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BACILO ÁLCOOL-ÁCIDO RESISTENTE CARACTERÍSTICAS GERAIS Não possuem cápsula, são imóveis, não formam esporos, são aeróbios, o crescimento pode ser rápido ou lento (colônia visível antes ou depois de 7 dias). Não são classificadas por GRAM. Não apresentam endo ou exotoxinas. PAREDE CELULAR A parede celular apresenta peptídeoglicanos, ácido micólico e alto teor de lipídeos, isso as torna resistentes à descoloração. Para corá-las é necessário usar a coloração de Ziehl-Neelsen, as do gênero Mycobacterium se coram em vermelho (carbolfuscina), as demais se coram em azul. FATORES DE VIRULÊNCIA (visam o escape da morte mediada por PMN e induzem hipersens. tardia) - Fator corda = glicolípideos tóxicos que inibem a migração de PMN; - Ácido micólico = protege a bactéria da ação de enzimas do fagossomo; - Lipoarabinomanosídeo (LAM) - Parasitismo intracelular TUBERCULOSE (M. tuberculosis) --Transmissão: perdigotos (o bacilo cresce dentro de macrófagos pulmonares). --Fases: Primária= inalação da micobactéria, resposta do hospedeiro mediada por cél. T e hipersensibilidade. Secundária= a partir da lesão primária ocorre reinfecção, com reativação do processo, acompanhada por disseminação com cavitação e presença de necrose caseosa. -- Diagnóstico: (escarro, urina, LCR...) Radiológico Prova de tuberculina (PPD)= injeção intradérmica de antígenos da tuberculose, leitura após 2, 3 dias, área maior que 10mm é positivo. Biópsia Bioquímico Biologia molecular Exame específico (cultura em ágar Lowenstein-Jensen ou microscopia) -- Tratamento: pirazinamida, etambutol, ripamficina e isoniazida por 6 meses. -- Profilaxia: detecção precoce de fontes de infecção, tratar os doentes, vacinação (BCG) e erradicar tuberculose bovina. HANSENÍASE (M. leprae) -- Transmissão: secreção nasal e saliva (o bacilo fica dentro de células endotelias dos vasos e MN) -- Formas: Tuberculóide= evolução benigna, áreas anestesiadas, pode haver cura espontânea. Imunidade celular íntegra. Lepromatosa= evolução maligna, lesões de pele, mucosas e nervos. Imunidade celular comprometida. -- Diagnóstico: (Não há crescimento em meios de cultura) Teste com lepromina – Reação de Mitsuda Raspado de pele ou mucosa nasal Exame histopatológico -- Tratamento: clofazimina, dapsona e ripamficina -- Profilaxia: tratar os doentes e drogas quimioprofiláticas As lesões são nos tecidos mais frios do organismo. Afeta os nervos periféricos (M. leprae se liga à cadeia de laminina-2 da lâmina basal do complexo axônio-célula de Schwann) ENTEROBACTERIACEAE CARACTERÍSTICAS GERAIS Gram negativos, anaeróbio facultativos, fermentam glicose, não esporulam. Antígenos que facilitam identificação: O, K e H, presentes, respectivamente, no lipídeo A, na cápsula e no flagelo. DEFESAS DO HOSPEDEIRO Mucosa intestinal (muco e glicocálix) Substâncias antimicrobianas (lisozima e sais biliares) Acidez gástrica e motilidade intestinal Microbiota indígena MENINGINETE NEONATAL (E. coli e Streptococus do grupo B) --Transmissão: canal do parto e via hematogênica --Identificação: antígeno K ITU (E. coli) -- Fatores de virulência: Cápsula Adesinas Sideróforo Toxinas (LPS e hemolisina) -- Diagnóstico: (jato médio de urina) Presuntivo= Gram de gota (≥ 1 bac/campo) Quantitativo= urocultura (≥ 105 UFC/ml) ENTERITE (Shigella, E. coli e Salmonella) -- Formas: Aguda= infecciosa Crônica= não infecciosa -- Tratamento: reidratação oral ou IV HAEMOPHILUS CARACTERÍSTICAS GERAIS Bacilos ou cocobacilos Gram negativos, anaeróbios facultativos, imóveis e parasitas obrigatórios. O crescimento requer suplementação com: FATOR X (hemina) e FATOR V (NAD), o sangue possui os dois, mas o aquecimento é necessário para destruir os inibidores do FATOR V. FATORES DE VIRULÊNCIA: CHAPLI Cápsula (inibe fagocitose) Hemocina (impede que outras espécies colonizem) Adesinas Proteína de membrana externa – OMP LOS (compromete a função dos cílios) IgA1 protease (facilita colonização) - DIAGNÓSTICO (Sangue, secreções, LCR...) Bacterioscopia pelo Gram; Cultura (estria com S. aureus, que sintetiza NAD- fator V- e hemolisina, libera hemina –fator X- das hemácias) >>> RESISTÊNCIA A DROGAS Ampicilina= β-lactamases e alterações nas proteínas ligadoras de penicilina Cloranfenicol= produção de cloranfenicol acetiltransferase Diminuição da permeabilidade da membrana externa (alterações em porinas) PREVENÇÃO E CONTROLE Vacina tetravalente com antígenos capsulares (PRP+Hib) CANCRO MOLE OU CANCRÓIDE (H. ducrey) --Características: úlceras na região inguinal e linfadenopatia. Úlceras dolorosas, pode haver auto-inoculação. --Diagnósticos diferenciais: Cancro duro (T. pallidum)= lesão endurecida e não dolorida Herpes simples tipo 2= lesões vesiculares que se abrem formando ulceras doloridas Linfogranuloma venéreo (C. trachomatis)= adenopatias com lesões destrutivas na genitália. -- Diagnóstico laboratorial: Coletar o material purulento que recobre a lesão. Microscopia com Gram >>>distribuição em cadeia>>>>>>>>>>>>> Cultura em ágar chocolate suplementado -- Tratamento: eritromicina, ceftriaxona e azitromicina -- Epidemio: predomínio em homens, mulheres são portadoras assintomáticas. -- Profilaxia: educação em saúde, uso de preservativos e triagem dos pacientes para interromper a cadeia de transmissão. PNEUMONIA, SINUSITE, CONJUNTIVITE, MENINGITE (H. influenzae) --Transmissão: perdigotos FEBRE PÚRPURICA BRASILEIRA (H. influenzae biogrupo aegyptius) --Transmissão: DIRETA (entre pessoas com conjuntivite) ou INDIRETO (através da mosca “lambe olhos”) --Tratamento: ampicilina ou amoxilina associada ou não com cloranfenicol. H. influenzae é mais virulento pois possui o PRP (fosfato antifagocitario na capsula. E pili.) TREPONEMA CARACTERÍSTICAS GERAIS Suscetíveis à penicilina, não cultiváveis in vitro (não possuem ciclo dos ácidos tricarboxílicos e dependem da célula hospedeira para obter bases nitrogenadas e aminoácidos), muito delgadas para serem coradas por Gram ou Giemsa, sensíveis a desinfetantes, calor e dessecação. SÍFILIS -- Formas: ADQUIRIDA Primária= cancro duro, linfadenopatia inguinal. Remissão espontânea. Secundária= exantema e “síndrome gripal”. Remissão espontânea. Terciária= inflamação difusa. O indivíduo não transmite a sífilis. CONGÊNITA (resulta em infecções latentes, malformações ou morte do feto) Diag. Suspeito= crianças nascidas de mães com sífilis durante a gravidez Diag. Presuntivo= mãe não tratada + sinal ou sintoma + teste treponêmico Diag. Definitivo= T. pallidum no cordão, placenta, secreção nasal... -- Transmissão: contato sexual direto, congênita e transfusão sanguínea. -- Diagnóstico laboratorial: Coleta de lesões orais ou retais não deve ser analisada, pois a microbiota indígena pode contaminar a amostra. Imunofluorescência direta= anticorpos antitreponêmicos ligados a moléculas fluorescentes. Testes sorológicos não treponêmicos= medem IgG e IgM que são produzidos contra a cardiolipina VDRL e RPR (medem o antígeno no soro, positivo na fase 1ª e 2ª) O anticorpo diminui com o tratamento (negativo após 1 ano de tratamento) Teste sorológicos treponêmicos= utilizam T. pallidum como antígeno e detectam anticorpos anti-T. pallidum FTA-ABS= IgM específico (positivo em todas as fases e após o tratamento) MHA-TP= não define classe de Ig (menos sensível que o FTA-ABS na sífilis 1ª) -- Tratamento: Penicilina G Benzatina, Eritromicina e Doxiciclina CHLAMYDIA CARACTERÍSTICAS GERAIS Gram negativos, imóveis, ausência de peptídeoglicanos (resistentes à β-lactâmicos e vancomicina, tratar com eritromicina), organismos intracelulares obrigatórios CICLO DE VIDA (ciclo dimorfo) Corpo elementar= extracelular, resistente (metabolicamente inativo) e capaz de infectar; Corpo reticular= intracelular, forma de multiplicação e incapaz de infectar células.TRACOMA (C. trachomatis) Infecção nos olhos que pode levar à cegueira URETRITES E CERVICITES (C. trachomatis) Inflamação da uretra com pus e dor para urinar -- Diagnóstico: (coleta da secreção) Microscopia com Gram= eles não parasitam PMN (diferença da Neisseria) Imunológico= imunofluorescência direta PCR LINFOGRANULOMA VENÉREO (C. trachomatis) Gânglios unilaterais inflamados PNEUMONIA, SINUSITTE E BRONQUITTE (C. pneumoniae) -- Tratamento: macrolídeos e tetraciclinas. CEFALÉIA, FEBRE E MIALGIA (C. psittaci) --Transmissão: pessoa a pessoa é raro -- Diagnóstico: testes sorológicos de IgM e IgG Fezes das aves NEISSERIA CARACTERÍSTICAS GERAIS Cocos gram negativos, encontrados em mucosas, oral ou genital, associados ou no interior de PMN. FATORES DE VIRULÊNCIA Cápsula LOS (endotoxina e inibibe fagocitose) Pili Proteína POR e OPA (prevenção de fusão com fagolisossomo, adesão e variabilidade) Protease IgA1 FBP (captação de ferro) RMP (estimulam anticorpos que bloqueiam a atividade bactericida do soro) Plasmídios (produção de β-lactamases) MENINGITE, PNEUMONIA E MENINGOCOCCEMIA (N. meningitidis) Colonizam a nasofaringe de indivíduos assintomáticos --Transmissão: perdigotos (o bacilo cresce dentro de macrófagos pulmonares). --Fatores de virulência: Proteína POR e OPA, Pili, Cápsula, LOS e protease IgA1 (a endotoxina medeia a maioria dos sintomas clínicos) -- Diagnóstico: (sangue e LCR) Microscopia com gram Cultura= ágar sangue ou chocolate Bioquímico= fermentação de glicose e maltose, oxidase e catalase positivos. Imunológicos -- Tratamento: minociclina e ripamficina -- Profilaxia: vacinação GONORRÉIA,INFECÇÕES DISSEMINADA E OFTALMIA NEONATAL (N. gonorrhoeae) São sempre patogênicos! Não possuem cápsula (não alcançam as meninges) --Fatores de virulência: Proteína POR e OPA, Pili, LOS e protease IgA1, Fbp e Plasmídio -- Diagnóstico: (sangue e LCR) Microscopia com gram Cultura= ágar chocolate e Thayer Mortin Bioquímico= fermentação de glicose e NÃO fermentação de maltose, oxidase e catalase positivos. Imunológicos -- Tratamento: resistência à penicilina (cromossômica e plasmidial) e tetraciclina (cromossômica) Oftalmia neonatal= uso de pomada com tetraciclina após o parto normal. BACTÉRIAS ANAERÓBIAS CARACTERÍSTICAS GERAIS As bactérias podem ser classificadas como Oxibionte (usam O2 como aceptor final de e-, nem todo aeróbio e oxibiôntico) ou Anoxibionte (ocorrem na ausência de oxigênio, todo anaeróbio e anoxibiôntico). As bactérias ainda podem ser classificadas como: aeróbias estritas, microaerófilas, anaeróbias facultativas e anaeróbias obrig. {os radicais livres podem oxidar lipídeos, proteínas ou DNA, os aeróbios possuem atividade de catalase, peroxidade e SOD para lidar com os radicais livres} Anaeróbios obrigatórios: Estritos Moderados Aerotolerantes A microbiota indígena apresenta caráter anfibiôntico. A natureza da agressão pode ser infecciosa ou não. COLETA E TRANPORTE DE ANAERÓBIOS OBRIGATÓRIOS Teste respiratório= culturas do mesmo agente colocadas em três atmosferas distintas A coleta deve ser realizada por biópsia ou aspiração com seringa, o uso de Swab não é recomendado. O transporte deve ser feito em jarras de atmosfera isentas de O2. FATORES DE VIRULÊNCIA Cápsula, endotoxinas, exotoxinas, pili, peptídeoglicano... Bacteroides fragillis Pleomorfa, gram negativo, anaeróbia obrigatória Clostridium botulinum Gram positivo, esporula, causa paralisia flácida por meio de toxinas. Clostridium difficile Gram negativo, causa desde diarréia até colite pseudomembranosa. Os fatores de virulência são: fator de adesão, hialuronidase, toxina A (enterotoxina) e toxina B (citotoxina). BASTONETES GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES CARACTERÍSTICAS GERAIS Gram negativos, aeróbios, não esporulam. Identificação: - Reação citocromo-oxidase negativa ou positiva (quando positiva, exclui enterobactérias), não utilizam carboidratos como fonte de energia, mas os degrada por vias que não a fermentação. - Ausência de produção de H+ em meios com açúcar. - Crescem em ágar MacConkey ou ágar sangue. - Ensaio OF, glicose em tubo aberto e fechado (possui uma gota de óleo que impede a entrada de oxigênio, resta à bactéria só a fermentação, a oxidação torna o tubo amarelo). OF-Glicose Tubo aberto Tubo fechado Fermentativo (E. coli) Amarelo Amarelo Oxidativo (P. aeruginosa) Amarelo Azul (inalterado) Inativo Azul (inalterado) Azul (inalterado) FATORES DE VIRULÊNCIA Pili Endo e exotoxinas (exotoxina A, proteases, elastase...) Produção de biofilme de alginato TRATAMENTO Polimixina B, apesar de ser nefrotóxico. Pseudomonas aeruginosa Produz biofilme, resistente a germicidas, causa pneumonia nasocomial, otite, foliculite... Múltipla resistência (porinas, bombas de efluxo e β-lactamases) Acinetobacter baumannii Coloniza a pele, o paciente deve ser isolado. Burkholderia cepacia Essencialmente nasocomial, o paciente deve ser isolado. Stenotrophomonas maltophilia São os mais identificados em águas de diálise, junto com o baumannii e a Burkholderia. A produção de biofilme é o principal fator para a colonização. HELICOBATER PYLORI CARACTERÍSTICAS GERAIS Vive exclusivamente no estômago, microaerófila, gram negativa, reside sobre o muco do estômago INFECÇÃO Ocorre durante a infância através do contato íntimo entre pais e filhos (intra-familiar), oral-fecal ou oral-oral H. pylori gastrite crônica úlcera péptica/ gastrite crônica/ carcinoma gástrico FATORES DE VIRULÊNCIA Produção de uréase (degrada uréia em CO2 e NH3 que forma uma “nuvem” que protege a bactéria do baixo pH) Morfologia espiralada e flagelo (mobilidade) Microareofilia Flagelo envolvido por LPS Produção de proteases e fosfolipases Citotoxina vacuolizante Ilha de patogenicidade CagA (relacionada a oncogênese) DIAGNÓSTICO (endoscopia e retirada de material para biópsia) Cultura com meio seletivo (ágar belo Horizonte médium) Teste de uréase pré-formada Exame direto do esfregaço Exame histológico PCR Pesquisas de anticorpos anti-H. pylori (ELISA) Teste respiratório TRATAMENTO Antibiótico (metronidazol, amoxilina tetraciclina, e eritromicina) + inibidor da bomba de prótons (Omeprazol) por 7 dias. O tratamento é dificultado por: - penetração do antibiótico no muco gástrico - pH gástrico - Esvaziamento gástrico 1) Por que o tratamento de Pseudomonas aeruginosa é difícil em casos de fibrose cística? (produz biofilme) 2) Quais os principais sintomas de uma pessoa infectada pr Leptospira? 3) Texto para completar sobre H pilori 4) Quais são as fases da sífilis? Caracterize-as de acordo com a presença do microorganismo. 5) Sobre Mycobacterium, responda: a) Por que geralmente estão associados a infecção crônica? ( crescimento lento) b) Qual é a estrutura da parede da parede celular 6) Sobre H. influenza: a) Forma de prevenção b) Fatores de virulência 7) Sobre Neisseria e Chlamydiaceae: a) Qual a diferença entre as infecções pr Neiseria e Chlamydia? b) Qual a característica da Chlamydia que promove essa diferença? c) Como essa característica interfere no diagnóstico? 8) Sobre Neisseria: a) Qual a importância das proteínas de parede da Neisseria? b) Cite 2 complicações da infecção por N. gonorrhoeae 9) a) Por que a maioria da microbiota indígena é anaeróbia? b) Como deve ser realizado o teste para ver se a bactéria é anaeróbia? c) Quais as condições predisponentes para a infecção por microorganismos anaeróbios? 10) Tinha um quadro sobre enterobacteriaceae e tinha que diferenciar infecção urinaria de intestinal Meio de cultura: seletivo(intestinal) ou não seletivo (urinaria) Freqüência de diagnostico: rara(intestinal) ou freqüente (urinaria) Tinha mais coisas nesse quadro Parte superior do formulárioCurtir · · Seguir publicação Parte inferior do formulário
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