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Avaliação Laboratorial da função Renal e da Urina (Urinálise) Exames Básicos Maria Theresa Cerávolo Laguna Abreu TESTES LABORATORIAIS DE FUNÇÃO RENAL Taxa de Filtração glomerular Uréia Creatinina Urina I Porth e cols, Fisiopatologia, 2004, Guanabara Koogan Cistoscopia Ultra=Sonografia Estudos Radiológicos - Sodré, et al, 2007. Avaliação da Função e da Lesão Renal: um desafio laboratorial. J. Bras. Patol. Med. Lab. TESTES LABORATORIAIS DE FUNÇÃO RENAL Taxa de Filtração glomerular (TFG) ou Ritmo de filtração Glomerular (RFG) Creatinina Uréia - Urina I - Filtração Glomerular Sangue: 45.000 mg/L de albumina Slide cortesia de Glen Hortin Creatinina Plasmática APLICAÇÃO CLÍNICA DA CREATININA Proporcional à massa muscular Lixo do metabolismo muscular Filtrada livremente no glomérulo, secretada muito pouco nos túbulos, não é Reabsorvida Variabilidade biológica: <10% Aumento nos níveis séricos: quando perda de 50% da função renal Pouco sensível para alteração leves e moderadas da taxa de filtração gromerular (0,6 ® 1,2 mg/dL) CARACTERÍSTICAS Derivado da creatina Sintetizada no fígado e pâncreas a partir de arginina, glicina e metionina Fosforilada no tecido muscular: reservatório de alta energia Convertida rapidamente em ATP Creatina: 400 mg/100 g de músculo Conversão espontânea: creatinina (2% ao dia) Creatinina Plasmática APLICAÇÃO CLÍNICA DA CREATININA Proporcional à massa muscular Lixo do metabolismo muscular Filtrada livremente no glomérulo, secretada muito pouco nos túbulos, não é Reabsorvida Variabilidade biológica: <10% Aumento nos níveis séricos: quando perda de 50% da função renal Pouco sensível para alteração leves e moderadas da taxa de filtração gromerular (0,6 ® 1,2 mg/dL) Creatinina Plasmática Creatinina é a estrutura da creatina anelada (forma de anel) Aumento da Creatinina Plasmática Dano renal Dieta Doença Muscular Creatinina V.R.: <12 anos 0,25 – 0,85 mg/dL homens 0,60 – 1,20 mg/dL mulheres 0,40 – 1,00 mg/dL Pouco sensível em alterações leves da função renal Sodré, Costa & Lima, Avaliação da Função e da Lesão Renal. J Bras. Patol Med Lab. 2007. Inulina – marcador exógeno A inulina é extraída de vegetais Clearance Renal Determinação da Taxa de Filtração Glomerular Carga Filtrada = Carga Excretada TFG X Pcreat = Ucreat X V (por unidade de tempo) TFG = Ucreat X V Pcreat Ajusta-se o Clearance pela área Corporal x 1,73m2. Clearance – resultado em unidade de tempo Sodré, Costa & Lima, 2007. J Bras Patol Med Lab MDRD: “Modification of Diet in Renal Desease” ou Modificação da Dieta em Doenças Renais. Nos seus parâmetros temos que descrever raça, sexo, idade. Fatores dificultadores são raça no Brasil. Clearance de Creatinina Paciente Mulher (71 anos, peso 93kg): Creatinina (soro) – 0,88 mg/dL Creatinina Urina – 13,2 mg/Kg Volume Urinário – 1850ml Depuração de Creatinina – 69,9ml/min Os valores normais de clearance de creatinina são: •Crianças: 70 a 130 mL/min/1,73 m² •Mulheres: 85 a 125 mL/min/1,73 m² •Homens: 75 a 115 mL/min/1,73 m² Estimativa da TFG no próprio exames de creatinina É dada pela equação derivada do estudo de MDRD (Modificação da Dieta em Doenças Renais) Uréia Plasmática – medida grosseira da função renal VR: 15 a 45 mg/dL Interpretação Clínica: Exame útil na avaliação renal, que vem sendo substituída pela dosagem de creatinina, pois a uréia sofre mais a influência do catabolismo protéico. Aumenta na filtração glomerular deficiente, dieta hiperprotéica, desidratação. Diminui em insuficiência hepática, dieta hipoprotéica, anorexia nervosa. METABOLISMO PROTEICO Aumenta o gradiente osmótico corticopapilar Ducto Coletor Medular Interno ADH permeável a água e uréia RECICLAGEM DA URÉIA FÍGADO: AMONIA -------- URÉIA Filtrada nos glomérulos, porém cerca de 40% retornam para o plasma por difusão passiva; Avaliação da Função Renal – Kirsztain, 2009, UNIFESP Uréia Plasmática – Exames de Função Renal – Uréia e Creatinina As três análises de urina mais comuns são: 1- URINA DE 24 HORAS 2- EAS (elementos anormais do sedimento) ou urina tipo 1* 3- UROCULTURA Análises Comuns na Urina URINA DE 24 HORAS Os resultados da urina de 24 horas ajudam a definir a taxa de filtração glomerular (TFG) Nos últimos anos tem perdido popularidade, por causar inconveniência de ser feito, já que obriga o paciente a coletar sua urina durante 24 horas ininterruptas. Determinação da Taxa de Filtração Glomerular Carga Filtrada = Carga Excretada TFG X Pcreat = Ucreat X V (por unidade de tempo) TFG = Ucreat X V Pcreat Instruções para colher a urina de 24 horas: 1) Escolher qual o intervalo mais confortável para a coleta (normalmente inicia no domingo) e o melhor horário para iniciar. P.ex: início as 7 horas da manhã. 2) Ao acordar às 7h, você deve esvaziar a bexiga, urinando normalmente no vaso sanitário. Portanto, a primeira urina do dia deve ser desprezada (anotar o horário). O exame começa na hora em que se esvazia a bexiga pela primeira vez no dia. A urina que estava da bexiga às 7h não foi produzida às 7h, mas sim durante toda a madrugada, desde a última vez que você urinou. Portanto, esvaziando-se a bexiga, colheremos apenas a urina produzida a partir das 7h da manhã 3) A partir de agora, toda e qualquer urina deve ser guardada no mesmo recipiente 4) Você deve colher toda urina até às 7h do dia seguinte, incluindo esta última. Lembre-se, o exame começa quando você esvazia a bexiga às 7h, e termina quando a esvazia de novo, também às 7h. A coleta da última urina pode ter uma tolerância de 10 minutos para mais ou para menos (entre 6:50h e 7:10h) 5) Uma vez terminada a coleta de 24h levar a amostra ao laboratório. Se houver qualquer perda na urina, o ideal é abortar a coleta, desprezando o que já foi colhido, e reiniciá-la no dia seguinte. Uma pequena quantidade de urina perdida já é suficiente para causar erros no resultado final. EAS (ELEMENTOS ANORMAIS DO SEDIMENTO) OU URINA TIPO 1 CÁPSULA DE BOWMAN - H2O. - 1% DE SAIS INORGÂNICOS: NaCl; Na 2CO3 KCl; Na2SO4; CaCl2 . - 2% DE METABÓLITOS ORGÂNICOS E PRODUTOS DE EXCREÇÃO: Glicose, Aminoácidos, Lactatos, Piruvato, Corpos Cetônicos, Uréia, Ác.Úrico. C é ls . E n d o te lia is , m em b ra n a b as al , p e d ic é lio s URINA I - EAS SEDIMENTO URINÁRIO - CELULAS 1) HEMACIAS 2) LEUCOCITOS 3) CELULAS EPITELIAIS TESTES FÍSICOS 1- ASPECTO 2- COR 3- ODOR 4- VOLUME TESTES QUÍMICOS Método Semi-Quantitativo EAS é divido em duas partes: DIPSTICK Disponível em:http://www.google.com.br/search?q=rotina+de+urina+tipo+1&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=aIuRUeqcLujJ0wGm9ID4Cg&sqi=2&ved=0CAcQ_AUoAQ&b iw=1280&bih=699#imgrc=3plckd9_l_XLgM%3A%3BNY2ntKVIUn1kDM%3Bhttp%253A%252F%252F2.bp.blogspot.com%252F_pMxMXFn7L- 4%252FTBNjJ8gF2NI%252FAAAAAAAAPxg%252FC8PPI-gQ8cc%252Fs1600%252Fexame%252Bde%252Burina.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fblog-da- paulinharj.blogspot.com%252F2011_06_01_archive.html%3B282%3B400 acesso em 13/05/2013. UROFITA AUTOMAÇÃO Os resultados do dipstick são qualitativos e não quantitativos, isto é, a fita identifica a presença dessas substâncias citadas acima, mas a quantificação é apenas aproximada. O resultado é normalmente fornecido em uma graduação de cruzes de 1 a 4. Ex: "proteínas 4+" apresenta grande quantidade de proteínas; "proteínas 1+" apresenta pequena quantidade de proteínas. Quando a concentração é muito pequena, alguns laboratórios fornecem o resultado como "traços de proteínas" Rotinade Urina – Urina I – Exames de Sedimento Urinário (EAS) CARACTERES GERAIS 1- COR 2- ASPECTO 3- pH 4- DENSIDADE Cor X Hidratação Aspecto = LÍMPIDO / TURVO COR Widmann – Interpretação Clínica dos Exames Laboratoriais – 11ed. Manole. COR • Às vezes, a urina avermelhada pode não ser sangue. • O uso de laxantes contendo fenolftaleína ou comer beterraba pode dar uma cor vermelha à urina. Diagnóstico Uma análise da urina microscopio bem como uma revisão de todos os sintomas do paciente. O médico deve saber se o paciente está tomando qualquer medicamento ou suplementos de ervas. O exame físico centra-se em rever as possíveis causas de hematúria. pH Normal= 5,5 e 7,0 A urina é naturalmente ácida, já que o rim é o principal meio de eliminação dos ácidos do organismo. Valores de pH maiores ou igual 7 podem indicar a presença de bactérias que alcalinizam a urina. Valores menores que 5,5 podem indicar acidose no sangue ou doença nos túbulos renais. pH - Normal= 5,5 e 7,0 Densidade Normal= 1.005 a 1.035 •Diluídas- <1005; •concentradas: >1035 indicando desidratação A densidade indica a concentração das substâncias sólidas diluídas na urina, sais minerais na sua maioria. Quanto menos água houver na urina, maior será sua densidade. Densidade da água pura: 1.000. Quanto mais próximo deste valor, mais diluída está a urina Elementos Anormais Segmento Inicial – S1 SGLT2 - Alta capacidade e baixa afinidade Túbulo proximal – primeira metade – Na+/Glicose Co-transporte SGLT-2 – carreador/limitante Difusão facilitada GLUT 2 Fig 41.2, pág 662, Fisiologia, Berne & Levy Segmento Final – S3 SGLT1 - baixa capacidade e alta afinidade Aires, MM. Fisiologia, 2012, página 742 Segmento Inicial Co-transporte Glicose Plamática : Abaixo de 200mg/dL, todo filtrado é reabsorvido. Acima de 250mg/dL, parte da glicose não é reabsorvida pois os carreadores Na/glicose começam a se saturar. Acima de 350mg/dL, todos os carreadores estão completamente saturados. Túbulo proximal – primeira metade – Na+/Glicose Redução de Nitrato a Nitrito - EAS SANGUE CÁPSULA DE BOWMAN - 90% DE H2O. - 1% DE SAIS INORGÂNICOS: NaCl; Na2CO3 ; KCl; Na2SO4; CaCl2 . - 2% DE METABÓLITOS ORGÂNICOS E PRODUTOS DE EXCREÇÃO: Glicose, Aminoácidos, Lactatos, Piruvato, Corpos Cetônicos, Uréia, Ác. Úrico. - 7% PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: Albumina, imunoglobulinas, Proteínas da Coagulação, Hormônios, Vitaminas, Enzimas. - CÉLULAS SANGUÍNEAS: hemácias, leucócitos e plaquetas - H2O. - 1% DE SAIS INORGÂNICOS: NaCl; Na 2CO3 KCl; Na2SO4; CaCl2 . - 2% DE METABÓLITOS ORGÂNICOS E PRODUTOS DE EXCREÇÃO: Glicose, Aminoácidos, Lactatos, Piruvato, Corpos Cetônicos, Uréia, Ác.Úrico. - NÃO POSSUI ELEMENTOS CELULARES E É LIVRE DE PROTEÍNAS DE ALTO PESO MOLECULAR - PROTEÍNAS COM PESO MOLECULAR INFERIOR A 60KDA SÃO LIVREMENTE FILTRADAS PELOS GLOMÉRULOS E LOGO REABSORVIDAS NOS TÚBULOS PROXIMAIS BAIXO PESO MOLECULAR ALTO PESO MOLECULAR C é ls . E n d o te lia is , m em b ra n a b as al , p ed ic é lio s Proteinúria PADRÃO GLOMERULAR: Perda de Albumina sérica na urina junto com proteínas de tamanho semelhante como antitrombina, transferrina, pré-albumina, alfa1-glocoproteína ácida e alfa1-antitripsina. Se proteínas ainda maiores como alfa2-macroglobulina e a lipoproteína beta pode se detectar ainda mais o dano glomerular. PADRÃO TUBULAR: Perda de proteínas de baixo peso molecular que são livremente filtradas pelos glomérulos e neste caso não são reabsorvidas nos túbulos devido ao distúrbio de base (ex: alfa1-microglobulina, beta2-microglobulina, globlinas beta e as cadeias leves de imunoglobulinas OBS: na fitas reagentes de urina, em geral, são específicas para a detecção de albumina e não de proteínas totais ou de proteínas de padrão tubular. Bilirrubina na Urina Urobilinogênio Urinário Bilirrubina Urinária e Urobilinogênio Urinário Relação Bilirrubina Urinária e Urobilinogênio Urinário Hemoglobinúria Sedimentoscopia Leucócitos - Piúria Hematúria Hematúria de origem Glomerular - característica de apresentar em EAS/Urina tipo I hemácias deformadas, fragmentadas e hipocrômicas – DENOMINADA HEMATÚRIA DISMORFICA HEMATÚRIA GLOMERULAR, as hemácias se apresentariam dismórficas, com alterações em forma, cor, volume e conteúdo de hemoglobina, podendo-se encontrar diversas projeções em suas membranas celulares, bem como heterogeneidade citoplasmática e forma bicôncava ou esférica. Vasconcelos, 2005. VASCONCELLOS, Leonardo de Souza; PENIDO, Maria Goretti Moreira Guimarães and VIDIGAL, Pedro Guatimosim. Importância do dismorfismo eritrocitário na investigação da origem da hematúria: revisão da literatura. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online]. 2005, vol.41, n.2, pp. 83-94. ISSN 1676-2444. Figura 2 – Hemácias dismórficas presentes em hemorragias glomerulares. Codócitos (a, b) e acantócitos (c, d). Microscopia de contraste de fase (100x) Hematúria Hematúria de origem tubular, pelve renal, ureter, bexiga, uretra, próstata característica de apresentar em EAS/Urina tipo I hemácias bem coradas e com formato preservado – DENOMINADA HEMATÚRIA NÃO DISMÓRFICA VASCONCELLOS, Leonardo de Souza; PENIDO, Maria Goretti Moreira Guimarães and VIDIGAL, Pedro Guatimosim. Importância do dismorfismo eritrocitário na investigação da origem da hematúria: revisão da literatura. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online]. 2005, vol.41, n.2, pp. 83-94. ISSN 1676-2444. hematúria não-glomerular caracterizar-se-ia por hemácias urinárias isomórficas, com tamanho uniforme e morfologia semelhante às encontradas na circulação sangüínea. Vasconcelos, 2005). Cilindros Diariamente células epiteliais que compoem a parede da alça de Henle secretam uma proteína conhecida como “TAMM-HORSFALL”. Esta proteína se deposita nos túbulos distais e coletores e como é pegajosa pode aderir substancias que estão dentro do túbulo. CILINDROS ACELULARES – pacientes normais . Cilindro hialino, céreos, largos, graxos. CILINDROS CELULARES – PATOLÓGICOS – cilindros epiteliais, granulosos, hemáticos e leucocitários (piocitários). Cilindros hemáticos quase sempre indicam doença glomerular e os cilindros leucocitários estão mais associados a nefrites instersticiais. Os cilindros que podem indicar algum problema são: – Cilindros hemáticos (sangue) = Indicam glomerulonefrite. – Cilindros leucocitários = Indicam inflamação dos rins. – Cilindros epiteliais = indicam lesão dos túbulos . – Cilindros gordurosos = indicam proteinúria. Cilindros hialinos não indicam doença, mas podem ser um sinal de desidratação. - Forma-se através da cristalização e nucleação de algumas substâncias da urina como o cálcio e o ácido úrico. - Pode afetar apenas um rim (litíase renal à esquerda ou litíase renal à direita) ou então afetar os dois rins (litíase renal bilateral ou nefrolitíase bilateral). - Incidência de 5 a 20% da população - reincidência em até 50% - mais comum nos homens e em idades entre os 20 e os 50 anos. - Apesar dos cálculos renais (“pedras” no rim) serem os mais frequentes, também podemos encontrar cálculos no uréter, na bexiga ou mesmo na uretra. Calculo Renal, Litíase renal, Urolitíase, Nefrolitiase Exames de imagem: - ultrassom é mais comum mas vê bem a pedra no rim, na bexiga, mas pode não ver no ureter. - Raio X também tem falha pois não mostra o tamanho direito e também não diz exatamente a localização - Urografia (raio X com contrate( é bom mas se o rim não está funcionando pode ter erro) – não deve ser solicitado - Melhor exame – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, fácil, rápido e sem contraste a maioria dasvezes. É mais caro que os demais mas fecha diagnostico. Exames laboratoriais: - Exames de função renal - Dosar também Sódio, magnésio, potássio e outros plasmáticos - Urina com piuria e hematúria (visível a olho nu - hematúria macroscópica) ou (apenas identificado em exame à urina - hematúria microscópica). Cristais!!! Os cálculos renais podem causar perda de sangue na urina (hematúria), infecções renais (pielonefrite) ou, como já se disse, cólica renal https://www.youtube.com/watch?v=Tb1RwLeDj3c Vídeo de 4 minutos Oxalato de Calcio Fosfato de Calcio Struvita Ácido Urico Cistina Os cálculos renais podem ter diversas composições, sendo os mais frequentes os cálculos de oxalato de cálcio e de ácido úrico 80% calculo de oxalato de cálcio – não precisa fazer restrição a dieta com cálcio 10% calculo de ácido úrico (neste caso faz restrição alimentar de alimentos com acido úrico 10% calculo de struvita (infecção) formado pelo produto do metabolismo da bactéria (struvita) outros : amônio e magnésio Só quem tem calculo de repetição que deve pesquisar o tipo de calculo pois utiliza se a urina de 24 horas. CRISTAIS Cristais Não Patológicos . Urina ácida - ácido úrico, oxalato de cálcio, urato amorfo. . Urina alcalina - fosfato triplo (fosfato amoníaco-magnesiano), fosfato amorfo, carbonato de cálcio, fosfato de cálcio. * Cristais Patológicos - Leucina, Tirosina, Cistina, Colesterol, Bilirrubina, Hemossiderina. Oxalato de calcio Cristais de fosfato Cristais de ácido urico CONSTITUINTES ANORMAIS NA URINA Rotina de Urina – Urina I – Exames de Sedimento Urinário (EAS) EXAME UROCULTURA, URINOCULTURA OU CULTURA DE URINA Indicado para o diagnóstico da infecção urinária, seja ela uma cistite ou uma pielonefrite. - Exame de urina que identifica a presença de bactérias. Como os rins e a bexiga normalmente não possuem micróbios presentes, a identificação de uma bactéria na urina costuma ser um forte indicador de uma infecção urinária. É importante salientar, porém, que nem sempre a presença de bactérias indica uma infecção ativa. Algumas delas podem colonizar a uretra e a bexiga sem necessariamente causar doença. A urocultura é feita através da: - Colocação da urina em um meio de cultura propício à reprodução de bactérias,. - Caso a urina contenha germes, em 48 horas será possível identificar a formação de colônias de bactérias, podendo, deste modo, identificarmos qual tipo de bactéria está presente e quais antibióticos são eficazes em combatê-las (antibiograma). No resultado da urocultura estão presentes: - o tipo de bactéria, - o número de colônias formadas pela mesma - lista de antibióticos sensíveis e resistentes. Vantagens de se solicitar a urocultura A urocultura é importante em alguns casos: – Quando, após a avaliação clínica, o médico ainda não está seguro de se tratar de uma infecção urinária. – Quando o primeiro curso de antibióticos não consegue eliminar a infecção. – Quando há suspeita de pielonefrite. – Nas mulheres grávidas. – Nos casos de infecções urinárias de repetição. – Nos casos de febre sem origem definida. – Antes de procedimentos urológicos. Não deve começar a tomar antibióticos antes da coleta da urina. Existe sempre a possibilidade do antibiótico não ser forte o suficiente para acabar com a infecção urinária, mas ser eficaz para impedir o crescimento das bactérias no meio de cultura, levando a um resultado falso-negativo da urocultura. RESULTADOS DA UROCULTURA - CONSIDERADA NEGATIVA: quando, após 48-72 horas de incubação da urina em meio de cultura, não se observa crescimento de colônias de bactérias. - CONSIDERADA POSITIVA: quando, após este mesmo tempo, é possível identificar mais que 100.000 colônias de bactérias, chamadas de unidades formadoras de colônias (UFC). Quando a urocultura é positiva, o resultado ainda apresenta o nome da bactéria que foi identificada, junto com os antibióticos que se mostraram eficazes em impedir seu crescimento, o chamado antibiograma. As infecções urinárias são causadas por bactérias da flora intestinal que contaminam o trato urinário. As bactérias são encontradas na urina quando se rompe o equilíbrio entre a defesa do organismo e a sua virulência. Normalmente na gravidez, a urina é mais rica em nutrientes (açúcar e aminoácidos), o que propicia um meio de cultura mais rico, facilitando o crescimento das bactérias. Também ocorre, normalmente, na gravidez, uma dilatação do trato urinário, criando condições de estase urinária (urina parada) que favorece o crescimento bacteriano e a instalação da infecção urinária. O aumento do útero, ao ocupar mais espaço, pode obstruir parcialmente o ureter e criar condições de estase urinária. A estase é um mecanismo complicador e favorecedor de IU nas grávidas." Infecção de Trato Urinário - ITU Rotina de Urina – Urina I – Exames de Sedimento Urinário (EAS) Urocultura Antibiograma Infecção de trato urinário – Quadro Clínico EXAME URINA I - ITU Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Ap4bpm4psjM - Amostra semi-turva - 20-30 piócitos por campo - Bactérias (nitrito positivo) - Muco - Células epiteliais Prevalência de ITU na criança Infecção urinária na infância, RBM, Marcelo Pereira Braz Infecções do trato urinário, RBM, Valdemar Ortiz & Ronaldo Soares Maia Bactérias mais frequentes em ITU Refluxo vesico-uretral O refluxo vesicoureteral é uma condição anormal que está relacionada à origem de infecções urinárias. A urina que vem dos rins e segue pelos ureteres até a bexiga normalmente não retorna para os ureteres, por ação de um "mecanismo valvular". O não funcionamento desta "válvula anatômica" permite o refluxo da urina e favorece o transporte de bactérias para os ureteres ou até os rins, chamado de refluxo vesicoureteral. o refluxo vesicoureteral é de origem congênita, mas pode ter outras causas, como o mau funcionamento da bexiga ou a obstrução do fluxo urinário à frente da bexiga. Existe uma possível relação genética com o refluxo vesicoureteral, de tal modo que se os pais ou irmãos tiveram o problema a probabilidade de ocorrer nos filhos ou irmãos é maior. Associar com discussão do artigo trabalhado em sala de aula Obrigada!
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