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Slide 2 Interação na ingestão . Fármaco como anfetamina usado para hiperatividade em crianças reduz o apetite podendo causar desnutrição. . Fármacos psicológicos aumentam o apetite causando aumento de peso. . Fármaco que é usado para o tratamento de câncer, vermífugos, podem causar alteração no paladar (disgeusia) ou redução na percepção do paladar (hipogeusia). Interação na absorção . Fármacos que são usados para reduzir o esvaziamento gastrointestinal - Ex: Laxantes, causam esteatorréias ( diarreia pelo acúmulo de gordura nas fezes) levando a perda de cálcio e potássio. . Fármacos que afetam a absorção de gorduras, colesterol e vitaminas lipossolúveis - Ex: óleos minerais - Cimetidina, usada no tratamento de úlceras, causa diminuição da produção de HCL atrapalhando a absorção de Vit. B . Fármacos procinéticos, antiemétcos e antiácidos - Medicamentos para acidez estomacal, devem ser tomados junto com o alimento, porque esse é o propósito deles no estômago. - Ex: Omeprazol, dramin, plasil. . Analgésicos e anti-inflamatórios devem ser consumidos com o alimento para evitar irritação das mucosas gástricas. O nutriente diminui a velocidade de absorção devido a diminuição no esvaziamento gástrico. . Os alimentos quando chegam na bile estimulam a produção e excreção da bile que aumenta a dissolução e com isso a absorção de nutrientes e fármacos. Isso explica a absorção de fármacos com alimentos gordurosos. Ex, fármacos como carbamazepina e fenitoína tem absorção aumentada com dietas hiperlipídicas. Distribuição . No estado de subnutrição, a hipoalbuminemia aumenta a competitividade entre fármaco e nutriente pelos sítios de ativação de albumina. Aumentando a fração livre farmacologicamente ativa. Interação no metabolismo O estado nutricional pode aumentar ou retardar funções digestivas, pancreáticas e hepáticas. . Aminoácidos aumentam a atividade da enzima P450 . Glicídios e triglicerídios diminuem a atividade da P450 . O tempo de meia vida do fármaco pode ser reduzida com uma dieta hiperlipídica, ou aumentada com uma dieta rica em açúcares e gorduras. . Pacientes diabéticos além de não ser recomendada uma dieta rica em açúcares, dificulta ou até mesmo inibe a ação de fármacos que reduzem o colesterol, anti-hipertensivos e diuréticos. . Fármacos que formam complexos interferindo no seu metabolismo - Ex: Isoniazida que é usada no tratamento prolongado da tuberculose que forma complexo com a vitamina B6, em vários níveis podendo causar deficiência dessa vitamina. . Fármacos psciquiátricos do tipo inibidores de monoaminoxidase . Mas o exemplo mais amplamente conhecido é entre o fármaco e as aminas vasoativas presentes nos alimentos. Em condições normais as aminas vasoativas nos alimentos não apresentam risco, porque são rapidamente metabolizadas pelas monoaminoxidases. No entanto essa enzima é inibida pela ação de fármacos anti-depressivos, anti-hipertensivos, antimicrobiais e antineoplásicos. . A tiramina é normalmente oxidada pela monoaminoxidase, e os inibidores dessa enzima interferem nesse processo e o resultado é o acúmulo de tiramina nas terminações nervosas. Uma grande ingestão de tiramina pode causar uma crise hipertensiva, caracterizada por náusea e cefaleia. Induzem o aumento da produção de catecolaminas, taquicardia. - Evitar: produtos enlatados, chocolate, embutidos, iogurte, coalhada, vinho, cerveja... . Dieta hipoproteica e hipoglicídica: diminuição da atividade enzimática dos citocromos e aumento do tempo de meia vida plasmático. . Dieta hiperproteica e hipoglicídica: aumento da atividade enzimática dos citocromos e diminuição do tempo de meia vida plasmática. Interações na excreção . Medicamentos bases fracas - Anfetamina, cloroquina, morfínicos e teofilina. Podem ter sua excreção aumentada por uma alimentação ácidas, ou alimentos que produzam metabólitos ácidos (carnes, pães, ameixa), devido a acidificação da urina. . Medicamentos ácidos fracos - Ácido acetil salicílico, aminoglicosídeos, barbitúricos, penicilina, diuréticos, sulfonamidas. Tem sua excreção aumentada com dietas alcalinas , devido a alcalinização da urina pelos resíduos alcalinos dos alimentos. . Dietas hipoproteicas – causam diminuição da excreção renal . Dietas ricas em potássio causam retenção de potássio e riscos de distúrbios cardíacos. Não podem ser consumidas com diuréticos poupadores de K+. Banana, água de coco, laranja. . Dieta hiperlipídica – aumenta o tempo de meia vida e diminui a excreção renal. . Dietas ricas em sódio – aumentam a perda de potássio, retenção de líquidos aumentando o risco de hipocalemia e hipertensão quando ingeridos com diuréticos poupadores de K+ . Dietas alcalinas – aumento do ph urinário, aumento da ionização, diminuição da reabsorção tubular e aumento da excreção de medicamentos ácidos e diminuição de medicamentos básicos. . Medicamentos ácidos – diminuição do ph urinário, diminuição da ionização, aumento da reabsorção tubular, aumento da excreção de medicamentos básicos e diminuição da excreção de medicamentos ácidos. Álcool e medicamento . Doses pequenas = melhorar absorção devido o aumento do fluxo sanguíneo no GI . Doses altas = Diminuição da absorção devido a espasmos no piloro devido a irritação GI . Aumento das secreções ácidas = bebidas com baixo teor alcóolico . Diminuição da secreção ácida = bebidas com alto teor alcóolico . . Diminuição da taxa de albumina (alcóolico crônico) . Aumenta o volume de distribuição em vários tecidos porque modifica a permeabilidade da membrana e aumenta o débito cardíaco. . Ingesta aguda = inibe o sistema citocromo P450 . Ingesta excessiva crônica = aumenta o sistema citocromo P450. Causa hipertrofia do retículo endoplasmático liso do hepatócito, contribuindo para a tolerância metabólica. . Aumento sedativo de vários fármacos de ação central . Potencializa a atividade dos hipoglicemiantes, interfere com a gliconeogênese hepática causando hipoglicemia. Eliminação: retenção de água, reduz a eliminação dos fármacos. Slide 4 Adrenérgicos - Adrenérgicos agonistas = ativam adrenoceptores - Adrenérgicos antagonistas = antagonizam os efeitos dos adrenoceptores Catecolaminas = Adrenalina, Noradrenalina, isoproterenol, dopamina. Através desses mecanismos de ação existem fármacos que auxiliam no tratamento de: - Doenças cardíacas - Doenças respiratórias - Doenças psiquiátricas Os principais alvos farmacológicos são: - Receptores de adrenérgicos - Transportadoras de monoaminas - Enzimas que metabolizam catecolaminas Daí existem os 5 grupos de receptores adrenérgicos = Alfa 1, 2, beta 1 e 2 e beta 3 Alfa 1 – Vasoconstrição, midríase, aumento de salivação, aumento da resistência periférica, aumento da pressão arterial, estímulo do esfíncter superior da bexiga, relaxamento do músculo gastrointestinal, glicogenólise hepática Alfa 2 – Inibição da liberação de neurotransmissores, como a noradrenalina, inibição da insulina, agregação plaquetária, contração do músculo liso vascular Beta 1 – Aumento do débito cardíaco (taquicardia), aumento da força cardíaca (da contrabilidade do miocárdio), aumento da lipólise. Beta 2 – Broncodilatação, vasodilatação, pequena diminuição da resistência periférica, aumento da glicogenólise hepática e muscular, aumento da liberação de glucagon, relaxamento da musculatura uterina, tremor muscular Beta 3 – Termogênese e lipólise. Asma aguda, choque anafilático e associado com anestésicos locais – a1, a2, b1, b2 Tratamento do choque – a1, a2, b1 Broncodilatador (obsoleto) – B1, B2 Tratamento do choque, tratamento da insuficiência cardíaca – dopaminérgicos e beta1 Tratamento da insuficiência cardíaca congestiva – b1 Descongestionante nasal – a1 Tratamento taquicardia supraventricular – a1 Tratamento hipertensão – a2 Broncoespasmo – b1 >b2 Broncodilatador, evitar parto prematuro – b2 Déficit de atenção – b2 Déficit de atenção, obesidadee estimulante do SNC – A e B Asma e descongestionante nasal – B1 Qual medicamento pode ser usado no tratamento da asma? - Salbutamol, que é agonista do B2, que é broncodilatador Qual o medicamento de escolha para a insuficiência cardíaca? - Fármacos agonistas do B1 Descongestionante nasal - a1 e b1 Antagonistas - A maioria dos antagonistas de receptores adrenérgicos é seletiva para os receptores alfa ou beta, em muitos casos também para seus subtipos. As ações dos antagonistas betadrenérgicos são discretas em indivíduos em repouso e tem como ação mais importante os efeitos sobre o sistema cardiovascular e sobre o músculo liso brônquico. Um efeito importante é a sua atividade anti-hipertensiva (só em indivíduos hipertensos) Agonistas de ação indireta – São aqueles que não provocam diretamente os receptores pós-sinápticos mas que promovem a liberação de noradrenalina nos terminais adrenérgicos. Agonistas de ação direta - Receptores colinérgicos muscarínicos M1 – neural M2 – Cardíaco M3 – glandulares e musculares M4 e M5 – SNC Papel funcional não está bem elucidado Efeitos principais dos agonistas muscarínicos - Bradicardia, vasodilatação – aumento da P.A, contração da musculatura lisa de vísceras – bexiga, intestino, brônquios, aumento da excreção exócrinas (lacrimal, salivar, gástrica), miose. Principais efeitos dos antagonistas muscarínicos - Taquicardia, relaxamento da musculatura lisa visceral e menor secreção exócrina, midríase. Uso clínico: tratamento de bradicardia, dilatação pupilar, neurológico, asma, antiespasmódica (diminui a secreção gástrica). Slide 5 Hipertenção: é um quadro clínico multifatorial que é sustentado pelo aumento da pressão arterial. Está relacionado com alterações funcionais e estruturais de órgãos como coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos e também de alterações metabólicas, muitas vezes relacionada com doenças cardíacas, que podem até mesmo ser fatais. - Pessoas da raça negra, que bebem muito, diabéticos, que tem casos na família, que ingerem muito sal, e pessoas acima do peso, são mais propensas a ter. Tratamentos usados: 1. Betabloqueadores – atuam diminuindo o débito cardíaco e a pressão sanguínea. Diminuem o consumo de oxigênio pelo miocárdio devido a diminuição do trabalho cardíaco. (Ação farmacológica) . Farmacocinética: metabolização hepática, excreção renal, atuam na biodisponibilidade – solubilidade. . Efeitos colaterais: Bradicardia, broncoconstrição, ações no SNC (letargia, confusão, pesadelos de depressão) 2. Bloqueadores dos canais de cálcio: Nifepidina: É um vasodilatador arteriolar periférico que atua também na frequência cardíaca. Pode causar rubor, cefaléia hipotensão e edema periférico. 3. Vasodilatadores: Nitratos e nitritos orgânicos: nitroglicerinas Farmacocinética: Inicio da ação pode variar de 1 minuto (nitroglicerina) até cerca de 1h (mononitrato de isossorbida). A nitroglicerina sofre importante efeito da primeira passagem, sendo usada sempre de modo parenteral (spray ou sublingual) 4. Inibidores da enzima conversora (IECA) 5. Antagonistas da angiotensina II – São fármacos que atuam no sistema renina-angiotensina-aldosterona. 6. Diuréticos – São fármacos que atuam nos rins aumentando o fluxo urinário. Regulam não só o volume de urina mas sua composição, eliminando também eletrólitos como sódio e cloro. Insuficiência cardíaca congestiva Digitálicos – Inibem a bomba de sódio e potássio no miócito. Causa disputa do K pelos sítios de ligação aumentando a quantidade de íons de Ca no meio intracelular. Aumenta o tônus do nervo vago. Ionotrópicos – Agonistas dos receptores B e inibidores dos fosfodiesterase. Diminuem a carga de trabalho cardíaco e com isso o uso de O2 pelo miocárdio. Dilatação das veias que constituem a pré-carga. Dilatação das artérias que constituem a pós-carga. Angina – Dor no peito causada por insuficiência no fluxo coronariano para a demanda de O2 no miocárdio. Pode ocorrer por obstrução do fluxo por placa de ateroma ou por espasmo coronariano. Instável – episódios em repouso e modificação nas características. Estável – Episódio precedidos de exercícios. Bloqueadores do canal de cálcio – Nitratos ou nitritos: - Aumentam a dilatação das grandes veias com consequente diminuição do retorno venoso ao coração (pré- carga) diminuindo o trabalho do miocárdio. Dilatação dos vasos coronarianos com o aumento de O2 no miocárdio. Efeitos colaterais: rubor, hipotensão, cefaleia, edema periférico. Betabloqueadores Arritmia – Alteração na velocidade do batimento cardíaco. Classe I – Bloqueio dos canais de sódio Classe II – Bloqueio dos B - adrenérgicos Classe III – Aumento da duração do Potencial de ação – bloqueio dos canais de potássio Classe IV – Aumento dos canais de cálcio.
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