenvolvidas na identificação de unidades ou 
componentes defeituosos antes da remessa para os clientes internos ou externos. 
Exemplo 
 Equipamentos e suprimentos utilizados nos testes e inspeções; 
 Avaliação de protótipos; 
 Novos materiais; 
 Testes e inspeções nos materiais comprados; 
 Testes e inspeções nos componentes fabricados; 
 Métodos e processos; 
 Inspeções nos produtos fabricados; 
 Verificações efetuadas por laboratórios e organizações externas; 
 Mensurações visando ao controle de qualidade do processo; 
 Auditoria nos estoques de produtos acabados; 
 Avaliação da deterioração das matérias primas e componentes em 
estoque; 
 Custo da área de inspeção; 
 Depreciação dos equipamentos de testes; 
 Testes de confiança; 
8.3 Falhas Internas 
São os incorridos devido a algum erro do processo produtivo, seja por falha 
humana ou falha mecânica. Quanto antes forem detectados, menores serão os 
custos envolvidos para sua correção. 
 
 
 
 
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Exemplo 
 Perda de material e trabalho resultante da rejeição de um produto por ter 
sido classificado como refugo ou sucata; 
 Correção das unidades defeituosas; 
 Retrabalho; 
 Custo do material utilizado na recuperação de atrasos; 
 Custo financeiro do estoque adicional de suprir falhas; 
 Perdas oriundas de material fornecido com defeito; 
 Tempo perdido devido à deficiência de projeto; 
 Paradas de produção; 
 Tempo de espera; 
8.4 Falhas Externas 
São os associados com atividades decorrentes de falhas fora do ambiente fabril. 
Exemplo 
 Problemas acontecidos após a entrega do produto ao cliente; 
 Atendimento de reclamações; 
 Custos associados ao manuseio e substituição do produto devolvido; 
 Reparos dos produtos devolvidos; 
 Substituição dos produtos dentro do prazo de garantia; 
 Atendimento a defeitos de fabricação; 
 Custos do departamento de assistência técnica; 
 Refaturamento; 
 Multas por entregas fora do prazo contratual; 
 Gastos com expedição e recepção; 
 Vendas perdidas, insatisfação dos clientes;

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