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TÍTULOS DE CRÉDITO 01 teoria geral

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TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 
• A atividade empresarial, é exercida no mercado entre as empresas 
e consumidores de bens e serviços, tendo como um dos seus 
principais suportes, o crédito. 
• Os títulos de crédito surgiram para facilitar a circulação do crédito, 
a circulação de riquezas, com base na confiança e tempo futuro 
para pagamento. Têm duas características ou atributos: 
• a) NEGOCIABILIDADE: maior facilidade de negociação que uma 
obrigação comum. 
• b) EXECUTIVIDADE: maior facilidade de cobrança que uma 
obrigação comum. O título de crédito é título executivo 
extrajudicial e as matérias de defesa na execução são restritas. 
Noções históricas: 
O homem como ser racional que é busca sempre alcançar suas necessidades mais básicas para então galgar passos mais longos, alçar vôos
mais altos em busca de desafios maiores.
Desde os remotos tempos em que se tem notícia da civilização, o comércio sempre esteve presente. Não nesta acepção de palavra que 
conhecemos hoje, mas o ser humano nunca conseguiu ele só produzir ou caçar tudo que necessitava.
Assim é que desde o início, a troca esteve presente na vida dos seres humanos.
E esta relação foi se evoluindo até que, diz a história contada por alguns, necessitou o homem se valer de alguma forma segura para efetuar 
esta troca uma vez que já não mais acontecia apenas para a necessidade básica de um único indivíduo, mas sim para toda uma 
coletividade.
Conta a história que os Cavaleiros Templários foram os primeiros banqueiros que se tem notícia, uma vez que, fortemente armados pela 
Santa Sé, e poderosamente ricos, transportavam riquezas de um lado ao outro do velho mundo para efetuar a troca que seus clientes 
necessitavam.
Assim é que foi surgindo na história antiga, algum substitutivo da moeda corrente, que passou a ser representada por algum símbolo que 
imprimisse seu valor, dando maior segurança àqueles que transportavam grandes riquezas por grandes jornadas.
Veja, pois que a circulação de mercadoria, valores e produtos não são recentes, pois as necessidades humanas também não o são.
Surgiu então o conceito de crédito!
-Já o Direito Romano era difícil a circulação dos capitais através do crédito, onde a obrigação constituía um elo pessoal entre o credor e o 
devedor, aderindo ao corpo deste, não podendo o credor, no direito primitivo, cobrar nos bens do devedor. A cobrança, estabelecida 
na Lei das XII Tábuas, consistia em matar o devedor ou vendê-Io como escravo. Mais tarde, através da Lex Papira, a garantia pessoal e 
corporal do devedor foi substituída pelo seu patrimônio, transferindo-se o crédito através da cessão, com obediência às formalidades 
estabelecidas para o ato; 
- Com o desenvolvimento da atividade mercantil na Idade Média, procurou-se simplificar a circulação de capitais com o surgimento da letra 
de câmbio, disseminando a utilização dos títulos de créditos sob várias formas; 
AS ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO
• Muitas são as espécies de títulos de crédito, todas elas reguladas por leis
• especiais, sendo que os títulos de crédito mais usuais e importantes são:
• I – LETRA DE CÂMBIO
• II – NOTA PROMISSÓRIA
• III – CHEQUE
• IV – DUPLICATA
• V- WARRANT E CONHECIMENTO DE DEPÓSITO
• VI – CONHECIMENTO DE TRANSPORTES
• VII – AÇÕES
• VIII – DEBÊNTURES
• IX - TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA
• X- LETRA IMOBILIÁRIA
• XI – CÉDULA HIPOTECÁRIA
• XII – TÍTULOS DE CRÉDITO RURAL: nota promissória rural, duplicata rural,
• cédula rural pignoratícia, cédula rural hipotecária, cédula rural pignoratícia e
• hipotecária, nota de crédito rural
• XIII – TÍTULOS DE CRÉDITO INDUSTRIAL: cédula de crédito industrial, nota de
• crédito industrial, cédula de crédito bancário
Definição
• Título de crédito é o documento necessário para 
o exercício do direito, literal e autônomo, nele 
mencionado. (Cesare Vivante) 
• CONCEITO TÍTULO DE CRÉDITO PELO CÓDIGO 
CIVIL DE 2002: 
• Art. 887. O título de crédito, documento 
necessário ao exercício do direito literal e 
autônomo nele contido, somente produz efeito 
quando preencha os requisitos da lei. 
• Primeiramente deve-se entender sobre os títulos de crédito que são 
papéis representativos de uma obrigação e emitidos de conformidade 
com a legislação específica de cada tipo ou espécie. A definição mais 
corrente para título de crédito, é "documento necessário para o exercício 
do direito, literal e autônomo, nele mencionado".
• Principios básicos dos títulos de crédito:
• - Princípio da Cartularidade: exige a existência material do título ou, como 
versa Vivante, o documento necessário. Assim sendo, para que o credor 
possa exigir o crédito deverá apresentar a cártula original do documento -
título de crédito.
• - Princípio da Literalidade: o título vale pelo que nele está mencionado, 
em seus termos e limites. Para o credor e devedor só valerá o que estiver 
expresso no título.
• - Princípio da Autonomia: desvincula-se toda e qualquer relação havida 
entre os anteriores possuidores do título com os atuais e, assim sendo, o 
que circula é o título de crédito e não o direito abstrato contido nele.
Alguns princípios eventuais ligados à 
autonomia
• No princípio da abstração, a abstração do título é entendida justamente quando se analisa a 
relação causal, ou seja, o título de crédito não está vinculado a um contrato ou a uma relação 
causal entre o emissor e o possuidor originário (Salvo em casos excepcionais como v.g. a Duplicata, 
que é considerada um título de crédito causal já que sua validade está atrelada a concretização do 
negócio jurídico que ela representa).
Abstrato é o título que se desvincula da relação fundamental que lhe deu origem. A circulação do 
título de crédito faz com que a cada vez que o título troca de mãos, o novo possuidor adquire um 
título desvinculado da obrigação originária. Entretanto, entre os sujeitos que participaram do 
negócio originário o título não se considera desvinculado deste.
Rubens Requião , citando a doutrina de Vivante, afirma com toda propriedade que:
Os títulos de crédito podem circular como documentos abstratos, sem ligação com a causa a que 
devem sua origem. A causa fica fora da obrigação, como no caso da letra de câmbio e notas 
promissórias. A índole abstrata do crédito não é essencial ao título de crédito, reafirma o grande 
comercialista. Portanto, abstrato é o título de crédito por ser independente do negócio de origem.
• Assim novamente pelo Pincípio da AUTONOMIA
Os títulos de crédito a partir do século XIX deixaram de ser mero documento probatório de relação 
causal para ganharem a natureza de documentos constitutivos de novo direito, originário e 
inteiramente desvinculado da relação causal.
Quando alguém subscreve um título de crédito, o faz abstratamente, ou seja, faz uma proposta 
abstrata de pagamento, que se dirige não só a seu beneficiário, mas também a qualquer pessoa 
indeterminada, que será quem detiver o título à época do vencimento.
Diz-se portanto que um titulo é autônomo quando o possuidor do título exercita um direito 
próprio, novo, desvinculado de qualquer relação pré existente entre o antigo possuidor e o emissor 
do título.
Esta autonomia dos títulos de crédito pode ser observada mais facilmente quando o título é posto 
em circulação eis que, desta maneira, a cada nova relação cartular, o novo possuidor adquire um 
título livre e desimpedido de qualquer exceção de natureza pessoal que porventura pudesse ser 
oposta ao seu antigo possuidor. O título é novo e o direito que ele representa é autônomo e 
independente.
Portanto, em virtude de sua autonomia, uma relação será sempre autônoma da outra.
Daí se poder afirmar com propriedade e certeza que a autonomia se desdobrará em dois sub 
princípios: A Abstração e a inoponibilidade das exceções pessoais em relação a terceiros de boa fé.
INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕESPESSOAIS EM RELAÇÃO A TERCEIROS DE BOA FÉ
Por este sub-princípio, o devedor de um título não pode alegar, em sede de defesa, exceções pessoais que tenha em relação ao 
credor originário do título se, quem o detém, neste momento, é terceira pessoa de boa-fé.
Em outras palavras, poder-se-ia dizer que o devedor do título não poderá opor ao terceiro de boa-fé as exceções que teria contra
o credor originário . Esse sub-princípio visa proteger o terceiro adquirente, e, assim, facilitar a circulação do título.
Como já dito alhures, a função dos títulos de crédito é fazer circular riqueza. Agora pergunta-se: Quem teria segurança para 
contratar ou adquirir um titulo de crédito já em circulação se não tivesse a garantia de que as relações pessoais pretéritas 
não lhe poderiam ser opostas? A resposta seria: NINGUÉM!
Ora, importante, entretanto, é deixar bem claro que, somente o terceiro de BOA-FÉ poderá se valer desta prerrogativa, vamos 
assim dizer pois, aquele que se encontra de má-fé, seja sabendo das exceções pessoais, seja em conluio com o credor 
originário não poderá se beneficiar desta prerrogativa.
Resumindo, poder-se-ia dizer que a inoponibilidade das exceções pessoais em relação a terceiro de boa-fé seria uma espécie 
de garantia ao título de circulação para que terceiro de boa-fé que venha a adquirir o título não seja surpreendido pelo 
emissor com exceções de direito pessoal atinentes ao credor originário.
Ora, a conjugação dos sub-princípios aqui analisados, formam, exatamente a condensação do princípio da autonomia dos títulos 
de crédito.
Exemplifiquemos: um negócio jurídico de venda e compra feito entre “A” e “B” dá origem à emissão de um determinado título de 
crédito. “B”, comprador, emitiu referido título a “A” como forma de pagamento. “A”, por sua vez, transferiu referido título a
“C”. 
O negócio jurídico de venda e compra possui um vício que leva à sua nulidade absoluta. Na data do vencimento do título, “C” 
dirige-se a “A” para recebimento do valor constante do título, sendo que, com base no subprincípio da inoponibilidade de 
exceções pessoais a terceiro de boa-fé, “A” não poderá se negar a pagar o título a “C” sob o fundamento de que o negócio 
jurídico que originou o título é nulo. 
Esse princípio consta expressamente da “Lei Uniforme relativa às Letras de Câmbio e Notas Promissórias” (Convenção de 
Genebra, recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro através do Decreto no. 57.663, de 24/01/1966), conforme seu 
artigo 17, in verbis: 
“ As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais 
delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido 
conscientemente em detrimento do devedor.”
LEGALIDADE OU TIPICIDADE
• Talvez um dos mais importantes princípios, a legalidade ou tipicidade ao invés de se referir a peculiaridades ou 
características dos títulos de crédito, se preocupa determinar qual documento poderá ser tido como um título de 
crédito.
Para o princípio da legalidade, somente será considerado título de crédito, aqueles que estiverem previamente 
definidos e disciplinados por lei, em caráter numerus clausus .
A legalidade ou tipicidade consiste na impossibilidade estabelecida pela lei, de se emitirem títulos de crédito que 
não estejam previamente definidos e disciplinados por lei ( numerus clausus ) .
Alguns autores vêm defendendo que o novo código civil teria admitido a formação de títulos de crédito atípicos, 
mormente quando da análise do parágrafo terceiro do artigo 889 ao estatuir que "o título poderá ser emitido a 
partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do 
emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo".
Sustentam sua tese no fato de que o Código Civil admitiu expressamente a criação de títulos atípicos desde que 
atendidos os requisitos mínimos previstos no caput do mesmo artigo 889.
Entretanto, esta tese não há de prosperar. A estes títulos faltaria a cláusula cambiária, ou seja, a denominação no 
corpo do título de qual ele é. Assim, só terá a força e os efeitos de uma Nota Promissória aquele título que além e 
preencher os requisitos legais, contenha a indicação Nota Promissória em seu corpo.
CC/Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a 
assinatura do emitente.
§ 1º É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento.
§ 2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente.
§ 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que 
constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.
Classificação dos Títulos de Crédito
• - Quanto ao modelo: podem ser vinculados ou livres.
• Vinculados: devem atender a um padrão específico, definido por lei, para a criação do título. Ex:. 
cheque.
• Livres: são os títulos que não exigem um padrão obrigatório de emissão, basta que conste os 
requisitos mínimos exigidos por lei. Ex:. letra de câmbio e nota promissória.
• -
• Quanto à estrutura: podem ser ordem de pagamento ou promessa de pagamento.
• Ordem de pagamento: por esta estrutura o saque cambial dá origem a três situações 
distintas: sacador ou emitente, que dá a ordem para que outra pessoa pague; sacado,que recebe a 
ordem e deve cumpri-la; e o beneficiário, que recebe o valor descrito no título. Ex:. letra de câmbio, 
cheque.
• Promessa de pagamento: envolve apenas duas situações jurídicas: promitente, que deve, 
e beneficiário, o credor que receberá a dívida do promitente. Ex:. nota promissória.
• - Quanto à natureza: podem ser títulos causais ou abstratos.
• Títulos causais: são aqueles que guardam vínculo com a causa que lhes deu origem, constando 
expressamente no título a obrigação pelo qual o título foi assumido, sendo assim, só poderão ser 
emitidos se ocorrer o fato que a lei elegeu como uma possível causa para o mesmo. Podem circular 
por endosso. Ex:. duplicatas.
• Títulos abstratos: são aqueles que não mencionam a relação que lhes deu origem, podendo ser 
criados por qualquer motivo. Ex:. letra de câmbio, cheque.
OS TÍTULOS DE CRÉDITO E O CÓDIGO CIVIL
• O Código Civil de 2002 apresenta normas gerais dirigidas aos títulos 
de crédito em seus artigos 887 a 903. Importante que se esclareça 
que as regras previstas no Código Civil somente serão aplicadas se 
não houver normatização diferente nas leis que tratam 
especificamente de cada uma das espécies de títulos de crédito. Eis 
o que consta do artigo 903 do Código Civil: 
• “ Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regemse os 
títulos de crédito pelo disposto neste Código.” O restante dos 
artigos do código civil destinados à normatização dos títulos de 
crédito será analisado no decorrer do estudo dos assuntos, sendo 
importante mais uma vez ressaltar que o disposto no código civil 
em relação aos títulos de crédito somente será aplicável se não 
houver norma específica em lei especial de determinada espécie de 
título de crédito.
REQUISITOS MÍNIMOS PARA A FORMAÇÃO DE 
UMA CÁRTULA
• Como ato unilateral de vontade que são, os títulos de crédito se submetem às regras de formação e 
validade dos negócios jurídicos.
A obrigação cambiária resulta de declaração unilateral de vontade por parte do subscritor do título, 
e ao de contrato celebrado com o beneficiário. Por isso, quando alguém subscreve títulos de 
crédito, faz uma promessa abstrata de pagamento ;
Os títulos de crédito são portanto, declarações unilaterais de vontade, ou o que os romanos 
chamavam de quase contrato, eis que, emitidos apenas por uma pessoa e não em acordo de 
vontade como acontece com os contratos, mas mesmoassim, possui força de vincular o seu 
emissor ao pagamento da cártula se esta já não houver circulado.
Assim, pautado nas disposições inseridas pelo código civil, pela legislação cambiária específica e 
pelas construções doutrinárias, pode-se afirmar com toda certeza que, para sua validade, os títulos 
de crédito devem obedecer as mesmas exigências para a validade dos negócios jurídicos.
Desta maneira, o código civil em seu artigo 887, disciplina de forma categórica a necessidade de 
estarem presentes alguns requisitos à sua formação.
Art. 887 – O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo 
nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos de lei.
• O art. 104 do Código Civil é claro ao determinar que a validade do negócio jurídico requer um agente capaz.
No plano dos sujeitos, é nula de pleno direito a emissão de um título de crédito se o agente que se obriga é absolutamente incapaz e anulável 
será se o mesmo agente for relativamente capaz.
Esta capacidade portanto deve ser analisada sob a ótica do agente emissor e não do beneficiário, ou credor.
A incapacidade do beneficiário não vicia o ato, já que se trata de uma declaração unilateral de vontade e não de um negócio jurídico 
O incapaz é livre para adquirir direitos. Só não o é para contraia obrigações ou dispor de seu patrimônio, eis que, não possui ainda o 
necessário discernimento para a prática de certos atos da vida civil.
Ainda sob a análise do art. 104 do CC, o objeto do negócio jurídico precisa ser lícito, possível, determinado ou ao menos determinável para 
conferir validade e legalidade ao negócio.
Ora, sob este aspecto, pode-se dizer que os títulos de crédito não podem guardar em sua essência relações que contrariem a ordem pública, 
aos bons costumes, à moral.
Seu objeto deve ser lícito, estar pautado dentro da legalidade, ser sua obrigação possível de ser cumprida e ainda determinada ou ao menos 
determinável.
Por fim, determina a alínea terceira do multicitado artigo 104 do Código Civil que o negócio jurídico prescinde de forma prescrita ou não 
defesa em lei.
A forma prescrita em lei garante a publicidade e a segurança que os títulos de crédito ostentam pois, basta se imaginar a insegurança que 
seria se um cheque por exemplo não tivesse sua forma padronizada. Cada um inventaria um modelo de cheque diferente, com 
tamanho, formato, cor, numeração diferente.
Quem garantiria ao devedor que aquele cheque realmente era válido? Portanto, esta forma prescrita em lei confere requisitos mínimos 
impostos para que um documento possa ser considerado título de crédito, além de é claro, a já estudada tipicidade.
Em suma, para que um documento possa ser considerado um título de crédito, deve ele ter previsão legal e obedecer os requisitos mínimos 
de formação e padronização.
• Art. 889 – Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação 
precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente..
DATA DE EMISSÃO
Deve o título de crédito conter expressamente a sua data de emissão, sob 
pena de invalidade e ilegitimidade do título.
E não se trata de mero requisito de cunho doutrinário eis que sua falta 
pode implicar em graves problemas de ordem prática.
Pense por exemplo um título com vencimento à vista. Na falta da data de 
emissão ou em esta estando incorreta, a prescrição do título estaria 
afetada.
Mesmo que o título seja transferido sem a informação da data de sua 
emissão, deve o portador obrigatoriamente fazer inserir tal informação se 
deseja exigir o cumprimento de sua obrigação pois, na falta de um 
requisito o título perde sua força como tal e passa a representar mero 
documento de dívida.
• PRECISÃO DOS DIREITOS QUE CONFERE
O título de crédito deve trazer de forma clara, expressa e precisa os 
direitos que confere. Estes direitos são os deveres assumidos pelo 
devedor que esteja indicado no instrumento que poderão ser 
exigidos por aquele que detenha a cártula no momento de sua 
cobrança.
Esta obrigatoriedade guarda estreitas relações com o princípio da 
literalidade pois somente poderá ser imputado ao devedor aquilo 
que se encontra inserto no título.
Facilmente se percebe que o requisito de definição precisa dos 
direitos que são conferidos pela cártula possui outra tradução, qual 
seja, a afirmação de um dever das partes de grafarem no título tudo 
que comporá seu universo de existência jurídica. O que não se 
encontra na cártula, não está no mundo ( Quod non est in cambio 
non est in mundo ), não vinculando nenhuma outra pessoa que não 
os partícipes do negócio fundamental (20).
• ASSINATURA
Como declaração unilateral e vontade que é, os títulos de crédito 
prescindem da assinatura de seu emissor como forma de se lhe provar a 
validade e autenticidade.
Nos termos do já citado artigo 889 a assinatura, requisito essencial à 
formação do título de crédito é a prova necessária de que a declaração 
unilateral partiu efetivamente do emitente, devendo esta portanto ser 
aposta de próprio punho ou por procurador com poderes específicos para 
tanto, ocasião em que cremos nós que a procuração se vinculará à 
cártula.
Os documentos particulares, aí compreendidas as declarações unilaterais 
(Títulos de crédito inclusive) gozam de presunção relativa de veracidade 
quanto a seus signatários quando por eles assinada, nos termos do art. 
219 do Código .
Portanto, devem os títulos de crédito serem sempre assinados por seus 
emissores, sob pena de assim não o serem considerados.
• DATA DE VENCIMENTO
Embora não constante do rol do art. 899 do Código Civil, a data do vencimento do 
título é talvez um de seus requisitos mais importantes.
Pelas mesmas razões expostas quando da análise da data da emissão, a data de 
vencimento marcará a mora do vedeor, seguindo a regra de que dies interpelat pro 
homini , ou seja, o dia interpela pelo homem.
Esta data de vencimento, além de implicar o marco inicial do prazo prescricional 
das cártulas que, salvo regra específica é e 3 (três) anos nos termos do art. 206, 
§3º, VIII do CC é também como já dito o termo inicial da mora do devedor, 
autorizando a partir de sua efetivação o protesto e a execução do título.
Portanto, por mais que tenha havido um silêncio do legislador infraconstitucional 
ao não prever a data de vencimento como requisito específico, temos que sua 
presença é de fundamental importância nos termos aqui descritos.
• OS TÍTULOS DE CRÉDITO COMO TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS
Nos termos do artigo 585 do CPC, os títulos de crédito são títulos executivos 
extrajudiciais, trazendo o diploma processual civil uma extensa gama de títulos e 
reservando ainda a possibilidade de leis especiais atribuírem força executiva a 
títulos outros que não estejam ali arrolado.
Trata-se como óbvio pela simples leitura do inciso VII que a listagem é meramente 
exemplificativa.
O processualista carioca Alexandre Câmara com toda sua propriedade afirma que 
o Código de Processo Civil confere eficácia executiva aos títulos de crédito.
Sem embargo de discussões processuais que não são afetas ao presente trabalho, 
o que nos cumpre dizer neste momento é que os títulos de crédito possuem força 
executiva nos termos do artigo 585 do código de processo civil.
• OS TÍTULOS DE CRÉDITO COMO DOCUMENTOS PROTESTÁVEIS
A lei 9.492/97 define competência, regulamenta os serviços concernentes ao 
protesto de títulos e outros documentos de dívida e dá outras providências.
O artigo 1º dá início à legislação disciplinando quais seriam os documentos 
passíveis de serem protestáveis e como não poderia deixar de ser, ali estão 
incluídos os títulos de crédito 
Carlos Henrique Abrão sem margens para erros afirma que "regra comum que se 
aplica aos títulos em geral, regularmente constituídos, onde estejam presentes os 
pressupostos das obrigaçõescambiárias, na espécie e com força a amparar 
execução."
Ora, o que se depreende portanto é que os títulos que possuem força executivo 
(Títulos executivos judiciais ou extrajudiciais) são passíveis de serem protestados e, 
como já fora analisado acima, os títulos de crédito, pela sistemática do inciso 
primeiro do artigo 585 do CPC são títulos executivos extrajudiciais.
Desta feita, sem medo de equívocos, pode-se concluir que os títulos de crédito são 
documentos passíveis de serem levados a protesto.
• O protesto é um ato formal que se destina a comprovar a inadimplência de uma determinada pessoa, física ou jurídica, quando esta for 
devedora de um título de crédito ou de um outro documento de dívida sujeito ao protesto. Somente o Tabelião e seus prepostos 
designados podem lavrar o protesto.
• O protesto, basicamente, se destina a duas finalidades: a primeira é de provar publicamente o atraso do devedor; a segunda função do 
protesto é resguardar o direito de crédito.
• O Tabelião de Protesto é uma pessoa investida nesse cargo em virtude de delegação do Poder Público. Ou seja, a atividade notarial, de 
protesto e também a de registro são essencialmente públicas, mas que, por razões diversas, não podem ser exercidas diretamente pelo 
Estado, que delega aos Tabeliães essa prerrogativa, desde que logrem êxito no devido concurso de provas e títulos a que são 
submetidos.
• O Tabelião, ao examinar um título distribuído para seu cartório, deverá tão-somente fazer a verificação dos aspectos formais do título, 
como, por exemplo, a presença de todos os seus requisitos essenciais, a clareza nas informações, ausência de rasuras, preenchimento 
correto, datas de emissão e vencimento devidamente corretas, assinaturas, etc.
• O Tabelião não adentrará ao mérito pelo qual o título foi emitido, nem tampouco verificará prescrição (perda do direito de ação que 
assegura o exercício do direito de crédito) ou decadência (perda do próprio direito de crédito).
• Efeitos
Na esfera judicial, o credor terá em seu poder a prova formal, revestida de veracidade e fé pública, de que o devedor está inadimplente 
ou descumpriu sua obrigação. Com essa prova, poderá requerer em juízo as medidas liminares, como busca e apreensão, arrestos, etc., 
terá mais chance de ser o vencedor das ações que promover, cuja discussão seja o título, etc.
• Já no âmbito extrajudicial, o protesto interessará a quem realiza empréstimos ou financiamentos, pois estas pessoas (físicas ou 
jurídicas) desejam saber a real capacidade da outra parte, no que tange ao cumprimento de suas obrigações. Assim, os interessados em 
geral, sobretudo os órgãos de proteção ao crédito (Associação Comercial, Serasa, etc.) solicitam dos tabelionatos de protesto as
relações de pessoas que possuem protestos, lançando-os em seus bancos de dados. Com isso, tem-se maior segurança jurídica, pois, em 
um exemplo prático, uma empresa financeira só irá realizar um empréstimo se o contratante estiver com seu “nome limpo na praça”.
• Custo
Não há que se pagar nenhum valor para protestar um título. Todos os emolumentos deverão ser suportados pelo devedor, quando este
for efetuar o pagamento ou o cancelamento. Deverão, outrossim, arcar com emolumentos, os sucumbentes (perdedores) das ações 
judiciais que ensejarem sustação ou suspensão judicial definitiva do protesto. Por fim, o apresentante deverá pagar os emolumentos 
somente na hipótese de desistência do protesto.
• Apresentação
Dizem as normas da Corregedoria que, em Comarcas onde há mais de um Tabelionato, há a necessidade de um Serviço de Distribuição,
onde os títulos são divididos quantitativamente (em relação ao número de títulos) e qualitativamente (em relação à faixa de valores em 
que estão inseridos).
• Para facilitar a apresentação, um acordo com a Febraban foi celebrado, autorizando que os títulos oriundos de bancos sejam enviados 
ao Distribuidor por meio magnético (disquete) ou por meio eletrônico de dados, devendo os Tabelionatos providenciar tão-somente a 
sua mera instrumentalização, conforme dispõe a Lei do Protesto (Lei 9.492/97), em seu artigo 8º, parágrafo único.
Americana- SP _____/_____/_____ .
Ao Tabelionato de Protesto da Comarca de Patrocínio/MG.
Ref: Solicitação do Protesto de Nota Promissória. 
Na qualidade de credor, solicito, nos termos da Lei 9.492/97, o protesto da Nota Promissória abaixo, por falta de 
PAGAMENTO:
Emitente:_________________________
CPF/CNPJ_________________________ 
ENDEREÇO:___________________________ 
CIDADE/UF____________________CEP______________ 
PRAÇA DE PAGAMENTO_____________________
NP Nº__________________
VALOR r$_______________
DATA DA EMISSÃO______/_____/______ VENCIMENTO_____/______/______ 
CREDOR____________________________
ENDEREÇO__________________________
CIDADE
CPF/CNPJ
Declaro para os devidos fins, sob as penas da lei, que as informações acima são de minha inteira responsabilidade. 
Assinatura Apresentante:______________________________________________ 
Nome: 
CPF:
OBS.: O FORMULÁRIO ACIMA DEVE NECESSARIAMENTE ACOMPANHAR O TÍTULO ORIGINAL.
Modelo de formulário de protesto
• Há diversas classificações sobre os títulos de 
crédito, daremos ênfase quanto à sua circulação 
em: "título ao portador" e "título nominativo“
• Título ao portador pode ser resgatado por 
qualquer pessoa que tiver o título em mãos.
• Título nominativo só pode ser resgatado pela 
pessoa cujo nome aparece no título.
23total = 14
Entendimento/classificação do título 
de crédito
• Quanto à circulação do título de crédito
• Lembre-se que o ponto chave do título de 
crédito é que ele é transferível para facilitar a 
circulação de riquezas.
Título ao portador
• Documento de crédito sem indicação do 
beneficiário. Titular dos respectivos direitos é 
a pessoa que os possui. 
• Podem ser cheques (valor menor que R$ 
100,00);
• Ações ao portador de sociedades anônimas;
• Bilhetes de loteria, passagem de trem, entrada 
de cinema, título de capitalização etc.
25total = 14
Na forma do artigo 904 do Código civil, a transferência dos títulos de crédito 
ao portador ocorre através de simples tradição, isto é, da simples entrega 
física da cártula que consubstancia o título de crédito. Dessa forma, o 
possuidor do título (isto é, aquele que o detém fisicamente) tem direito à 
prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor, 
mesmo que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do 
emitente (art. 905 do CC). Para os títulos “ao portador”, a cártula é tão 
importante queos artigos 908 e 909 do Código Civil determinam, 
respectivamente, que: o possuidor de título dilacerado, porém 
identificável, tem direito a obter do emitente a substituição do anterior, 
mediante a restituição do primeiro e o pagamento das despesas; e o 
proprietário, que perder ou extraviar título, ou que for injustamente 
desapossado dele, poderá obter novo título em juízo, bem como impedir 
que sejam pagos a outrem capital e rendimentos inerentes ao título.
A transferência dos títulos de crédito à ordem (os títulos de 
crédito à ordem são aqueles que contêm o nome de seu 
beneficiário e são transferíveis através de “endosso”) tem-
assim, 2(dois) elementos básicos para a sua caracterização:
- o título não apenas afirma a obrigação certa de um devedor 
certo, mas também traz a indicação de um beneficiário (um 
credor) certo; e
- faculta-se ao credor nomeado na cártula ordenar que o 
pagamento se faça a outrem, seja indicando essa outra 
pessoa, seja não a indicando.
Essa possibilidade do credor nomeado no título como 
beneficiário do crédito ordenar que o pagamento se faça a 
outra pessoa caracteriza o instituto jurídico do endosso. 
A palavra “endosso” é derivada do latim in dossum (no dorso, nas costas), de que 
também se formou o indosso italiano e o endos ou endossementfrancês. Na 
terminologia jurídica, designa o ato pelo qual a pessoa proprietária de um título de 
crédito, passa-o para outrem, conferindo-lhe os direitos que lhe competiam.
Bulgarelli ensina que “endosso é forma particular de alienação de coisa móvel [e não 
podemos nos esquecer que o título de crédito é uma coisa móvel], e para nós, 
forma específica de transferência dos títulos de crédito. Mas, apenas uma das 
formas [de transferência], porque os títulos de crédito podem também ser 
transferidos mediante simples tradição, quando são ao portador...” e 
acrescentamos que alguns títulos (títulos de crédito não à ordem: títulos de 
crédito “nominativos não à ordem”: constam do nome do credor e circulam por 
cessão civil de crédito, não sendo, portanto, transferíveis por mero
endosso.) podem ser transferidos por “cessão civil”.
Assim, a conceituação do “endosso” simplesmente como ato de transferência de um 
título não nos parece satisfatório, vez que, como já estudado, os títulos ao 
portador são transferíveis, mas por simples tradição e não por endosso.
Parece-nos mais cabível, portanto, o conceito de endosso como o ato pelo qual o 
credor de um título de crédito com a cláusula à ordem (i.e, título de crédito à 
ordem) transmite os seus direitos a outra pessoa.
• Ex: Um cheque “não à ordem” é um cheque que não pode ser endossado. 
Um cheque é “não à ordem” se contiver a expressão “não à ordem”. Isto 
permite evitar fraudes inerentes ao endosso de cheques assegurado-se o 
emitente de que estes são pagos ao respectivo beneficiário. Para que um 
cheque seja “não à ordem” deve escrever-se “não à ordem” no 
espaço reservado ao nome da pessoa a favor de quem o cheque é 
passado, antes ou depois da indicação do nome do beneficiário. Se 
a cláusula proibitiva de endosso for aposta pelo beneficiário, esta 
deve ser inscrita no verso do cheque. A proibição de endosso não 
impede a transmissão do cheque mas os novos portadores do 
cheque deixam de ter as garantias que a lei confere ao beneficiário.
Temos que o endosso pode:
- ser realizado no verso do título de crédito, bastando 
para tal a assinatura do endossante, sem a necessidade 
de explicitação de que o ato se trata de um endosso; 
ou - ser realizado no anverso (frente) do título, 
devendo, entretanto, constar declaração explícita de 
que se trata de um endosso, identificando o ato (ex.: 
Endosso a Fulano de Tal).
• Pelo endosso, o endossante assume, face ao(s) 
endossatário(s) (aquele a quem é transferido o título) 
posterior(es), a responsabilidade solidária pelo 
pagamento do título de crédito.
Quem endossa é chamado de endossante e quem recebe é endossatário.
O endosso vincula o endossante ao endossatário, tornando o endossante co-devedor do título.
O número de endossos é ilimitado pela regra dos títulos de crédito, mas há uma limitação no cheque, devido a uma Medida 
Provisória, se o endosso for em preto.
O endosso pode ser:
a) Em branco: não identifica o endossatário, e pode circular por tradição;
b) Em preto: identifica o endossatário, de qualquer forma (nome, RG, CPF).
a) Endosso próprio: transfere o título de crédito e o direito contido no título de crédito.
b) Endosso impróprio: transfere somente a posse do título, mas não o crédito. Este divide-se em 2 espécies:
§ Endosso mandato: o endossatário é mandatário do endossante. Ex: banco que recebe os títulos de crédito para fazer a 
cobrança. Nele, deverá ser escrito:pague-se em procuração, pois deve estar identificado como título impróprio, para não ser 
confundido com o endosso próprio.
§ Endosso caução: é aquele no qual o título de crédito é dado em garantia. Prática corriqueira de empresa que pega o valor da 
duplicata do banco, antes do seu vencimento e deixa a duplicata como garantia. Enquanto for caução, o banco não será seu 
credor a não ser que ela não seja paga. Nele deverá ser escrito: pague-se em garantia.
Parte da doutrina cita uma outra espécie de endosso, que é o endosso póstumo, que é o endosso praticado em um título já 
prescrito, mas para o professor isso não é endosso porque o título prescrito é só um papel, e não produz os efeitos do 
endosso. Se ele já está prescrito, ele não mais é regido pelo direito cambiário, ele é apenas uma cessão civil de crédito, e por
isso será regulado pelo direito civil, e pode ser cobrado por ação de cobrança (monitória) art. 1102, ‘a’, CC.
Aval : É uma garantia cambial, instituído pela simples assinatura de quem o procede a fim de garantir o pagamento do título de 
crédito. Pode ser firmado por terceiro ou pelo próprio emitente da letra (promissória) que a assina.
A fiança: É um contrato acessório em relação ao contrato principal, pelo qual o fiador se responsabiliza pela dívida do devedor 
junto ao credor. A responsabilidade do fiador é subsidiária, salvo se estipular solidariedade entre este e o devedor principal. 
Uma vez assumida a obrigação de fiador, este ficará responsável nos exatos termos em que se obrigou,. Como exemplo te-se
o fiador do inquilino em um contrato de locação de imóvel.
Modelo de aval

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