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caso concreto pc III

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1) A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no dia posterior à data previam ente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel? 
Resposta: Haja vista o exposto acima, há de se versar que não assiste razão ao advogado de Manoel, pois este caso trata-se da exceção do art 935 caput do cpc pois em sua parte final o legislador estabelece que nestas situações específicas tem se a possibilidade do julgamento do processo no dia posterior à data previamente designada, sem a necessidade de intimação e o preenchimento dos requisitos estabelecidos na primeira parte do caput do art 935, bastando somente ter sido expressamente adiada para a sessão seguinte. 
	João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga -se:
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
Resposta: A reconsideração não tem caráter de natureza recursal, pois não está expressa dentre as modalidades de recursos, possui natureza jurídica de seucedâneo recursal.
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? 
Resposta: O principio da fungibilidade somente é possível quando houver dúvida sobre qual o recurso correto a ser interposto. Via de regra ocorre nos casos de interposição de recurso especial ou recurso extraordinário. No caso em tela, não a dúvida a ser dirimida. 
1) Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, vis ando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se: 
a) Poderá a associação atuar como se parte fosse? 
Resposta: Ela ( associação ) não poderá atuar como se parte fosse, pois ao ingressar como Amicus Curiae vem a este juízo para dar mais amplitude e discussão, assim como representatividade. Vem, portanto, apenas para auxiliar o julgador com informações das quais possui domínio em virtude de sua formação técnica.
1) Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o ju iz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se:
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente?
Resposta: No tocante ao caso concreto acima há de se versar que a decisão tomada por Carlos, em parte, foi realizada de forma adequada pois nas hipóteses de insatisfação da decisão proferida cabe a interposição de recurso, porém na via recursal deve ser observado a natureza processual da decisão que foi proferida. Sendo assim, obstante a legislação e, vigor, adecisão interlocutória que rejeita o incidente da desconsideração da personalidade jurídica é um dos objetos cabíveis do recurso de agravo de instrumento e não da apelação, conforme o disposto no art 1015, inciso IV cpc.
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos? 
	Resposta: Não pois o juízo de admissibilidade só poderá ser realizado no juízo “ Ad Quem “. vide o art 1010, parágrafo 3 cpc 
1)Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi inadmitido sob o fundamento de que contra a referida decisão o recurso cabível é a apelação. Agiu adequadamente o Relator? 
Resposta: Ante o exposto, há d se falar que o relator agiu de forma absolutamente inadequada pois nestas hipóteses no qual a decisão impugnada exclui o litisconsócio, o recurso cabível é o agravo de instrumento.
1) Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz? 
Resposta: Não, pois mesmo no Jec os embargos de declaração interropem o prazo de interposição de recursos. Conforme estabelece o art 50 da lei 9.099/95 
	Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator?
Resposta: Agiu inadequadamente o relator, pois este deveria acolher o recurso extraordinário e remeter ao stj, aplicando o principio da fungibilidade recursal, e ainda por entender que a questão versa sobre norma federal , conforme art 1033 do cc/02
	Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) selecionou dois recursos representativos da controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância indaga -se
a) Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a desistência da ação? Em que fase processual?
Resposta: Tem a possibilidade de desistencia da ação até a prolatação da sentença sem que haja a anuência da outra parte, conforme art 1040, paragráfo 1 ao 3 cpc/15
b) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder? 
	Resposta: A parte deverá elaborar uma petição autônoma pleiteamos
o desmembramento entre o seu caso e os demais, buscando desafetá-lo e assim dar prosseguimento do seu processo. Cabe ressaltar também que esta peça deverá ser remetida ao juiz (1 instancia ) ou o relator ( 2 instancia ), com fundamento no art 1037, paragráfo 9 e 10 do cpc/15
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DO ESTADO DE CURITIBA/PR 
Processo nº ... 
	JORGE, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos do processo-crime, que lhe move o Ministério Público Estadual com fulcro no artigo 403, § 3º, do Código de Processo Penal, para apresentar suas 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
	Mediante os fatos e fundamentos a seguir expostos: 
I DOS FATOS 
	JORGE, com 21 anos de idade, conheceu ANALISA em um bar, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local t rocaram carícias, e ANA LISA, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com JORGE. 
	JORGE trocou telefones e contatos nas redes sociais com ANALISA e ao acessar a página de A NALISA na rede social, no dia seguinte, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo JORGE ficado em choque com essa constatação, pois ANALISA não aparentava ser menor de idade. Sendo seu medo corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de ANALISA, ao descobrir o ocorrido.
	Em suas alegações finais, o Ministério Público pede a condenação do réu nos termos propostos na exordial. 
	Contudo, esta tese não deve prevalecer. Senão, vejamos. 
II DO DIREITO 
a) DO ERRO DE TIPO ESCUSÁVEL 
	JORGE ao conhecer ANALISA em uma balada onde se frequenta maiores de 18 anos, e ANALISA, linda jovem com formas de mulher e não de menina, não tinha como saber inequivocamente sua idade, posto que deduziu ser maior devido ao ambiente e comportamento da jovem, que de forma voluntária praticaram sexo oral e vaginal. 
	Nos moldes do art. 20, CP, o erro DE TIPO ES SENCIAL gera a atipicidade da conduta, o que no caso em tela gera absolvição.
b) DA EXISTÊNCIA DE CRIME ÚNICO 
	Subsidiariamente, não sendo aceita, a tese de atipicidade da conduta do réu, deve-se considerar a existência de crime único e não concurso de crimes, posto que o art. 217-A do Código Penal tem como tipo ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. Para o STJ prevalece a tese de crime único, por ser um tipo penal misto alternativo (e não cumulativo), assim sendo deverá ser afastado o concurso material de crimes para o caso em tela.
c) DO AFASTAMENTO DA AGRAVANTE DE EMBRIAGUES PRE-ORDENADA
	Não há que se falar em embriagues pré -ordenada, posto que JORGE não estava embriagado ao conhecer ANALISA. As testemunhas de acusação n ão viram o s fatos e não houve prova pericial para comprovar a embriagues de JORGE, sendo assim justa a medida de afastamento da agravante caso não seja reconhecida a atipicidade da conduta.
d) DA PENA BASE NO MINIMO LEGAL
	JORGE, réu primário, possuidor de bons antecedentes, com residência fixa, com boa conduta social, e no caso em tela n ão teve o animus necandi do tipo penal em que é acusado, posto não agir com má intenção de se aproveitar da suposta ingenuidade de ANALISA, fará jus a pena base no mínimo legal como medida necessária de reprovabilidade do ato.
e) DA APLICAÇÃO DO REGIME SEMI ABERTO 
	Ainda que o crime de estupro de vulnerável, artigo 217- A do CP, estar elencado como infração hedionda na lei 8.072/90, conforme artigo 1º, IV, o STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º desta l ei, sendo certo que o juiz ao fixar o
III PEDIDO 
Face ao exposto requer: 
a) Absolvição do réu, com base no art. 386, III, do CP P, por ausência de tipicidade; 
b) caso não seja esse o entendimento para absolvição, que seja concedido o afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a existência de crime único; 
c) fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento da agravante da embriaguez preordenada e a incidência da atenuante da menoridade; e 
d) fixação do regime semiaberto para início do cumprimento de pena, com base no art. 33, § 2º, alínea “b”, do CP, diante da inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da lei 8.072/1990.
Curitiba/PR e data. 
ADVOGADO 
OAB/UF

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