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Ep15_KantvsMill

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Kant vs. Stuart Mill – A Fundação da Metafísica dos Costumes/ Utilitarianism
O que determina a bondade? Éticas Normativas: Deontologia vs. Utilitarismo (What Determines Goodness? Normative Ethics: Deontology vs. Utilitarianism)
Suas ações são boas?
Ao longo dos anos, filósofos tem se perguntado “O que torna uma ação boa?”.
Suponha que você vê uma criança cair em uma lagoa. Você pula para salvá-la, mas um crocodilo a alcança primeiro. Sua ação ainda pode ser considerada boa moralmente? Bem, isso depende a quem você pergunta:
Immanuel Kant (Deontologia: as pessoas devem agir pelo dever – people ought to act from duty) diria que o valor moral da sua ação é determinado inteiramente por se você estava motivado ou não por um dever... Enquanto o filósofo inglês John Stuar Mill (Utilitarismo: se você não está feliz, porque fazê-lo? – if you’re not happy, why do it?) diria que o valor moral da sua ação é determinado pelo nível de felicidade (amount of happiness) que isso produz – e para o maior número de pessoas.
Kant define o dever (duty) como “a necessidade de agir por respeito à lei moral”
- “Assim, aja para que você possa usar a humanidade, seja na sua própria pessoa ou na pessoa de qualquer outro, sempre ao mesmo tempo como um fim, nunca meramente um meio.” (So act that you may use humanity whether in your own person or in the person of any other, always at the same time as an end never merely a means. GROUND WORK OF THE METAPHYSICS OF MORALS)
Então, se é seu dever tentar salvar a criança de se afogar e, embora falhe, sua ação ainda é boa moralmente. As consequências dessa tentativa são irrelevantes moralmente. É claro, é natural sentir-se feliz fazendo seu dever, mas Kant pensa que isso não importa; pois, para ele, moral não é uma questão do que te faz feliz, e sim, racionalidade.
Você vê, para determinar o valor moral de uma ação, você deve olhar para a vontade (will) da pessoa que “agiu” a ação (‘willed’ the action). Agora, o bem que a boa vontade quer ( the good that the good will wills) expressa-se fazendo seu dever, o que satisfaz o que Kant chama de Imperativo Categórico (categorical imperative).
O categórico imperativo é uma lei de auto-determinação; um comando que, como diz Kant, nossa razão dita para nós. Consequentemente, quando agimos a partir do dever, estamos desejando (willing) a coisa certa por respeito a nós mesmos como seres racionais auto-determinantes (rational, law-giving beings):
 “Há, portanto, um único imperativo categórico e é este: aja apenas de acordo com a máxima através da qual você pode ao mesmo tempo querer que ela se torne uma lei universal.” (There is, therefore, only a single categorical imperative and it is this: act only in accordance with the maxim through which you can at the same time will that it become a universal law.)
Mill, por outro lado, acredita que a felicidade - e não a racionalidade - é fundamental para a moral. E por “felicidade”, Mill quer dizer “prazer e ausência de dor”. De fato, Mill acredita que o prazer é a única coisa que é inerentemente valiosa. Mas, deve-se ressaltar que nem todos os prazeres são iguais. Desde que uma ação promova felicidade, ela é boa moralmente; na medida em que não promove felicidade, ela é errada.
-“É melhor ser um humano insatisfeito que um porco satisfeito; é melhor ser Sócrates insatisfeito que um tolo satisfeito”. (It is better to be a human dissatisfied than a pig satisfied; It is better to be Socrates dissatisfied than a fool satisfied. Ibid)
Mas e se os dois estiverem errados? E se a moral é uma desilusão? Apenas um meio sofisticado de um afirmar suas preferências? E se tudo for relativo?
Este texto pertence à Wisecrack –YouTube Channel e detém toda sua autoria. Esta versão é meramente uma tradução livre.

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