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Testes de Auditoria

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Introdução 
Um dos principais aspectos em trabalhos de auditoria é a correta aplicação de testes para que o auditor obtenha maior segurança na emissão de sua opinião demonstrada através do parecer. Considerando que actualmente é praticamente impossível a verificação da totalidade das operações de uma organização, é imprescindível a realização do trabalho baseado em testes de auditoria. Estes testes serão abordados agora, procurando demonstrar a caracterização de cada um deles, bem como a oportunidade de empregá-los nas actividades de auditoria, os testes podem ser testes de observância (ou testes de procedimentos); e testes substantivos (ou testes comprobatórios de detalhes).
Os testes de observância visam à obtenção de uma razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em efectivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da entidade.
Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exactidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade.
Testes de auditoria 
Única maneira de o auditor ccertificar-se com 100% de certeza de que as demonstrações financeiras estão livres de erros ou de fraudes ser ia auditar a totalidade das transacções ocorridas em uma empresa em uma determinada época, contudo, nos dias atuais, onde há um enorme processamento de dados diários, essa verificação é praticamente impossível.
 De acordo com Cordeiro (2007, p. 17): Considerando que a actividade de auditoria não se propõe a verificar a totalidade dos fatos ocorridos em uma organização, pois caso isso ocorresse necessitaria de um contingente muito grande de pessoas, e provavelmente os resultados levariam muito tempo para que fossem repassados aos interessados, a auditoria necessita fazer revisão à base de testes.
Testes de auditoria constituem exames e investigações que possibilitam ao auditor independente obter subsídios suficientes para fundamentar seu relatório.
Testes de auditoria são as ferramentas a serem utilizadas para a aplicação dos procedimentos (como fazer).
Exemplo:
Se o objectivo da acção é determinar a existência de um bem (procedimento), o caminho seguir é inspeccioná-lo fisicamente (teste), buscando uma prova material satisfatória.
 Os testes de auditoria configuram uma importante ferramenta para que a auditoria consiga a agilidade demandada pelos usuários das informações contábis, pois necessitam da certificação da auditoria tempestivamente para diversas tomadas de decisões. Esses testes podem ter um componente estatístico, ou não, dependendo dos objectivos que o auditor esteja perseguindo, da materialidade dos valores envolvidos, e do maior ou menor grau de confiança que a auditoria deposita nos controles internos da companhia. Quando da realização do planeamento dos testes a serem aplicados, a avaliação dos controles internos tem fundamental importância para o auditor, considerando que haverá uma aplicação menor de testes de auditoria, desde que o auditor possa depositar confiança nos controles da organização.
Quando falamos em controle, o assunto é do domínio através do senso comum, uma vez que todos nós temos algum tipo de controle em nossas vidas, evitando o desperdício de recursos. Assim ocorre também nas empresas.
Identificação dos riscos de auditoria
 De acordo com estudos realizados por Boynton, Johnson e Kell (2002), no parecer do auditor há menção de que a auditoria é realizada para obter segurança razoável, e não absoluta, de que as demonstrações contábis não contêm classificações materiais enganosas. Existirá sempre algum risco de que as demonstrações contábis contenham algum erro que o auditor possa vir a não detectar durante a fase da auditoria, uma vez que não há condições da certificação das movimentações em 100% das operações de uma empresa.
Riscos de Auditoria – é o risco de que o auditor possa inadvertidamen-te não modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações materiais indevidas.
Riscos Inerente – é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida relevante, supondo que não haja controles in-ternos que com ela se relacionem.
Riscos de Control – é o risco de que um erro ou classificação indevida material que possa constar de uma afirmação, não seja evitado ou de-tectado tempestivamente pelos controles internos da entidade.
Risco de Detectecao – é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação material indevida que exista em uma afirmação.
Todos esses riscos devem ser avaliados conjuntamente pelo auditor, para estabelecer qual será o modelo de riscos em que a auditoria irá basear oseu trabalho, de modo a orientar as decisões sobre as evidenciações de que necessitará para reduzir os riscos de detecção a um nível adequadamente baixo.
Modelo de risco de auditoria
O modelo de risco de auditoria pode ser expresso pela seguinte equação:
RA = RI x RC x RD
Onde:
RA = Risco de Auditoria
RI = Risco Inerente
RC = Risco de Controle
RD = Risco de Detecção
Imaginando que através da avaliação dos diversos tipos de riscos o auditor tivesse chegado aos seguintes percentuais de assertividade em relação a determinadas afirmações, como por exemplo, envolvendo a integridade dos estoques:
RA = 5%
RI = 75%
RC = 50%
Nesse caso, o RD (Risco de D etecção) pode então ser determinado através da seguinte fórmula: RD = RA/RI x RC = 0,05/0,75 x 0,50 = 13%.
O significado desse cálculo é que o auditor deve estabelecer testes de auditoria de tal maneira que a possibilidade destes não detecta erros ou classificações indevida matérias seja de 13%.
Esse risco pode ser aceitável se o auditor tiver segurança, com base em outras fontes, de que os riscos inerentes e de controle são os que ele avaliou.
Relação dos riscos de auditoria e ambiente de controlo.
Para que haja melhor compreensão da identificação dos riscos a que a auditoria está exposta, caso não mensure adequadamente a amplitude dos testes de auditoria.
Em relação à avaliação do controle interno, o auditor deve obter entendimento da relevância desse item para a auditoria. Embora seja mais provável que a maioria dos controles relevantes para a auditoria esteja relacionada com demonstrações contábeis, nem todos os controles que se relacionam com as demonstrações contábeis são relevantes para a auditoria. É uma questão de julgamento profissional do auditor, determinar se um controle, individualmente ou em combinação com outros, é relevante para a auditoria.
A Materialidade e a Auditoria.
A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afectada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis. Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que os usuários:
Possuem conhecimento razoável de negócios, actividades económicas, de contabilidade e a disposição de estudar as informações das demonstrações contábeis com razoável diligência;
Entendem que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas considerando níveis de materialidade;
Reconhecem as incertezas inerentes à mensuração de valores baseados no uso de estimativas, julgamento e a consideração sobre eventos futuros; e
Tomam decisões económicas razoáveis com base nas informações das demonstrações contábeis.
O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis e na formação da opinião no relatório do auditor independente.
 Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são consideradas relevantes.
Esses julgamentos fornecem a base para:
Determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco;Identificar e avaliar os riscos de distorção relevante; e
Determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.
A materialidade determinada no planeamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. Apesar de não ser praticável definir procedimentos de auditoria para detectar distorções que poderiam ser relevantes somente por sua natureza, ao avaliar seu efeito sobre as demonstrações contábeis o auditor considera não apenas a magnitude, mas, também, a natureza de distorções não corrigidas, e as circunstâncias específicas de sua ocorrência.
Indicativos de materialidade em trabalhos de auditoria
A determinação da materialidade para o panejamento envolve o exercício de julgamento profissional. Aplica-se frequentemente uma percentagem a um referencial seleccionado como ponto de partida para determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Os factores que podem afectar a identificação de referencial apropriado incluem:
 Os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, activo, passivo, património líquido, receita, despesa);
 Se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica (por exemplo, com o objectivo de avaliar o desempenho das operações, os usuários tendem a focar sua atenção em lucro, receita ou património líquido);
 A natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu sector e o ambiente económico em que atua;
 A estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo, se a entidade é financiada somente por dívida em vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a informações sobre os activos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da entidade); e
 a volatilidade relativa do referencial.
A Exemplos de referenciais que podem ser apropriados, dependendo das circunstâncias da entidade, incluem categorias de resultado informado como lucro antes do imposto, receita total, lucro bruto e total de despesa, total do património líquido ou activos líquidos. O lucro antes do imposto de operações em continuidade é frequentemente usado para entidades com fins lucrativos. Quando o lucro antes do imposto de operações em continuidade é volátil, outros referenciais podem ser mais apropriados, como lucro bruto ou receita total.
Em relação ao referencial escolhido, os dados relevantes normalmente incluem resultados e posições financeiras de períodos anteriores e do período corrente, acumulados até o último mês disponível e orçamentos ou previsões para o período corrente, ajustados pelas mudanças significativas nas circunstâncias da entidade (por exemplo, uma aquisição significativa) e mudanças relevantes das condições no sector ou ambiente económico em que a entidade atua. Por exemplo, quando, como ponto de partida, a materialidade para as demonstrações contábeis no seu conjunto é determinada para uma entidade em particular como uma percentagem do lucro das actividades continuadas antes de impostos, as circunstâncias que geram uma redução ou um aumento excepcional nesse lucro podem levar o auditor a concluir que a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo é determinada de forma mais apropriada usando um valor normalizado de lucro antes do imposto baseado em resultados anteriores.
A materialidade refere-se às demonstrações contábeis sobre as quais o auditor está emitindo um relatório. Quando as demonstrações contábeis são elaboradas para período de apresentação de mais ou menos doze meses, como seria o caso de nova entidade ou mudança no período de apresentação, a materialidade refere-se às demonstrações contábeis elaboradas para aquele período de apresentação. 
A determinação da percentagem a ser aplicada ao referencial seleccionado envolve o exercício de julgamento profissional. Existe uma relação entre a percentagem e o referencial escolhido de modo que a percentagem aplicada ao lucro das actividades continuadas antes do imposto de operações será normalmente maior que a percentagem aplicada à receita total. Por exemplo, o auditor pode considerar 5% do lucro das actividades continuadas antes do imposto apropriado para entidade com fins lucrativos no sector de manufactura, e considerar 1% da receita total ou do total de despesa apropriado para entidade sem fins lucrativos. Entretanto, percentagens mais altas ou mais baixas podem ser consideradas apropriadas nas circunstâncias.
Amplitude dos Testes
Considerando que a actividade de auditoria não se propõe a verificar a totalidade dos fatos ocorridos em uma organização, pois caso isto ocorresse necessitaria de um contingente muito grande de pessoas, e provavelmente os resultados levariam muito tempo para serem repassados aos interessados, a auditoria necessita fazer revisão por testes. Estes testes poderão ter um componente estatístico, ou não, dependo dos objectivos que o auditor se propôs executar. Na aplicação dos testes de auditoria, os controles internos da organização têm fundamental importância, considerando que normalmente quanto mais eficazes forem estes controles, a quantidade de testes em auditoria tende a ser menor, desde que é claro o auditor deposite confiança nestes. Quando falamos em controle, o assunto é de domínio através do senso comum, uma vez que todos nós temos algum tipo de controle em nossas vidas, evitando o desperdício de recursos.
Segundo Almeida (2003) na fase inicial do desenvolvimento das técnicas de auditoria, surgiram muitas dúvidas, principalmente relacionadas com a amplitude dos testes. A principal delas era a seguinte: O auditor para dar sua opinião sobre um determinado fato teria que examinar todos os lançamentos contábeis/operações referentes àquilo que está sendo examinado? Caso examinasse todos os lançamentos contábeis/operações, além do alto custo do serviço de auditoria, a opinião do auditor não teria utilidade, devido ao fato de que provavelmente seria emitida com muito atraso.
 Em primeiro lugar, o auditor deve se preocupar com erros que, individualmente ou cumulativamente, possam levar a uma interpretação errónea de um fato, por parte de quem os está analisando. Portanto, o valor desses erros teria que ser significativo em relação às operações.
Em segundo lugar, normalmente a empresa já tem um conjunto de procedimentos internos com o objectivo de evitar a ocorrência de erros. Esse conjunto de procedimentos internos é chamado, na prática de sistema de controle interno. 
 O risco da ocorrência de erros em uma empresa que possuí um bom sistema de controle interno é muito menor do que uma empresa com um sistema de controle interno ruim. 
O auditor utiliza o sistema de controle interno da empresa para determinar a amplitude dos testes de auditoria. 
Ainda como bem alerta Lopes (2002) existe a preocupação da auditoria que os testes e provas não devem comprometer a segurança dos exames, pois quando há intenção de fraude esta poderá estar nos mais variados sectores Estes testes serão abordados agora, onde procuraremos demonstrar a caracterização de cada um deles, bem como a oportunidade de empregá-los nas actividades de auditoria.
De acordo com Crepaldi (2010), existem globalmente dois tipos de testes em auditoria, a saber: testes de observância (ou testes de procedimentos); e testes substantivos (ou testes comprobatórios de detalhes)
Tipos De Testes de Auditoria
Os testes dividem-se em:
• Testes de observância: objectivam ter razoável segurança de que os controles internos estão em efectivo funcionamento e cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. São também denominados de testes de aderência ou testes de controlo.
• Testes substantivos: objectivam ter evidência quanto à suficiência, exactidão e validade dosdados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. Dividem-se em:
(a) Testes de transacções e saldos; e,
(b) Procedimentos de Revisão Analítica
1.6.1. Testes de observância
De acordo com Cordeiro (2007, p. 18):
Os testes de observância são aqueles empregados pelo auditor, a fim de determinar se os procedimentos internos determinados pela empresa estão sendo cumpridos pelos seus colaboradores.
Destinam-se em um primeiro momento a constatar a credibilidade dos procedimentos de controle da empresa, e não necessariamente os Registro correctos das operações. O objectivo do teste de observância é proporcionar razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estão sendo executados na forma determinada pela organização. Esta observação é essencial para o auditor, uma vez que é através dos testes de observância que ele pode vir a depositar maior ou menor confiança no sistema de controles internos aplicados. Os testes de observância são largamente aplicados em auditorias operacionais, onde a preocupação central do auditor é com respeito se os colaboradores da organização respeitam as normas internas preestabelecidas. A aplicação desses testes requer muita atenção e acuidade do auditor, e normalmente são aplicados sem que os envolvidos no processo auditado percebam, pois caso isso fosse notado, certamente fariam o correto, pelo menos na frente do auditor.
Na aplicação dos testes de observância devem ser considerados os seguintes procedimentos:
 Inspecção: verificação de registos, documentos e activos tangíveis;
 Observação: acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e,
 Investigação e Confirmação: obtenção de informações perante pessoas físicas ou
Jurídicas conhecedoras das transacções e das operações, dentro ou fora da entidade.
Ao planejar e executar os testes de controlo, o auditor deve:
(a) Executar procedimentos adicionais de auditoria juntamente com indagação para obter evidência sobre a efectividade operacional dos controles, incluindo:
Os modos como os controles foram aplicados ao longo do período; 
A consistência como eles foi aplicada;
Por quem ou por quais meios eles foram aplicados; e,
(b) determinar se os controles a serem testados dependem de outros controles e, caso afirmativo, se é necessário obter evidência de auditoria que suporte a operação efectiva desses controles indirectos.
1.6.1.1 Controles Internos
Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis pela governança, Administração e outros empregados para fornecer segurança razoável quanto realização dos objectivos da entidade no que se refere à: (i) confiabilidade dos relatórios financeiros; (ii) eficácia e eficiência das operações; e (iii) conformidade com leis e regulamentos aplicáveis.
Os controlos internos podem ser:
• Preventivos: projectados com a finalidade de evitar erros.
• Defectivos: projectados com a finalidade de detectar erros.
O sistema de controlo interno pode ser divido em:
• Controles internos contábeis
• Controles internos administrativos
1.6.1.2 Sistema de Controlos Internos
Controles internos contábeis: procedimentos adoptados pela entidade com o objectivo de proteger seu património contra erros e fraudes e a confiabilidade e tempestividade dos seus registos contábeis.
Exemplos: controles físicos sobre os activos (inventário), sistema de conferência, aprovação e autorização de transacções, segregação de funções, etc.
Controles internos administrativos: procedimentos adoptados pela entidade relacionados à eficiência e eficácia operacional, e à obediência às directrizes e metas da entidade, que se relacionam indirectamente com os registos contábeis e financeiros.
Exemplos: Controle de qualidade, Treinamento de pessoal, análises das variações entre os valores orçados e os valores realizados, análise estatística da lucratividade por linha de produto, etc.
A Administração da entidade é responsável pelo estabelecimento do sistema de controlos internos.
• Responsabilidade: As atribuições dos funcionários ou sectores e as suas rotinas internam devem ser claramente definidas e limitadas, de preferência por escrito.
• Acesso aos activos: Limitação do acesso dos funcionários a seus activos, estabelecendo
Controles físicos sobre os mesmos.
• Segregação de funções: Uma mesma pessoa não pode ser responsável pela execução e revisão de seu trabalho e não pode ter acesso aos activos e aos registos contábeis, concomitantemente.
• Confronto dos activos com os registos (inventário): A empresa deve estabelecer procedimentos de forma que seus activos, sob a responsabilidade de alguns funcionários, sejam periodicamente confrontados com os registos contábeis
A eficiência e a eficácia dos controles internos estão directamente relacionadas à quantidade de testes a serem aplicados. São inversamente proporcionais: quanto maior a eficiência e a eficácia, menor será a quantidade de testes a serem aplicados pela auditoria.
1.6.2 Testes substantivos
Conforme Cordeiro (2007, p. 18): Esse tipo de teste é empregado pelo auditor quando ele deseja obter provas suficientes e convincentes sobre as transacções, que lhe proporcionem fundamentação para a sua opinião acerca de determinados fatos.
Os testes substantivos são imprescindíveis no planeamento dos trabalhos de auditoria, principalmente quanto menos confiáveis forem os controles internos, uma vez que é através da aplicação correta destes que o auditor obtém evidências sobre os saldos e/ou transacções apresentadas pela empresa. Esse tipo de teste é de fundamental importância na complementação dos testes de observância, considerando que são através dos testes substantivos que o auditor tem condições de constatar sobre a fidedignidade das transacções e registos contábeis.
Existe um procedimento interno estabelecido por uma empresa, que prevê que a cada recepção de mercadorias/produtos, o responsável pelo almoxarifado confronte os dados da nota fiscal de compra com a ordem de compra. Quando o auditor constata que há o confronto da nota com o pedido, ele está aplicando o teste de observância, porém não está sendo levado em consideração se de fato está existindo a conferência dos dados dos documentos correlacionados, fato este que se aplicado pelo auditor enquadra-se na segunda categoria de testes, os quais recebem o nome de testes substantivos. Em uma outra situação, por exemplo, o auditor acompanha a rotina de registo de um colaborador, observando que há o cumprimento das obrigações trabalhistas, porém somente poderá verificar se essa contratação atende às normas internas se aplicados os testes substantivos. O equilíbrio a ser atingido na combinação dos testes de observância com os testes substantivos depende de diversos factores e circunstâncias. Entretanto, as seguintes generalizações são apropriadas na maioria dos casos: Se os controles internos são fortes, a combinação dos procedimentos normalmente deve favorecer os testes de observância e os testes substantivos analíticos; Se os controles internos são fracos, a combinação dos procedimentos deve normalmente favorecer os testes substantivos mais extensos, tanto os analíticos como os de detalhes;O tamanho da amostragem de todos os testes normalmente deve ser maior quando os controles internos são fracos.
Os testes substantivos objectivam ter evidência quanto à suficiência, exactidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. Dividem-se em:
 1.6.2.1. Testes de transacções e Saldos:
Testes de transacções: o auditor irá verificar se as transacções de fato aconteceram, pois a empresa pode executar uma transacção artificial, através, por exemplo, de transacções fictícias entre partes relacionadas. Testes de Saldos: o auditor irá verificar se os saldos apresentados na contabilidade estão correctos, como por exemplo, confrontando o extracto bancário com a contabilidade e com a conciliação bancária.1.6.2.2. Procedimentos de Revisão Analítica:
A revisão analítica é uma tentativa de explicar atipicidade, olhando para as demonstrações contábeis. Consiste em analisar os dados e identificar desvios, com o objectivo de determinar a aplicação de procedimentos de auditoria.
Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objectivar concluir:
1. Existência – se o componente patrimonial existe em certa data;
2. Direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa data;
3. Ocorrência – se a transação de fato ocorreu;
4. Abrangência – se todas as transações estão registradas; e,
5. Mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas.
O auditor deve ainda verificar se os activos estão super avaliados e os passivos subavaliados, ou seja, se a entidade está cumprindo o princípio da prudência.
As demonstrações contábeis devem contemplar a situação patrimonial na data do encerramento do exercício. O corte das transacções tem como objectivo principal verificar a observância do princípio da competência de forma a se constatar que as receitas e despesas foram registadas no exercício a qual pertencem.
O cut-off também será aplicado nas contas patrimoniais como, por exemplo, os estoques e as duplicatas a receber, para fins de se assegurar que não existam valores de um exercício registado no anterior e vice-versa.
Exemplo: separar as últimas compras de um ano e as primeiras do outro para verificar se a competência foi respeitada.
1.6.2.3. Outros Testes:
Recálculo: técnica mais simples e mais completa de verificação da exactidão matemática de documentos e registos.
Reexecução: é uma nova execução, independente, pelo auditor, de procedimentos ou controles que já foram realizados pelo responsável pela sua execução original.
Conciliações: verifica a compatibilidade entre o saldo das contas contábeis com a confirmação de terceiros.
Extensão dos exames de auditoria
Conforme estudos de Cordeiro (2007, p. 18): Renomados autores de auditoria têm debatido sobre a extensão dos exames que devem ser realizados, sem, no entanto, terem chegado a conclusões pacíficas no que tange à abrangência dos testes. Uma questão tão controversa como esta é pendente de uma série de variáveis que enunciam os exames de auditoria, tais como: número de transacções, número de auditores, tempo da auditoria, relevância dos itens a examinar, entre vários outros factores.
Seguindo Franco e Marra (2001), iremos abordar o tema de profundidade, levando em consideração três cenários:
Revisão integral;
Auditoria por testes (amostragem); 
Revisão analítica
Revisão integral
Para Cordeiro (2007, p. 18): Esse tipo de verificação compreende o exame de todos os registos, bem como a análise de todos os controles internos de uma entidade, que respaldaram determinada transacção.
Equivale a uma perícia quanto a sua abrangência, e é praticamente impossível ser aplicada por auditores externos, e raramente é aplicada por auditores internos.
O custo de uma auditoria desta natureza tem valor elevado, considerando que uma equipe de auditores estaria o tempo todo se dedicando ao exame de uma única área, o que é muito raro acontecer. Esse tipo de auditoria aplica-se mais quando há indícios de fraudes, onde aí sim deve ser examinada a totalidade das operações, buscando identificar o “modus operandi” de como a fraude se processa na organização.
Auditoria por teste (amostragem) Conforme Cordeiro (2007, p. 19):A auditoria por testes, ou por amostragem, compreende o exame de determinada percentagem dos registos, dos documentos ou dos controles, considerada suficiente para que o auditor faça seu juízo sobre a exactidão e a legitimidade dos elementos examinados.
A profundidade dos exames é determinada pelo auditor, e varia de acordo com a maior ou menor confiança que ele deposita no sistema de controles internos da empresa. O que distingue a revisão integral da auditoria por testes é a amostragem, considerando que quando as empresas eram menores, e com poucas operações, era possível a verificação de 100% das transacções, fato que hoje em dia é muito raro em razão do custo da auditoria, da complexidade e volume das operações. Nos testes de auditoria realizados por amostragem, o auditor poderá utilizar-se da amostragem estatística ou aleatória, dependendo das circunstâncias e finalidades dos exames que serão realizados. Por amostragem estatística, entende -se àquelas que necessitam de cálculos tais como: média, mediana, moda, desvio -padrão, regressão linear, entre outros elementos da estatística na aplicação dos cálculos de amostragem.
Revisão analítica
Segundo Cordeiro (2007, p. 19):Quando o auditor constata a existência de alguma deficiência relevante nos controles internos, ou quando através de teste de auditoria, ele detecta erros nos registos contábeis ou na documentação em que ele se apoia, sentindo a necessidade de aprofundamento em seus exames, ele estará aplicando procedimentos de revisão analítica.
 A revisão analítica consiste no exame profundo e minucioso de todo o fluxo de controles internos e de exame analítico das operações de determinada natureza ou de certo período do ano, neste caso confundindo-se com a revisão integral. A revisão analítica de todas as transacções de um período pode consistir, por exemplo, na conferência de todos os documentos de caixas e bancos confrontando os registos contábeis com os documentos originais, a fim de constar possíveis irregularidades. A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo. As técnicas empregadas constam de análises de flutuações, de índices financeiros, de tendências, dentre outros indicativos, utilizando-se principalmente de técnicas empregadas em análise das demonstrações financeiras.
Conclusão
Com a sofisticação actual das operações das organizações, e considerando o custo que uma auditoria representa, é normalmente inviável o exame da totalidade das operações que ocorrem nas empresas. Para suprir a ausência da totalidade dos exames, e mesmo assim poder emitir opinião com segurança, o auditor realiza testes de auditoria, dependendo das circunstâncias do momento. Os testes de auditoria proporcionam ganho de tempo, e ao mesmo tempo garantem ao auditor uma avaliação global das informações e sistema de controles internos da organização. São através dos resultados dos testes de auditoria é que haverá uma maior ou menor segurança na opinião expressa no parecer, motivo pelos quais estes conceitos e aplicações práticas são de extrema importância tanto para os profissionais já experientes, como para os iniciantes. 
Bibliografia 
Almeida. M. (2002). Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. São Paulo, Brasil: Atlas
Cordeiro, C. M. R. (2005). “A Contabilidade e Auditoria. (3ª Ed). Panamá, Brasil: Atlas. 
Crepaldi, S. A. (2000). Auditoria Contábil Teoria e Prática. São Paulo, Brasil: Atlas.
Franco, H. e Marra, E. (2001). Auditoria Contábil. São Paulo, Brasil: Atlas.

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