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Apostila - Fisioterapia Esportiva

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Rayane Vital - Fisioterapia – UNESA 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
AVALIAÇÃO DO ATLETA ................................................................................................................ 1 
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ............................................................................................... 2 
COMO UTILIZAR AS MODALIDADES TERAPÊUTICAS NA REABILITAÇÃO ....................... 2 
Homeostase térmica ........................................................................................................................... 2 
Comparação entre os Tratamentos com Frio e Calor ................................................................. 4 
O que compõe o músculo ...................................................................................................................... 5 
Como restaurar os padrões normais de ADM .......................................................................................... 6 
Flexímetro......................................................................................................................................... 7 
APARELHOS ASSISTENCIAIS ....................................................................................................... 8 
TERAPÊUTICA PARA RECUPERAR A FORÇA, A RESISTÊNCIA E A POTÊNCIA ................. 9 
QUAIS SÃO OS FATORES DETERMINANTES PARA UMA CONTRAÇÃO MUSCULAR 
EFICAZ ........................................................................................................................................... 10 
TREINAMENTO DA FORÇA MUSCULAR EM ATLETAS ...................................................... 11 
TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR ......................................................................................... 12 
CADEIA CINÉTICA ................................................................................................................... 12 
Adaptações das Fibras Musculares ................................................................................................ 13 
ADAPTAÇÕES DO TREINAMENTO DE FORÇA ......................................................................... 15 
ESTRUTURAS CONTRÁTEIS ....................................................................................................... 15 
ESTRUTURAS NÃO CONTRÁTEIS .............................................................................................. 15 
REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ........................................................................................ 15 
COMO RESTABELECER O CONTROLE NEUROMUSCULAR ................................................. 16 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS ............................................................................................... 16 
EXERCÍCIOS EM CADEIA CINÉTICA ABERTA OU FECHADA............................................... 18 
PROGRESSÃO DO CONTROLE NEUROMUSCULAR ................................................................. 20 
Mecanismo de lesão e cicatrização das lesões musculares e o papel do Fisioterapeuta Esportivo no 
processo de reabilitação ...................................................................................................................... 21 
LESÕES MUSCULARES ................................................................................................................ 22 
REPARAÇÃO MUSCULAR ........................................................................................................... 23 
Fisioterapia para atletas com lesão no ombro .................................................................................... 25 
Estratégias de Intervenção nas lesões do complexo Cotovelo no Esporte.......................................... 29 
Estratégia de intervenção fisioterapêutica nas lesões do punho e mão no esporte ............................ 32 
RECUPERAÇÃO DAS LESÕES DO COMPLEXO ARTICULAR DO JOELHO NO ESPORTE 34 
TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO PARA LESÕES ESPECÍFICAS DO TORNOZELO E PÉ...... 40 
PUBALGIA ........................................................................................................................................ 45 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 1 
 
AVALIAÇÃO DO ATLETA 
 
• Equipamentos 
• Superfície do local da atividade esportiva 
• Condições ambientais 
• Calçados adequados 
• Aquecimento 
• Treinamento adequado (cardiorrespiratório e muscular) 
 
1 – O ambiente de treinamento: 
 
 Avaliar piso, acessórios e biomecânica do gestual desportivo, visando identificar fatores que 
possam contribuir ou prejudicar o desempenho e integridade física dos atletas. 
 2 - Material e Vestuário: 
 
 Devem ser indicados de acordo com as necessidades da prática de cada modalidade, pois 
influenciam diretamente no desempenho do praticante podendo auxiliar ou prejudicar. Devemos 
observar o uso acessórios e do vestuário se está adequado. 
 
Obs1.: Alterações fisiológicas com envelhecimento: 
 
 O desempenho declina de acordo com avanço da idade, a resistência muscular e força tendem a 
diminuir após os 30/35 anos, maior necessidade de tempo de recuperação após atividade vigorosa. 
Obs2.: 
 
 Atividade física não-competitiva regular retarda e previne efeitos degenerativos. 
 
3 - Avaliação funcional 
 
 Testes Funcionais 
 Os objetivos da aplicação de testes funcionais são: 
 Identificar possíveis déficits 
 Prever possível retorno ao esporte 
 Feedback ao paciente 
 
Jump Test: É realizada em três saltos verticais e verificado as alturas, seus resultados são somados e 
divididos por 3, esse resultado se mostra em metros. A utilização de saltos verticais (Jump Test) é 
referenciada como um método muito comum de avaliação da força e potência muscular em diversas 
atividades esportivas. Geralmente os trabalhos científicos que utilizam o Jump Test se baseiam em 
resultados obtidos por sofisticados sistemas de aquisição de dados, como tapetes fotossensíveis capazes de 
registrar o tempo de permanência no ar e, assim, inferir a altura alcançada no salto através da aplicação de 
cálculos previamente estipulados. No entanto, a maior parte das entidades esportivas no Brasil não viabiliza 
a utilização constante destes aparatos, sendo a avaliação da potência de membros inferiores realizada a 
partir de métodos mais simples, como a identificação da altura de um traçado de giz em uma parede, 
realizado durante o Jump Test, com o indivíduo ao lado da parede 
 
Hop Test: Um teste que é comumente empregado na prática fisioterapêutica para a avaliação da 
performance do membro inferior lesionado em relação ao não lesionado: é o salto horizontal unipodal a 
distância. O hop test foi proposto para a avaliação da força muscular e da confiança nos membros inferiores 
envolvidos com uma lesão. O teste possui propriedades psicométricas estabelecidas para a identificação de 
lesões dos MMII. 
 
O hop test e suas variações têm sido amplamente utilizados para avaliar o retorno ao nível funcional do 
joelho lesionado, principalmente pós-reconstrução de ligamento cruzado anterior. O teste não permite uma 
análise detalhada da função do MI, como é obtida com aparelhos mais sofisticados, ele nos permite uma 
triagem geral durante a avaliação do MI lesionado na prática clínica. Uma vantagem do hop test sobre os 
demais métodos de avaliação é o pequeno gasto de tempo, mínima demanda financeira e utilização do 
membro contralateral como controle. Entretanto, devido a sua utilização principalmente em situações de 
retorno à atividade após lesões, não existem estudos sobre a possibilidade de aplicação desse teste para 
avaliar possíveis déficits de força entre MMII em indivíduos saudáveis.FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 2 
 
 
Existem três tipos: *Distância: Marca-se o solo em 6m, impulsiona 3 vezes unipodalmente e tira-se a média. 
*Tempo: Cronometra as passagens nos 6m e repete-se a operação 3 vezes e faz a média. *Salto cruzado 
(Cross Over): Saltar 3 vezes em zigue-zague, com salto unipodal e faz a média ao final. 
 
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
 
 Identificação do Paciente (nome completo, endereço, idade...) 
 Diagnóstico Clínico 
 H.P. 
Patologias associadas (HAS, diabetes, cardiopatias...) 
 H.M.A 
 H.P.S.(Etilismo, tabagismo...) 
 Cineatropométrico (RCQ, IMC, kg, altura...) 
 Circunferência 
 Flexibilidade (flexímetro, goniometria...) 
 Aptidão Aeróbica 
 Avaliação Postural 
 Testes Especiais(relacionados a queixa) 
 Avaliação do Movimento (avaliação funcional) 
 Questionários funcionais 
 Diagnóstico Funcional ou Fisioterapêutico 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
 
COMO UTILIZAR AS MODALIDADES TERAPÊUTICAS NA REABILITAÇÃO 
 
Homeostase térmica 
 
 Uma temperatura normal aproxima-se 37°C, a hipertermia pode ser considerada como uma 
temperatura acima de 39°C e hipotermia uma temperatura abaixo de 35°C. 
 Em repouso e em um ambiente neutro, a temperatura central mantém aproximadamente 0,3°C de 
acordo com ritmo circadiano intrínseco de temperatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como Utilizar as Modalidades Terapêuticas na Reabilitação Crioterapia e Calor 
 
 O princípio básico que norteia qualquer modalidade térmica é a transferência de calor ao longo de 
um gradiente de temperatura (ou seja um objeto é + quente que o outro). 
 
Frio 
 
Crioterapia – modalidade de frio 0 a 18,3 oC 
Efeitos locais da aplicação do frio: 
 - Vasoconstrição 
 - Redução do metabolismo celular – oxigênio diminuído 
 - Redução da produção dos resíduos celulares 
 - Redução da inflamação 
 - Redução da dor 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 3 
 
 - Redução do espasmo muscular *** 
 
Efeitos Sistêmicos Gerais da Exposição ao Frio 
 
 Se a temperatura do sangue circulante diminui em 0,2 ºC, o hipotálamo responde iniciando vários 
efeitos sistêmicos: 
 - Vasoconstrição geral em resposta ao esfriamento 
 - Redução das frequências respiratória e cardíaca 
 - Tremores e aumento do tônus muscular (não ocorre durante a aplicação de bolsa de gelo) 
 
Indicações 
 
 Traumatismo ou inflamação aguda 
 Dor aguda ou crônica *** 
 Edema e dor pós-cirúrgica 
 Uso em conjunto com exercício de reabilitação 
 Espasmo muscular agudo ou crônico*** 
 
Contraindicações 
 
 - Envolvimento cardíaco ou respiratório 
 - Ferimentos abertos 
 - Insuficiência circulatória 
 - Alergia ao frio 
 - Pele anestesiada 
 - Diabetes avançada 
 
Resposta Celular 
 
 -Diminuição da taxa metabólica celular 
 -Num tratamento de 20 min o metabolismo celular é diminuído em 19%. 
 -Diminui o número de células mortas por hipóxia secundária, diminuindo assim, a quantidade de 
mediadores inflamatórios. 
 
Sensações associadas à aplicação de frio 
 
 Queimação 
 Dor 
 Analgesia 
 
Protocolo RICE e PRICE (sigla em inglês para proteção, repouso, gelo, compressão e elevação (protection, 
rest, ice, compression and elevation)). 
Banho de imersão (10 minutos a 10º). 
 
Calor 
 
 O calor é o aumento da vibração molecular e da taxa metabólica celular 
 O uso do calor é indicado nos estágios crônicos de uma lesão 
 
CALOR SUPERFICIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 4 
 
 
Indicações 
 
 Fase crônica 
 Redução da dor crônica 
 Redução do espasmo muscular 
 Aumento da amplitude de movimento 
 Resolução de hematomas*** 
 Redução de contraturas articulares 
 
Contra indicações 
 
 Traumatismos agudos 
 Circulação insuficiente 
 Regulação térmica insuficiente 
 Áreas anestesiadas 
 Neoplasia 
 
Efeitos sistêmicos 
 
 Aumento da temperatura corporal 
 Aumento da frequência cardíaca 
 Aumento da frequência respiratória 
 
Efeitos locais da aplicação do calor 
 
 Vasodilatação 
 Aumento da taxa do metabolismo celular 
 Aumento da permeabilidade capilar 
 Formação de edema 
 Remoção de resíduos metabólicos 
 Aumento da elasticidade dos ligamentos, cápsulas e músculos 
 Analgesia 
 Redução do espasmo muscular 
 Transpiração 
 Aumento da velocidade de condução nervosa 
 
Efeitos sobre o processo de resposta à lesão 
 
 Apesar de o calor e frio produzirem resultados semelhantes, o momento de começar a usar o calor 
é mais crítico. 
 O aumento do metabolismo celular e da taxa de inflamação poderá levar a um aumento do número 
de células lesadas e aumentar a dor 
 
Comparação entre os Tratamentos com Frio e Calor 
 
Efeito Calor 
Profundidade 
Duração dos efeitos 
Fluxo sanguíneo. 
Taxa metabólica 
Consumo de O2 
Resíduos celulares 
Viscosidade dos fluídos 
Permeabilidade Capilar 
Inflamação 
Dor 
Espasmo muscular 
Veloc. Contração muscular. 
1-2 cm (sup), 2-5 cm (prof) 
Após o tratamento dissipa-se 
Aumentado 
Aumentada 
Aumentado 
Aumentados 
Diminuída 
Aumentada 
Aumentada 
Diminuída 
Diminuído 
Aumentada 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 5 
 
 Correntes de Estimulação elétrica (TENS, Corrente Russa e Micro corrente) 
 Laser de baixa intensidade (Tendinopatia e Lesões Musculares ) 
 Contraste (Calor de 40º a 45º e frio de 10º a 15º. Introduzir a extremidade indicada do corpo por 
3-4 minutos na água quente e depois 1 minuto na água fria. Repetir esta alternância até completar 
20 a 30 minutos ) 
 Geralmente é preferível iniciar e terminar com a água quente 
 Fazer aplicações por 20 a 30 minutos três vezes ao dia na área indicada 
 
Massagem no esporte 
 
 Bandagem (Rígida e Elástica) 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
O que compõe o músculo? 
 
 
 
 
O COLÁGENO 
 
 O colágeno possibilita ao tecido resistir às forças mecânicas e à deformação, enquanto a elastina 
compõe os tecidos altamente elásticos que irão auxiliar na recuperação após a deformação. 
Basicamente os tendões são compostos de colágeno tipo I, elastina e matriz extracelular. Mesmo 
tendo uma baixa capacidade de deformação, o colágeno ainda assim possui uma capacidade de 
alterar seu comprimento, basicamente pelo ajustamento e deslizamento de suas fibras. 
 
ELASTINA 
 
• Alto poder de extensão, podendo chegar até 150% do seu comprimento original. 
• Matriz extracelular, que contém proteoglicanos e água que formam uma substância colóide. Essa 
substância tem como característica a capacidade de diminuir sua viscosidade quando sofre um 
aumento de temperatura ou de aumentar sua viscosidade quando tem seu conteúdo de água 
reduzido por algum motivo qualquer. 
 
MÚSCULO 
 
 Os músculos apresentam componentes contrácteis, que são os miofilamentos de actina e miosina. 
De forma conjunta, os elementos contrácteis e não-contrácteis determinam a capacidade do 
músculo para deformação e para recuperação do comprimento inicial. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A amplitude de movimento (ADM) é a quantidade disponível de movimento de uma articulação. 
Quando ocorre uma lesão quase sempre acontece algum tipo de perda na capacidade de 
movimentar-se de forma correta. 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 6 
 
No esporte em particular esta perda irá com certeza implicar em perda da qualidade do gestual do atleta. Aperda de movimento pode ocorrer em decorrência da dor, edema espasmo muscular, inatividade que no 
final resulta no encurtamento do tecido conectivo e do músculo ou da combinação desses fatores. 
 
 Força X Flexibilidade 
 O treinamento de força provavelmente vai melhorar a flexibilidade dinâmica e, se combinado com 
um programa rigoroso de alongamento, poderá incrementar bastantes os movimentos coordenados 
e vigorosos. 
 
PREVINE LESÃO? 
 
 É comum antes de qualquer atividade física as pessoas fazerem alongamento, acreditando que essa 
seria a melhor maneira de prevenir lesões. No entanto nenhum estudo científico controlado, 
randomizado e com métodos adequados tem justificativa para tal crença.Tal recomendação carece 
de evidências científicas. 
 No entanto o alongamento estático pode ser recomendado em atletas que tenham um encurtamento 
muscular muito grande, fazendo com que esse tipo de modalidade de exercício seja incluída com 
parte do programa de treinamento. 
 
A LESÃO 
 
• Quando ocorre uma lesão, uma das maiores complicações para o atleta é a perda da capacidade do 
atleta movimentar-se e executar um gestual. 
 Esta perda geralmente ocorre em virtude da dor, edema, espasmo muscular, longos períodos de 
inatividade resultando no encurtamento do tecido conectivo e do músculo ou da combinação de 
ambos. 
 Restaurar a ADM após lesão, é um dos principais objetivos dentro do programa de reabilitação. 
 
Como restaurar os padrões normais de ADM? 
 
 Os exercícios de alongamento devem fazer parte da rotina de exercícios com a finalidade de 
restaurar a ADM, a fim de recuperar a função normal do indivíduo. Muitas atividades esportivas 
requerem níveis relativamente "normais" de flexibilidade. 
 Porém, algumas atividades como ginástica, balé, karatê, muay thai, tae-kown-do, capoeira entre 
outras exigem flexibilidade acima da média. No âmbito do esporte dependendo da modalidade, 
atletas que apresentem restrição na flexibilidade, correm sérios riscos de sofrerem lesão e 
comprometer seu desempenho 
 No meio esportivo os atletas tem suas estruturas anatômicas exigidas ao máximo, em decorrência 
disso algumas lesões podem ocorrer. 
 Caso uma estrutura anatômica seja lesionada ou imobilizada, o risco do atleta vir a ter uma 
diminuição de sua capacidade de desempenhar uma função e ter seu gestual esportivo 
comprometido é muito grande. 
 
PERDA DE ADM 
 
 Algumas variações anatômicas podem contribuir para perda de ADM, podendo citar: 
 Gordura e pele. 
 Estrutura óssea 
 Músculos e tendões 
 Tecido conjuntivo 
 Rigidez neural 
 
MENSURAÇÃO DA ADM 
 
 Formas de medidas e avaliação da flexibilidade: 
 Testes Angulares: faz uso de instrumentos como o 
 Flexímetro de Leighton; 
 Testes Adimensionais: usa-se o Flexiteste; 
 Testes Lineares: atividades práticas como: sentar e alcançar. 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 7 
 
 
Flexímetro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTE SENTAR E ALCANÇAR (SIT AND REACH TEST): BANCO DE WELLS 
 
 – Utilizado para avaliar a cadeia posterior de 
 quadril e tronco; 
 – Teste de fácil execução; 
 – O avaliado deve ser encorajado a tentar 
 tocar com as ponta dos dedos de ambas as 
 mão o mais longe possível; 
 – Deve-se manter a posição por alguns 
 segundos; 
 – Os avaliados deve assegurar que o joelho do 
 avaliado esteja estendido. 
 
O ALONGAMENTO 
 
 Um termo geral usado para descrever qualquer manobra terapêutica elaborada para aumentar o 
comprimento de (alongar) estruturas de tecidos moles patologicamente encurtadas e desse modo 
aumentar a amplitude de movimento. 
 
É importante lembrar que a flexibilidade é importante não apenas para o sucesso no desempenho físico, 
mas também para a prevenção de lesão. 
 
 ALONGAMENTO BALÍSTICO 
 ALONGAMENTO DINÂMICO 
 ALONGAMENTO ESTÁTICO 
 
ALONGAMENTO BALÍSTICO 
 
Envolve um movimento de balanceio, em que contrações repetidas do músculo agonista são usadas para 
reproduzir alongamentos rápidos dos músculos antagonistas. 
 
ALONGAMENTO DINÂMICO 
 
Certamente, contrações sucessivas e forçadas do músculo agonista, que resultam em alongamento do 
antagonista, podem causar dor muscular. São controlados, realizados antes do início da atividade. 
 
ALONGAMENTO ESTÁTICO 
 
 É a mais utilizada e efetiva, coloca o antagonista 
 em alongamento máximo e mantendo-o por um 
 tempo prolongado, podendo variar de 3 a 60 
 segundos, sendo mais eficiente 30 segundos 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 8 
 
 repetindo de 3 a 4 vezes. 
 
Alongamento Passivo 
 
 O paciente está relaxado, uma força externa, aplicada manualmente ou mecanicamente, alonga os 
tecidos encurtados. 
 
Recentemente estudos comprovaram que o alongamento estático e o balístico promovem os mesmos 
resultados no âmbito de ganho de ADM, porém deve-se ter cautela durante a aplicabilidade de ambos. 
 
As técnicas de alongamento estático têm sido bastante questionadas, em decorrência de não apresentar os 
benefícios proposto. Por definição, “o alongamento estático é aquele no qual o músculo é alongado até a 
posição em que se inicia a sensação de dor ou desconforto”, mantendo por alguns segundos. 
 
INIBIÇÃO ATIVA 
 
 O alongamento ou FNP se caracteriza por 
 envolver duas ou mais fases onde há alternância 
 de exercícios ativo e passivo, objetivando 
 conseguir um grau de amplitude articular maior 
 do que o habitual, às custas do relaxamento da 
 estrutura contrátil muscular. 
 
FNP 
 
O FNP é o alongamento que utiliza as contrações musculares ativas, intercalando os alongamentos estáticos, 
para desencadear os mecanismos de reflexo miotático inverso, gerado pelos órgãos tendinosos de Golgi, 
quando se solicita a contração da musculatura que está sendo alongada ou de inibição recíproca, quando se 
solicita a contração antagônica a que está sendo alongada. 
 
SPRAY E ALONGAMENTO 
 
CRIOCINÉTICA: é uma técnica que combina crioterapia, ou aplicação de frio (compressas geladas, 
massagem com gelo imersão e aerossol), e exercícios. O seu objetivo é entorpecer a parte lesada até o ponto 
de analgesia e depois trabalhar amplitude de movimento normal, por meio de exercícios progressivos ativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APARELHOS ASSISTENCIAIS 
 
ALONGAMENTO MECÂNICO PROLONGADO 
 
 Aplica-se uma força externa de baixa intensidade (2 a 7kg) ou 5 a 10% do peso corporal nos tecidos 
encurtados por um período prolongado de tempo utilizando-se equipamento mecânico. Varia de 
acordo com a posição do paciente no leito através de polias ou splints ou engessamento em série. 
 
ALONGAMENTOMECÂNICO CÍCLICO 
 
 O alongamento passivo usando-se um dispositivo mecânico do tipo “Autorange” pode ser também 
feito de forma cíclica. A intensidade do alongamento, o comprimento de cada ciclo de 
alongamento, número de ciclos por minuto podem ser ajustados na unidade. 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 9 
 
ALONGAMENTO DA FÁSCIA 
 
 Rigidez na fáscia, tecido conjuntivo que envolve a unidade musculotendínea, pode limitar 
significativamente o movimento. O alongamento da fáscia enrijecida pode ser feito manualmente 
ou com a ajuda de um rolo de espuma firme, ou com liberação miofascial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PILATES 
 
 O Pilates é uma abordagem diferente de alongamento para melhoria da flexibilidade, se tornando 
popular e tem sido utilizado como exercícios físicos por fisioterapeutas e educadores físicos. 
Consiste em melhorar a coordenação corporal, equilíbrio, força, respiração e eficiência do 
movimento. Pode-se utilizar de maquinas ou solo.IOGA 
 
 Surgiu na Índia, há 6 mil anos aproximadamente, combina exercícios de meditação com 
exercícios físicos. 
 Utiliza-se de posturas inspiradas nos movimentos dos animais. 
 
ISO-STRETCHING 
 
 O método Iso-stretching é de origem francesa e 
 vem sendo aplicado no Brasil desde 1994. 
 Consiste em uma ginástica terapêutica composta 
por exercícios que permitem simultaneamente 
alongar e fortalecer isometricamente os 
músculos do corpo atuando na prevenção e 
notratamento das alterações osteomusculares. 
 Os exercícios são posturais, globais e eretos. 
 
AFINAL QUANDO DE PRESCREVER O ALONGAMENTO? 
 
Tipo de Alongamento: que você vai inserir no programa de treinamento e dos objetivos de tal exercício. 
 
 Alongamento estático ou FNP nunca deve ser realizado antes da atividade física principal. 
 O ideal é alongar em sessões separadas da atividade principal ou no final da sessão 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
TERAPÊUTICA PARA RECUPERAR 
A FORÇA, A RESISTÊNCIA E A POTÊNCIA 
 
 
Por que a recuperação da força, da resistência e da potência muscular é essencial para o processo de 
reabilitação? 
 
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________ 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
Página | 10 
 
QUAIS SÃO OS FATORES DETERMINANTES PARA UMA CONTRAÇÃO MUSCULAR EFICAZ? 
 
A força muscular é proporcional a área seccional das fibras musculares. Quanto maior a área seccional ou 
quanto maior for um determinado músculo, mais forte ele será e, portanto, maior será sua capacidade de 
geração de força. 
 
O número de fibras musculares é uma característica hereditária. Assim uma pessoa que inicia com uma 
grande quantidade de fibras musculares tem potencial maior para a hipertrofia do que aquele que possui um 
menor número de fibras. 
 
 A eficiência de o músculo produzir força está diretamente relacionada com a eficiência do sistema 
neuromuscular e da unidade motora para produzir força muscular. 
 Os trabalhos têm mostrado que os aumentos iniciais de força durantes as 8 a 10 primeiras semanas 
de um programa de treinamento podem ser atribuídos principalmente ao aumento da eficiência 
neuromuscular. 
 
O treinamento de força aumenta a eficiência neuromuscular de três maneiras: 
 
 Aumenta a quantidade de unidades motoras recrutadas; 
 Aumenta a velocidade de disparo de cada unidade motora; 
 A sincronização no disparo das diversas unidades motoras. 
 
O músculo também depende dos fatores biomecânicos para poder gerar força e atingir um objetivo externo, 
por meio de um sistema de alavancas, diante deste conceito de alavanca, um bom exemplo seria a 
articulação do cotovelo. A posição do bíceps no antebraço determinará, em grande parte, a quantidade de 
força que esse músculo será capaz de produzir. 
 
COMPRIMENTO-TENSÃO 
 
 O comprimento do músculo determina a tensão que pode ser gerada. Existem diferentes tensões 
que podem ser produzidas pela variação de comprimento de um músculo 
 
INSUFICIÊNCIAS 
 
 O fenômeno conhecido com insuficiência é mais evidente em músculos bi-ou poliarticulares, mas 
também podem ser encontrados em músculos monoarticulares (nesse caso, o que acontece é o 
impedimento que os músculos envolvidos em determinada ação muscular alcancem maiores ADM 
devido a uma ação agonista ou antagonista. 
 
INSUFICIÊNCIA ATIVA 
 
 Se o músculo estiver muito encurtado, o seu poder de gerar tensão será diminuído, se o músculo 
estiver numa posição onde as pontes cruzadas entre os miofilamentos de actina e de miosina dentro 
do sarcômero estiverem um comprimento ideal, o músculo será capaz de produzir o máximo de 
tensão. 
 Ocorre quando, devido à contração ativa, as fixações do agonista se aproximam tanto que ele perde 
a tensão. 
 “Imagine um elástico em que depois de estica-lo você volta ao ponto normal e depois aproxima 
ainda mais as pontas...ele fica frouxo”. 
 
INSUFICIÊNCIA PASSIVA 
 
 Esta acontece quando o músculo antagonista se alonga de tal forma que limita a ação do agonista. 
 Se o músculo estiver muito alongado, a interação entre os miofilamentos de actina e miosina por 
meio das pontes cruzadas não acontecerá, reduzindo assim o poder do músculo em realizar uma 
tensão significativa. 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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IDADE 
 
 A idade também contribui para aumentar ou diminuir a capacidade de força muscular. Tanto 
homens como mulheres parecem conseguir aumentar a força ao longo da puberdade e da 
adolescência, conseguindo atingir o pico em torno dos 20 ou 25 anos, momento em que essa 
capacidade começa a se manter constante e, em alguns casos, a diminuir. 
 
 É importante lembrar que esta capacidade pode mudar em decorrência de alguma patologia. A 
estimativa de perda após os 25 anos é de 1% de sua força máxima remanescente por ano. Uma 
pessoa com 65 anos teria apenas cerca de 60% da força que possuía aos 25 anos. 
 
IMPORTANTE 
 
 Para o atleta é importante se manter ativo independentemente da idade, por que a força é 
importante para seu desempenho competitivo e para sua recuperação após alguma lesão. 
 
EXCESSO DE TREINAMENTO 
 
 O treinamento excessivo tem se demonstrado um inimigo em potencial no desenvolvimento da 
força muscular. Ele gera um desequilíbrio entre o exercício e a recuperação, o que faz com que o 
programa de treinamento exceda os limites fisiológicos e psicológicos do corpo. 
 
 O excesso de treinamento pode resultar no colapso psicológico (exaustão) ou no colapso 
fisiológico, que pode neste caso envolver lesões Musculoesqueléticas, fadiga, fraturas ou doenças. 
 
TREINAMENTO DA FORÇA MUSCULAR EM ATLETAS 
 
 O QUE SÃO ATLETAS? 
“Qualquer pessoa que pratica esportes” 
“Pessoa que treinou para competir no atletismo”. 
 
Esporte é o conjunto de exercícios físicos praticados com método, individualmente ou em equipes. 
 
FISIOTERAPIA DESPORTIVA 
 
ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES: 
 
 •Fibras musculares, 
 •Cadeia Cinética, 
 •Treino de força, 
 •Adaptação, 
 •Periodização. 
 
MÚSCULO 
 
 Estrutura e Função: 
 São mais de 600(*) músculos em todo o corpo. 
 •40%-50% do peso corpóreo. 
 •Grande suprimento sanguíneo 
 •Plástico (extensibilidade, elasticidade, contratibilidade...) 
 •Mutável (força, hipertrofia, resistência...) 
 •Adaptável (*) 
 
FUNÇÃO: 
 
 •Inervação motora 
 •Mobilidade articular 
 •Postura 
 •Estabilização... 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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Composição estrutural e Química 
 
 •75% Água 
 •20% Proteínas 
 •5%sais inorgânicos, ATP, AA, carboidratos... 
 •Ventre muscular 
 •Tendões (inserções proximais e distais) 
 
 
 
TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR 
 
 ISOMÉTRICA: Produção de força sem mudança do ângulo articular. 
 ISOTÔNICA: Produção de força com mudança no comprimento real do músculo 
 Concêntrica: Quando há encurtamento muscular. (aproximação das inserções) [+] 
 Excêntrica: Quando há estiramento (Afastamento das inserções) [-] 
 ISOCINÉT ICA: Produção de força com velocidade constante. 
 
CADEIA CINÉTICA 
 
CCA: Segmento distal livremente no espaço. 
CCF: Segmento distal é fixo. 
CCF 
•Mais forças compressivas, 
•Congruência articular, 
•Mais funcional (MMII). 
CCA 
•Mais forças de decoaptação, 
•Menor ativação dos mecanorreceptores. 
 
TREINAMENTODE FORÇA MUSCULAR 
 
 Tipos 
 –Isométrico 
 –Dinâmico de Resistência Invariável 
 –Dinâmico de Resistência Variável 
 –Isocinético 
 –Excêntrico 
 –Pliometria 
 
 Princípio da Individualidade biológica 
 Princípio da Sobrecarga 
 “Quanto maior for a exigência do treinamento (carga de treinamento) maior o recrutamento de 
UMs e portanto maior produção de força.” 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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 Princípio da especificidade do treinamento 
 Princípio da adaptação dos estímulos 
 É desejável que o atleta, após uma sessão de treino, esteja cansado. Porém é imprescindível que, 
após um período de repouso, ele consiga recuperar-se totalmente e esteja em perfeitas condições 
físicas, bioquímicas e mentais para o treino seguinte.” 
 
 Contrações acima de 3 segundos e frequência mínima de 3 vezes semanais. Uma vez por semana 
não há aumento de força. Pode ocorrer hipertrofia das fibras do tipo I e II. 
 Ocorre aumento de força especificamente nos ângulos treinados. Transferência de 20º para 
extensão e flexão. 
 –se o número de repetições for maior, pode resultar em maior transferência. 
 –pode-se tirar vantagem da especificidade. não ocorre aumento no desempenho. 
 
Treinamento Dinâmico de Resistência Invariável 
 
 Não ocorre alteração da carga (pesos livres). 
 Não há uma combinação ótima entre o número de repetições e de séries, mas sugere-se entre 2 e 
10 repetições com 2 a 5 séries. 
 A frequência mínima é de 3 vezes semanais. 
 Melhora o desempenho (corridas, saltos arremessos, etc.). 
 
Treinamento Dinâmico de Resistência Variável 
 
 A resistência varia: Utilização de polias, engrenagem, braços de alavanca... 
 Tem-se mostrado que várias combinações de repetições e séries podem trazer grandes ganhos de 
força. 
 O ganho no desempenho acontece, mas depende do tipo de treinamento 
 
Treinamento Isocinético 
 
 Velocidade angular constante. 
 Várias combinações de séries e repetições podem causar aumento de força. 
 A velocidade constante traz um aumento de força específico para aquela velocidade. 
 Ocorre melhora do desempenho, desde que a velocidade necessária na atividade tenha sido 
treinada. 
 
Treinamento Excêntrico 
 
 Há aumento de força tanto nas contrações concêntrica como na excêntrica (isocinético ou não). 
 A carga deve ser cerca de 20% maior do que 1 RM. 
 Melhora do desempenho. 
 Os ganhos de força isométrica, concêntrica e excêntrica não são maiores do que Dinâmico de 
Resistência Invariável. 
 
Pliometria 
 
 Exercício cíclico: estiramento-encurtamento. –Força e Velocidade 
 –Fase excêntrica 
 –Fase amortização 
 quanto mais curto for o tempo desta fase mais eficiente é o exercício pliométrico (< 3 segundos). 
 –Fase de encurtamento concêntrico 
 
Adaptações das Fibras Musculares 
 
 Hiperplasia 
 –Não há evidências concretas, mas existem indicações de que pode ocorrer. –(número de fibras) 
 Hipertrofia 
 –Aumento do tamanho e número de proteínas contráteis, sarcômeros. 
 –Ocorre após 8 semanas de treinamento. 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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Adaptações Neurais 
 
 A ativação das unidades motoras ocorre primeiro nas fibras de baixo limiar (tipo I) e depois nas 
de alto limiar (tipo II). 
 No treinamento de força, todos os tipos são recrutados, podendo haver até uma inibição das de 
baixo limiar. 
 Impulso neural aumentado. 
 Sincronização aumentada das unidades motoras. 
 
Adaptações Bioenergéticas 
 
 Mudanças bioquímicas favorecendo a utilização da energia. 
 Aumentos de Glicogênio e ATP intramusculares. 
 Capilarização aumentada (após 12 semanas) 
 Adaptações endócrinas 
 Adaptações cardiovasculares 
 
OBJETIVO REPETIÇÕES %1RM 
Força pura 1-5 90-100 
Hipertrofia 6-12 75-85 
Força explosiva 8-15 60-75 
Força-resistência 15-30 40-60 
 
Treinamento em Mulheres 
 
 A força da mulher na membro superior é 55,8% do homem médio e no membro inferior 71,9%. 
 O treinamento nas mulheres não precisa ser diferente dos homens. 
 A diferença reside nas adaptações endócrinas. 
 Desordem alimentar. (bulemia / anorexia) 
 Amenorréia. (44% atletas) 
 Osteoporose. 
 
Periodização 
 
 Forma de treinamento planejado em intervalos regulares de tempo. 
 Ciclo gradual de especificidade, volume, intensidade, duração e frequência para atingir habilidades 
específicas de um esporte 
 Cada período de tempo tem um objetivo específico. 
 
MACROCICLO: Plano de treinamento cujo o objetivo é a longo prazo (vários meses). 
MESOCICLO: Médio prazo (cerca de 2 meses). 
MICROCICLO: Curto prazo (diário ou até 2 semanas). 
 
 Basicamente a periodização manipula as variáveis volume e intensidade de treinamento. 
 No início o volume é alto e baixa intensidade. 
 Com o tempo o volume diminui e a intensidade é aumentada. 
 Pouco antes de competições a intensidade é diminuída. 
 -Polimento 
 
Para a Reabilitação os conceitos são os mesmos: 
 
 –Recursos anti-inflamatórios, relaxamento - 
 –Fortalecimento e alongamento muscular - 
 –Exercícios pliométricos e neuromusculares (proprioceptivos) 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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INTRODUÇÃO 
 
 Não existe dúvida de que para melhorar o desempenho muscular, o treinamento de força é de 
grande importância para seu aumento ou hipertrofia. 
 
ADAPTAÇÕES DO TREINAMENTO DE FORÇA 
 
ESTRUTURAS CONTRÁTEIS 
 
 Outra teoria para explicar o aumento no tamanho do músculo, é a que parece ser a mais plausível, 
é a teoria do miofilamento de actina e miosina. 
 
ACTINA E MIOSINA 
 
 Os miofilamentos são pequenos elementos contráteis de proteína que se encontram dentro do 
sarcômero. Existem dois tipos distintos de miofilamentos: (I) Actina (espessos) e a (II) Miosina 
(finos). 
 
ESTRUTURAS NÃO CONTRÁTEIS 
 
 Outras adaptações ocorrem com o treinamento de força. A força das estruturas não contráteis como 
tendão, ligamento é aumentada. O conteúdo mineral do osso aumenta, fazendo com que este fique 
mais forte e mais resistente à fratura. 
 
REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
 
 Dentro do ambiente de reabilitação, o Fisioterapeuta pode utilizar várias técnicas para melhorar a 
força do atleta em recuperação. Dentre as técnicas existentes podemos citar: 
 Exercício isométrico 
 Exercício resistido progressivo 
 Treinamento isocinético 
 Exercício pliométrico. 
 
 EXERCÍCIOS RESISTIDOS 
 EXERCÍCIOS CONCÊNTRICOS 
 EXERCÍCIOS EXCÊNTRICOS 
 
TREINAMENTO ISOCINÉTICO 
 
 São normalmente incorporados durante a fase final da reabilitação, utilizam uma velocidade fixa, 
com adaptação da resistência para proporcionar uma resistência máxima em toda ADM. 
 
EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS 
 
 Os exercícios pliométricos são usados no treinamento de atletas para desenvolver força explosiva, 
melhorar a reatividade muscular através da facilitação do reflexo miotático, também a 
dessenssibilização dos OTG’s e melhorar a coordenação intra e extra articular. Analisando os 
efeitos desses exercícios, acredita-se que estes podem ser benéficos na prevenção de lesões e 
também na reabilitação, principalmente de atletas. 
 
• Tais exercícios pliométricos são exercícios que envolvem uma breve contração excêntrica seguida 
de uma contração concêntrica explosiva denominado de Ciclo Alongamento- Encurtamento 
(também chamado Ciclo Excêntrico- Concêntrico ou de Contra Movimento). 
 
ARMAZENAMENTO DE ENERGIA 
 
 [1]Fase Excêntrica ou de Pré-Alongamento 
 [2]Fase de Amortização 
 [3]Fase Concêntrica, fase de Resposta Concêntrica ou de Encurtamento. 
FISIOTERAPIAESPORTIVA 
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CONTRAINDICAÇÕES 
 
 Inflamação aguda ou dor pós-operatório imediato e instabilidade articular. 
 Patologias como artrite, lesões musculares ou lesão condral são contraindicações relativas, e 
devem ser muito bem avaliadas, pois dependem da capacidade do tecido de tolerar a geração rápida 
de forças de grande intensidade e da articulação tolerar a sobrecarga imposta. 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
COMO RESTABELECER O 
CONTROLE NEUROMUSCULAR 
 
CONTROLE NEUROMUSCULAR 
 
 É o controle neuromuscular é a tentativa da mente de ensinar o corpo o controle consciente de um 
dado movimento. 
 A repetição com sucesso de um movimento padronizado torna o seu desempenho 
progressivamente menos difícil e, portanto, requer uma menor concentração; eventualmente, o 
movimento se torna automático. 
 Restabelecer o controle neuromuscular muitas vezes requer repetições do mesmo movimento por 
meio de uma progressão passo a passo do movimento simples para os movimentos mais 
complexos, exercícios de fortalecimento particularmente os funcionais são essenciais para o 
controle neuromuscular. 
 Recuperar o controle neuromuscular significa recuperar a capacidade de seguir um padrão 
sensitivo previamente estabelecido pode durar até meses. 
 O sistema nervoso central compara a intenção e a produção de um movimento específico com as 
informações armazenadas, ajustando continuamente até qualquer discrepância no movimento seja 
corrigida. 
 Utilizar o controle neuromuscular é fundamental em todo o processo de recuperação, mas pode 
ser mais importante durante os primeiros estágios da reabilitação para evitar novas lesões. 
 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS 
 
 Propriocepção e Cinestesia 
 Estabilidade Dinâmica 
 Características da preparação e reação muscular 
 Padrões motores funcionais conscientes e inconscientes. 
 
PROPRIOCEPÇÃO 
X 
CINESTESIA 
 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS 
 
 PROPRIOCEPÇÃO: É a habilidade de determinar a posição de uma articulação no espaço. 
 CINESTESIA: É a capacidade de detectar o movimento. 
 
PROPRIOCEPÇÃO/CINESTESIA 
 
 A capacidade de detectar a posição de uma articulação no espaço é medida por mecanorreceptores 
encontrados em músculos e articulações e pelos inputs cutâneo, visual e vestibular. 
 O controle neuromuscular depende do SNC para interpretar e integrar as informações 
proprioceptivas e cinestésicas e então controlar os músculos e articulações individuais para 
produzir movimentos coordenados. 
 
MECANORRECEPTORES ARTICULARES 
 
 São encontrados em ligamentos, cápsulas, meniscos, lábrum e pele. 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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 Corpúsculos de Ruffini: cápsulas articulares, ligamentos e pele, são sensíveis ao tato, à tensão 
e possivelmente ao aquecimento, bem como a mudanças na posição articular, frequência e direção 
dos movimentos, ativos naADM final. 
 
MECANORRECEPTORES ARTICULARES 
 
 Corpúsculos de Pacini: Respondem a pressão profunda. 
 Corpúsculos de Merkel: Respondem a pressão profunda, mas mais lentamente do que os 
corpúsculo de Pacini. 
 Corpúsculos de Meissner: São ativados pelo tato fino. 
 Terminações Nervosas livres: Respondem a estímulos nocivos. 
 
 
MECANORRECEPTORES MUSCULARES 
 
 Todos os músculos do corpo contêm vários tipos de mecanoceptores que quanto estimulados 
informam ao sistema nervoso central o que está acontecendo no músculo, sendo receptores 
sensíveis as mudanças de comprimento muscular. 
 
 
 
ÓRGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI 
 
 Situam-se dentro dos tendões musculares, nas junções musculotendíneas. 
 É um órgão estimulado pela tensão produzida por esse pequeno feixe de fibras musculares. O 
órgão tendinoso têm uma resposta dinâmica eu má resposta estática, respondendo com intensidade 
quando a tensão do músculo aumenta subitamente. 
 Porém dentro de uma pequena fração de segundo ele se acomoda em um nível inferior de disparo 
constante, que é quase diretamente proporcional à tensão muscular. Sendo assim, o órgão 
tendinoso de Golgi proporciona ao sistema nervoso uma informação instantânea do grau de tensão 
de cada pequeno segmento de cada músculo. 
 
FUSO MUSCULAR 
 
 As terminações musculares são mecanoceptores da sensibilidade tecidual profunda, que detectam 
deformação mecânica (Guyton, 1992). 
 A principal diferença entre o fuso muscular e o órgão tendinoso de Golgi é que enquanto o fuso 
detecta o comprimento relativo do músculo e o órgão tendinoso detecta a tensão muscular. 
 
TREINAMENTO SENSORIO MOTOR 
 
 O treinamento sensório motor visa estimular as vias aferentes cuja função está alterada e promover 
uma melhora na resposta motora. 
 Atletas que sofrem danos nas estruturas articulares das extremidades inferior e superior 
apresentam insuficiências proprioceptivas, cinestésicas e neuromusculares. 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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 O objetivo da reabilitação neuromuscular é devolver ou restabelecer as características aferentes 
e eferentes para aumentar a capacidade de estabilização dinâmica adaptativa in vivo. 
 Quatro elementos básicos são primordiais para o restabelecimento do controle neuromuscular e 
da estabilidade: 
 1 - acuidade proprioceptiva e cinestésica 
 2 - estabilização articular dinâmica 
 3 - controle neuromuscular reativo 
 4 - padrões motores funcionais. 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
EXERCÍCIOS EM CADEIA 
CINÉTICA ABERTA OU FECHADA 
 
O conceito de cadeia cinética originou-se em 1955, quando Steindler utilizou teorias de engenharia 
mecânica de cinemática fechada e conceitos de ligações para descrever a cinesiologia humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADEIA CINÉTICA ABERTA 
 
Um movimento em CCA é definido como aquele que ocorre quando o segmento distal de uma extremidade 
move-se livremente no espaço, resultando no movimento isolado de uma articulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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CADEIA CINÉTICA FECHADA 
 
Um movimento em CCF é definido como aquele nas quais as articulações terminais encontram resistência 
externa considerável a qual impede ou restringe sua movimentação livre (extremidade distal fixa), 
movimenta várias articulações. 
 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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PROGRESSÃO DO CONTROLE NEUROMUSCULAR 
 
Exemplo: No pós-operatório de cirurgia dos membros inferiores, após a ganho de ADM e força o próximo 
passo deve ser os exercícios com treino de equilíbrio: Visando à estabilidade articular com apoio bipodal 
em solo discretamente instável e podendo progredir para o apoio unipodal ou aumentar primeiro a 
instabilidade da superfície de apoio. 
 
A ideia é progredir para um nível de maior desequilíbrio para o atleta, o qual necessita de uma melhor 
coordenação muscular e tempo de reação. O fisioterapeuta pode utilizar recursos externos, como bola, 
resistência elástica, giro, plano, skate etc... 
 
Algumas estratégias de treino de gestual esportivo incluem: 
 
 Salto (vertical, anterior, lateral e posterior), 
 Corrida (anterior, posterior, lateral, zique-zaque e em 8), 
 Desaceleração (anterior, posterior e lateral), 
 Mudanças de direção (antero-posterior, laterolateral e anguladas com movimentos de pivô ou giro) 
 Agachamento (unipodal, bipodal) 
 Gesto esportivo (chutes, socos, arremessos...) 
 
OLHAR DO FISIOTERAPEUTA 
 
O gesto esportivo deve ser bem avaliado pelo Fisioterapeuta para que o atleta nãoretorne ao esporte 
realizando compensações e sobrecargas indesejáveis. Essa avaliação demanda uma boa observação 
qualitativa, mas avaliações objetivas também podem e devem ser feitas antes do retorno do atleta ao esporte, 
como os testes funcionais. Os testes funcionais servem para determinar a capacidade funcional do membro 
lesionado comparando com o membro sadio. 
 
TESTES FUNCIONAIS 
 
 Hop test para distância 
 Triplo hop test para distância, 
 Hop test cruzado para distância, 
 Hop test de 6 metros para tempo, 
 Hop test em 8 para tempo, 
 Hop test lateral para tempo, 
 Hop test no degrau para tempo. 
 
Além dos testes funcionais para salto, também é importante para o fisioterapeuta esportivo avaliar a 
agilidade do atleta. Em 1988, Davies elaborou um teste chamado de LEFT (Lower Extremity Functional 
Test). Este teste consiste e um circuito cronometrado, composto de 8 situações multidirecionais 
consecutivas realizadas em ambos os lados, num protocolo padronizado de 16 sequências. 
 
LEFT (Lower Extremity Functional Test) 
 
As sequências são: 
 
• Corrida anterógrada 
• Corrida retrógada 
• Deslocamento lateral 
• Deslocamento em carioca 
• Deslocamento lateral entrelaçando os membros inferiores) 
• Corrida em 8 
• Mudança de direção de 45° 
• Mudança de direção de 90° 
• Mudança de direção de 90° cruzando os membros inferiores. 
 
 Quaisquer que sejam os tipos de exercícios, eles vão desencadear o treinamento da propriocepção, 
com base no fato que a deformação dos mecanoceptores articulares ocorre com movimentos 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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ativos, ativos assistidos e passivos, fornecendo impulsos sensitivos para melhorar os mecanismos 
neurais, e possibilitar um retorno mais seguro para o atleta. 
 
ATIVIDADE EM CLASSE 
 
 GRUPO 01 
Desenvolver uma sequência de treinamento proprioceptivo de MMSS do básico ao avançado. 
 GRUPO 02 
Desenvolver uma sequência de treinamento proprioceptivo de MMII do básico ao avançado. 
 
ATIVIDADE EM CLASSE 
 
 GRUPO 01 – TESTES FUNCIONAIS 
 
• Hop test para distância 
• Triplo hop test para distância, 
• Hop test cruzado para distância, 
• Hop test de 6 metros para tempo 
• Hop test em 8 para tempo, 
• Hop test lateral para tempo, 
• Hop test no degrau para tempo. 
 
 GRUPO 02 : LEFT (Lower Extremity Functional Test) 
 
• Corrida anterógrada 
• Corrida retrógada 
• Deslocamento lateral 
• Deslocamento em carioca 
• Deslocamento lateral entrelaçando os membros inferiores) 
• Corrida em 8 
• Mudança de direção de 45° 
• Mudança de direção de 90° 
• Mudança de direção de 90° cruzando os membros inferiores. 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
Mecanismo de lesão e cicatrização das lesões musculares e o papel do Fisioterapeuta Esportivo no 
processo de reabilitação 
 
INTRODUÇÃO 
 O movimento do corpo ou de qualquer uma de suas partes implica em considerável atividade 
muscular dos músculos diretamente envolvidos. É o único tecido biológico capaz de gerar 
tensão de forma ativa. 
 Funções: manutenção da postura corporal ereta, movimento das partes corporais e absorção de 
choques. 
PROPRIEDADES BIOMECÂNICAS 
 O músculo esquelético humano possui quatro propriedades biomecânicas: 
 Extensibilidade, é a capacidade de ser alongado ou de aumentar o comprimento). 
 Elasticidade, trata-se da capacidade de retornar ao comprimento normal de repouso após um 
alongamento. 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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 Irritabilidade, é a capacidade de responder a estímulos. Em relação aos músculos esqueléticos, 
esse estimulo é fornecido de maneira eletroquímica. 
 Desenvolver tensão, a tensão desenvolvida em um músculo esquelético ocorre passiva 
(alongamento) ou ativamente (contração). 
NO ESPORTE... 
 No esporte, as lesões musculares ocupam um espaço de destaque, são as lesões mais frequentes, 
decorrentes da atividade física competitiva, variando de contusões por trauma direto com 
evolução natural para cura até rupturas musculotendíneas graves que, mesmo após tratamento 
específico cirúrgico ou não, podem evoluir com seqüelas importantes e até a interrupção precoce 
e da atividade atlética 
A sobrecarga de atividade física tem sido considerada o principal fator de lesão em atletas competitivos, 
seja por falta de tempo de afastamento para cura das lesões, seja por tratamento inadequado das lesões 
prévias e também por falta de uma boa flexibilidade muscular. 
• Tem sido postulado que a musculatura excêntrica é a que está sujeita a lesões. 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
 A unidade muscular consta de origem- tendãomúsculo- tendão-inserção, para a maior parte dos 
músculos. Em alguns, com porcentagem tendínea mínima ou quase inexistente; em outros, com 
longos tendões e baixa quantidade de músculo propriamente dito. 
 
LESÕES MUSCULARES 
 
No meio esportivo existem basicamente quatro tipos de lesões musculares: 
 
 Ferida: as feridas devem ser tratadas como tal, com a devida e perfeita sutura. 
 Necrose: A necrose é uma lesão grave que, uma vez verificada, leva à necessidade quase absoluta 
de exérese do tecido necrosado. 
 Contusão: verdadeiro esmagamento do corpo muscular, caracteriza-se por micro ou 
macrorrupturas, acrescidas de abundante sangramento e edema 
 Ruptura: separação parcial ou total de fibras musculares ou tendíneas 
 
LESÃO MUSCULAR 
 
 A fase inicial é de uma lesão é a inflamação que se caracteriza pela presença de edema, calor, 
rubor, dor e deficiência ou perda da função. Estes são os sinais de inflamação – indicadores de 
que o processo inflamatório está ocorrendo – e não a resposta inflamatória. 
 Tanto clínica quanto patologicamente, dois tipos principais de inflamação são distinguidos: aguda 
e crônica. Podendo ser uma seqüela de uma inflamação aguda não resolvida, ou pode se 
desenvolver como tal, desde o início. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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REPARAÇÃO MUSCULAR 
 
 Para entender todo este processo, é preciso à resposta inflamatória. Inflamação, ou resposta 
inflamatória, é a reação local do organismo, no nível tecidual, a um fator irritante. 
 A inflamação tem três objetivos: 
 1- defender o organismo contra substâncias estranhas. 
 2- remover o tecido morto ou necrosado, de modo que a cicatrização possa acontecer 
 3- promover a regeneração do tecido normal. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES 
 
As lesões musculares podem ser classificadas de diversas maneiras: 
 
 Quanto à gravidade em: leve ( grau I), moderada (grau II) e grave (grau III). Mesmo não existindo 
na literatura, podemos dividir na prática as lesões dependendo de cada caso em grau I para II e II 
para III e a laceração muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A laceração muscular é rara no esporte, sendo mais comum em acidentes automobilístico, causada 
por lesões penetrantes que seccionam o músculo. A cicatrização acontece por fibrose não 
funcional. O segmento muscular fica isolado da placa motora perdendo a sua inervação, perdendo 
a sua capacidade de contração. 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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REGENERAÇÃO MUSCULAR 
 
 O músculo tem uma alta capacidade de se regenerar. É geralmente aceito que os mecanismos 
envolvidos na cicatrização do músculo esquelético incluem a regeneração e reparo por meio da 
formação da cicatriz. 
 
• A capacidade para regeneração é determinada geneticamente, mas o sucesso da regeneração é 
determinado principalmente pelo tipo e pela extensão da lesão. Os processos celulares 
proliferativos nosquais ocorre formação de novas células musculares com grande atividade na 
síntese de proteínas como miofibrilas. 
 
LESÃO MUSCULAR EM CAMPO 
 
 No meio esportivo, o quadro clínico dos atletas com lesão músculotendínea se caracteriza por dor, 
edema, calor, rubor, perda da solução de continuidade e perda da função. 
 
 Subjetivamente o atleta pode referir a sensação como “levei uma pedrada na barriga da perna” ou 
levei um pontapé por trás, que são rotina na anamnese dos atletas com ruptura muscular. 
 
RETORNO 
 
 Quando o atleta se lesiona, devemos ter em mente que o seu retorno aos treinamentos e as 
competições devam ocorrer de forma rápida, no entanto, não devemos nos esquecer que a saúde 
do atleta vem em primeiro lugar, e entender que mesmo a lesão muscular tem o seu tempo 
dependendo da gravidade. 
 
TRATAMENTO 
 
 Para qualquer lesão ou condição, o processo de reabilitação pode ser dividido em três fases. 
 Cada fase tem objetivos específicos e, apesar de haver período de tempo para cada fase, o avanço 
de uma fase para outra deve ser baseado no paciente, alcançando-se os objetivos prescritos, em 
vez de uma certa quantidade de tempo passado. 
 
O fisioterapeuta esportivo deve ter em mente que ele deve estar disposto a adaptar e modificar cada 
programa de exercício baseado na disposição clínica do atleta. Existe uma variedade de técnicas para se 
alcançar os objetivos clínicos e cinéticos funcionais. 
 
FASE 1 
 
Na primeira fase da reabilitação: 
 
 Controle da dor e dos sinais inflamatórios das estruturas do tecido moles envolvidas. O controle 
da dor e dos sinais inflamatórios permitirá ao atleta ser mais capaz de executar os exercícios de 
reabilitação. 
 A restauração da ADM e da ADMA. O ganho precoce da ADM e ADMA permitirá ao atleta 
começar os exercícios de reabilitação isolados e funcionais. 
 
FASE 2 
 
 Na fase dois da reabilitação, uma vez que a dor e os sinais inflamatórios estejam controlados e 
ADM esteja normal, devemos: 
 Focar no avanço da flexibilidade e do fortalecimento muscular. Além disso, não devemos esquecer 
do condicionamento cardiovascular e do treinamento proprioceptivo que devem ser incorporados 
nesta fase. 
 Ainda nesta fase o atleta deve iniciar levemente o treinamento funcional, específico do esporte. 
 
FASE 3 
 
 A fase três é a fase do retorno ao esporte. Além disso, os exercícios avançados específicos do 
esporte devem ser implementado durante esta fase, com atenção especial à mecânica da atividade. 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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CIÊNCIA EM PROL DO ESPORTE 
 
 Com o avanço da terapia genética, os profissionais que lidam com esporte, mais especificamente 
com atletas de alto rendimento, não poderiam ficar alheios aos avanços e a contribuição que as 
novas pesquisas possam trazer para recuperar mais rápidos os atletas lesionados, principalmente 
quando se trata de lesão musculotendínea 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
Fisioterapia para atletas 
com lesão no ombro 
 
INTRODUÇÃO 
 
 As lesões de Ombro são as mais frequentes em atletas ou não nas clínicas de fisioterapia e hoje 
respondem por cerca de 11 a 25% dos pacientes tratados nestes espaços. 
 Para o fisioterapeuta esportivo que envolva o membro superior, exige um conhecimento 
aprofundado como abordar tais patologias do membro superior. 
 
O Ombro é a articulação mais recompensadora do corpo, porque, quando um movimento limitado ou 
doloroso e descoberto, o achado é bastante específico e com frequência indica a estrutura atingida. 
 
Função primária do complexo do ombro é posicionar a mão no espaço permitindo, ao individuo interagir 
com o ambiente e executar as funções motoras finas. A incapacidade de posicionar a mão resulta em 
redução profunda das capacidades de toda a extremidade superior. 
 
As funções secundárias do complexo do ombro incluem: 
 
 1- suspender o membro superior, 
 2- prover fixação suficiente para que ocorra o 
movimento da extremidade superior, 
 3- servir de como ponto de apoio para elevação do braço. 
 
Nos esportes competitivos, o ombro é sede frequente de lesões. Os atletas muitas vezes executam gestos 
esportivos que excedem os padrões dos limites fisiológicos dos mecanismos estáticos e dinâmicos do 
ombro, podendo acarretar uma variedade de lesões decorrentes de fadiga osteomuscular e ligamentar. Além 
disso, existem os traumas diretos ou indiretos na cintura escapular, principalmente nos esportes que 
priorizam o contato físico, que provocam lesões características. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 
 No Brasil, a incidência de lesões no ombro não é muito diferente da encontrada na literatura. Na 
natação, segundo Cohen et al.,1999, a dor no ombro esteve presente em 63% dos nadadores 
brasileiros de elite. No atletismo, os arremessadores apresentaram cerca de 50% das lesões no 
nível do tronco e membros superiores. 
 
RITMO ESCAPULO-UMERAL 
 
 A escápula move-se 1 grau por cada 2 graus de movimento do úmero. Ao completar-se a flexão 
do ombro, o movimento foi de 120 graus na articulação glenoumeral e de 60 graus entre a escápula 
e a parede torácica. 
 É o movimento da escápula, em sincronia com os movimentos do úmero, permite 150º a 180º de 
amplitude de movimento no ombro para flexão ou abdução com elevação. 
 Sua mobilidade varia consideravelmente entre indivíduos normais, mas geralmente se aceita que 
seja de 2:1(2 graus de movimentos glenoumeral para 1 grau de movimento escapular). 
 O movimento primariamente inicia-se na articulação glenoumeral, enquanto a escápula tende a 
buscar uma posição estável. 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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O movimento sincronizado da escápula permite que os músculos que movem o úmero mantenha uma boa 
relação de comprimento/tensão ao longo da atividade, assim ajuda a manter uma boa congruência articular 
do úmero em relação a cavidade glenóide. 
 
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO RITMO ESCAPULO-UMERAL 
 
 
 
INSTABILIDADES DO OMBRO 
 
 LUXAÇÃO ANTERIOR e INFERIOR 
 LUXAÇÃO POSTERIOR 
 LUXAÇÃO SUPERIOR 
 
LUXAÇÃO ANTERIOR e INFERIOR 
 
 Compreende 85% dos casos 
 Geralmente por trauma posterior ao ombro(raro) ou por mecanismo de queda ao solo 
acompanhado de movimentos rotacionais com o MS em Abdução e Rotação lateral(Lesão de 
Bankart). 
 Atividades de bloqueio com grande rotação lateral concêntrica explosiva. 
 Há perda da relação anatômica entre a cavidade glenóide e úmero, produz uma ruptura do lábio 
glenoidal comprometendo a cápsula articular. 
 
LUXAÇÃO POSTERIOR 
 
 Ocorre de forma rara, geralmente ocasionada por epilepsia ou choque elétrico ou trauma direto 
provindo da região anterior, rompendo a capsula posterior. 
 
LUXAÇÃO SUPERIOR 
 
• Esse tipo é raro, pois para ocorrer a luxação, geralmente tem fratura do acrômio. 
 
LUXAÇÃO RECIDIVANTE 
 
 Inicia-se pela luxação primária, geralmente sua etiologia é traumática, por desinserção do lábio 
(Lesão de Bankart). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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TRATAMENTO 
 
 O tratamento vai ser baseado no mecanismo de lesão. 
 Inicia-se com tratamento conservador, caso não seja eficaz de 3 a 6 meses, deve ser indicado a 
cirurgia para restabelecer os padrões normais de movimento e iniciar a fisioterapia o quanto antes. 
 Fortalecimento dos estabilizadores dinâmicos, ao fortalecimento muscular e analgesia com o 
ombro em atividade. Nos casos de atleta deve-se colocar exercícios provocativos, focando o 
treinamento da modalidade esportiva. 
 
Exercícios devem ser focados no complexo do ombro e cinturaescapular de forma global, especialmente o 
fortalecimento do manguito rotador, escapulares e deltoideanos sempre na linha horizontal evitando o 
impacto secundário. 
 
LESÕES SLAP 
 
 As lesões em SLAP ou lesão Bíceps – Labial Superior. São alterações de origem traumática 
localizadas no lábio glenoidal Antero superior, tornando-se como referência a cabeça longa do 
bíceps. 
 São lesões comumente em arremessadores. Tais alterações no lábio glenoidal alterariam a 
congruência articular do úmero a cavidade glenóide, influenciando na instabilidade do complexo 
do ombro. 
 
O quadro clínico se apresenta nos atletas com dor mal localizada, estalidos e disfunção para as atividades 
esportivas. O Encurtamento da cápsula posterior associado à hiperrotação externa da cabeça do úmero 
produzindo um rosqueamento do tendão bicipital tensionando sua inserção, normalmente envolve a 
desaceleração no ato do arremesso, na fase de finalização, quando o bíceps desacelera a extensão do 
cotovelo, provocando tração no lábio glenoidal anterossuperior. Pode ocorrer em traumas como queda com 
apoio da mão e o cotovelo estendidos e ombro abduzido (Lesão de Bankart). 
 
 Rupturas totais ou parciais do manguito rotador, detectando através do teste de O´Brien. 
 O teste de Speed (positivo), sugere lesão do tipo II anterior. 
 
4 TIPOS DE LESÃO EM SLAP: 
 
 1- lábio superior com fibrilações, irregularidades e aspecto degenerativo, a inserção do bíceps é 
normal; 
 2- lábio superior desinserido da glenóide; 
 3- lábio superior com secção vertical junto à sua inserção no bíceps ( a porção lesada pode 
deslocar-se para a superfície articular, formando uma alça de balde); 
 4- lesão semelhante ao tipo III, porém com 
 extensão para o bíceps. 
 
TRATAMENTO 
 
 Exercícios em CCF na fase final do tratamento. 
 Próxima etapa exercícios militares(ou funcionais) no plano da escápula. 
 Normalmente tem melhor resposta a intervenção cirúrgica devido a ruptura do lábio. 
 
SÍNDROME DO IMPACTO 
 
 Foi somente em 1972 a síndrome do impacto ou pinçamento foi descrita por NEER, com base na 
dissecação de cadáveres e na experiência clínico cirúrgica com idosos e pacientes não atletas. 
 O conceito de Neer refere-se a degeneração progressiva do tendão do supraespinhoso devido a 
diminuição do túnel do supraespinhoso e consequentemente compressão do tendão contra o 
acrômio anterior e o arco coracoacromial. 
 
 Neer definiu a síndrome do impacto em três estágios evolutivos, com severidade progressiva. 
 Estágio I, comum em jovens, envolve edema e hemorragia do tendão do supraespinhoso; 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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 Estagio II, que ocorre em indivíduos com idade entre 30 a 40 anos, engloba tendinite e fibrose do 
tendão; 
 Estágio III, que acomete mais indivíduos com mais de 45 anos, evolui para ruptura do tendão. 
 
Atualmente, alguns autores dividem a dor relacionada à síndrome do impacto nos atletasem duas categorias: 
 
• Indivíduos com mais de 35 anos 
• Indivíduos com menos de 35 anos 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
 A fisiopatologia da síndrome do impacto nos atletas são controversas e multifatoriais; o principal 
fator soa os movimentos repetitivos associados às causas intrínsecas e extrínsecas do ombro do 
atleta. A síndrome do impacto subacromial pode ser primaria ou secundaria. 
 
A etiologia está relacionada às alterações do túnel do supraespinhoso quanto à forma do acrômio tipo III 
(ganchoso), a inclinação do acrômio mais achatado, o esporão acromial anterior exuberante (atletas de 
musculação) e a articulação acromioclavicular protuberante, podendo provocar diminuição do túnel do 
supraespinhoso e consequentemente pinçamento subacromial. 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
 Rathbun e Macnab demonstraram a importância da vascularização na inserção do músculo 
supraespinhoso. 
 Existe uma área crítica de 1 cm de largura no tendão do supra –espinhoso e junto ao tubérculo 
maior do úmero, que torna-se hipovascular dependendo da posição do braço (rotação medial e 
adução, os vasos são pressionados). 
 
IMPORTANTE 
 
 Este conhecimento é importante para o fisioterapeuta na hora de executar, por exemplo, o Ultra-
som, seria interessante fazer com o braço em rotação externa e uma pequena abdução até 45°. 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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 A síndrome do impacto secundaria afeta principalmente atletas com menos de 35 anos de idade. 
A etiologia está relacionada a microtraumas de repetição em atletas arremessadores. Os 
microtraumas de repetição podem provocar alterações degenerativas no manguito rotador, e a 
sobre carga associada ao arremesso resulta em falha da fibra tendínea. 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
 O quadro clínico nas afecções do manguito rotador, inicialmente a dor aparecer após atividade 
física e melhora com repouso. Se persistir com o treinamento a dor torna-se continua fazendo com 
que o atleta perca desempenho nos treinamentos e nas competições. 
 É importante avaliar as características da dor (intensidade, localização, tipo, periodicidade, fatores 
de piora, melhora ou associados). 
 
 A dor noturna pode ser sugestiva de lesão do manguito rotador, sintomas associados com fraqueza 
e parestesia na extremidade afetada, podem sugerir instabilidade ou episódios da “síndrome do 
braço morto”. 
 A amplitude de movimento deverá ser pesquisada ativa e passivamente, e ser comparada 
bilateralmente. 
 
Testes provocativos podem incluir: 
 
 Teste de impacto de Neer; 
 Teste do impacto de Hawkins-Kennedy; 
 Teste de Jobb; 
 Teste de Whiplle 
 Teste de Geber 
 Yocum 
Entre outros... 
 
ETIOLOGIAS 
 
1-Cifose torácica aumentada 
2-Alteração do ritmo escapulo umeral 
3-hipertonia de peitoral maior e latíssimo do dorso 
4-Hipertonia do deltóide médio e fraqueza do 
manguito rotador 
5-Exercícios realizados de forma inadequada 
 
 O mais importante é aplicação das técnicas de descompressão articular. 
 Manipulativa 
 Exercícios de Codman 
 Tração articular 
 Liberação Miofacial dos músculos encurtados. 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
Estratégias de Intervenção nas 
lesões do complexo Cotovelo no Esporte 
 
INSTABILIDADE ANTERO-MEDIAL 
 
 O complexo ligamentar é composto por 3 porções: 2 anteromedial(quando o cotovelo fica em 
extensão máxima) e 1 posteromedial(quando é flexionado). 
 Anteromedial: é a principal estabilização do complexo do cotovelo contra as forças de 
Valgismo.(30-120graus), quando ocorre o mecanismo de lesão da porção anteromedial, leva a uma 
instabilidade em Valgo, exceto a extensão completa, pois tem o bloqueio articular do olécrano. 
Contudo, a cabeça do rádio tem um papel importante na estabilização medial. 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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ETIOLOGIA 
 
 O mecanismo mais comum de lesão do complexo ligamentar medial do cotovelo é sua atenuação 
crônica, observado frequentemente em atletas arremessadores. Mas lesões pós traumáticas 
ocorrem com o cotovelo em extensão, combinando uma deformidade em valgo com rotação lateral 
do antebraço. Geralmente essas lesões agudas cicatrizam e dificilmente resultam em instabilidade. 
 
SINTOMATOLOGIA 
 
 Dor a acima de 90° de ombro na região medial do cotovelo. 
 Dor ao arremessar objetos(bolas, dardos, peso, sacar,cortar...) 
 A dor ao final da extensão do cotovelo. 
 Pode queixar de dor lateral pelo impacto da cabeça do rádio. 
 Parestesia no trajeto do nervo ulnar (4 e 5º dedos da mão) em decorrência de inflamação do n. 
ulnar. 
 Dor `a palpação do território do local onde se encontra o complexo ligamentar medial. Teste de estresse em valgo, geralmente é positivo 
 
TRATAMENTO 
 
 O tratamento de início é conservador: 
 Repouso relativo, evitando-se os movimentos que causam dor. 
 Crioterapia 
 Analgesia (TENS, Kinesiotape 0-25%) 
 Posteriormente, indicamos exercícios de alongamento e fortalecimento dos flexopronadores. 
 
 O tratamento cirúrgico é indicado na falha do tratamento conservador. 
 Geralmente em certos grupos de trabalhadores braçais e atletas de arremesso de alto rendimento e 
que não conseguem se adaptar a mudanças no seu estilo de jogo, o que poderia prevenir a dor. 
 
EPICONDILITE 
 
 O termo “epicondilite” descreve um padrão de dor de localização medial e lateral do cotovelo, 
com presença de tecido de granulação, degeneração angiofibroblástica, na microcospia e lesões 
parciais da musculatura flexora (epicondilite medial) e extensora (epicondilite lateral) 
 
EPICONDILITE LATERAL/ COTOVELO DE TENISTA/ TENIS ELBOW 
 
 A fisiopatologia do complexo cotovelo tem como característica as microlesões internas na origem 
do tendão do extensor radial curto do carpo. 
 A epicondilite lateral pode evoluir progressivamente devido à atividade de repetição, em quatro 
estágios: 
 
EPICONDILITE LATERAL 
 
 Estágio I – reação inflamatória sem alteração patológica com a cura do tendão; 
 Estagio II – tendinose e degeneração angiofibroblástica; 
 Estagio III – tendinose com falha estrutural do tendão 
 Estagio IV – fibrose e calcificação 
 
No esporte, em particular no tênis, a epicondilite lateral está relacionada ao movimento de “Backhand” 
apenas com uma das mãos, principalmente nos atletas recreacionais, às tensões de corda da raquete maiores 
que 58 libras, a empunhadura da raquete com diâmetros pequenos e às raquetes leves. 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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 O quadro clínico na fase 
aguda pode está presente na 
região lateral do cotovelo 
durante atividades físicas, 
com melhora após o término 
da atividade. 
 Na fase crônica, a dor é 
continua limitando a 
atividade esportiva tanto 
nos treinos quanto nas 
competições. 
 
 
 O diagnóstico é feito com o movimento de extensão do punho ou supinação resistida, que podem 
exacerbar a dor no epicôndilo lateral. 
 As manobras clínicas, que podem por em evidencia o processo doloroso, são a teste provocativos 
de Cozen, Thosem ou Mill e a de extensão resistida do 3° dedo . 
 
 
EPICONDILITE MEDIAL/COTOVELO DE GOLFISTA 
 
 A epicondilite medial está relacionada ao movimento de saque ou forehand no tênis e no golfe, 
bem como ao movimento do swing – por isso ela é chamada de golf elbow. 
 
 
 
A epicondilite medial é marcada pela dor sobre o epicôndilo medial, com irradiação para a musculatura 
flexora e pronadora. A dor é exacerbada com manobras resistidas de flexão do punho e pronação do 
antebraço. 
 
 Na epicondilite medial, o diagnóstico diferencial é com a neurite do nervo ulnar e as lesões do 
ligamento colateral medial. 
 O sinal de Tinel é um bom teste para avaliar a neurite do nervo ulnar e as manobras de estresse 
em valgo com o cotovelo em 30 graus de flexão. 
 
Há quem acredite que a epicondilite é um processo autolimitado e que, de modo geral, a maioria dos 
pacientes tem resolução espontânea dentro de 1 a 2 anos após o início da doença. No entanto, na literatura, 
não existe nenhum trabalho que sustente tal crença. 
 
TRATAMENTO DAS EPICONDILITES 
 
Existem varias propostas para o tratamento das epicondilites, desde o tratamento conservador até o 
tratamento cirúrgico. Dentro do tratamento cirúrgico (Verhaar et al.,1994) propôs cinco grupos: 
 
 1- Secção do extensor comum na sua origem; 
 2- Ressecção do tecido patológico e reparo do defeito; 
 3- Neurectomia e divisão da origem muscular; 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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 4- Descompressão do nervo radial; 
 5- Procedimento intra-articular, como secção do ligamento orbicular e sinovectomia. 
 
Dentro do tratamento conservador, vários autores advogam o tratamento fisioterapêutico como sendo de 
alta resolução. 
 
Os objetivos da Reabilitação podem ser divididos em 4 fases: 
 
 1- Reduzir a sobrecarga, a dor e o edema; 
 2- Estimular a cicatrização tecidual e promover a flexibilidade; 
 3- Fortalecer e condicionar o membro superior; 
 4- Promover o retorno as atividades anteriores. 
 
TRATAMENTO 
 
 Limitar a movimentação repetitiva e adequaçãodo equipamento esportivo. 
 Massagem com gelo (criomassagem) 
 Ultrassom, laser, fonoforese, iontoforese... 
 Alongamento das estruturas envolvidas referente a cada epicondilite 
 Fortalecimento moderado nas fases agudas e sub agudas, dando ênfase nos treinamentos 
excêntricos 
 Exercícios funcionais e utilização de “Brace” ou Tape de forma preventiva 
 
_____________________________________________________________________________________ 
 
Estratégia de intervenção 
fisioterapêutica nas lesões do punho e mão 
no esporte 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A funcionalidade da articulação do ombro, do cotovelo e do punho é apenas dispositivos 
mecânicos que contribuem para um bom funcionamento da mão. 
 
O carpo ou punho representa uma estrutura anatômica altamente complexa, compreendendo uma 
estruturanúcleo de oito ossos, mais de 20 articulações radiocarpicas, intercarpicas e carpometacarpicas, 26 
ligamentos intercarpais e seis ou mais partes do complexo do triângulo fibrocartilagíneo. Ao mesmo tempo 
em que essas estruturas podem ser anatomicamente diferenciadas, são funcionalmente interrelacionadas 
com o movimento em determinada articulação, tendo um efeito sobre o movimento das articulações 
adjacentes estendendo-se até o cotovelo. 
 
FUNCIONALIDADE 
 
 A mão é responsável por cerca de 90% da função do membro superior. O polegar, envolvido em 
40 a 50% da função da mão, é o dedo funcionalmente mais importante. O indicador, envolvido em 
cerca de 20%, é o segundo dedo mais importante, e o anular é o menos importante. O dedo médio, 
responsável por cerca de 20% de toda a função da mão, é o mais forte, sendo importante para as 
funções de precisão e força. 
 
NO ESPORTE... 
 
 No esporte a mão e o punho são acometidos frequentemente por traumatismo em diversas 
modalidades esportivas, e com frequência afastando o atleta de treinamento e de competições, 
causando um desconforto em toda a comissão técnica e principalmente no atleta, 
 
 Durante um tratamento de um trauma que acometa o punho e a mão, mesmo utilizando algum tipo 
de imobilização e mesmo que o atleta esteja em tratamento fisioterapêutico, o atleta deverá manter 
seu trabalho cardiovascular e ainda treinar todas as outras áreas não acometidas. 
 
 
FISIOTERAPIA ESPORTIVA 
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Por que desse procedimento? 
 
 Quanto maior o tempo de afastamento das atividades esportivas pior o estado psicológico, esse 
procedimento de manter o atleta treinando as áreas não-acometidas trás benefícios psicológicos 
importantes para o atleta, evitando o afastamento total de suas atividades e que fique longe do 
convívio dos colegas de equipe, quando este é atleta de esportes coletivos. 
 
 Os fatores que contribuem para as lesões do punho e mão no esporte podem ser de origem gerada 
por um trauma agudo isolado, ocasionando uma fratura ou torção. Podem, ainda, ser consequência 
de ações repetidas, resultando em lesões por sobrecarga, como as tendinopatias. 
 
LESÕES DO COMPLEXO DA FIBROCARTILAGEM TRIANGULAR 
 
 A função do complexo da fibrocartilagem triangular (CFCT) é dar suporte ao lado ulnar do punho 
e estabilizar a articulação radioulnar distal. 
 No exame físico a dor está localizada

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