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RESUMÃO - ECONOMIA FLORESTAL

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ECONOMIA FLORESTAL 
CONCEITOS BÁSICOS 
 
É o estudo do método de alocação de meios físicos e 
humanos escassos (recursos) entre fins alternativos, 
para o bem-estar do homem. Estuda o modo como os 
indivíduos e a sociedade fazem suas escolhas e 
decisões, para que os recursos disponíveis, sempre 
escassos, possam contribuir da melhor forma para 
satisfazer as necessidades individuais e coletivas. Diz 
respeito apenas às necessidades que são satisfeitas 
com bens econômicos, ou seja, por elementos naturais 
escassos ou produtos elaborados pelo homem. 
Preocupa-se com a explicação e previsão de fenômenos 
observados que baseiam-se em teorias. Com aplicações 
de técnicas estatísticas e econométricas, as teorias 
podem ser utilizadas para construir modelos, a partir dos 
quais as previsões possam ser feitas. 
Elementos-chave da atividade econômica 
a) Necessidades humanas: sensações de carência de 
algo, unidas ao desejo de satisfazê-las. Segundo o 
requerente: necessidades do individuo (natural: comer 
ou social: festa) ou da sociedade (coletivas: transporte 
ou públicas: segurança). Segundo a natureza: vitais/ 
primárias (alimentos) ou civilizadas/ secundárias. 
Constituem a força motriz da economia. Possuem duas 
características: diversificação (≠ entre indivíduos) e 
insaciabilidade. A satisfação de necessidades materiais 
e não-materiais de uma sociedade obrigam seus 
membros a se ocuparem de determinadas atividades 
produtivas. 
b) Recursos: fatores ou elementos básicos utilizados 
na produção de bens e serviços, denominados fatores 
de produção. 
Terra: terra agricultável, urbana e recursos naturais. 
Capital: edificações, fábricas, máquinas, equipamentos 
e demais meios utilizados nos processos produtivos. 
Não se deve confundir capital com dinheiro. O dinheiro 
por si não produz nada; é padrão para medir o valor dos 
itens de capital, do trabalho e dos bens de consumo. 
Trabalho: faculdades físicas e intelectuais dos seres 
humanos empregados na produção de bens. 
Características dos recursos: 
▪ São limitados em quantidade, sendo chamados de 
recursos econômicos. Alguns recursos, como o ar 
utilizado em motores de combustão interna, são tão 
abundantes que podem ser obtidos por apropriação, 
chamados de recursos livres, pois não exigem preço. 
A escassez de recursos torna necessária a escolha 
cuidadosa de quais necessidades devem ser 
satisfeitas e em que grau, sendo este o problema 
econômico. 
▪ São versáteis, c/ a capacidade de aproveitamento 
em diversos usos. Quanto mais aperfeiçoado ou 
especializado torna-se o curso, mais limitados serão 
os seus usos. 
▪ Podem ser combinados em diversas %. 
c) Técnicas de produção: consistem no know-how e 
dos meios físicos para transformar os recursos de modo 
que satisfaça as necessidades. 
 
Ramos da economia 
a) Microeconomia: ou teoria do preço, ocupa-se da 
análise do comportamento das unidades econômicas 
individuais, como as famílias ou consumidores, e as 
empresas, ou produtores. Preocupa-se com o fluxo de 
bens e serviços das empresas para os consumidores e 
também, como o fluxo dos recursos produtivos (ou seus 
serviços) dos seus proprietários para as empresas. 
Pressupõe pleno emprego dos recursos e uma 
economia estável (sem grandes flutuações). 
b) Macroeconomia: ou teoria da renda nacional, ocupa-
se do comportamento global do sistema econômico 
refletido em um número reduzido de variáveis, como o 
produto total de uma economia, o emprego, o consumo, 
o investimento, o nível geral de preço, etc. 
 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 
Agentes econômicos 
Na economia, os diversos papéis que desempenham os 
agentes econômicos podem ser agrupados em três 
grandes setores: 
Primário: agricultura, pesca, mineração. 
Secundário: indústria e construção. 
Terciário ou de serviços: comércio, transporte, bancos. 
Os agentes econômicos são compostos por: 
a) Famílias: consomem bens e serviços e oferecem 
seus recursos (trabalho e capital) às empresas. 
Comportamento similar ao das famílias é o de 
indivíduos, grupos esportivos e culturais, associações 
beneficentes e religiosas, etc. 
b) Empresas: contrata trabalho e compra fatores com o 
fim de fazer e vender bens e serviços. 
c) Setor público: atua como empresário e oferece bens 
públicos que são bens proporcionados a todas as 
pessoas a um custo que não é maior que o necessário 
para o fornecimento a uma só pessoa. Exemplo: defesa 
nacional. Coordena e regula o mercado e, às vezes, 
estabelece a política econômica, tentando alcançar 
objetivos gerais como: crescimento estável do produto 
nacional; pleno aproveitamento dos recursos e eficiente 
alocação destes; estabilidade de preços; e distribuição 
de renda justa. 
 
Organização de um sistema econômico 
 
 
Funções do sistema econômico 
1) Determinação do que se deve produzir 
Depende da verificação de quais necessidades dos 
consumidores são mais importantes e em que grau 
devem ser satisfeitas. O valor monetário que o consumi-
dor emprega em cada produto depende da urgência da 
necessidade do bem, do gosto e da renda do consumi- 
dor e da oferta do produto. 
2) Organização da produção 
Envolve a canalização contínua dos recursos das 
empresas que produzem bens e serviços menos 
desejáveis para as que produzem bens e serviços mais 
desejáveis; e uso eficiente dos recursos pela empresa 
(relação produto/ fator). 
3) Distribuição dos produtos 
Depende da renda pessoal, q depende das quantidades 
dos diferentes recursos que um indivíduo pode 
empregar no processo produtivo e dos preços que 
recebe pelos recursos empregados. 
4) Racionamento dos bens em períodos de oferta fixa 
(curto prazo): distribuição entre os consumidores – se a 
oferta fixa for baixa, o preço subirá e o consumo 
diminuirá. Se, ao contrário, a oferta for alta, o preço 
descerá e o consumo aumentará. Racionamento ao 
longo do tempo – se toda a colheita for colocada em 
mãos de consumidores logo após ter sido colhida, maior 
parte estará disponível no início da safra; com isso o 
preço cairá e haverá maior consumo inicial. Em 
conseqüência, haverá menor quantidade disponível no 
final da safra, o que faz o preço subir e o consumo 
diminuir. 
5) Manutenção e ampliação da capacidade produtiva 
A força de trabalho pode ser incrementada com o 
aumento da população e com o desenvolvimento e 
melhoramento das habilidades. A acumulação de capital 
acontece quando algum dos recursos é desviado da 
produção de bens de consumo p/ a produção de bens 
de capital, de modo que ultrapasse a quantidade 
requerida para depreciação. 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 
Os melhoramentos das técnicas produtivas aumentam a 
capacidade produtiva, por meio da maior produção por 
unidade de recurso utilizado. 
Concorrência perfeita 
Um mercado de concorrência perfeita é aquele em que 
existem muitos compradores e muitos vencedores, de 
forma que nenhum comprador ou vendedor individual 
exerce influencia sobre o preço. 
Condições: elevado no de ofertantes e demandantes; 
homogeneidade do produto; transparência do mercado; 
perfeita mobilidade dos recursos e liberdade de entrada 
e saída de empresas; inexistência de conluio ou 
restrições artificiais a procura, oferta e preços. 
A concorrência perfeita não existe, pois não há um 
mercado que atenda a todas essas exigências; pode-se 
afirmar q este tipo de mercado frequentemente funciona 
como um modelo teórico p/ compreensão dos processos 
econômicos. O que ocorre na prática chama-se 
concorrência pura, pois atende a quase todas as 
condições citadas; como exemplo tem-se o mercado de 
bolsa de valores e as feiras livres. 
 
DEMANDA 
 
A demanda, ou procura, é definida como as várias 
quantidades de um bem que os consumidores retirarão 
do mercado a todos os possíveis preços alternativos, 
enquanto tudo o mais permanece constante. 
As quantidades retiradas serão afetadaspor diversas 
circunstâncias, entre as quais são mais importantes: o 
preço do bem, os gostos e as preferências dos consumi-
dores, o no de consumidores considerados, a renda dos 
consumidores, a variedade de bens disponíveis e o 
preço dos bens relacionados àquele bem considerado. 
Estes bens relacionados podem ser complementares ou 
substitutos. Os bens substitutos ou competitivos são 
aqueles que poderão ser adquiridos pelo consumidor 
em substituição a outro bem e satisfazer suas 
necessidades. Os bens complementares são aqueles 
que são consumidos em conjunto. 
Curva de demanda de um determinado bem 
 
Quanto maior o preço de um bem, menor a quantidade 
procurada. 
Mudança na curva em função de mudanças no preço 
 
Aumentando-se o gosto ou a preferência, a população, 
a renda, o preço do bem substituto, ou diminuindo o 
preço do bem complementar, mantendo o preço 
constante, haverá aumento na demanda deslocando a 
curva para a direita. 
 
Diminuindo-se o gosto ou a preferência, a população, a 
renda, o preço do bem substituto, ou aumentando o 
preço do bem complementar, mantendo o preço 
constante, haverá redução da demanda deslocando a 
curva para a esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA FLORESTAL 
 OFERTA 
 
A oferta é definida como as várias quantidades de um 
bem que os vendedores colocam no mercado a todos os 
preços alternativos, por unidade de tempo, enquanto 
tudo o mais permanece constante. 
Denomina-se lei da oferta a ∆ diretamente proporcional 
da quantidade ofertada em razão da variação nos 
preços dos produtos. Chama-se lei da procura a ∆ da 
quantidade demandada em função da ∆ nos preços dos 
produtos. 
Depende de um conjunto de fatores: 
Preço do produto (*) 
Tecnologia (*) 
Impostos (**) 
Disponibilidade de recursos (*) 
Preço dos fatores produtivos (**) 
Expectativa do produtor (*) 
Período de tempo (**) 
(*) aumento do fator aumenta a quantidade ofertada 
(relação direta) 
(**) aumento do fator diminui a quantidade ofertada 
(relação indireta) 
 
A quantidade oferecida aumenta junto com preço, 
refletindo o comportamento dos produtores. 
Deslocamento da Curva de oferta 
 
Aumentando-se os fatores que apresentam relação 
direta ou diminuindo os de relação indireta haverá 
aumento na oferta deslocando a curva para a direita. 
 
Diminuindo-se os fatores que apresentam relação direta 
ou aumentando os de relação indireta haverá diminuição 
na oferta deslocando a curva para a esquerda. 
 
PREÇO DE EQUILÍBRIO 
 
É o preço obtido quando se confronta as curvas de 
demanda e oferta. 
 
Mudança de procura com oferta fixa 
 
O aumento de demanda gera um déficit do produto. 
 
PREÇO DE EQUILÍBRIO 
 
Mudança de oferta com procura fixa 
 
 O aumento de oferta gera um excesso do produto. 
 
ELASTICIDADE-PREÇO DA PROCURA 
 
A elasticidade é uma medida de sensibilidade de uma 
variável em relação à outra. Permite saber como as 
mudanças de preços ou quantidades irão afetar a 
receita total das empresas ou o dispêndio total das 
famílias. A elasticidade preço da procura ou demanda 
(Ed) mede a sensibilidade da quantidade demandada em 
relação a modificações no preço do próprio bem. Pode 
ser medida pela inclinação da curva, pela elasticidade-
arco e pela elasticidade preço no ponto. 
Procura Elástica: uma pequena alteração no preço 
causa uma alteração grande da quantidade procurada. 
 
 
Procura Inelástica: uma grande alteração no preço 
causa uma alteração pequena da quantidade procurada. 
 
Oferta Elástica: uma pequena alteração no preço 
causa uma alteração grande da quantidade ofertada. 
 
Oferta Inelástica: uma grande alteração no preço 
causa uma alteração pequena da quantidade ofertada. 
 
Magnitude da elasticidade-preço da procura: 
Unitária: diminuição no preço afeta a demanda na 
mesma proporção. 
Elástica: diminuição no preço provoca grande aumento 
na demanda. 
Inelástica: aumento do preço leva a uma pequena 
diminuição na demanda. 
 
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO 
 
A função de produção representa a quantidade máxima 
de produto que se pode obter por meio de uma 
combinação de fatores. No modelo mais simples, o 
modelo fator-produto, tem-se a quantidade de produto 
(Y), em função da quantidade de apenas um fator 
empregado (X1), sendo os outros fatores mantidos 
constantes. Assim, Y = f(X1/X2.... Xn). 
Em que: Y = quantidade de produto; X1 = quantidade de 
fator variável; e X2... Xn = quantidade de fatores fixos. 
Os fatores produtivos são: terra, trabalho, capital, 
administração, etc. 
Algumas pressuposições devem ser observadas para se 
trabalhar com uma função de produção: 
i) O mercado de insumo e produto é competitivo, o que 
significa dizer que os preços são dados pelo mercado. 
ii) Existe conhecimento perfeito do mercado, ou seja, há 
ausência de risco e os preços são dados com certeza 
absoluta. 
iii) O objetivo do investidor é maximizar o lucro. 
iv) A produção é instantânea, pois, tão logo o insumo 
seja utilizado, o nível de produto se altera. Não há 
relação entre um período e outro, já que a análise é feita 
em determinado ponto no tempo. 
 
Lei dos rendimentos decrescentes 
A função de produção clássica é a representação da lei 
dos rendimentos decrescentes. Segundo essa lei, 
adicionando-se quantidades iguais do fator variável, o 
retorno da produção será crescente, constante, 
decrescente e até negativo. 
 
Função clássica de produção (PFT = produto físico total). 
 
Produto Físico Total, Médio e Marginal. 
Produto físico total (PFT ou Y): produção total medida 
em termos físicos. 
Produto físico médio (PFMe) ou produtividade média 
(PMe): produção total dividida pela quantidade de fator 
variável utilizada. PFMe = PFT/ X. O PFMe mede a 
eficiência do fator variável; portanto, quando PFMe for 
máximo ter-se-á o máximo em termos técnicos. Pode 
ser dado pela tangente do ângulo α, formado entre o 
eixo das abscissas e a reta, que parte da origem e toca 
a curva do PFT. 
 
Produto físico marginal (PFMa): representa a mudança 
na produção (∆Y) associada à mudança incremental no 
uso do fator (∆X). Como o incremento no uso do fator 
costuma ser uma unidade, diz-se que o PFMa é a 
mudança na produção associada ao incremento de uma 
unidade no fator. PFMa = ∆Y/ ∆X. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA FLORESTAL 
 FUNÇÃO DE PRODUÇÃO 
 
Estágios de Produção 
A função de produção clássica pode ser dividida em três 
estágios ou regiões de produção. 
 
O estágio I inclui níveis de fatores de zero unidades até 
o nível de uso em que o PFMe é máximo ou onde este 
se iguala ao PFMa. 
O estágio II inclui a região do ponto em que o PFMe é 
máximo até o ponto onde o PFT atinge o máximo ou o 
PFMa é igual a zero. 
O estágio III inclui a região onde a função de produção 
é decrescente e o PFMa é negativo. 
Estágios irracionais: tradicionalmente, I e III são 
descritos como estágios irracionais de produção. A 
terminologia sugere que o economista florestal nunca 
utilize níveis de fatores dentro dessas regiões, a menos 
q o comportamento seja irracional. Os comportamentos 
irracionais descrevem escolhas inconsistentes com a 
maximização de retornos líquidos ou lucros. 
É fácil entender por que o empresário interessado em 
maximizar lucro nunca opera no estágio III. Não faria 
sentido ele aplicar insumo se ao fazer isso o nível de 
produção diminuísse. Do mesmo modo, nãofaria 
sentido ele operar no estágio I, pois, como se trata de 
uma região onde o produto médio aumenta, deixar de 
adicionar fator representa perder oportunidade de 
ganhar mais dinheiro. 
Estágio racional: O estágio II é chamado de racional 
ou região de produção econômica. Nesse sentido, esta 
terminologia sugere que o economista florestal racional 
que tem como objetivo a maximização do lucro opere 
dentro desta região. Todavia, em certos casos, 
principalmente quando a disponibilidade de capital para 
a compra de fatores é limitada, o economista racional 
pode ficar impossibilitado de operar tanto no estágio II 
quanto no I. 
 
CUSTOS DE PRODUÇÃO 
 
Custos: dispêndios efetuados por uma firma, nos recur-
sos empregados para produzir o seu produto. Podem 
ser explícitos ou implícitos. 
Custos explícitos: dispêndios feitos pela firma, os 
quais são entendidos como despesas, ou seja, 
pagamentos por fatores de produção utilizados. 
Custos implícitos: dispêndios provenientes do uso de 
recursos próprios, não envolvendo um desembolso 
monetário. 
Despesas: são o valor de todo o pagamento que sai da 
empresa com ou sem compensação produtiva. Ex: 
pagamento de salário x doação à entidade. 
Gastos: são todos os desgastes de valores ou materiais 
e energia expressos em valores dentro da empresa. Ex: 
depreciação anual de uma máquina. 
Custos a curto prazo: período de tempo em q a firma 
não pode variar alguns recursos, como equipamentos, 
construções, terra, etc. Estes recursos são fixos. 
Custos a longo prazo: período de tempo em que todos 
os fatores são variáveis, inclusive a planta ou tamanho 
da empresa. 
Curvas de Custo 
Os custos se dividem em fixos e variáveis. Os custos 
fixos totais (CFT) são aqueles que não variam quando 
se varia a produção, enquanto os custos variáveis totais 
(CVT) variam com a produção. 
CUSTOS DE PRODUÇÃO 
 
A soma dos custos fixos e variáveis representam os 
custos totais (CT). CT = CFT + CVT 
Custo fixo médio: CFMe= CFT/Y 
Custo variável médio: CVMe= CVT/Y 
Custo total médio: CTMe= CT/Y 
Custo marginal (CMa) representa o aumento no custo 
total provocado pelo aumento de uma unidade na 
quantidade produzida e é representado pela inclina-
ção da curva de Custo total (CT). 
CMA = dCT/ dY = ∆CT/ ∆Y 
 
 
Custos fixos, variáveis e totais de uma empresa. 
 
 
Custos médios (fixos, variáveis e totais) e marginal de 
uma empresa. 
 
O Ponto de mínimo das curvas de custo 
Quando em mesma escala, os pontos de mínimo das 
curvas de custo facilitam a análise dos resultados 
obtidos. Os mínimos das curvas CVMe e do CTMe se 
dão no ponto de tangência da curva do CV e do CT. 
 
(a) Curvas do Custo Variável (CV) e Custo Variável 
Médio (CVMe); (b) Curvas do Custo Total e Curvas 
do Custo Total Médio (CTMe). 
 
O mínimo do CMa se dá no ponto de inflexão (PI) da 
curva do CT. O ponto de mínimo do custo total médio 
(CTMe) coincide com o custo marginal (CMa) e ocorre 
na direção do ponto de tangência (PT). 
 
CUSTOS DE PRODUÇÃO 
 
Equilíbrio da firma e maximização do lucro 
O ponto de equilíbrio da firma e a maximização do lucro 
ocorre quando o CMa se iguala ao preço do produto 
(ou RMa): CMa=RMa. 
Curvas de custos e pontos importantes 
Pt. 1 - Mínimo do CTMe: O CTMe decresce, devido à 
diminuição dos custos fixos médios, até um mínimo. 
Depois disso o CTMe aumenta porque há um cresci-
mento dos Custos Variáveis. 
Pt. 2 e 3 - Limiar e limite de Utilidade: onde a curva do 
CTMe cruza a linha reta do preço. 
Pt. 4 e 5 - Máx. e Mín. de produção: onde o CVMe é 
coberto pelo preço. 
Pt. 6 - Melhor nível de produção: Onde ocorre Cma = 
Rma = Preço, é o lucro máximo a um dado nível de 
produção. 
 
Maximização do lucro (pelo lado do produto) 
L=RT-CT L = Py.Y -Px1.X1-C 
Onde C=Custo fixo 
Para obter o ponto de máximo lucro são necessárias 
duas condições: 
a)que a 1ª derivada seja igual a zero; 
b)que a 2ª derivada seja menor que zero. 
Assumindo que a 2ª condição esteja satisfeita, tem-se: 
Py= Px1/PFMa=RMa=Cma. Cada unidade adicionada às 
vendas da firma aumentará sua receita por uma quantia 
constante - o preço por unidade do produto - daí a curva 
de receita total ser retilínea e inclinada de baixo para 
cima. 
 
Os lucros da firma serão máximos ao nível de produção 
Y*, onde a distância entre receita total e custo total é 
máxima. Analisando de outra forma, pode-se afirmar 
que os lucros da firma são máximos no nível de 
produção em que o Cma=RMa , isto é no ponto Y*. 
 
Lucro e prejuízo 
Uma firma pode operar em várias situações, obtendo 
lucro ou prejuízos, ilustraremos algumas dessas 
situações: 
Situação 1 - Lucro puro: P>CTMe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA FLORESTAL 
 CUSTOS DE PRODUÇÃO 
 
Quando o preço do produto estiver acima do CTMe, 
tem-se lucro positivo. Isto é representado pela área do 
retângulo PABD. 
Situação 2 - Lucro zero: P=CTMe. Neste caso, se o 
preço cai e iguala ao CTMe, não há lucro nem prejuízo. 
 
Situação 3 - Prejuízo: CVMe<P<CTMe 
Se o retângulo DCBE>DCAP, o prejuízo total parando é 
maior que o prejuízo da firma produzindo, logo ela 
continua em atividade. 
 
Situação 4 - Ponto de fechamento da firma: P<CVMe 
Neste caso o preço cai abaixo do CVMe, e o prejuízo 
total da firma produzindo (retângulo DCAP) é maior do 
que a firma parando (CFMe total=Retângulo DCBE). 
 
▪ Qualquer empreendimento, por menor que seja, 
merece atenção quanto aos custos de produção, 
mesmo porque há uma tendência a não se dar 
grande importância a pequenos investimentos, mas a 
atividade pode estar acumulando prejuízos com o 
tempo. 
▪ O mercado sempre influenciará o comportamento da 
função de custos, principalmente pela condição de 
oferta e procura, que alterará o preço dos insumos, 
dos fatores de produção e consequentemente do 
produto. 
▪ Uma boa análise de custos será feita em função do 
conhecimento da atividade a ser desenvolvida. 
 
ECOMOMIA FLORESTAL 
 
Economia florestal é o ramo da ciência que trata da 
utilização racional de recursos com vistas à produção, à 
distribuição e ao consumo de bens e serviços florestais. 
As atividades florestais apresentam algumas caracterís-
ticas especiais: 
Longo tempo de produção: alto investimento inicial e 
retorno a longo prazo. 
Produto final e fator de produção: quando se corta a 
floresta, está se cortando o próprio fator de produção. 
Surge uma importante decisão a ser tomada: melhor 
idade par o corte. Além disso, tem que se repor ou 
plantar novos povoamentos p/ garantir futuras colheitas. 
Produção nem sempre convertida em $: proteção contra 
erosão, produção de água, regulação da vazão dos rios, 
abrigo de fauna, beleza cênica, recreação, captura de 
CO2, etc. 
ECOMOMIA FLORESTAL 
 
Relação entre os 3 fatores de produção: terra, capital e 
trabalho. 
Dependência das condições naturais: como solo, clima, 
pragas e doenças, requerendo um planejamento minu-
cioso para tomada de decisões. 
Matemática financeira 
Capital: real ou imobilizado são as máquinas e equipa-
mentos, imóveis, estradas, pontes, terras, árvores em 
crescimento, etc.; o capital em dinheiro (capital de giro) 
são os pagamentos de salários, de serviços, dos juros, 
etc. 
Juros: são a remuneração pelo uso do capital. Como o 
capital pode ser próprio ou de terceiro, a taxa de juros a 
ser paga pode variar. A taxa de juros de mercado 
também sofre variações devido à conjuntura econômica 
do País. Justificativas da existência da taxa de juros: 
- Produtividade do capital: o capital é produtivo, ou seja, 
com o capital pode-se gerar mais capital. 
- Preferênciatemporal: receber uma quantia no presente 
é melhor que receber esta mesma no futuro. 
Os juros fazem a equivalem de valores em tempos 
diferentes. A taxa mínima de atratividade (TMA), ou taxa 
de juros alternativa, ou custo de oportunidade de capital 
é o retorno da melhor opção de investimento alternativo. 
É o que se deixa de ganhar pelo não investimento 
naquela opção. 
Regime de Juros Simples: incidem apenas sobre o 
capital inicial. Não é considerado que os juros possam 
ser incluídos no capital e a partir daí render juros. 
niCJ = 0
 
Em que: J = juros; C0 = capital inicial; i = taxa de juros e 
n = número de anos. 
O montante ou capital final (Cf) poderá ser obtido por: 
)1(0000 niCniCCJCC f +=+=+=
 
Regime de juros compostos: são os juros pagos sobre 
o capital inicial e sobre os juros dos períodos anteriores, 
ou seja, calculam-se juros sobre juros. 
n
f iVV )1(0 +=
 
n
n
i
V
V
)1(
0
+
=
 
Séries de pagamento 
São o conjunto de parcelas de pagamentos ou recebi-
mentos destinadas à constituição de capital ou amorti-
zação de uma dívida. 
Podem ser classificadas quanto aos seguintes fatores: 
a) Periodicidade: periódicas (intervalos constantes) ou 
não-periódicas (intervalos variáveis). 
b) Duração: temporárias (horizonte finito) ou perpétuas 
(horizonte infinito). 
c) Valor das parcelas: constantes ou variáveis. 
d) Vencimento: imediatas (parcelas a partir do primeiro 
período) ou diferidas (há um prazo de carência). 
e) Períodos: unitárias (um período de capitalização 
dentro do período de ocorrência da parcela) ou múltiplas 
(o período de ocorrência da parcela é múltiplo do 
período de capitalização). 
Variáveis para o cálculo das séries de pagamento: 
R = valor das parcelas; i = taxa d juros; t = número de 
períodos dentro do período de ocorrência da parcela; V0 
= valor inicial; Vn = valor final; nt = no total de períodos 
de capitalização; n = número de parcelas. 
Série periódica imediata constante temporária 
A) Períodos múltiplos 
A1) antecipada 
1)1(
)1]()1(1[
0
−+
++−
=
−
t
tnt
i
iiR
V
1)1(
)1](1)1[(
−+
+−+
=
t
tnt
n
i
iiR
V
 
A2) Postecipada 
1)1(
])1(1[
0
−+
+−
=
−
t
nt
i
iR
V
 
1)1(
]1)1[(
−+
−+
=
t
nt
n
i
iR
V
 
ECOMOMIA FLORESTAL 
 
B) Períodos unitários 
B1) Antecipada 
i
iiR
V
n )1]()1(1[
0
++−
=
−
i
iiR
V
n
n
)1](1)1[( +−+
=
 
B2) Postecipada 
i
iR
V
n ])1(1[
0
−+−
=
 
i
iR
V
n
n
]1)1[( −+
=
 
Série periódica imediata constante perpétua 
A) Períodos múltiplos 
A1) Antecipada 
1)1(
)1(
0
−+
+
=
t
t
i
iR
V
 
→nV
 
A2) Postecipada 
1)1(
0
−+
=
ti
R
V
 
→nV
 
B) Períodos unitários 
B1) Antecipada 
i
iR
V
t)1(
0
+
=
 
→nV
 
B2) Postecipada 
10 RV =
 
→nV
 
 
CUSTOS NA EMPRESA FLORESTAL 
 
Custos de Salários 
São aqueles provenientes do pagamento de mão-de-
obra, nos diversos setores da empresa. As formas mais 
comuns de pagamentos de salários são: 
a) Mensal: salário fixo e pago periodicamente (todos os 
meses). O salário mensal (ou por dia/hora) é mais 
indicado para aqueles trabalhos que devem ser feitos 
com precisão e cuidado, pois requerem qualidade. 
Neste caso, deve-se controlar a quantidade de trabalho 
executado. Exemplo: alguns trabalhos de viveiro e 
plantio. 
b) Por tarefa: pago por serviço acabado. O salário por 
tarefa ou empreitada é mais indicado para aqueles 
trabalhos que não exigem muito cuidado ou precisão. 
Neste caso, a produção é elevada, mas deve-se 
controlar a qualidade do serviço. Exemplo: roçadas e 
algumas operações de colheita. 
Encargos Sociais e Benefícios 
Estão diretamente ligados aos custos de salários e se 
destinam a promover segurança e bem-estar estar 
social. Podem representar entre 50 e 100% do valor do 
salário, sendo esta variação devida ao tipo de atividade 
da empresa e aos benefícios oferecidos aos funcioná-
rios. Os encargos dividem-se em: 
a) Obrigatórios (encargos sociais): INSS; Férias; 13º 
Salário; FGTS, entre outros. 
b) Voluntários (benefícios): moradia; alimentação; água; 
luz; transporte; plano de saúde; seguros, entre outros. 
 
Custos de Depreciação 
Correspondem aos custos provenientes do uso de bens 
que não são consumidos em um ano: bens de capital 
(custo fixo). As causas para que existam os custos de 
depreciação são: uso (reposição de peça); tempo 
(ferrugem e desgaste); desatualização ou absoles-
cência (aparecimento de máquinas mais modernas). 
Há três tipos de depreciação: 
1. Com taxa constante (linear); 
2. Com taxa decrescente; 
3. Com taxa crescente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA FLORESTAL 
 CUSTOS NA EMPRESA FLORESTAL 
 
A forma mais comum de depreciação é a linear, na qual 
o valor do bem diminui em taxas constantes ao longo de 
sua vida útil. 
n
RV
D
−
=
 
D = depreciação, V = valor de aquisição; R = valor do 
resto (sucata); e n = vida útil (anos). 
Custos de Juros 
Correspondem ao pagamento pelo uso do capital, 
próprio ou de terceiros. Estes juros dividem-se em: 
Juros reais: capital emprestado (empréstimo); 
Juros calculados: capital próprio da empresa. 
O capital divide-se em: 
a) Bens de duração limitada: Exemplo: máquinas, 
instalações e equipamentos que têm uma vida útil 
limitada. 
J = (V/2) * i 
b) Bens de duração ilimitada 
Exemplo: terra. A terra é o capital básico de qualquer 
produtor florestal, sendo muito importante considerar 
seu custo na análise econômica. Há várias possibilida-
des teóricas de se tratar o custo da terra na atividade 
florestal, porém a mais comum é considerar os juros 
sobre o capital investido, ou seja, refere-se a um custo 
anual como se fosse um aluguel da terra. 
O custo anual da terra (R) é calculado: 
R = VT * i 
Em que: VT = valor da terra (US$/ha); e i = taxa de juros 
(% a.a.). 
Custos de Material 
Surgem do consumo de bens no período de um ano de 
trabalho da empresa. Exemplo: óleo, livros, machados, 
mudas e material de construção. 
Custos de Terceiros 
Representam o pagamento às firmas que prestam 
serviço à empresa florestal. Os trabalhos mais comuns 
realizados por terceiros: corte; transporte; construção de 
cercas; vigilância; alimentação; combate a formigas; 
entre outros. Os serviços terceirizados requerem um 
controle rigoroso da qualidade e da quantidade. 
Custos de Risco 
Os custos de risco são alguns danos que podem ocorrer 
dentro de uma empresa florestal, ou seja, são influên-
cias externas q interrompem os processos planejados, 
cujas freqüências, datas e tamanhos são desconhecidos 
antecipadamente, exigindo, portanto, um planejamento 
flexível para a empresa. 
Exemplo: ataque de pragas e doenças, incêndios 
florestais, seca, desabamento de estradas e acidentes. 
Pode-se compensar ou diminuir estes custos por meio 
de seguros. Neste caso, deixa-se de ter custos de riscos 
e passa-se a ter custos de seguros. 
Custos de Impostos 
Os principais impostos cobrados das empresas são: 
IPTU: Imposto Predial e Territorial Urbano; 
IPVA: Imposto sobre Propriedade de Veículos Automo-
tores; 
IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados 
ICMS: Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços 
Custos envolvidos na atividade florestal 
Custo de implantação: 
São os custos relacionados com todas as operações até 
o primeiro ano do projeto. Ocorrem no ano zero. As 
operações são: 
Elaboração do projeto: 
 Elaborado por um técnico especializado; 
 Implementadocom recursos próprios da empresa ou 
por financiamento; 
 Envolve custos de viagens, estadias, trabalho de escri-
tório e despesas administrativas. 
 
Desmatamento: Mecanizado (trator de esteira com 
correntão); Semi-mecanizado (motosserra); Depende 
da vegetação e topografia. 
 
CUSTOS NA EMPRESA FLORESTAL 
 
Destoca: 
 Retirada e deposição em local apropriado, dos tocos e 
vegetação recém desmatada; Feita com tratores de 
esteira. 
Encoivara e queima: 
 Enleiramento de galhos finos, sem aproveitamento 
econômico e posterior queima, se permitido. 
Locação de talhões, estradas e aceiros 
São atividades de demarcação dos seguintes locais: 
 de plantio; estradas e aceiros; ARL e APP. 
Construção de pontes, bueiros, represas, etc. 
Preparo do solo: 
Envolve operações de: 
 Aração ou subsolagem; Gradagem leve ou pesada; 
 Correção e adubação do solo; Cultivo mínimo. 
Alinhamento, marcação e coveamento: 
 Demarcação da orientação de plantio; Definição do 
espaçamento; Fazer as covas para o plantio das 
mudas. 
Combate às formigas e cupins 
 Termonebulizador costal; Formicida em pó; Iscas 
granuladas; Iscas granuladas; Cupinicida. 
Produção de mudas; plantio; replantio; irrigação das 
mudas. 
Fatores que devem ser considerados ao decidir pela 
produção ou aquisição de mudas 
a) Viveiro próprio: depende da área a ser plantada; 
espaçamento; localização do viveiro; disponibilidade de 
água; pessoal treinado; temporário ou permanente; 
custo de produção da muda. 
b) Mudas de terceiros: idoneidade das mudas (há 
certeza quanto à procedência ou qualidade das 
mudas?); preço da muda; contrato; disponibilidade de 
mudas na época certa. 
Fatores que influenciam o custo de implantação: 
Fatores locais: qualidade dos solos; topografia; pragas e 
doenças. Outros fatores: área a ser plantada; espécies 
florestais; método de plantio (espaçamento, equipamen-
tos, replantio); organização do trabalho. 
Custo da terra: 
 Importante na análise econômica, pois a terra é capital 
básico da empresa florestal; 
 Forma mais comum de cálculo: considerar o custo 
anual como aluguel da terra. 
Custo de manutenção 
São os custos que ocorrem a partir do primeiro ano até 
o ano de corte da floresta. São eles: 
Conservação de estradas e aceiros: tratores de pneus 
com grade, motoniveladoras, herbicidas ou capina 
manual. 
Capinas ou roçadas: diminuição da mato-competição. 
Combate a formigas e outras pragas: controle anual 
Desbastes e desramas desbastes e desramas 
Principalmente para florestas de múltiplos usos. 
Desbrotas: quando não há a condução da brotação, faz 
faz-se o controle químico ou mecânico das cepas. 
Custo de exploração ou colheita 
Relacionados c/ operações de: abate, desgalhamento, 
traçamento, extração, empilhamento, carga, transporte, 
descarga da madeira no pátio da empresa ou no centro 
de consumo. 
Fatores que influenciam o custo de colheita: Condições 
locais (clima, topografia); Tipo de floresta (natural, plan-
tada). Espécies florestais; diâmetro ou volume das 
árvores; nº. de trabalhadores por turma; treinamento do 
trabalhador; salário; equipamentos utilizados; organiza-
ção do trabalho. 
Custo de reforma 
Acontece após o último ciclo de corte; Muitos dos custos 
que ocorreram na implantação reincidem: preparo do 
solo, plantio, etc. 
Custo de administração: referem-se às atividades 
gerenciais, administrativas, contábeis, etc.; Variam em 
função da dimensão da empresa (15 a 20% do total); a 
colheita é a mais dispendiosa. 
 
CUSTOS NA EMPRESA FLORESTAL 
 
Custo de estradas 
São indispensáveis no planejamento florestal, pois pos-
sibilitam vantagens: 
 Facilidade de transporte dos trabalhadores; 
 Divisão das áreas, facilitando o planejamento e o ma-
nejo florestal; 
 Redução das distâncias de baldeio. 
Componentes do custo de estradas 
Custo de construção (depreciação); Duração da estrada 
(anos); Manutenção; Preço do terreno; Renúncia do uso 
do terreno (ha); Taxa de juros. 
Custos de proteção 
Divididos em três subgrupos: 
 Profilaxia: diz respeito aos cuidados para se evitar o 
risco de: fogo, insetos, etc. Exemplo: uso de EPI, manter 
aceiros limpos, treinamento de pessoal, monitoramento, 
etc. 
 Advertência: atividades para se detectar o risco e 
impedir que ele ocorra. Ex.: torres de vigilância; 
 Combate contra perigos: atividade de ataque propria-
mente dita. 
Custo de máquinas 
Custos fixos: depreciação; consertos; juros; garagem; 
seguros e impostos. Custos variáveis: manutenção; 
salário do operador; combustível. 
 
AVALIAÇÃO DE PROJETOS 
FLORESTAIS 
 
A avaliação econômica de um projeto baseia-se em seu 
fluxo de caixa, que consiste nos custos e nas receitas 
distribuídos ao longo da vida útil do projeto. 
 
Classificação de projetos 
 
Projeto convencional: quando ocorre apenas uma 
mudança de sinal em seu fluxo de caixa. Ex.: implanta-
ção de um reflorestamento e corte final aos sete anos. 
 
 
Projeto não-convencional: quando ocorre mais de 
uma mudança de sinal em seu fluxo de caixa. 
Ex.: projeto de reflorestamento com eucalipto. 
 
 
Relação entre projetos 
A relação entre projetos pode-se dar tanto do ponto de 
vista técnico quanto do ponto de vista econômico. 
Do ponto de vista técnico dois ou mais projeto podem 
ser: 
Compatíveis: quando a implementação de um não 
impede a implementação dos demais. 
Ex.: apicultura e eucaliptocultura. 
Incompatíveis: quando a execução de um deles implica 
a impossibilidade de implementação dos demais. Ex.: 
escolher entre a localização de uma indústria ou de 
duas ou mais espécies florestais. 
Do ponto de vista econômico dois ou mais projetos 
podem ser: 
Dependentes: quando a execução de um deles afetar a 
rentabilidade dos demais. Ex.: eucalipto e uma cultura 
agrícola numa mesma área. 
Independentes: quando a rentabilidade de um deles 
não depender da implementação dos outros projetos. 
Ex.: eucalipto e uma cultura agrícola em áreas 
diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA FLORESTAL 
 AVALIAÇÃO DE PROJETOS 
FLORESTAIS 
 
Relação entre os projetos 
 
Horizonte de planejamento 
Conceito: período de tempo durante o qual o 
empreendimento irá operar. 
HP pode ser: 
• Finito 
• Infinito 
Métodos de avaliação de projetos 
Pode-se dividir os métodos em dois grupos: 
1º Grupo: não considera a variação do capital no tempo. 
São indicados para horizonte de planejamento muito 
curto, em que não há inflação. Ex.:Tempo de retorno 
do capital, razão receita/custo e razão receita média/ 
custo. 
2º Grupo: considera a variação do capital no tempo. Ex.: 
Valor presente líquido, taxa interna de retorno, razão 
benefício/custo, custo médio de produção. 
Tempo de Retorno do Capital (TRC): o projeto que 
retornar mais rapidamente o capital investido será o 
mais viável economicamente. 
Vantagens do TRC: 
• Simplicidade e facilidade de aplicação 
• Utilização em áreas de rápido avanço tecnológico, em 
que os equipamentos ficam obsoletos muito depressa. 
• Utilização em projetos que envolvem alto risco. 
• Utilização em áreas em que o capital investido tem de 
dar retorno muito rápido. 
Desvantagens do TRC: 
• É indiferente na escolha do projeto A e B, não 
considera as receitas obtidas, após o retorno do capital. 
• Ignora a ordem de ocorrência das receitas, como é o 
caso da comparação entre D e C, ou seja, D é preferível 
ao C. 
• Não considera a variação do valor do capital no tempo. 
Razão receita/custo - R/C 
É a relação entre o somatório das receitas e o dos 
custos. 
ii CRCR = //
 
O Projeto que apresentar R/C < 1 não é viável. Quanto 
maior R/C + interessanteserá a opção de Investimento. 
Vantagens R/C: Considera as receitas que ocorrem 
após a recuperação do capital investido. 
Desvantagem R/C: Não considera a variação do valor 
do capital ao longo do tempo e a ordem de ocorrência 
das receitas. 
Razão receita média/custo - RM/C 
j
i
C
nR
CRM


=
/
/
 
n=horizonte do projeto, ou seja, o número de anos. 
Quanto maior RM/C, + viável a opção de investimento. 
Vantagem: leva em conta o tempo de ocorrência das 
receitas. Desvantagem: não considera a variação do 
valor do capital ao longo do tempo e a ordem de 
ocorrência das receitas. 
 
AVALIAÇÃO DE PROJETOS 
FLORESTAIS 
 
Observações com relação aos métodos deste 1º grupo: 
 São indicados para situações em que a taxa de 
desconto é muito baixa ou para situações de curto 
prazo. 
 Em projetos florestais no Brasil, não são indicados, 
pois a taxa de juros é elevada e os projetos são de 
longo prazo. 
 Às vezes podem ser usados como informação 
complementar ou em caso desempate. 
 
Valor Presente Líquido (VPL) 
 
Rj = Valor atual das receitas; Cj= Valor atual dos custos; 
j = Período em que as receitas e os custos ocorrem; i= 
taxa de Juros; n = número máximo de períodos. 
Se o VPL > 0 → projeto é viável. 
Vantagem do VPL: Considera o tamanho do investimen-
to. Desvantagem: Não considera o horizonte de planeja-
mento ou duração do projeto. 
Taxa de Interna de Retorno (TIR) 
É a taxa de iguala o VPL a zero, isto é, igual o valor 
presente das receitas ao valor presente dos custos. 
 
Um projeto será considerado economicamente viável se 
sua TIR for > que uma taxa de desconto correspondente 
à taxa de remuneração alternativa do capital. 
Vantagens da TIR: 
• não é preciso estimar a taxa de desconto; 
• Bom para comparar alternativas de investimento. 
Desvantagem: 
• Dificuldade de análise em projetos mutuamente exclu-
sivos, projetos de duração diferente e projetos de tama-
nho diferentes. Ex.: carrinho de pipoca x fábrica de 
celulose. 
• Cálculo requer computadores 
• Não considera o tamanho do projeto 
• Em projetos não convencionais é possível a existência 
de mais de uma TIR. 
Razão Benefício/Custo (B/C) 
 
O projeto é economicamente viável se apresentar R/C 
>1. O projeto é tanto mais indicado economicamente, 
quanto maior a razão B/C. 
R/C >1→ VPL > 0 →TIR > TMA. 
 
APLICAÇOES PRÁTICAS 
 
Rotação técnica x rotação econômica 
O termo rotação refere-se à idade na qual se planeja 
cortar os povoamentos equiâneos. 
A rotação técnica (rotação silvicultural) corresponde à 
idade em que o incremento médio anual (IMA) é máximo 
e igual ao incremento corrente anual (ICA). Esta rotação 
resulta na produção de máximo volume médio por ano. 
A rotação econômica maximiza os retornos dos 
investimentos nas atividades florestais, ou seja, propor-
ciona lucro máximo ao investidor. 
Valor esperado da terra (VET) 
O VET é um termo florestal usado para representar o 
valor presente líquido de uma área de terra nua, a ser 
utilizada para a produção de madeira, calculado com 
base numa série infinita de rotações. Este critério é 
mundialmente conhecido e utilizado para determinar 
rotação econômica e preço máximo de compra de terra 
nua, considerando série infinita, bem como selecionar 
projetos alternativos. O cálculo baseia-se na receita 
líquida perpétua (RT-CT), excluindo o custo da terra, a 
ser obtida de certa cultura (reflorestamento). 
 
CUSTOS NA EMPRESA FLORESTAL 
 
Valor produtivo de um povoamento (Vp) 
Os terrenos e os povoamentos florestais constituem o 
capital básico de qualquer empresa florestal e uma 
tarefa importante do manejador é estabelecer um valor 
para o povoamento para a terra ou para ambos. Uma 
das tarefas freqüentes do manejador é ter que avaliar 
um povoamento florestal, que ainda não atingiu o 
estágio de maturação ou idade de corte. Neste caso, há 
vários custos e receitas que ocorrerão no futuro, que 
devem ser considerados na análise. 
A finalidade é fazer a avaliação de florestas para fins de: 
 Compra e venda; 
 Indenização (incêndios); 
 Desapropriação (linhas de transmissão, estradas, 
barragens); 
 Loteamento. 
O cálculo se baseia nas receitas líquidas futuras e 
custos futuros descontados para a idade de avaliação 
(m). 
Valor de exploração 
O valor da exploração é o valor comercial do estoque de 
madeira. Também, é denominado valor de liquidação e 
da finalização. O valor de exploração é calculado por os 
volumes dos diferentes sortimentos multiplicados com 
os preços respectivos livres de custos de exploração. 
Valor do custo do povoamento 
A averiguação do valor dos custos do povoamento parte 
da consideração, que o valor para um bem é pelo 
menos tão alto como os custos que foram realizados 
para sua aquisição ou fabricação. Por isso, o valor do 
custo do povoamento abrange todos os custos para a 
cultura, os tratamentos silviculturais e a proteção contra 
pragas e doenças até o momento da avaliação do 
povoamento. Uma vez que os custos realizaram-se em 
diferentes períodos, eles têm que ser referidos a um 
momento uniforme. Tanto o valor de exploração como o 
valor da expectativa de produção não servem, porque 
por um lado, os custos são mais elevados do que a 
renda e por outro, existe incerteza sobre o desenvolvi-
mento do povoamento. 
Valor da expectativa de produção 
O valor da expectativa da produção é composto por 
todas as receitas menos as despesas, que se pode 
esperar desde o momento de avaliação (m) até o final 
da rotação, capitalizado até o final da rotação e depois 
descapitalizado p/ momento da avaliação (primeiro 
prolongado e depois descontado). O valor da expecta-
tiva de produção é proporcional às rendas de corte final 
e de desbastes e inversamente proporcional ao valor do 
capital do solo e da administração e à taxa de juros 
(normalmente taxa interna de juros). O valor da 
expectativa de produção na idade da rotação é igual ao 
valor de exploração do povoamento na mesma idade.

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