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Doença Meningocócica
Dr Pablo
A doença meningocócica, do ponto de vista epidemiológico, é uma das principais doenças circulantes no nosso meio. É uma doença que pode ser considerada sazonal, existe um período do ano que ela aparece mais comumente. 
Quando fala em doença meningocócica, precisa lembrar um pouco da história. Se a gente pegar os livros de história, a gente vai ver que desde o século XVI	, a gente tem a descrição de algumas doenças, e quando a gente corrobora com os dados clínicos atuais – o que a gente tem hoje em dia – a gente consegue perceber que doenças muito semelhantes a doença meningocócica, acometiam a população europeia desde 1805. Na Suíça foi descrito o primeiro episódio de meningite.
A meningite é uma doença infecciosa, inflamatória das meninges, que vai trazer uma série de repercussões ao organismo. A meningite pode ser de diversas etiologias: bacterianas, virais, fungicas ou parasitárias.
Então, desde 1805, a gente tem relatos de epidemias de meningite.
Meningite bacteriana: Neisseria meningitides, Pneumococo, Haemophilus influenza B, M. tuberculosis
Meningite viral: herpes, enterovírus
Meningite fúngica: critosporidium (HIV +)
A doença meningocócica, no caso, a meningite por meningococo, ela foi escolhida pela gravidade e potencialidade de levar a um surto.
Em 1887, com as tecnologias de microscopia básica, foi visto que algumas meningites eram causadas por diplococo gram negativo. A etiologia de diplococo gram+ ou gram- vai definir muitas coisas da conduta clínica, e nós como médicos, vão ter que saber disso, pelo simples fato de indicar ou não a profilaxia, e fazer ou não um isolamento respiratório, por exemplo.
Em 1911, essa doença identificada como diplococo gram-, viu-se que ela poderia causar em formas graves uma necrose hemorrágica das supra-renais (consequência tardia).
Em 1930, a gente começou a observar uma sobrevida dos pctes, pq os alemães começaram a produzir as sulfas.
Em 1943, é descoberto a Penicilina e tem um ganho enorme na sobrevida dos pctes.
Na epidemiologia cearense, em 1980 a gente tem o primeiro caso descrito de doença meningocócica.
Dúvida: quando lida com doença meningocócica, a gente sabe que tem uma distribuição mundial. Na verdade, a literatura fala que condições de saneamento básico mais primitivas em países subdesenvolvidos, consegue ter um aumento da incidência desse patógeno. Entretanto, devido a sua fácil colonização nas vias respiratórias esse pcte pode estar presente tanto em países subdesenvolvidos quanto em países desenvolvidos – distribuição mundial. O risco elevado para epidemia é por causa da facilidade que o meningococo patogênico, consegue penetrar nas VA superiores e a partir dessa penetração ele conseguir atingir o seu objetivo, que é causar uma septicemia ou uma meningite. Todas as faixas etárias podem ser acometidas, entretanto, quando vê a epidemiologia no estado do Ceará, a principal faixa etária acometida pelo meningococo são os menores de 1 ano.
 Esse quadro mostra a incidência desde 2008 até 2013. A gente observa que desde sempre, principalmente 2012, a gente observa uma incidência muito aumentada (faixa amarela) desse microorganismo nos menores de 1 ano.
Lembrando que a doença meningocócica vai ser sempre mais grave nos extremos de idade: acima de 50 anos e nos menores de 1 ano. So que a sua incidência vai ser aumentada sempre nos menores de 1 ano.
Quem é a doença meningocócica? É produzida pelo meningococo – Neisseria meningitides. Na visualização do gram, é um diplococo gram negativo (cora ao gram – pela sua estrutura de parede celular). É uma bactéria aeróbia, necessita de O2 para sobreviver. A gente trabalha com 5 sorotipos muito importantes: A, B, C, W135 e Y. Do ponto de vista epidemiológico, o B e o C são os mais importantes, pois são os alvos das campanhas de vacinação e são os que trazem maior gravidade a doença. Em 1970-1980 os sorotipos mais comuns eram o A e o C. Quando o MS produziu a vacina conjugada, ele conseguiu imunidade para praticamente todos os sorotipos A, então o A praticamente saiu de circulação. Hoje em dia as campanhas vacinais são voltadas para o vírus C e somente na rede privada existe a vacina para o sorotipo B (na rede pública só tem disponível para pctes especiais – imunodeprimidos, HIV/AIDS, neoplasias ou pós-esplenectomia).
Principais características: o reservatório natural da neisseria é o homem (não tem a transmissão vetorial – animal-homem). E aí a gente lida com uma coisa importante, o homem assintomático é o principal perpetuador das epidemias por Neisseria meningitides. Se for feito um swab oral em todos, provavelmente, 2% vai ter colonizado neisseria. No convívio habitual não há risco, visto que nós não temos fragilidade imunológica. A partir do momento que essa cepa, colonizando essa pessoa ela faz uma mutação e se torna patogênica, a gente começa a ter os surtos e epidemias. Por isso que quem convive no mesmo ambiente precisa fazer as profilaxias e investigações.
A neisseria está localizada na nasofaringe (sítio de colonização ideal). Lembrando que o modo de transmissão é o que consideramos de contato íntimo (contato com secreção, compartilhamento de material, beijo – na boca ou não).
O contato íntimo vai partir na contaminação por gotícula de secreção da nasofaringe.
#Diferença de gotícula para aerossol: tamanho da partícula. Gotícula é >5micra, aerossol <5micra.
As gotículas de secreção da nasofaringe são as responsáveis pela transmissão no ambiente dos contactantes próximos.
A doença meningocócica tem uma característica bem peculiar. Ela não é uma doença isolada, é um conjunto de patologias.
De um modo geral, quando a gente considera a doença meningocócica, tanto a meningococcemia quanto a meningite meningocócica, o período de incubação vai de 2 a 10 dias, mas em média de 3-5 dias o pcte começa a apresentar os sintomas. Por exemplo: eu tive contato com o pcte que teve meningite meningocócica há 12 dias atrás. Preciso fazer profilaxia? NÃO! Pq já passou o período de incubação. Então a partir do momento que eu me contamino com uma pessoa, o período de incubação não excede 10 dias. A incubação vai definir tb o período de transmissibilidade.
#Definição:
-Período de incubação: momento em que eu entro em contato com o patógeno e o momento que eu vou desenvolver os primeiros sinais de doença.
-Período de transmissibilidade: período em que eu, a partir que inicio os sintomas da doença, transmito, até determinado ponto. O período de transmissibilidade vai ser enquanto houver agente na nasofaringe. Sempre que houver colonização na nasofaringe e vai durar até descolonizar a nasofaringe – 24h após o ATB correto.
Se o pcte não estiver sentindo nada, ainda assim está havendo transmissão. Por isso que as pessoas que são portadores assintomáticas são responsáveis pelos surtos.
A transmissibilidade da doença meningocócica, que vale a mesma para meningite bacteriana por pneumococo é 24h após o início da terapia antimicrobiana adequada.
(TEM QUE SABER DOSE!)
Quando suspeita de meningite tem que tratar; o tto é sindrômico, depois que dá o Dx. Às vezes nem consegue o diagnóstico.
Fisiopatologia: a neisseria consegue colonizar a nasofaringe, e fica lá, de repente ele consegue uma abertura, uma lesão ou uma fragilidade do sistema imunológico (humoral ou celular). O tecido ciliar secretor e não secretor começa a trabalhar de forma ineficaz e o patógeno consegue manter uma aderência nesse tecido. Aderindo ao tecido, ele consegue invadir e fazer toda a resposta imunológica.
Então o que a gente sabe, é que toda a maior gravidade da doença meningocócica não tá diretamente relacionada à letalidade da neisseria, mas sim pela resposta orgânica causada pela sua infecção.
Principais fatores de risco: 
Déficit da resposta imune mediada pelo complemento. Pcte ta gripado, com uma virose, teve uma queda da imunidade, seja por um estresse ou um déficit natural desse complemento. 
A properdina é uma proteína que impede a adesão do organismo na membrana da árvore respiratória.Quando há uma deficiência dessa proteína, impede a ativação da resposta imune fazendo com que ele consiga desenvolver a infecção. Properdina é uma proteína que tá relacionada com a ativação do sistema complemento. Quando a proteína adere ao tecido da nasofaringe, pra fazer a sua adesão, o sistema complemento já vai alí e age inibindo aquela ação, que seria a ação normal. A properdina estaria relacionado com a incapacidade do organismo em fazer a cascada complemento adequada, facilitando a entrada do microorganismo e fazendo com que ele se dissemine no organismo. 
Pctes que tem asplenia anatômica ou funcional, no caso de pctes que retiram o baço, ou pq teve uma PTI ou um trauma.
Esses são os principais fatores de risco, além da exposição. Esses fatores de risco são inerentes a cada pessoa.
Quando a gente trabalha com doença meningocócica, a gente precisa lembrar de duas entidades clínicas extremamente importantes: meningococcemia e a meningite meningocócica. Quando o pcte desenvolve uma infecção por Neisseria meningitides, ele pode desenvolver dois tipos de infecção: ou ele vai desenvolver a meningococcemia, que seria a sepse por neisseria, ou seja, uma infecção sistêmica. Ou ele desenvolveria uma meningite meningocócica, que seria a infecção no SNC pela Neisseria. Quando ele tem as duas entidades clínicas, tanto a meningite meningocócica quanto a meningococcemia, a gente classifica ele como portador de doença meningocócica.
De uma maneira simples: a meningococcemia representa uma sepse. 
Sepse -> síndrome da resposta inflamatória sistêmica, que contem 4 grandes sintomas, 4 grandes dados clínicos: FC, FR, temperatura e leucocitose/leucopenia, associada a um foco infeccioso fortemente presumível ou confirmado. 
Então a meningococcemia seria exatamente essa sepse, seria a infecção sistêmica causada pelo meningococo.
Falou do Sinal da Dupla Borboleta
Quadro de início súbito de febre, podendo apresentar um rash petequial purpúrico, que normalmente não é pruriginoso, que é mais comum em extremidades. Pcte com meningococcemia tem horas de vida (mesmo tratando adequadamente o pcte tem alta taxa de mortalidade). Pcte chega com quadro de hipotensão grave e um quadro de toxemia importante que pode levar a óbito em poucas horas.
Pcte com rash purpúrico petequial (aparece em quase 90% dos casos), com sufusões hemorrágicas, como se fosse um sangramento no subcutâneo. Invade o subcutâneo, não tem a característica da petéquia da dengue. 
É muito importante na emergência, quando tiver com algum pcte e ele chegar com queixa de toxemia, de rebaixamento ou qualquer doença, investigar as extremidades por rash petequial. 
A doença meningocócica é altamente transmissível, precisa identificar precocemente para o tto adequado.
A meningite meningocócica, na verdade ela consegue ter os sintomas mais exuberantes, pq ela tem a manifestação clássica da meningite. Pcte que vai ter início súbito, febre alta, cefaléia intensa. Tríade da meningite: febre alta, cefaleia intensa e rigidez de nuca – clássica para qualquer uma das meningites.
Pcte pode não apresenar vômitos. Lembrando que o vômito da meningite é o vômito em jato – não precedido por náusea, vem de repente.
O que é importante fazer diante de uma meningite? Entender e diagnosticar a irritação meníngea.
Existem 3 grandes manobras que vão auxiliar nessa identificação:
-Exame de Kerning: flexiona a perna a 90º em cima do tronco e estende a perna. Quando tem irritação meningea, o pcte vai sentir dor quando fizer esse movimento e ele pode compensar essa dor fletindo um pouco a perna contralateral. 
-Sinal de Lasegue: é praticamente o mesmo do Kerning, só que ao invés de flexionar a perna a 90º, você faz a extensão completa da perna sob o tronco. Quando você faz esse movimento, ele tende a referir dor no final do movimento. 
-Sinal de Brudzinski: flexão da cabeça por cima do tronco, o pcte compensa o movimento flexionando as pernas. É diferente do sinal de Rigidez de Nuca. 
A doença meningocócica vai ser a união das duas entidades clínicas: meningite meningocócica + meningococcemia.
Na prática clínica consegue ver mais a meningite, pq a meningococcemia morre muito rápido.
Como diferenciar uma meningite da outra? Por exemplo, uma meningite por pneumococo de uma meningite por meningococo – o quadro clínico (a não-meningocócica tem uma quadro clínico mais leve, pode ter os mesmos sintomas, mas clinicamente o pcte está bem melhor), na meningite meningocócica o pcte agrava muito mais rápido. 
Toda doença meningocócica, seja a meningococcemia ou a meningite meningocócica, ela tem uma gravidade muito maior que as não meningocócicas.
A doença meningocócica pode se apresentar de maneiras diferentes, não só a meningococcemia e não só a meningite. Existe a pneumonia meningocócica, extremamente rara.
A coagulação intravascular disceminada é normalmente uma complicação tardia, aí ela reflete bem a gravidade da doença. Tem um quadro inflamatório tão intenso, uma resposta inflamatória tão agressiva, que aí você começa, na ativação da cascata inflamatória, fazer consumo de inibidores plaquetários, aí você começa a coagulação vascular disceminada. Impreterivelmente o pcte vai a óbito.
Na meningococcemia crônica, a pessoa vem a ter uma meningite meningocócica ou uma doença meningocócica em algum momento da vida, e aí ela acaba se repedindo algumas vezes. Uma das causas de meningococcemia crônica é aquele fator de risco que a gente viu no início – deficiência de complemento, normalmente o complemento 8 ta associado a Neisseria meningitides. Alguns pctes podem desenvolver artrige gonocócica secundária ao meningococo. As crônicas são mais leves e de difícil diagnóstico.
A doença meningococica é o conjunto de duas doenças – meningite meningocócica, causada pela Neisseria, e da meningococcemia, que seria a septicemia causada pela Neisseria. São duas entidades clínicas diferentes, mas quando estão juntas no mesmo pcte, a gente tem a doença meningocócica.
Para fazer o diagnóstico, a gente precisa entender o seguinte: 70% dos pctes que dão entrada na emergência com meningococcemia, aqui no Cariri, a gente não consegue um tempo hábil, pra conseguir uma cultura eficaz pra poder sair o resultado de Neisseria. O que a gente ainda consegue fazer é o LCR – coleta do líquor, a gente consegue identificar um coco gram- e consegue chegar mais próximo do diagnóstico etiológico.
Na meningococcemia é mais fácil, pq o método diagnóstico vai ser clínico, baseado nos sintomas vistos: febre de início abrupto, sintomatologia de pcte grave, com torpor, relaxamento do sensório e as sufusõees hemorrágicas.
Na meningite, além do quadro clássico de meningite, a gente precisa isolar a Neisseria meningitides. O isolamento do agente é o padrão ouro no diagnóstico. O isolamento pode ser feito no sangue, que no caso das septicemias, a meningococcemia pode estar mais evidente no sangue ou no LCR. O LCR tem uma característica clássica na meningite. O LCR normal é zero células. Limpo, água de rocha.
LCR normal: transparente, líquido estéril, não deve ter nenhuma célula.
Num quadro de meningite o LCR vai se apresentar turvo ou xantocrômico. Presença de glicose e cloreto diminuídos. Glicose encontra-se diminuída pelo consumo/atividade bacteriana. Bactéria se multiplica no LCR, consequentemente ela vai consumir a glicose e produzir pronteínas. Então o LCR de uma meningite bacteriana é classicamente encontrado como: aumento de neutrófilos do tipo PMN acima de 500, 1000 ou até de 5000, com proteínas elevadas e glicose e cloreto diminuídos. Quando é viralhá aumento de linfócitos.
A punção liquólica: o pcte pode ficar deitado em decúbito lateral (posição fetal) ou na posição sentado. Punciona a pele e os ligamentos da coluna até chegar no canal medular.
Aqui a gente tem o LCR limpo, claro. Tem o LCR turvo, citrino, xantocrômico e hemático.
Hemático – cor de sangue;
Xantocrômico – vem do termo xantinas, que quer dizer avermelhado. Tem um ponto parcial de sangue, mas nem tanto.
Turvo ou leitoso – a dependerda quantidade de células que tenha no LCR.
O padrão-ouro é identificar a Neisseria. Ela pode ser identificada tanto no LCR como no sangue realizando a cultura.
Alguns outros exames podem ser utilizados: contraimunoeletroforese cruzada (especificidade de 98%), aglutinação pelo látex (especificidade de 90%). No entanto, esses não são utilizados.
A gente pode fazer uso de um exame que tem uma especificidade muito baixa, mas uma sensibilidade muito alta, que é a coloração de gram (vai definir se é gram+ ou -).
Não menos importante tem o ELISA (tentar encontrar anticorpos anti-Neisseria) e o PCR (formas crônicas, recidivantes).
Tratamento: pen G cristalina, 300 a 500.000 UI/kg/dia, 3/3 ou 4/4h
(pen cristalina 4 milhões UI, 4/4h por 14 dias).
Ampicilina 200-400mg/Kg/dia – 4/4 ou 6/6 h. 7-14 dias
Lembrar das doses máximas – NÃO PODE ULTRAPASSAR!
A saber: Na prática faz CEFTRIAXONA 2g 12/12h empiricamente. Se tiver certeza diagnóstica faz Pen G Cristalina + Ampicilina.
Na prática... faz ceftriaxona 2g 12/12h (normalmente é usada só 1g, mas para a meningite, precisa atingir o SNC). Pcte chega na emergência e você suspeita de meningite, mas o LCR confirmando vai demorar, pcte tá grave, faz logo a ceftriaxona (pega quase todos os agentes da meningite – pneumococo, hemofilos, neisseria). Na suspeita clínica de meningite, deve ser iniciado o tto o mais precoce possível (pra não precisar do isolamento e pra salvar a vida do pcte). A terapia empírica é instituída até a identificação do agente causador.
Nos EUA existe um protocolo de tto empírico da meningite, chama-se VACA, que consiste em 4 drogas: Vancomicina, Ampicilina, Ceftriaxona e Aciclovir. O estreptococo americano, cerca de 30% é resistente a ceftriaxona, no Brasil apenas 2%. Estando no Brasil, não se faz necessário e uso de vanco, sobrando o ACA. Quando usar a ampicilina? Quando tiver infecção para listeria – pcte idoso (>50a). Quando usar o aciclovir? Encefalite herpética. O grupo de risco é: imunossuprimido e etilista.
Quem é contactante íntimo nos pctes com meningite meningocócica? Todos os familiares ou os intra-domiciliares ou pessoas que durmam no mesmo ambiente. Contactantes de creches e escola: colegas de classe que tiveram contato íntimo com o caso índice. Todos os profissionais de saúde que entraram em contato com o pcte.
Sempre vão ser considerados contactantes iíntimos, aqueles que tiverem contato superior a 40min, no mesmo ambiente, sem proteção.
Profissionais de saúde – aqueles que realizaram manobra de reanimação boca-a-boca, tentativa de IOT sem máscara e contato com secreção orofaríngea sem proteção.
Qual máscara utilizar? A máscara N95 ou PFF2 não é necessária. USAR MÁSCARA NORMAL É SUFICIENTE!
A doença meningocócica é uma doença de notificação compulsória. Ao notificar, se cria uma rede de pesquisa e investigação, a fim de localizar todos os contactantes e fazer a profilaxia quando necessário. Para a profilaxia, o MS só recomenda uma droga – rifampicina 600mg VO 12/12h por 2 dias em adulto. Criança 10mg/kg VO 12/12h por 2 dias. 
A profilaxia não é 100%, mas precisa ser feita quando indicada. Então a gente vai sempre indicar algumas profilaxias que são extremamente importantes: o uso da máscara cirúrgica simples, sempre que for fazer algum procedimento, utilizar avental. Pra intubar o pcte, utilizar óculos de proteção, utilizar luva e avental sempre que for manipular as VA e uso da máscara cirúrgica simples. (IMPORTANTE!!!!)
Lembrando mais uma vez os contactantes íntimos: todos os familiares, todos os contactantes de creche e escola, namorado ou namorada, e os profissionais de saúde só vão fazer quimioprofilaxia quem tiver com contato sem proteção. 
A vacina que tem hoje disponível no SUS é o sorotipo C. O grupo B foi liberado em janeiro. A Meningo C quais são as indicações? Pcte menores de 1 ano, pcte com asplenia funcional ou alguma doença relacionada que precisou retirar o baço, imunodeficiências primárias, HIV em menores de 13 anos, pctes que fazem implante de cóclea e pctes que tem doença de depósito (sarcoidose, amiloidose).
Vacinas: BCG pra TB // Hib pra Haemophilus influenzae tipo B // Pneumocócica 10 – valente: Meningite pneumocócica.
O que precisa na doença meningocócica? A principal coisa é o exame físico detalhado, alguns detalhes e algumas coisas que a gente consegue perceber e que vão facilitar o nosso diagnóstico. Tb é importante a terapia empírica adequada -> reconheceu meningite, inicia o ATB, o mais rápido possível, sempre que necessário, realizar o suporte intensivo.
RESUMO DE OUTRO SEMESTRE!!!
É uma doença que aparece mais em uma época do ano (certa sazonalidade).
Meningite = doença inflamatória infecciosa das meninges (leptomeniges)
A meningite pode ser bacteriana(meningococos),, fúngica (criptococos em pacientes HIV positivo), parasitária, viral (enterovírus é um dos principais patógenos virais).
O meningococo é um diplococo gram negativo.
O meningococo tem uma fácil colonização das vias aéreas superiores.
Tem distribuição MUNDIAL, mas com aumento da incidência em países subdesenvolvidos;
1980 – primeiro caso descrito e confirmado no Ceará
No Ceará, a principal faixa acometida pelo meningococo são os menores de 1 ano
A doença meningocócica é mais grave nos maiores de 50 anos e menores de 1 ano, sendo que sua incidência é maior em menores que 1 ano.
A vacina do SUS é a para meningococo tipo C, e a tipo B somente para imunodeprimidos, paciente com HIV, pós esplenectomia e portadores de neoplasias.
Risco elevado para epidemias = relacionado com a facilidade com que o meningococo patogênico penetra as VAS;
O reservatório natural do meningococo é o HOMEM.
O homem assintomático é principal perpetuador das epidemias de N. meningitidis.
2% das pessoas tem o colonização por meningococo. Não causando nenhum dano ao indivíduo, a não ser que este tenha uma fragilidade imunológica. Essa cepa que coloniza o indivíduo pode sofrer uma mutação e se tornar patogênica gerando os surtos de epidemia.
O alvo das vacinas são o tipo B e C considerados mais graves; O sorotipo A está praticamente fora de circulação;
A Neisseria meningitidis está localizada na nasofaringe.
18:00min! Possível questão de prova: 
O modo de transmissão é por contato íntimo: contato com secreção (beijo...nao necessariamente na boca, o importante é ter o contato com a saliva), compartilhar objetos, parceiros... e depende do tempo de contato
O período de incubação vai de 2 a 10 dias. Mas em geral os sintomas surgem de 3-5 dias.
Período de incubação: vai do momento em que se entra em contato com o patógeno e se desenvolve os sintomas da doença.
O período de transmissibilidade é enquanto houver a colonização da nasofaringe.
A transmissibilidade da doença meningocócica e meningite pneumocócica cessa 24 horas após o início da terapia com ATB adequado. Pois ocorre a descolonização da nasofaringe.
Fatores de Risco para DM (de repetição, paciente zero...): 
Deficiência imune mediada por complemento (especialmente o C8)
Deficiência de properdina (proteína que impede a adesão do Neisseria Meningitidis à mucosa respiratória)
Asplenia[retirada do baço] anatômica ou funcional
Ao contrair uma infecção por NM, o paciente pode desenvolver meningococemia (sepse por NM) ou meningite meningocócica. Quando desenvolve as duas, chama-se doença meningocócica.
Meningococemia: quadro súbito de febre, toxemia, hipotensão e rash petequial[90%] ou purpurico não pruriginoso mais comum em extremidades (sufusões hemorrágicas). O paciente tem horas de vida dada alta taxa de letalidade.
Meningite Meningocócica: início súbito, febre alta, cefaleia intensa e rigidez de nuca (tríade da meningite). Podendo ter vômitos em jato. Sinais de Kerning, Lasegue e Brudzinzki presentes.
A meningite, das 3 formas, é mais comum.
Na meningite não meningocócica o paciente em geral apresenta-se clinicamente com menor gravidade que da MM.
Raramente ocorre pneumonia meningocócica (5-15% das pneumonias); CIVD[coagulação intravascular disseminada] (complicaçãotardia) e meningococemia crônica- quadro leve (Relacionada aos 3 FRs). Ademais, dermatite e artrite.
O isolamento da NM é o padrão ouro para o diagnóstico da meningite meningocócica. Pode ser isolada do sangue ou do líquor.
Qualquer médico pode fazer a punção liquórica.
O LCR normal é estéril, sem células.
O LCR normal é transparente [água de rocha (ou rosa)]
O LCR na meningite bacteriana é turvo (chegando a purulento!), com aumento de neurófilos (PMNs), aumento de proteínas e diminuição de glicose e cloreto. Na infecção viral ocorre aumento de linfócitos. A punção pode ser feita deitada ou sentada.
A coloração é de muita importância para o diagnóstico, ela identifica o bacilo gram negativo.
Tratamento(oficial):
Penicilina cristalina, 4.000.000 U, 4/4 horas, por 7-14 dias (peso 60-70kg)
Prescrição nos slides: Pen Cristalina 300 a 500.000 UI por kg, 3-3h ou 4-4h 
Dose máxima : 24.000.000 UI por dia
Ampicilina
Tratamento mais usado na pratica(empírica): ceftriaxona 2g 12/12 horas.
A ceftriaxona não cobre a Listeria! A droga que a cobre é a ampicilina.
Paciente com suspeita de meningite=iniciar tratamento.
Iniciar a terapia empírica na suspeita de meningite até o isolamento do patógeno e após isso usar o fármaco mais indicado, na pratica continua-se usando a ceftriaxona.
Esquema VACA (usado nos EUA): vancomicina (para o estreptococo resistente a ceftriaxona), ampicilina (usado em acima de 50 anos, pelo maior risco de listeria!), ceftriaxona e aciclovir (usado para a etilistas e imunossuprimidos pelo risco de menigoencefalite herpética). Não usa corticoide.
A doença meningocócica é uma doença de notificação compulsória.
Quimioprofilaxia (possível questão de prova!):
Familiares intradomiciliares ou pessoas que durmam no mesmo ambiente.
Contactantes de creches ou escolas
Namorado ou namorada
Profissionais de saúde: apenas os que realizaram manobras de respiração boca-a-boca, tentativas de intubação orotraqueal sem máscara ou que tiveram contato com secreção orofaríngea sem proteção.
Só deve ser feita se o tempo de contato com o infectado ultrapassar 40min no mesmo ambiente.
A droga de escolha para a QP é a Rifampicina 600 mg, VO, 12/12 horas por 2 dias.
Sempre utilizar máscara cirúrgica simples, luva e avental. Se estiver utilizando estes equipamentos não precisa fazer a QP.
Vacinação Meningocócica C:
Acima de 2 anos
Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas (tipo B também)
Imunodeficiências primárias (Tipo B também)
HIV + menores que 13 anos (Tipo B também)
Implante de cóclea (tipo B também)
Doença de depósito (sarcoidose e amiloidose) (tipo B também)
Reavaliar e reexaminar o paciente!
Só faz quimioprofilaxia se estiver sem proteção.
Notificar -> investigar -> bloquear
Profilaxia
❖ Uso de Máscara cirurgica simples
❖ Avental sempre que houver possibilidade de exposição
à secreções
❖ Óculos de Proteção sempre que for realizar
procedimentos
❖ A máscara N95/PFF2 - Não é necessária

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