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11 PASSOS DA AÇÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA R$ 199.685,24 IMPLEMENTANDO A ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA Eu sempre gostei muito de uma frase que diz: “Quando você não sabe para onde quer ir, qualquer lugar serve”. Essa de começar a advogar sem ter um rumo, sem ter um objetivo fixo, não traz nenhum resultado e tampouco satisfação profissional. Por isso vemos diversos novos advogados reclamando do mercado, que não tem clientes, que não tem espaço, enfim. Mas se analisarmos há algo em comum entre eles: não possuem um ramo de atuação especifico e fixo. Ficam pulando de área em área e não conseguem se firmar e se posicionar no mercado. O que é e como se posicionar no mercado? Para começar a atuar na advocacia previdenciária, o colega tem que se identificar com o mercado. Verificar como é a concorrência e como se comportam os advogados com seus clientes. MAS ANTES… AVISOS IMPORTANTES: - Essa aula será puramente prática, sem enrolação e direta ao ponto. - Essa aula é ao vivo e online, e não terá reprise nem ficará disponível depois da transmissão. - Ao final da aula, quem estiver online, vai poder baixar os Slides com os 8 passos. - Se a aula travar para você, aperte F5 ou tente acessar de outro navegador. - Nós preparamos uma condição única e exclusiva para quem ficar até o final e se interessar pelo curso completo de prática em benefícios previdenciários. - As perguntas eu vou responder no final da aula. O que você vai aprender com essa aula? - Como se posicionar no mercado da advocacia previdenciária - Como investir da maneira correta para atuar nessa área - Qual a localidade que seu escritório deve estar instalado para atender a demanda previdenciária - O que os advogados especialistas estão fazendo para ter sucesso nessa área - Como implementar em 8 passos a advocacia previdenciária no seu escritório QUEM SOMOS? Tiago Pereira Professor, palestrante, advogado especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário @advpratica Vanusa Mendes Professora, Advogada especialista em Direito Previdenciário @diaadiaadvocacia NEM SEMPRE TIVEMOS SUCESSO NA ADVOCACIA Sabe o motivo pelo qual temos poucos advogados se lançando na advocacia previdenciária? Culpa da grade da faculdade que raramente investe nessa área de ensino. Eu por exemplo tive um semestre em Direito Previdenciário e a única coisa que consigo lembrar é que ficamos 6 meses falando sobre princípios e mais nada. Quando a faculdade lança o profissional no mercado, não há qualquer referência se é ou não uma área lucrativa, e como fazer para conquistar clientes e conhecimento para atende-los. Quando eu comecei a advogar, eu sempre tive vontade de atuar na área previdenciária, porém eu não sabia como estudar a matéria, quais clientes eu poderia abordar e o que oferecer pra eles. Atuação administrativa para mim parecia algo muito distante por não saber nada além da lei 8.213/91. Instrução Normativa do INSS parecia grego e sem nenhuma base de estudos eu não conseguia entender como poderia advogar para os meus clientes. Sem contar na falta de colaboração de profissionais já atuantes na área que não querem repassar conhecimento e tampouco as dicas que os fizeram ter sucesso nessa área. O novo advogado ou aquele que não atua, se sente sozinho quando quer começar na advocacia previdenciária. NEM SEMPRE TIVEMOS SUCESSO NA ADVOCACIA Foi então que eu percebi que precisava escolher um nicho dentro do Direito Previdenciário pra depois expandir as opções de prestação de serviços, e acabei escolhendo atuar em concessão e restabelecimento de benefícios, que pra mim é a porta de entrada pra quem quer atuar na área. Busquei um conhecimento puramente prático que me desse condições de atuar tanto no âmbito administrativo como judicial. O incrível de tudo isso é que depois de um tempo, você não precisa se preocupar em ir atrás do cliente porque nesse ramo, a indicação é muito forte e os clientes começam a aparecer se você traz resultados para eles. Depois de criar uma carteira de clientes nessa área eu resolvi compartilhar esse conhecimento prático para outros colegas que querem aproveitar essa oportunidade que o mercado está oferecendo com o INSS indeferindo diversos benefícios e ainda com a operação pente fino. Chamei a Dra. Vanusa Mendes pra participar como professora nesse treinamento e lançamos o Curso de Prática em Benefícios Previdenciários e hoje você vai poder acompanhar a Aula Inaugural GRATUITAMENTE. Vamos lá? PASSO A PASSO DAS AÇÕE DE AUXÍLIO-DOENÇA Primeiro passo - Identificar como os clientes chegam no escritório Com a operação pente fino, muitos benefícios estão sendo cessados, principalmente os de auxílio- doença. Muitos desses benefícios são cortados indevidamente, mesmo com a piora da incapacidade laboral do segurado. Em alguns casos, vale a pena a tutela de urgência, outros casos, cabe uma análise mais cuidadosa pra não prejudicar o cliente numa eventual reversão da decisão e ele ter que devolver os valores ao INSS. O STJ vai rediscutir a matéria se é ou não devido o ressarcimento dos valores pagos em decisões precárias, ainda que recebidos de boa-fé. A primeira análise é de onde os clientes estão vindo, indicação, redes sociais, google (o mais eficiente). Eu uso o google Adwords e com um investimento de 300 reais por mês, me gera 4 a 5 ligações por semana. Importante identificar de onde eles estão vindo para saber como direcionar o seu marketing. PASSO A PASSO DAS AÇÕE DE AUXÍLIO-DOENÇA Segundo Passo - Identificar em que situação se encontra o cliente O cliente que busca o auxílio-doença, pode chegar no seu escritório para pedir pela primeira vez o benefício, após se encontrar incapacitado, ou pode requerer o restabelecimento, pois já tinha o benefício e não foi prorrogado. Importante analisar ainda se ele é acometido de doença incapacitante que dá o direito a aposentadoria por invalidez ao invés do auxílio-doença, muito embora, o requerimento deve ser sempre o de auxílio- doença e, o médico perito do INSS avalia se é caso de aposentadoria direto. As vezes o cliente está com alguma dores e acha que consegue o benefício, então estudar bem a situação clínica do segurado pra não perder tempo. Terceiro Passo - Explicar o caminho até o resultado Mostrar ao cliente a importância da ação e do seu trabalho, para fins de cobrança dos honorários que em regra cobra-se 30% sobre os 5 primeiros benefícios e 30% sobre os atrasados. Quarto Passo - Petição Inicial - Endereçamento Verificar a origem da doença ou da incapacidade, pois se for de qualquer natureza sem ser acidentária, a ação é endereçada a Justiça Federal. Se envolve acidente de trabalho, é endereçada a Justiça Estadual, Art. 109, I, CF. Foro competente é o do domicilio do segurado quando houver Justiça Federal na sua Comarca, ou na Justiça Estadual quando for competência Delegada, ou na Justiça Federal da Capital. _____ VARA FEDERAL DO (A) JUÍZADO (JUSTIÇA) FEDERAL DA COMARCA DE Quinto Passo - Qualificação Qualificação de praxe com dados pessoais e principalmente o NIT/PIS do segurado. Quanto ao INSS endereçar intimação a procuradoria mais próxima. contra INSS – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL, autarquia federal que deverá ser citada através de seu representante legal, na procuradoria do INSS situada em Campinas/SP, Rua Jorge Harrat, 95, Ponte Preta, CEP 13041-550, pelas razões de fato e de direito que seguem. Sexto Passo - Gratuidade Judiciária Fazer o pedido com base no art. 98 do NCPC. Expor a situação financeira do segurado, principalmente pelo fato dele estar buscando um benefício por incapacidade de trabalho. A segurada é pessoa desprovida de recursos financeiros para arcar as custas processuais sem prejuízo do seu própriosustento e de sua família, sendo que, busca na presente ação benefício previdenciário pela incapacidade laboral que enfrenta atualmente. Portanto, requer nos termos do art. 98 do NCPC, a concessão da gratuidade judiciária. Sétimo Passo - Síntese Fática A requerente buscou junto ao INSS o benefício previdenciário Auxílio-Doença por estar incapacitada total e permanentemente para o trabalho, pois está acometida de INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (CID 18.0) / DIABETE COM COMPLICAÇÕES RENAIS (CID E 11.2) / DIABETE MELLITUS RELACIONADA COM DESNUTRIÇÃO (CID E 12) / NEFROPATIA DIABÉTICA dependente de tratamento de hemodiálise desde junho de 2017, o que ocorre 3 vezes por semana em sessões de 4 horas por acesso venoso, fistula artério-venosa. É o que se infere do relatório médico emitido pela Dra. XXXXXXXX, CRM-SP XXXXX do Hospital Augusto Oliveira Camargo setor de Diálisa, vejamos: Sétimo Passo - Síntese Fática Diante da incapacidade e restrição total para o trabalho, a segurada buscou da autarquia ré o benefício Auxílio-Doença sob n. XXXXXXXX realizando a perícia no dia 28/03/2018. Ocorre que o médico perito do INSS não constatou incapacidade laborativa (resultado indeferimento anexo) mesmo diante da apresentação de todo o quadro clínico grave da segurada conforme explanado acima. Com efeito, a segurada encontra-se completamente incapaz para o labor seja habitual ou qualquer outro, pois comprova-se pelos documentos anexos que sofre de doença grave de insuficiência renal crônica, necessitando de tratamento de hemodiálise por 3 vezes por semana com duração de 4 horas cada sessão e, diante da negativa da autarquia, não vê alternativa a não ser requerer o benefício previdenciário por incapacidade perante este juízo. Oitavo Passo - Fundamentação Jurídica Todos os benefícios tem os seus requisitos, a saber a contingência (risco social), a carência e qualidade de segurado. Nesse caso, a fundamentação jurídica fica em torno da contingência Incapacidade Laboral que será atestada pela perícia médica judicial. Fundamentar que há a presença de todos os requisitos e apontar a doença incapacitante. DO DIREITO AO BENEFÍCIO AUXÍLIO-DOENÇA OU APOSENTADORIA POR INVALIDEZ Dispõe o art. 193 da Carta Maior que a ordem social tem como base o primado do trabalho com o objetivo do bem- estar e as justiças sociais, sendo a seguridade social o meio pelo qual o Estado promoverá a saúde, assistência social e a previdência social. A Previdência Social prevista no art. 201 da CF, é organizada sob o regime geral de caráter contributivo e de filiação obrigatória atendendo nos termos da lei a cobertura aos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada além de outros. Oitavo Passo - Fundamentação Jurídica Para fazer jus ao benefício, o requerente deve enquadrar-se aos requisitos previstos na lei, sendo eles a qualidade de segurado, contingência, filiação e carência. Quanto a incapacidade para o trabalho decorrente de doença ou invalidez, tem-se os benefícios de Auxílio-doença (acidentário ou previdenciário) e aposentadoria por invalidez respectivamente. O auxílio-doença será concedido quando o segurado encontrar-se incapacitado para o trabalho de forma total e temporária a contar do 16º dia do afastamento do segurado empregado ou a contar da incapacidade para os demais segurados (art. 59 da lei 8.213/91 e 71 do Decreto 3.048/99). No caso concreto, infere-se que a segurado encontra-se incapacitada totalmente para o labor conforme será auferida em perícia médica durante a instrução processual. Presente, pois a contingência. Oitavo Passo - Fundamentação Jurídica Quando da sua filiação perante o INSS, em março de 2017, não era portadora da patologia apontada, pois a doença manifestou-se em 07/2017, afastando a incidência do art. 59, §único da lei 8.213/91. Por conseguinte, quanto a qualidade de segurado, a requerente recolhe regularmente as contribuições sociais como contribuinte individual (art. 12, V, F da lei 8.213/91) conforme CNIS anexo, possuindo ainda, a carência exigida de 12 meses. No tocante a carência, dispensada esta segundo o art. 151 da lei 8.213/91 por se tratar de Nefropatia Grave conforme comprovado nos autos. Conquanto a perícia realizada pela autarquia constatou a aptidão para o trabalho, a requerente não mantém quaisquer condições de retornar ao labor como se vê da documentação em anexo, isso pois, como constatado pelo médico, há grave quadro de insuficiência renal crônica que necessita de tratamento de hemodiálise. Oitavo Passo - Fundamentação Jurídica Como pode a requerente ter uma vida laboral normal se por 3 vezes na semana realiza tratamento hemodialítico com sessões que duram 4 horas cada uma? Ademais, a gravidade da doença impede qualquer esforço físico que comprometa o tratamento conforme laudo médico em anexo, visto que o acesso é venoso para ingerir a medicação. Em julgado semelhante, o TRF 3 decidiu em favor do segurado que sofria da mesma patologia e que a concessão da tutela antecipada era medida de rigor, vejamos: PROCESSUAL CIVIL. PREVIDÊNCIA SOCIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA ANTECIPADA. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA. NEFROPATIA GRAVE. DISPENSA DO CUMPRIMENTO DA CARÊNCIA DO BENEFÍCIO. RECURSO PROVIDO. I - A antecipação de tutela pode ser concedida desde que verificada a presença dos requisitos contidos no artigo 273 do Código de Processo Civil, vale dizer, o convencimento da verossimilhança das alegações formuladas, aliado à iminência de lesão irreparável ou de difícil reparação, manifesto propósito protelatório do réu e reversibilidade da medida. II - O laudo médico juntado constitui elemento probatório apto a demonstrar a gravidade do quadro clínico do agravante, na medida em que atesta ser ele portador de insuficiência renal crônica, doença que o dispensa do cumprimento da carência para a obtenção do benefício, por ser definida como "nefropatia grave" e estar incluída no rol de doenças previsto no artigo 151 da Lei 8.213/91, que permite a aplicação do inciso II do artigo 26 da mesma Lei de Benefícios. III - A situação de incapacidade da agravante que restou demonstrada no atestado médico juntado, segundo o qual a sua higidez física continua prejudicada, permanecendo submetido às restrições de atividade decorrentes da enfermidade, o que permite concluir pela presença da verossimilhança do pedido, já que se encontra impossibilitado de retornar ao trabalho. IV - O risco de dano irreparável se evidencia no comprometimento da subsistência do agravante, em razão de se tratar de benefício de caráter alimentar, que não lhe permite aguardar o desfecho da ação. V - Agravo de instrumento provido. (TRF-3 - AI: 45739 SP 2005.03.00.045739-1, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL MARISA SANTOS, Data de Julgamento: 26/09/2005, NONA TURMA) Oitavo Passo - Fundamentação Jurídica Quanto a patologia Doença Renal Crônica, cumpre destacar (consulta em 20/06/2018 http:// lifesys.com.br/os-direitos-sociais-do-paciente-com-doenca-renal-cronica/): “A Doença Renal Crônica (DRC) consiste em uma lesão renal e geralmente, a perda progressiva e irreversível da função dos rins. Atualmente ela é definida pela presença de algum tipo de lesão renal mantida pelo menos 3 meses com ou sem redução da função de filtração. Muitas vezes, a doença acompanha o indivíduo durante um tempo relativo de vida e, em muitos casos, não há cura, apenas tratamento periódicos tornando-se um agravante no bem-estar e na qualidade de vida do indivíduo.” Ao negar o benefício previdenciário, o INSS obriga a requerente escolher entre o sustento por meio do labor e o tratamento de hemodiálise para a própria sobrevivência. O tratamento, por si só, é motivo para concessão do benefício, pois diante da sua periodicidade, incapacita a requerente para qualquer labor diante dagravidade da patologia e da incapacidade permanente. Oitavo Passo - Fundamentação Jurídica Na ocasião da perícia, requer seja nomeado perito especialista na área correspondente a patologia do segurado a fim de que possa trazer elementos de convicção de que a doença é incapacitante. Nesse sentido a TNU: PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA OU APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REALIZAÇÃO DE PERÍCIA MÉDICA POR ESPECIALISTA. PEDIDO PROVIDO. 1.Não é meramente processual a questão da realização de perícia médica por especialista, pois o trato acerca das características da prova pericial admissível em casos envolvendo discussão sobre capacidade laborativa não envolve o reexame de prova, mas, sim, a valoração jurídica da prova, e mesmo porque a análise destas características é inerente à amplitude objetiva das garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. 2.A regra de que a perícia médica deve ser realizada por peritos especialistas na área médica sobre a qual deverão opinar, prevista no §2º do art. 145 do CPC, subsidiariamente aplicável aos Juizados Federais, somente pode ser excepcionada quando médicos generalistas possuam conhecimento técnico suficiente, a exemplo dos quadros médicos simples. 3.Quando como no caso, a segurada apresenta um quadro médico complicado, complexo, sendo portadora de uma doença neurológica rara, a realização de perícia médica por especialista em neurologia é um direito a ser preservado. 4.Pedido de uniformização provido, anulando-se o acórdão e a sentença para a reabertura da instrução com a realização de perícia por médico neurologista (PEDILEF 2008.75.51.00.1862-7, Rel. Juíza Jacqueline Michels Bilhalva, julgamento em 10.5.2010); Oitavo Passo - Fundamentação Jurídica Portanto, preenchido os requisitos previstos no art. 59 da lei 8.213/91, é de rigor a concessão do benefício Auxílio-Doença Previdenciário, cujo pagamento deve contar a partir do requerimento do benefício. Não obstante, caso fique constatada a impossibilidade de recuperação da sua atividade laboral habitual, por meio da perícia judicial, constatando a incapacidade total e permanente, requer seja concedido o benefício de Aposentadoria por Invalidez nos termos do art. 42 da lei 8.213/91. Nono Passo - Tutela de Urgência Demonstrar que há nos autos os elementos que evidenciam a probabilidade do direito pleiteado, quais sejam, a presença de todos os requisitos para o benefício. DA TUTELA DE URGÊNCIA Para concessão da tutela de urgência o juiz irá auferir se há nos autos, elementos que evidenciam a probabilidade do direito alegado e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, bem como a possibilidade de reversão dos efeitos da decisão segundo o art. 300 do NCPC. A requerente buscou junto ao INSS o benefício previdenciário Auxílio-Doença por estar incapacitada total e permanentemente para o trabalho, pois está acometida de INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (CID 18.0) / DIABETE COM COMPLICAÇÕES RENAIS (CID E 11.2) / DIABETE MELLITUS RELACIONADA COM DESNUTRIÇÃO (CID E 12) / NEFROPATIA DIABÉTICA dependente de tratamento de hemodiálise desde junho de 2017, o que ocorre 3 vezes por semana em sessões de 4 horas por acesso venoso, fistula artério-venosa. É o que se infere do relatório médico emitido pela Dra. XXXXXXXX, CRM-SP XXXXXXX do Hospital Augusto Oliveira Camargo setor de Diálisa, vejamos: (INSERIR FOTO DO LAUDO) Nono Passo - Tutela de Urgência Diante da incapacidade e restrição total para o trabalho, a segurada buscou da autarquia ré o benefício Auxílio-Doença sob n. XXXXXXXXXX-0 realizando a perícia no dia 28/03/2018. Ocorre que o médico perito do INSS não constatou incapacidade laborativa (resultado indeferimento anexo) mesmo diante da apresentação de todo o quadro clínico grave da segurada conforme explanado acima. Com efeito, a segurada encontra-se completamente incapaz para o labor seja habitual ou qualquer outro, pois comprova-se pelos documentos anexos que sofre de doença grave de insuficiência renal crônica, necessitando de tratamento de hemodiálise por 3 vezes por semana com duração de 4 horas cada sessão e, diante da negativa da autarquia, não vê alternativa a não ser requerer o benefício previdenciário por incapacidade perante este juízo. Nono Passo - Tutela de Urgência Por conseguinte, a autora encontra-se sem poder trabalhar e prover o seu sustento e de sua família, razão pela qual pugna-se pela concessão da tutela ante o perigo de dano pela ausência de meios de subsistência e o caráter alimentar do benefício. Em sendo assim, requer em sede de cognição sumária, a concessão da tutela de urgência a fim de compelir a autarquia na implementação do benefício Auxílio-Doença fixando prazo e multa em caso de descumprimento. Décimo Passo - Dos pedidos DOS PEDIDOS Em face do exposto e comprovado, requer-se digne V. Excelência a determinar a procedência total da pretensão deduzida, e: Em caráter liminar: a) A concessão da tutela antecipada de imediato ou após a realização de perícia médica (se possível), determinando-se o INSS que inicie imediatamente o pagamento das prestações do benefício previdenciário Auxílio- Doença, enquanto persistir a enfermidade ensejadora do benefício; b) Caso seja constatado, por meio do laudo pericial, a condição de invalidez (incapacidade insuscetível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade), requer a concessão da tutela antecipada, determinando-se ao INSS que inicie imediatamente o pagamento das prestações do benefício previdenciário Aposentadoria por Invalidez, com fulcro no art. 43 do Decreto 3.048/99 c/c artigos 42 da lei 8.213/91; c) A determinação do pagamento de multa a ser fixada por este juízo com base nos artigos 300 e 497 do NCPC, caso haja por parte da autarquia o descumprimento da tutela a ser deferida; Décimo Passo - Dos pedidos Em caráter definitivo: Ante o exposto requer-se a V. Excelência: a) A citação do INSS para que, querendo, apresente defesa no prazo legal sob pena de incorrer em revelia e seus efeitos jurídicos; b) A determinação ao INSS para que, na primeira oportunidade em que se pronunciar nos autos, apresente o Processo de Concessão do Benefício Previdenciário para apuração dos valores devidos à parte autora, conforme determinado pelo art. 11 da lei 10.259/11, sob pena de cominação de multa diária nos termos do art. 139, IV do NCPC a ser fixado por este juízo; c) A condenação do INSS ao pagamento das prestações previdenciárias de auxílio-doença, devidas desde o requerimento administrativo do benefício, tornando definitiva a tutela antecipada deferida, acrescidas de correção monetária a partir do vencimento de cada prestação até a efetiva liquidação, respeitada a prescrição quinquenal, adotando-se como critério de atualização o INPC (a partir de 04/2006, conforme o art. 31 da Lei 10.741/2003, combinado com a lei 11.430/2006, precedida da MP 316/2006, que acrescentou o art. 41-A à lei 8.213/91). Requer-se ainda a aplicação do juros de mora a serem fixados à taxa de 1% ao mês a contar da citação, com base no art. 3º do Decreto Lei 2.322/87, aplicável analogicamente aos benefícios pagos com atraso, tendo em vista o seu caráter alimentar; Décimo Passo - Dos pedidos d) Constatada por laudo pericial a condição de invalidez (incapacidade insuscetível de recuperação para o exercício de qualquer atividade), requer a condenação do INSS ao pagamento das prestações previdenciárias de aposentadoria por invalidez, vencidas e vincendas acrescidas de correção monetária a partir do vencimento de cada prestação até a efetiva liquidação, respeitada a prescrição quinquenal, adotando-se como critério de atualização o INPC e juros de mora de 1% ao mês; e) A condenação do INSS ao pagamento de custas, despesas e de honoráriosadvocatícios na base de 20% sobre as parcelas vencidas e as doze vincendas, apuradas em liquidação de sentença, conforme dispõem o art. 85, §3º do CPC/2015. Para a prova dos fatos alegados, além do conhecimento dos documentos que acompanham a presente ação, requer e protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos em direito, em especial a perícia médica, sem exclusão de nenhum outro meio que se fizer necessário ao deslinde da demanda. Requer, portanto, a nomeação de perito, escolhido por este MM. Juízo, para a realização da perícia médica, inclusive, se necessários, a realização de exames suplementares, além dos apresentados, que sejam considerados indispensáveis para a constatação da doença. A parte informa, ainda, que não possui condições financeiras para nomeação de assistente técnico, requerendo, desde já, a apresentação de quesitos suplementares. Reitera o pedido de gratuidade judiciária nos termos da fundamentação. Informa a autora que em atendimento ao disposto no art. 319, inciso VII do CPC/2015, não tem interesse na realização de audiência de conciliação tendo em vista que a matéria reclama perícia médica. Décimo Primeiro - Valor da Causa O valor da causa vai depender da competência material…. Juizado Especial Federal - Art. 3º, Lei 10.259 - Até 60 salários mínimos (renúncia do excedente). Justiça Federal e Estadual - Art. 292, NCPC - Atrasados mais 12 parcelas No caso de auxílio doença, é 91% do salário de benefício. Dá-se a causa o valor de R$ XXXXXXXX para efeitos de alçada. ESTE MATERIAL PERTENCE À TIAGO PEREIRA ADVOCACIA NA PRÁTICA Instagram: @advpratica contato@advocacianapratica.com.br
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