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Fisiologia Renal Enfocando Exames Laboratoriais Basicos 06 06 18 Para Alunos (1)

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Avaliação Laboratorial da função
Renal e da Urina (Urinálise) 
Exames Básicos
Maria Theresa Cerávolo Laguna Abreu
TESTES LABORATORIAIS DE FUNÇÃO RENAL
Taxa de Filtração glomerular
Uréia
Creatinina
Urina I
Porth e cols, Fisiopatologia, 2004, Guanabara Koogan
Cistoscopia
Ultra=Sonografia
Estudos Radiológicos -
Sodré, et al, 2007. Avaliação da Função e da Lesão Renal: um desafio laboratorial. J. Bras. Patol. Med. Lab.
TESTES LABORATORIAIS DE FUNÇÃO RENAL
Taxa de Filtração glomerular (TFG) ou Ritmo de filtração Glomerular (RFG)
Creatinina
Uréia -
Urina I -
Filtração Glomerular
Sangue: 45.000 mg/L de albumina
Slide cortesia de Glen Hortin
Creatinina Plasmática
APLICAÇÃO CLÍNICA DA CREATININA
Proporcional à massa muscular
Lixo do metabolismo muscular
Filtrada livremente no glomérulo, secretada muito pouco nos túbulos, não é
Reabsorvida
Variabilidade biológica: <10%
Aumento nos níveis séricos: quando perda de 50% da função renal
Pouco sensível para alteração leves e moderadas da taxa de filtração gromerular (0,6 
® 1,2 mg/dL)
CARACTERÍSTICAS
Derivado da creatina
Sintetizada no fígado e pâncreas a partir de 
arginina, glicina e metionina
Fosforilada no tecido muscular: reservatório de 
alta energia
Convertida rapidamente em ATP
Creatina: 400 mg/100 g de músculo
Conversão espontânea: creatinina (2% ao dia)
Creatinina Plasmática
APLICAÇÃO CLÍNICA DA CREATININA
Proporcional à massa muscular
Lixo do metabolismo muscular
Filtrada livremente no glomérulo, secretada muito pouco nos túbulos, não é
Reabsorvida
Variabilidade biológica: <10%
Aumento nos níveis séricos: quando perda de 50% da função renal
Pouco sensível para alteração leves e moderadas da taxa de filtração gromerular (0,6 
® 1,2 mg/dL)
Creatinina Plasmática
Creatinina é a 
estrutura da 
creatina anelada
(forma de anel)
Aumento da Creatinina Plasmática
Dano renal
Dieta
Doença Muscular
Creatinina
V.R.: <12 anos 0,25 – 0,85 mg/dL
homens 0,60 – 1,20 mg/dL
mulheres 0,40 – 1,00 mg/dL
Pouco sensível em alterações leves da função renal
Sodré, Costa & Lima, Avaliação da Função e da Lesão Renal. J Bras. Patol Med Lab. 2007. 
Inulina – marcador exógeno
A inulina é extraída de vegetais 
Clearance Renal
Determinação da Taxa de Filtração Glomerular
Carga Filtrada = Carga Excretada
TFG X Pcreat = Ucreat X V (por unidade de tempo)
TFG = Ucreat X V
Pcreat
Ajusta-se o Clearance pela área 
Corporal x 1,73m2.
Clearance – resultado em unidade de tempo
Sodré, Costa & Lima, 2007. J Bras Patol Med Lab
MDRD: “Modification of Diet in Renal Desease” ou Modificação da Dieta em Doenças 
Renais.
Nos seus parâmetros temos que descrever raça, sexo, idade. 
Fatores dificultadores são raça no Brasil.
Clearance de Creatinina
Paciente Mulher (71 anos, peso 93kg):
Creatinina (soro) – 0,88 mg/dL
Creatinina Urina – 13,2 mg/Kg
Volume Urinário – 1850ml
Depuração de Creatinina – 69,9ml/min
Os valores normais de clearance de 
creatinina são:
•Crianças: 70 a 130 mL/min/1,73 m²
•Mulheres: 85 a 125 mL/min/1,73 m²
•Homens: 75 a 115 mL/min/1,73 m²
Estimativa da TFG 
no próprio exames de creatinina
É dada pela equação derivada do estudo de MDRD
(Modificação da Dieta em Doenças Renais)
Uréia Plasmática –
medida grosseira da função renal VR: 15 a 45 mg/dL
Interpretação Clínica: Exame útil na avaliação renal, que vem sendo substituída pela dosagem de creatinina, pois a
uréia sofre mais a influência do catabolismo protéico. Aumenta na filtração glomerular deficiente, dieta hiperprotéica,
desidratação. Diminui em insuficiência hepática, dieta hipoprotéica, anorexia nervosa.
METABOLISMO PROTEICO
Aumenta o gradiente osmótico
corticopapilar
Ducto Coletor Medular Interno
ADH permeável a água e uréia
RECICLAGEM DA URÉIA
FÍGADO: AMONIA -------- URÉIA
Filtrada nos glomérulos, porém cerca de 40% 
retornam para o plasma por difusão passiva;
Avaliação da Função Renal – Kirsztain, 2009, UNIFESP
Uréia Plasmática –
Exames de Função Renal – Uréia e Creatinina
As três análises de urina mais comuns são:
1- URINA DE 24 HORAS
2- EAS (elementos anormais do sedimento) ou urina tipo 1*
3- UROCULTURA
Análises Comuns na Urina
URINA DE 24 HORAS
Os resultados da urina de 24 horas ajudam a definir a taxa de filtração
glomerular (TFG)
Nos últimos anos tem perdido popularidade, por causar inconveniência de
ser feito, já que obriga o paciente a coletar sua urina durante 24 horas
ininterruptas.
Determinação da Taxa de Filtração Glomerular
Carga Filtrada = Carga Excretada
TFG X Pcreat = Ucreat X V (por unidade de tempo)
TFG = Ucreat X V
Pcreat
Instruções para colher a urina de 24 horas:
1) Escolher qual o intervalo mais confortável para a coleta (normalmente inicia no
domingo) e o melhor horário para iniciar. P.ex: início as 7 horas da manhã.
2) Ao acordar às 7h, você deve esvaziar a bexiga, urinando normalmente no vaso
sanitário. Portanto, a primeira urina do dia deve ser desprezada (anotar o
horário). O exame começa na hora em que se esvazia a bexiga pela primeira vez
no dia.
A urina que estava da bexiga às 7h não foi produzida às 7h, mas sim durante toda a madrugada, desde a última vez
que você urinou. Portanto, esvaziando-se a bexiga, colheremos apenas a urina produzida a partir das 7h da manhã
3) A partir de agora, toda e qualquer urina deve ser guardada no mesmo recipiente
4) Você deve colher toda urina até às 7h do dia seguinte, incluindo esta última.
Lembre-se, o exame começa quando você esvazia a bexiga às 7h, e termina quando a esvazia de novo, também às
7h. A coleta da última urina pode ter uma tolerância de 10 minutos para mais ou para menos (entre 6:50h e 7:10h)
5) Uma vez terminada a coleta de 24h levar a amostra ao laboratório.
Se houver qualquer perda na urina, o ideal é abortar a coleta, desprezando o que já foi colhido, e reiniciá-la no dia
seguinte. Uma pequena quantidade de urina perdida já é suficiente para causar erros no resultado final.
EAS (ELEMENTOS ANORMAIS DO SEDIMENTO) 
OU URINA TIPO 1
CÁPSULA DE BOWMAN
- H2O.
- 1% DE SAIS INORGÂNICOS: NaCl; Na
2CO3 KCl; Na2SO4; CaCl2 .
- 2% DE METABÓLITOS ORGÂNICOS E
PRODUTOS DE EXCREÇÃO: Glicose,
Aminoácidos, Lactatos, Piruvato,
Corpos Cetônicos, Uréia, Ác.Úrico.
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URINA I - EAS
SEDIMENTO URINÁRIO - CELULAS
1) HEMACIAS
2) LEUCOCITOS
3) CELULAS EPITELIAIS
TESTES FÍSICOS
1- ASPECTO
2- COR
3- ODOR
4- VOLUME
TESTES QUÍMICOS
Método Semi-Quantitativo
EAS é divido em duas partes:
DIPSTICK
Disponível
em:http://www.google.com.br/search?q=rotina+de+urina+tipo+1&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=aIuRUeqcLujJ0wGm9ID4Cg&sqi=2&ved=0CAcQ_AUoAQ&b
iw=1280&bih=699#imgrc=3plckd9_l_XLgM%3A%3BNY2ntKVIUn1kDM%3Bhttp%253A%252F%252F2.bp.blogspot.com%252F_pMxMXFn7L-
4%252FTBNjJ8gF2NI%252FAAAAAAAAPxg%252FC8PPI-gQ8cc%252Fs1600%252Fexame%252Bde%252Burina.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fblog-da-
paulinharj.blogspot.com%252F2011_06_01_archive.html%3B282%3B400 acesso em 13/05/2013.
UROFITA
AUTOMAÇÃO
Os resultados do dipstick são qualitativos e não quantitativos, isto é,
a fita identifica a presença dessas substâncias citadas acima, mas a
quantificação é apenas aproximada. 
O resultado é normalmente fornecido em uma graduação de cruzes de 1
a 4.
Ex: "proteínas 4+" apresenta grande quantidade de proteínas; "proteínas
1+" apresenta pequena quantidade de proteínas. Quando a concentração
é muito pequena, alguns laboratórios fornecem o resultado como "traços
de proteínas"
Rotinade Urina – Urina I – Exames de Sedimento Urinário (EAS)
CARACTERES GERAIS
1- COR
2- ASPECTO
3- pH
4- DENSIDADE
Cor X Hidratação
Aspecto = LÍMPIDO / TURVO
COR
Widmann – Interpretação Clínica dos Exames Laboratoriais – 11ed. Manole.
COR
• Às vezes, a urina avermelhada pode não ser sangue.
• O uso de laxantes contendo fenolftaleína ou comer beterraba pode dar uma cor
vermelha à urina.
Diagnóstico
Uma análise da urina microscopio bem como uma revisão de todos os sintomas do
paciente. O médico deve saber se o paciente está tomando qualquer medicamento ou
suplementos de ervas.
O exame físico centra-se em rever as possíveis causas de hematúria.
pH
Normal= 5,5 e 7,0
A urina é naturalmente ácida, já que o rim é o principal meio de eliminação dos
ácidos do organismo.
Valores de pH maiores ou igual 7 podem indicar a presença de bactérias que
alcalinizam a urina. Valores menores que 5,5 podem indicar acidose no sangue ou
doença nos túbulos renais.
pH - Normal= 5,5 e 7,0
Densidade
Normal= 1.005 a 1.035
•Diluídas- <1005;
•concentradas: >1035 indicando desidratação
A densidade indica a concentração das substâncias sólidas diluídas na urina, sais
minerais na sua maioria. Quanto menos água houver na urina, maior será sua
densidade. Densidade da água pura: 1.000. Quanto mais próximo deste valor, mais
diluída está a urina
Elementos Anormais
Segmento Inicial – S1
SGLT2 - Alta capacidade e baixa afinidade
Túbulo proximal – primeira metade – Na+/Glicose
Co-transporte
SGLT-2 – carreador/limitante
Difusão facilitada
GLUT 2
Fig 41.2, pág 662, Fisiologia, Berne & Levy
Segmento Final – S3
SGLT1 - baixa capacidade e alta afinidade
Aires, MM. Fisiologia, 2012, página 742
Segmento Inicial
Co-transporte
Glicose Plamática :
Abaixo de 200mg/dL, todo filtrado é 
reabsorvido.
Acima de 250mg/dL, parte da glicose não é 
reabsorvida pois os carreadores Na/glicose
começam a se saturar.
Acima de 350mg/dL, todos os carreadores
estão completamente saturados.
Túbulo proximal – primeira metade – Na+/Glicose
Redução de Nitrato a Nitrito - EAS
SANGUE CÁPSULA DE BOWMAN
- 90% DE H2O.
- 1% DE SAIS INORGÂNICOS: NaCl;
Na2CO3 ; KCl; Na2SO4; CaCl2 .
- 2% DE METABÓLITOS ORGÂNICOS E
PRODUTOS DE EXCREÇÃO: Glicose,
Aminoácidos, Lactatos, Piruvato,
Corpos Cetônicos, Uréia, Ác. Úrico.
- 7% PROTEÍNAS PLASMÁTICAS:
Albumina, imunoglobulinas, Proteínas
da Coagulação, Hormônios, Vitaminas,
Enzimas.
- CÉLULAS SANGUÍNEAS: hemácias,
leucócitos e plaquetas
- H2O.
- 1% DE SAIS INORGÂNICOS: NaCl; Na 2CO3 KCl;
Na2SO4; CaCl2 .
- 2% DE METABÓLITOS ORGÂNICOS E PRODUTOS DE
EXCREÇÃO: Glicose, Aminoácidos, Lactatos, Piruvato,
Corpos Cetônicos, Uréia, Ác.Úrico.
- NÃO POSSUI ELEMENTOS CELULARES
E É LIVRE DE PROTEÍNAS DE ALTO PESO
MOLECULAR
- PROTEÍNAS COM PESO MOLECULAR
INFERIOR A 60KDA SÃO LIVREMENTE
FILTRADAS PELOS GLOMÉRULOS E LOGO
REABSORVIDAS NOS TÚBULOS PROXIMAIS
BAIXO PESO MOLECULAR
ALTO PESO MOLECULAR
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Proteinúria
PADRÃO GLOMERULAR: Perda de Albumina sérica na urina junto com proteínas de
tamanho semelhante como antitrombina, transferrina, pré-albumina, alfa1-glocoproteína
ácida e alfa1-antitripsina. Se proteínas ainda maiores como alfa2-macroglobulina e a
lipoproteína beta pode se detectar ainda mais o dano glomerular.
PADRÃO TUBULAR: Perda de proteínas de baixo peso molecular que são livremente
filtradas pelos glomérulos e neste caso não são reabsorvidas nos túbulos devido ao
distúrbio de base (ex: alfa1-microglobulina, beta2-microglobulina, globlinas beta e as
cadeias leves de imunoglobulinas
OBS: na fitas reagentes de urina, em geral, são específicas para a detecção de albumina e
não de proteínas totais ou de proteínas de padrão tubular.
Bilirrubina na Urina Urobilinogênio Urinário
Bilirrubina Urinária e 
Urobilinogênio Urinário
Relação Bilirrubina Urinária e 
Urobilinogênio Urinário
Hemoglobinúria
Sedimentoscopia
Leucócitos - Piúria
Hematúria
Hematúria de origem Glomerular -
característica de apresentar em EAS/Urina tipo I hemácias deformadas, 
fragmentadas e hipocrômicas – DENOMINADA HEMATÚRIA DISMORFICA
HEMATÚRIA GLOMERULAR, as hemácias se apresentariam dismórficas, com alterações
em forma, cor, volume e conteúdo de hemoglobina, podendo-se encontrar diversas
projeções em suas membranas celulares, bem como heterogeneidade citoplasmática e
forma bicôncava ou esférica. Vasconcelos, 2005.
VASCONCELLOS, Leonardo de Souza; PENIDO, Maria Goretti Moreira Guimarães and VIDIGAL, Pedro Guatimosim. 
Importância do dismorfismo eritrocitário na investigação da origem da hematúria: revisão da literatura. J. Bras. Patol. 
Med. Lab. [online]. 2005, vol.41, n.2, pp. 83-94. ISSN 1676-2444.
Figura 2 – Hemácias dismórficas presentes em hemorragias glomerulares.
Codócitos (a, b) e acantócitos (c, d). Microscopia de contraste de fase (100x)
Hematúria
Hematúria de origem tubular, pelve renal, ureter, bexiga, uretra, próstata
característica de apresentar em EAS/Urina tipo I hemácias bem coradas e com 
formato preservado – DENOMINADA HEMATÚRIA NÃO DISMÓRFICA
VASCONCELLOS, Leonardo de Souza; PENIDO, Maria Goretti Moreira Guimarães and VIDIGAL, Pedro Guatimosim. 
Importância do dismorfismo eritrocitário na investigação da origem da hematúria: revisão da literatura. J. Bras. Patol. 
Med. Lab. [online]. 2005, vol.41, n.2, pp. 83-94. ISSN 1676-2444.
hematúria não-glomerular caracterizar-se-ia por hemácias urinárias isomórficas, com 
tamanho uniforme e morfologia semelhante às encontradas na circulação sangüínea. 
Vasconcelos, 2005).
Cilindros
Diariamente células epiteliais que compoem a parede da alça de Henle secretam uma
proteína conhecida como “TAMM-HORSFALL”.
Esta proteína se deposita nos túbulos distais e coletores e como é pegajosa pode aderir
substancias que estão dentro do túbulo.
CILINDROS ACELULARES – pacientes normais . Cilindro hialino, céreos, largos, graxos.
CILINDROS CELULARES – PATOLÓGICOS – cilindros epiteliais, granulosos, hemáticos e
leucocitários (piocitários).
Cilindros hemáticos quase sempre indicam doença glomerular e os cilindros
leucocitários estão mais associados a nefrites instersticiais.
Os cilindros que podem indicar algum problema são:
– Cilindros hemáticos (sangue) = Indicam glomerulonefrite.
– Cilindros leucocitários = Indicam inflamação dos rins.
– Cilindros epiteliais = indicam lesão dos túbulos .
– Cilindros gordurosos = indicam proteinúria.
Cilindros hialinos não indicam doença, mas podem ser um 
sinal de desidratação.
- Forma-se através da cristalização e nucleação de algumas substâncias da urina
como o cálcio e o ácido úrico.
- Pode afetar apenas um rim (litíase renal à esquerda ou litíase renal à direita) ou
então afetar os dois rins (litíase renal bilateral ou nefrolitíase bilateral).
- Incidência de 5 a 20% da população - reincidência em até 50%
- mais comum nos homens e em idades entre os 20 e os 50 anos.
- Apesar dos cálculos renais (“pedras” no rim) serem os mais frequentes, também
podemos encontrar cálculos no uréter, na bexiga ou mesmo na uretra.
Calculo Renal, Litíase renal, Urolitíase, Nefrolitiase
Exames de imagem:
- ultrassom é mais comum mas vê bem a pedra no rim, na bexiga, mas pode não
ver no ureter.
- Raio X também tem falha pois não mostra o tamanho direito e também não diz
exatamente a localização
- Urografia (raio X com contrate( é bom mas se o rim não está funcionando pode ter
erro) – não deve ser solicitado
- Melhor exame – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, fácil, rápido e sem
contraste a maioria dasvezes. É mais caro que os demais mas fecha diagnostico.
Exames laboratoriais:
- Exames de função renal
- Dosar também Sódio, magnésio, potássio e outros plasmáticos
- Urina com piuria e hematúria (visível a olho nu - hematúria macroscópica) ou
(apenas identificado em exame à urina - hematúria microscópica). Cristais!!!
Os cálculos renais podem causar perda de sangue na urina (hematúria), infecções
renais (pielonefrite) ou, como já se disse, cólica renal
https://www.youtube.com/watch?v=Tb1RwLeDj3c
Vídeo de 4 minutos
Oxalato de 
Calcio
Fosfato de 
Calcio
Struvita Ácido Urico Cistina
Os cálculos renais podem ter diversas composições, sendo os mais frequentes os cálculos de 
oxalato de cálcio e de ácido úrico
80% calculo de oxalato de cálcio – não precisa fazer restrição a dieta com cálcio 
10% calculo de ácido úrico (neste caso faz restrição alimentar de alimentos com acido úrico
10% calculo de struvita (infecção) formado pelo produto do metabolismo da bactéria (struvita) 
outros : amônio e magnésio
Só quem tem calculo de repetição que deve pesquisar o tipo de calculo pois utiliza se a urina 
de 24 horas.
CRISTAIS
Cristais Não Patológicos
. Urina ácida - ácido úrico, oxalato de cálcio, urato amorfo.
. Urina alcalina - fosfato triplo (fosfato amoníaco-magnesiano), fosfato amorfo,
carbonato de cálcio, fosfato de cálcio.
* Cristais Patológicos - Leucina, Tirosina, Cistina, Colesterol, Bilirrubina,
Hemossiderina.
Oxalato de calcio Cristais de fosfato Cristais de ácido urico
CONSTITUINTES ANORMAIS NA URINA
Rotina de Urina – Urina I – Exames de Sedimento Urinário (EAS)
EXAME UROCULTURA, URINOCULTURA OU CULTURA DE
URINA
Indicado para o diagnóstico da infecção urinária, seja ela uma cistite ou uma
pielonefrite.
- Exame de urina que identifica a presença de bactérias.
Como os rins e a bexiga normalmente não possuem micróbios presentes, a identificação de uma bactéria na urina
costuma ser um forte indicador de uma infecção urinária.
É importante salientar, porém, que nem sempre a presença de bactérias indica uma infecção ativa. Algumas delas podem
colonizar a uretra e a bexiga sem necessariamente causar doença.
A urocultura é feita através da:
- Colocação da urina em um meio de cultura propício à reprodução de bactérias,.
- Caso a urina contenha germes, em 48 horas será possível identificar a
formação de colônias de bactérias, podendo, deste modo, identificarmos qual tipo
de bactéria está presente e quais antibióticos são eficazes em combatê-las
(antibiograma). No resultado da urocultura estão presentes:
- o tipo de bactéria,
- o número de colônias formadas pela mesma
- lista de antibióticos sensíveis e resistentes.
Vantagens de se solicitar a urocultura
A urocultura é importante em alguns casos:
– Quando, após a avaliação clínica, o médico ainda não está seguro de se 
tratar de uma infecção urinária.
– Quando o primeiro curso de antibióticos não consegue eliminar a infecção.
– Quando há suspeita de pielonefrite.
– Nas mulheres grávidas.
– Nos casos de infecções urinárias de repetição.
– Nos casos de febre sem origem definida.
– Antes de procedimentos urológicos.
Não deve começar a tomar antibióticos antes da coleta da urina. Existe
sempre a possibilidade do antibiótico não ser forte o suficiente para acabar
com a infecção urinária, mas ser eficaz para impedir o crescimento das
bactérias no meio de cultura, levando a um resultado falso-negativo da
urocultura.
RESULTADOS DA UROCULTURA
- CONSIDERADA NEGATIVA: quando, após 48-72 horas de incubação da urina
em meio de cultura, não se observa crescimento de colônias de bactérias.
- CONSIDERADA POSITIVA: quando, após este mesmo tempo, é possível
identificar mais que 100.000 colônias de bactérias, chamadas de unidades
formadoras de colônias (UFC). Quando a urocultura é positiva, o resultado ainda
apresenta o nome da bactéria que foi identificada, junto com os antibióticos que se
mostraram eficazes em impedir seu crescimento, o chamado antibiograma.
As infecções urinárias são causadas por bactérias da flora intestinal que
contaminam o trato urinário. As bactérias são encontradas na urina quando se
rompe o equilíbrio entre a defesa do organismo e a sua virulência. Normalmente
na gravidez, a urina é mais rica em nutrientes (açúcar e aminoácidos), o que
propicia um meio de cultura mais rico, facilitando o crescimento das bactérias.
Também ocorre, normalmente, na gravidez, uma dilatação do trato urinário,
criando condições de estase urinária (urina parada) que favorece o crescimento
bacteriano e a instalação da infecção urinária. O aumento do útero, ao ocupar
mais espaço, pode obstruir parcialmente o ureter e criar condições de estase
urinária. A estase é um mecanismo complicador e favorecedor de IU nas
grávidas."
Infecção de Trato Urinário - ITU
Rotina de Urina – Urina I – Exames de Sedimento Urinário (EAS)
Urocultura
Antibiograma
Infecção de trato urinário – Quadro Clínico
EXAME URINA I - ITU
Vídeo disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=Ap4bpm4psjM
- Amostra semi-turva
- 20-30 piócitos por campo
- Bactérias (nitrito positivo)
- Muco
- Células epiteliais
Prevalência de ITU na criança
Infecção urinária na infância, RBM, Marcelo Pereira Braz
Infecções do trato urinário, RBM, Valdemar Ortiz & Ronaldo Soares Maia
Bactérias mais frequentes em ITU
Refluxo vesico-uretral
O refluxo vesicoureteral é uma condição anormal que está relacionada à origem
de infecções urinárias.
A urina que vem dos rins e segue pelos ureteres até a bexiga normalmente não
retorna para os ureteres, por ação de um "mecanismo valvular". O não
funcionamento desta "válvula anatômica" permite o refluxo da urina e favorece o
transporte de bactérias para os ureteres ou até os rins, chamado de refluxo
vesicoureteral.
o refluxo vesicoureteral é de origem congênita, mas pode ter outras causas, como o mau
funcionamento da bexiga ou a obstrução do fluxo urinário à frente da bexiga. Existe uma
possível relação genética com o refluxo vesicoureteral, de tal modo que se os pais ou
irmãos tiveram o problema a probabilidade de ocorrer nos filhos ou irmãos é maior.
Associar com discussão do artigo trabalhado em sala de aula
Obrigada!

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